quinta-feira, 31 de maio de 2012

Victoria Mingo, a eficiente e linda market manager da Hess Family, nos brinda com seus vinhos trazidos ao Brasil pela Decanter.

Meninas e meninos,
Em um encontro organizado pela experiente assessoria da Fernanda Fonseca, a Decanter nos mostrou alguns dos vinhos da Hess Family, os quais importa, com a presença de sua market manager Victoria Mingo. Victoria nos posicionou sobre a história desta família que desde 1844, na Suíça, trabalha com bebidas.
Começou com cervejas, passou para as águas na década de 1960, e em 1978, a paixão pelos vinhos aflora, com a aquisição de vinhedos em Napa Valley, na Califórina.
Hoje contam com bodegas em 4 continentes, EUA; Austrália; África do Sul e Argentina.
Degustamos alguns vinhos que realmente são muito interessantes como o Colomé Lote Especial Bonarda 2010, da Bodega Colomé, região de Salta, vale Calchaqui-Argentina que tem 1750 m de altitude.
Esta bodega que tem 180 anos, e que está nas mãos da família fundadora por 170 anos, foi comprada pela Hess. Vinho frutado, algo floral, confirmados também em boca. Bons taninos, equilíbrio entre acidez e álcool(14,6%).Após algum tempo em taça aparecem mentolados. Vinho muito bom mesmo.
Outro vinho especial da Colomé é o 180 Años Edición Aniversário 2010, 100% Malbec.
Frutos super maduros no olfato e em boca.Sutil mineral, especiarias se abrem, equilíbrio entre acidez, álcool e taninos.
Passa por barris de madeira durante 12 meses, sendo 50% novos e 50% de vários usos.
Outro que me agradou foi o Gravel Quarry Cabernet Sauvignon 2007 – da Sul Africana Glen Carlou.
Neste o mineral é mais exuberante, algo de floral sutil e muita fruta, também confirmada em boca. Mas o que me chamou a atenção foi mesmo sua excelente acidez. Mesmo tendo passado por barris de madeira novos, por 18 meses, esta não é marcante, mas marcada, integrada.
Degustei ainda, o Hess Sauvignon Blanc Allomi 2009 - Hess Collection Napa; Pinot Noir Sarmento Vineyard Santa Lucia Highlands 2008 – Sequana-Santa Lucia – EUA; Hess Collection Cabernet Sauvignon Mount Veeder 2006 - Hess Collection –Napa.
Os vinhos de sua bodega Australiana, a Peter Lehmann, localizada em Barossa Valley- Austrália, são todos muito interessantes.
O Stonewell Shiraz 2006, vinho encorpado, com muitas especiarias, frutas maduras e empireumáticos(tostados, café, chocolate)é daqueles que vão bem com gastronomias mais gordurosas e pesadas. Mas não só, pois devido ao seu amplo leque aromático e gustativo, logo lembrei de comidas Indianas, condimentadas, com curry, côco, gengibre, deve ficar ótimo. Uma rabada com polenta Bramata, e por aí vamos.
Mas o vinho que mais me chamou a atenção, o que mais me pareceu adequado, tanto a gastronomias variadas, como para ser degustado sozinho foi o magnífico Art Series Classic Riesling 2010 Também da Peter Lehmann.
Vinho mineral como o Riesling deve ser, frutas cítricas leves, floral se abre delicioso, acidez ímpar, equilibrado com álcool comportado de 11%, um alívio para as papilas.
Longo em boca, muito fresco, confirmando os cítricos, o mineral delicioso, e leve especiarias, talvez aniz ou cardamomo, quem sabe ambos.
Para o carpaccio de polvo, que o competente Rezende, do Aguzzo, onde almoçamos, nos preparou, estava divino.
Decanter
www.decanter.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 29 de maio de 2012

Tsuyoshi Murakami lança livro hoje, dia 29 de Maio de 2012.



Meninas e meninos,
Meus amigos Marcelo Fernandes, um dos sócios do Restaurante Kinoshita e Tsuyoshi Murakami, Chef do mesmo local, me avisam que o lançamento do livro Kinoshita e o Jazz de Murakami, se dará em noite de autógrafos na Livraria da Vila, na Alameda Lorena, 1731, a partir das 19 hs.
Com apoio da Nestlé, a Allied e Bei Editora, o Chef espera todos para o lançamento.
Vejam:
Kinoshita e o jazz de Murakami
João Gabriel de Lima,Tsuyoshi Murakami
Um dos restaurantes japoneses mais famosos de São Paulo, o Kinoshita tem à frente o chef Tsuyoshi Murakami, genro e discípulo do fundador Toshio Kinoshita. A história da casa reflete a forma pela qual a cozinha nipônica deixou os limites da colônia para se transformar em uma das mais apreciadas, disseminadas e influentes da cidade.
Agora, a trajetória do Kinoshita – desde sua fundação, em um modesto prédio no bairro oriental da Liberdade, até a mudança para um endereço nobre, onde se consolidou como um dos restaurantes mais sofisticados e premiados da cidade — e a excêntrica personalidade de Murakami são os temas do livro assinado pelo jornalista e escritor João Gabriel de Lima e lançado pela BEI Editora.
Em Kinoshita e o jazz de Murakami, João Gabriel descreve sua viagem com o sushiman ao Japão; ali, entre um passeio e outro, vem à tona o percurso do chef e do restaurante, juntamente com importantes reflexões sobre a cozinha e a cultura japonesa. A obra apresenta também receitas de pratos que figuram no impecável cardápio do Kinoshita, acompanhadas de comentários do próprio Tsuyoshi Murakami. Além de belíssimas fotografias, o livro traz um DVD com cenas da viagem, primorosamente filmada pelo cineasta Marco Aslan.
“Este livro nasceu do desejo de mostrar a singular mescla de continuidade e renovação que sustenta o Kinoshita. Ele busca retratar a personalidade de Murakami e a tradição em que ele, orgulhosamente, se inscreve; traz também receitas de algumas de suas criações. Trata-se, assim, de mais um capítulo dessa história já longa, que continua a ser construída dia após dia nos dois lados do balcão, na experiência de alegria e amizade que partilham aqueles que preparam o alimento e aqueles que vêm recebê-lo.”
Os editores, na apresentação do livro
Livraria da Vila,
Alameda Lorena, 1731-Jardins
11 3062-1063
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Restaurante Tordesilhas provoca sensações e muito mais.


Meninas e meninos,
Meus amigos do Tordesilhas, a Chef Mara Sales e o restauranteur Ivo Ribeiro, me avisam que um festival dedicado aos queijos artesanais da Serra da Canastra, com menú especialmente desenvolvido para a ocasião, já vai começar.
Por não possuírem SIF-Serviço de Inspeção Federal, já que seguem legislação arcaica, não podem ser comercializados fora do território mineiro, por isso mesmo, quando queremos comprar queijos feitos com leite não pasteurizado, temos que busca-los nos importados, deixando de lado, um produto especial, e nosso Patrimônio Cultural Imaterial desde 2008.
"O queijo Canastra é artesanal e feito de leite cru, é produzido há mais de duzentos anos, e dizem ser primo distante do queijo da Serra da Estrela, de Portugal, trazido pelos imigrantes da época do Ciclo do Ouro. O clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Canastra dão a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado. Desde maio de 2008 o queijo canastra é patrimônio cultural imaterial brasileiro, título concedido pelo IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Para produzir um queijo do tamanho tradicional, com peso de cerca de 1 kg e 300 g, são utilizados aproximadamente dez litros de leite.
Depois da ordenha, o leite é colocado num tambor onde recebe o coalho e o “pingo”, uma espécie de fermento líquido, extraído da produção do dia anterior. Depois de algum tempo, o leite talha e é retirado em porções de massa que são espremidas manualmente e colocadas em moldes redondos. Por cima da massa cuidadosamente compactada, vai o sal grosso. Por baixo da forma, o soro escorre finalizando um processo que dura 24 horas. Só então o queijo sai dos moldes e vai para uma prateleira arejada. Com exceção da ordenha, todo o ritual acontece na chamada “casinha de queijo”.
A maioria dos fazendeiros vende a produção para intermediários conhecidos como queijeiros. Uma pequena parte é consumida na própria região. Ultimamente, vários produtores fazem também uma venda direta aos turistas, obtendo melhores preços".
Extraído do site
http://www.serracanastra.com.br/sabermais/queijocanastra
Vejam:
A partir de 29/05 (Terça-feira) até 02/06/2012 (Sábado), estaremos com um evento sobre os queijos artesanais da Serra da Canastra. Para isso a chef Mara Salles foi até lá duas vezes, conversou com os produtores, dormiu nos sítios deles, comeu pão de queijo, trocou receitas e experiências, trouxe na mala nata, soro, queijo e muitas idéias. A partir dessas visitas concebeu o evento e também um cardápio exclusivo e inédito com queijos e outros derivados de leite da Canastra.
QUEIJO, SORO, NATA, CANASTRA
29/05 A 02/06/2012 – TERÇA A SÁBADO
JANTAR
PREÇO: R$ 95 POR PESSOA
RESTAURANTE TORDESILHAS
http://www.tordesilhas.com
RUA BELA CINTRA, 465
RESERVAS: 3107-7444
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Casa Vinícola Gioacchino Garofoli mostra quatro vinhos na Grand Cru.


Meninas e meninos,
Fazia tempo que eu não degustava vinhos os quais para fazer uma postagem, ficaria em dúvida, pois foram 4 vinhos, todos eles muitos bons.
Sempre tenho um que mais me agrada e é por este que faço a postagem, mas no caso da Garofoli, degustei 4 vinhos e todos ótimos, me força a escolher um pelo seu incrível poder em harmonizar-se com muitas gastronomias, desde entradas ate os pratos principais.
Mas antes, devo dizer que dois deles, com enorme vantagem em terem um preço muito especial, R$ 38,00, devem ser mencionados, quais sejam o branco Garofoli Ânfora Verdicchio dei Castelli di Jesi 2011 DOC, com álcool comportado na casa dos 12,5%, fresco, mineral, frutas se abrindo, e que discordo do Gianluca Garofoli, quando diz que é um vinho para acompanhar gastronomia, claro que todos os vinhos Italianos o são, mas pelo seu frescor, vai muito bem em um dia ensolarado, à beira da piscina ou mesmo na praia, sem maiores acompanhamentos.
O outro, um tinto, o Garofoli Monte Reale Sangiovese Marche 2011 IGT, muita fruta, 13,5% de álcool, acidez privilegiada, sutil pimenta do reino, e com taninos se mostrando, do jeito bom, que auxilia na harmonização, vinho bom para o dia-a-dia.
O Top degustado, nem preciso dizer que agradou muito, o Garofoli Grosso Agontano Conero 2008 DOCG, um 100% Montepulcinao de Conero, com 14,5% de álcool, o único dos 4 que passa por madeira, francesa por 24 meses, sendo 50% delas novas e os restantes 50% de 2º e 3º usos, além disso, descansa mais 12 meses em garrafa.
Muitas especiarias, frutas maduras, algo de canforado e sutil mineral induzindo ao “salgado”, ótimo para carnes vermelhas ao molho, como cabrito, cordeiro, caças.
Mas vamos ao que é um exemplar para ninguém botar defeito:
Garofoli Podium Verdicchio dei Castelli di Jesi 2009 DOCG, um Clássico Superiore, com 14% de álcool, que muito equilibrado com acidez não incomoda, e só ajuda para harmonizações, este sim, creio, deva ser acompanhado de gastronomia, apesar de que sou da teoria que devamos degustar o que gostamos, com ou sem comidas, ou com elas, mesmo que os compêndios digam que as mesmas não “combinam” com o vinho.
Muito mineral, floral suave, um toque de aniz, no olfato e em boca, tornando-o quase doce, pelo álcool e pelo aniz.
Fruta cítrica aparece, mas comportada, como toranja, e algo de mineral em boca, devido provavelmente ao seu estágio sobre as borras por 8 meses.
Vinho espetacular para acompanhar polentas, carnes como a de porco, um bom bacalhau e creio que vai bem com coelho ensopado.
Uma curiosidade da Garofoli, é que cerca de 50% de sua produção, eles fazem 26 rótulos, com 1.500.000 de garrafas, é vendida internamente, coisa que nos dias de hoje, só os muito pequenos conseguem, atestando sua qualidade.
Grand Cru
www.grandcru.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Vinicola Perini lançou novas linhas de vinhos na Expovinis 2012.


Meninas e meninos,
Fiz uma seleção contendo dez vinhos que muito me agradaram na Expovinis 2012, para ser publicada na edição do Jornal Vinho & Cia (não consigo me acostumar a chamá-lo Guia Vinho & Cia), onde cada colunista terá seu próprio Top Ten.
Um dos vinhos que consta desta lista é o Fração Única Chardonnay da Vinícola Perini.
Esta vinícola, com terras em Farroupilha e Garibaldi, ambas na Serra Gaúcha-RS, tem ao longo dos anos aprimorado suas linhas de vinhos finos, sem perder o foco no conjunto preço X qualidade.
As novidades que degustei em companhia da minha querida e linda amiga Silvia Mascella, competente degustadora, jornalista e séria defensora dos bons vinhos, assim como eu, não nos deixando influenciar pelo tormentoso momento que o vinho atravessa com as malfadadas salvaguardas, pedidas por alguns do setor vitivinícola, seja motivo de boicote ou desconsideração com o trabalho dos enólogos, produtores e empresários, em que pese muitas das vezes defenderem o outro lado da moeda que defendemos.
Em companhia também dos amigos Franco e Pablo Perini, do enólogo Leandro Santini e de meu irmão Marcio Bonilha, degustamos as duas linhas lançadas na feira a Perini Marselan e Barbera, integrantes da linha Exóticos, e a linha Fração Única, contemplando as variedades Chardonnay, Merlot e Cabernet Sauvignon.
O rótulo Perini Fração Única remete às frações especiais de terra selecionada na produção de matéria-prima, que com produção limitada visa a excelência, levaram à escolha destas três variedades para integrarem a linha Fração Única.
Varietais Premium, pretendem distinguir vinhos que ao longo de mais de uma década de cultivo da uva no sistema de espaldeiras em “Y” e do processo de elaboração desenvolveram características marcantes do Vale Trentino-Farroupilha. Assim, o Chardonnay, o Merlot e o Cabernet Sauvignon adquiriram contornos de vinho-assinatura em seu segmento. O primeiro, um branco de tons dourados, combina os toques de fruta clássicos da Chardonnay aos sabores conferidos pela conservação em barricas de carvalho. O Merlot, em seu tom violáceo intenso, traz aromas e sabores que remetem a frutas vermelhas, destacando a complexidade trazida pela ação do tempo nos barris de carvalho. Já o Cabernet, na clássica cor vermelho-rubi, destaca-se por um tom aveludado, resultante do descanso em barris de carvalho, que estimula o potencial do vinho, com um final longo e saboroso.
Para mim, o Chardonnay é o mais expressivo deles, com algo de cereal no olfato, talvez milho, mineral, frutas cítricas lembrando limão Siciliano, mais sutil, em boca confirma as frutas cítricas, agora incorporando toques de maçãs verdes, o mineral, leve amanteigado devido sua breve passagem por barricas, e acidez ótima, aliada ao álcool comportado que me seduz, 12%.
Como não poderia deixar de ser, vinho bom para nosso clima, pois se deve degusta-lo ao meu ver, ao redor dos 10ºC ou 12ºC. Bom também para harmonizações com massas em molhos brancos, carnes de aves, porco em preparações sem molhos, e claro frutos do mar dos mais variados, quem sabe até um bacalhau (que não é peixe, segundo os portugueses, e eu concordo) às natas, pois tem acidez para isso, ora pois!
Parabéns pelo produto a todos os envolvidos.
Vinícola Perini
www.vinicolaperini.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Degustação Winexperts com a presença do portal Yahoo.

Meninas e meninos,
Um dos sites de vinhos mais antigos, senão o mais antigo deles, e do qual faço parte, o Winexperts, mais uma vez inovou.
Agora, ao menos por um tempo até que novas idéias sejam postas em prática, pois não somos estáticos, faremos as degustações para o rating WX com vinhos de uma só vinícola e ou importadora.
O índice de pontuação coletivo WX, com degustadores Brasileiros, com o paladar e olfato educados e treinados para nosso dia-a-dia cultural Brasileiro, e cuja nota é corrigida por um algoritmo, onde se leva em conta além da pontuação o preço, terá na estréia os ótimos vinhos da World Wine.
Vinhos estes que são selecionados pela equipe da empresa que concede os vinhos, atendendo aos critérios que ela quiser e assim determinar, à nós, cabe pontuar.
Com a presença de Marcelo Miranda e Jean Silva, ambos da business área, e também com a presença da eficiente e linda Juliana La Pastina, da área de marketing da World Wine, foram degustados 16 vinhos, sem ordem necessariamente decorrente de vinhos mais velhos para os mais novos, ou de menos para mais encorpados, assim como fazemos em casa quando recebemos amigos e temos várias preferências vínicas, como somos todos winexperts, não nos atrapalha esta “desordem”.
Vou aqui confidenciar meu vinho melhor pontuado, na verdade empatado em pontos, com um vinho de sobremesa, um Passito di Pantelleria.
Trata-se do magnífico Dinastia Vivanco Crianza 2007, um Rioja de Tempranillo, que passa 16 meses em barricas de carvalhos francês e americano, sendo 30% delas novas, e descansa ao menos mais 6 meses na garrafa. Este vinho tem ótima relação preço X qualidade a R$ 72,00.
Olfato frutado, com algo de tostados leves, couro, chocolate e amêndoas. Na boca, confirma as frutas maduras, surgem notas abaunilhadas ou de chocolate ao leite, sutil mentolado, acidez ótima, longo e duradouro. Pela sua cor não se pode dizer que o vinho já tenha 5 anos.
Para carnes vermelhas, tanto bovinas como ovinas, fica perfeito, algumas caças como as de pena, uma galinha d’Angola, por exemplo, ao molho ou assada, e alguns queijos.
Veremos mais assim que publicarmos o rating no site wwww.winexperts.com.br
Queria mais uma vez agradecer a World Wine que nos colocou a sua loja da Estados Unidos, onde têm uma cozinha e local para degustações, e a maravilhosa seleção de vinhos servidos, em taças adequadas, águas Panna e S.Pellegrino.
A foto tem a "cicatriz" dos vinhos muito manuseados e desejados...
World Wine
http://www.worldwine.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 22 de maio de 2012

La Mancha- Denominação de Origem


La Mancha Denominação de Origem
Meninas e meninos,
Semana passada tive a oportunidade de conhecer vários vinhos da D.O La Mancha, onde estiveram pela primeira vez no Brasil, 14 bodegas representantes desta região localizada na parte central da Espanha, muitas delas com vinhos inéditos, dentre tintos, brancos, rosados e espumantes, acompanhados do presidente da D.O., Sr. Gregório Martín Zarco, experiente empresário do ramo, que no mês de abril completou nove anos no comando do maior vinhedo da Europa.
A Denominação de Origem (D.O.) La Mancha, maior vinhedo de toda a Europa, com terreno em expansão, com 165.500 hectares de vinhas, oferece vinhos brancos e tintos de qualidade a um excelente custo benefício. Os vinhedos são cultivados em um clima variável com inverno de geadas e frio, e um verão com temperaturas que chegam a até 40º, com sol que banha a plantação de 12 a 14horas por dia.
Devido à chuva escassa, as vinhas são espaçadas em aproximadamente 8 metros uma da outra, permitindo assim, que cada planta possua sua própria quantidade de água. Vale ressaltar que devido a todo esse clima, as pragas não conseguem sobreviver a esse entorno permitindo as uvas crescerem naturalmente livres de doenças.
Dentre as uvas cultivadas na região estão a Airen (branca) e a popular uva tinta espanhola Tempranillo, conhecida localmente como Cencibel. Também são cultivadas outras variedades, que encontraram clima e solo adequados na ensolarada região da D.O La Mancha. Algumas delas são a Viura, também conhecida como Macabeo; Chardonnay e Sauvignon Blanc para os brancos e Grenache, Merlot e Cabernet Sauvignon para os tintos.
Provei ótimos vinhos de várias das bodegas presentes, inclusive em uma degustação comentada pelo amigo Gianni Tartari, sommelier do Hotel Emiliano, local da mostra, e com a presença das autoridades da D.O, incluindo-se o Sr Gregório.
Ao longo das semanas, irei postando para conhecimento de todos, mas começo por uma bodega que me impressionou muito pela qualidade linear de seus vinhos, pela beleza e simpatia de sua representante a bela Cristina Pradillo, e em particular dois dos vinhos, estou falando da Bodegas Verdúguez, e os vinhos o Imperial Toledo e o fantástico Hidalgo Castilla Reserva Special Selection.
Ambos passam por barricas de carvalho durante 12 meses e mais 2 anos em garrafa, e são varietais Tempranillo. O Hidalgo Castilla, com aromas muito vivos de frutas bem maduras, especiarias como o cravo e a canela, sutis floral e mineral no olfato, em boca confirma as frutas, as especiarias, é longo, macio, ainda com taninos presentes dando caráter e mostrando seu poder, e junto a uma acidez muito boa, denota ser um vinho gastronômico, harmonizando bem com carnes vermelhas, braseadas, assadas, ou em molhos, carnes de caça também vão bem, até com aves como avestruz e a galinha D’angola. A bodega tem uma linha vasta, com alguns vinhos brancos, e alguns meio doces, sendo um deles denominado Azul Mujer, da uva Moscatel, não é muito bacana ver as mulheres homenageadas no vinho? Bodegas Verdúguez www.bodegasverduguez.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Encontro de Gastronomia para degustar formigas.


.
Meninas e meninos,
Estive em Silveiras, cidade de 6.000 habitantes, no Vale do Paraíba, para junto com os amigos acadêmicos da Academia Brasileira de Gastronomia, saborearmos os típicos pratos tropeiros, onde faz parte a farofa de içá, a formiga saúva, alada, quando da temporada de acasalamento.
Durante o trajeto fui pensando que as melhores harmonizações para este petisco seriam as cachaças, alguma das cervejas mais encorpadas, e quem sabe um bom espumante.
Ocilio Ferraz, membro acadêmico que reside em Silveiras e tem por lá o Restaurante do Ocilio, um misto de cozinha escola, biblioteca, restaurante e local de divulgação cultural, onde pratica a cozinha tropeira e que nos recebeu de braços abertos. Entre os petiscos, regados com cachaças variadas, encontrei meus velhos conhecidos lambari de rabo vermelho; torresminho; mandioca frita; pinhão; linguiça; queijos e claro a farofa de içá, que eu já há muito tempo não comia(para falar a verdade, havia comido a içá frita, sem farofa).
Para o almoço, além de algumas saladas, galinha caipira com urucum, escondidinho, a leitoa cevada no pinhão, que eu não conhecia, e até pensei se não daria um bom presunto, assim como os exemplares pata negra que comem a bollota, caso para tentativas futuras.
Além da farofa de içá, da leitoa cevada no pinhão(ela come pinhão por algum tempo antes do abate), a paçoca de amendoim, feita no pilão, com aquela granulometria mais grossa, além da saudade e gosto de tempos idos, foram os pratos quem mais gostei.
E a harmonização, será que vinho branco ou tinto e içá vão bem?
Não me preocupei muito com isto, harmonizei a farofa com cerveja e cachaça, mas creio que um bom espumante, para junto com a farofa fazer o contraponto, deva ficar bem.
Para quem quer saber como é feita a farofa, segue abaixo a receita do Ocilio, também encontrada no site do restaurante, além dos vídeos do Youtube e o New York Times sobre as içás.
Receita da Farofa de Içás
tempo de preparo:- 5 minutos
Ingredientes básicos:
- 1 colher grande de banha de porco derretida
- 1 porção (120g a 140g) de içás limpas (sem ferrão, asa, pernas e cabeça)
- Sal
- Cebolinha
- Farinha de mandioca crua
Modo de preparo:
- Jogar a banha numa panela com fogo baixo
- Depois jogar as içás na panela com a banha
- Mexer os ingredientes
- Quando perceber que as formigas estão crocantes, jogar sal (uma colher de café) e alho (uma colher de café)
- Mexer bem e deixar o alho fritar junto com as içás
- Jogar farinha de mandioca crua (meio copo americano)
- Mexer e tirar a panela do fogo para não queimar
- Tirar as içás junto com a farinha e depositá-las num prato
- Jogar cebolinha
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=yq3QeSplpiU
Na foto, a farofa de içás, que são as “bolinhas” pretas do prato.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 18 de maio de 2012

José Manuel Ortega Gil-Fournier apresenta além dos vinhos, um modelo para viticultura.

Meninas e meninos,
Em visita ao Brasil, o representante da família que faz os vinhos O.Fournier, José Manuel, além de nos apresentar seus belos vinhos em uma degustação na loja jardins da importadora Vinci, a responsável por trazer seus vinhos ao Brasil, nos mostrou uma modalidade de negócio que qualquer amante dos vinhos que tenha a disponibilidade de investir U$150.000,00 irá delirar.
Trata-se de compartilhar áreas de terra em Mendoza, plantadas com as uvas que o viticultor neófito quiser, dentre as variedades que são plantadas e adaptadas ao solo local, como Malbec, Cab Franc, Syrah entre as tintas e S.Blanc, Torrontés e Chardonnay nas brancas.
As Fincas, estão dentro da propriedade da vinícola e terão de 1 a 3 ha.
A manutenção, cuidados com as podas, e o trato das plantas, é de responsabilidade da Bodega O.Fournier, da mesma maneira que o fazem em suas vinhas próprias, e cada neoviticultor poderá escolher se vende a totalidade de suas uvas ou parte delas, ou mesmo se as vinifica, etapa esta feita também pelos técnicos da O.Fournier, gerando um vinho exclusivo, com rótulo e marca própria.
Em uma área total de 84 ha, divididos em 84 lotes de 1 ha, em somente 8 deles também será possível a construção de uma casa sede para o proprietário, ao lado do hotel, que também fará parte do empreendimento, e que possibilitará aos proprietários a locação das mesmas, com a operação e manutenção a cargo da operação hoteleira, caso desejem auferir algum rendimento.
Não é bárbaro podermos ter uma vinha só nossa, possibilitando termos nosso vinho exclusivo e de alta gama, ou mesmo passarmos período de férias em nossas vinhas, com o conforto e segurança de um condomínio fechado dentro de um parreiral, degustando nosso vinho exclusivo, sem falar nos lucros mais diversos que poderão advir?
E falando em vinhos, degustei 2 brancos de S.Blanc ótimos, o BCrux 2011 das propriedades na Argentina, e o Centauri 2009, Chileno. Eu, particularmente gostei mais do BCrux, mais fresco e bom para harmonizações gastronômicas.
Dentre os tintos, vindos das 3 propriedades O.Fournier, da Espanha, Argentina e Chile, o Urban Oak Ribera 2007, um Tempranillo de Ribera Del Duero muito elegante, o Urban Uco Malbec 2010 e o Centauri Blend 2009, Chileno me agradaram muito, mas o campeão da mostra está dentre a série Spiga, também da Espanha, o Spiga 2005, ótimo, e o fabuloso e na minha opinião o mais completo e complexo, Alfa Spiga 2004.
O Alfa Spiga 2004, varietal Tempranillo com passagem por barricas durante 20 meses, sendo 80% francesas e 20% americanas, apesar de seus 14,5% de álcool, está equilibrado com taninos que ainda estão lá, levando a crer em sua longevidade e uma acidez viva, fresca gêneros.
Muita fruta especiarias, no nariz e na boca, também aparecem tostados e sutil mineralidade, que completa o painel.
Ciro Lilla sabe o que faz, aliás, José Manuel nos disse que um lote está reservado para ele, e quem sabe daqui uns 3 anos, não nos convide para visitar sua propriedade e provar seus vinhos exclusivos?
Para saber mais sobre o empreendimento
http://www.ofwinepartners.com/portugues
Vinci
www.vincivinhos.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Manifesto de Luís Henrique Zanini da vinícola Vallontano

Meninas e meninos,
Para conhecimento daqueles que ainda desconhecem o que sejam as salvaguaradas pleiteadas para os vinhos Brasileiros, segue a íntegra de um manifesto lido pelo jornalista Alexandre Lalas, no Restaurante Aprazível, Rio de Janeiro, dia 15/05/2012, por ocasião de uma mostra de vinhos “desagravo”, onde só as vinícolas que são contra as salvaguardas levaram seus vinhos.

Manifesto enviado por Luís Henrique Zanini (vinícola Vallontano):

"Prezados senhores, senhoras, jornalistas, enófilos, sommeliers, chefs, lojistas. produtores, amantes do vinho, pessoas de bem.
É com imensa alegria que iniciamos este encontro. Hoje é um dia de júbilo inebriante, um dia de celebração. Estamos aqui para resistir à tentativa de genocídio da diversidade do vinho no Brasil. Estamos aqui para resistir ao fim da pluralidade, estamos aqui para dizer a verdade, a nossa verdade, a única verdade. Estamos aqui porque não queremos ser engolidos pelo monstro da economia de escala. Estamos aqui para defender os vinhos brasileiros, e, sobretudo, para debater a tentativa perversa de privilegiar apenas a grande indústria de vinhos no Brasil em detrimento da artesania. O Aprazível já foi palco de outras batalhas e novamente abre suas portas para um momento importante e histórico, e sem precedentes para os rumos da vitivinicultura no Brasil. O Aprazível é para nós, pequenos produtores brasileiros, o fórum legítimo para discutir a vitivinicultura brasileira. O palco perfeito para quem não tem vez e voz em sua própria terra. É o púlpito para ressonarmos nosso descontentamento com as políticas impostas pelo setor, e por todas as entidades que apóiam o Selo Fiscal e a Salvaguarda. Falam em patriotismo, falam em brasilidade, falam em responsabilidade, falam em abrir a cabeça, falam em erguer a taça, falam em dizer sim. Mas também nos acusam de boicotadores, de traidores do vinho brasileiro. Pois bem, gostaria de questionar quem são os traidores de fato. Será que nos venderíamos por 30 moedas? Será que teríamos todo este poder que agora nos imputam? Senão vejamos: quem boicotou as mais de 400 vinícolas que foram contra o Selo Fiscal? Quem boicotou os cidadãos que firmaram, de próprio punho, através de abaixo assinado, esta contrariedade? Quem boicotou o pequeno produtor ao pedir que derrubassem a normativa que isentava o Selo fiscal para vinícolas que produzissem até 20mil litros de vinho? Quem está boicotando a discussão sobre o sistema tributário Simples para as pequenas vinícolas? Quem boicotou as vinícolas familiares que foram fechadas por não respeitarem a impraticável normativa IN 05 (normativa esta que impossibilita qualquer agricultor de fazer vinho em sua própria propriedade?) Quem boicota os pequenos agricultores e os trata como verdadeiros criminosos por fazerem vinho para seu próprio consumo? Quem são os boicotadores do vinho brasileiro? Acusam indiscriminadamente os pequenos produtores, por estarem ligados a esta ou aquela importadora, acusam pequenos produtores por serem desta ou daquela etnia, acusam os pequenos produtores de serem deste ou daquele Estado, acusam os pequenos produtores de estarem promovendo o caos. Acusam os pequenos produtores de serem manipuladores de informações. Assim, assistimos perplexos a tudo isto, à falta de elegância destas pessoas que estão botando abaixo a imagem do vinho brasileiro. Prezados cidadãos e cidadãs, o marketing não esconde atos fascistas, o marketing não limpa a alma, o marketing não forja caráter, o marketing não faz vinho! Mas querem reverter através dele a insanidade que foi o pedido de Salvaguarda. Ora, vejamos sob a luz da razão esta abominação: quem pediu a Salvaguarda para os vinhos brasileiros? Segundo um renomado enólogo e produtor de vinho brasileiro, foram as entidades “representativas” do Setor que a pediram, mais ninguém. E quem são estas entidades? De que elas são formadas? De que matéria? De seres inanimados? De biomas desconhecidos? De lontras, leões marinhos, salames, porcos, raposas? Quem são seus dirigentes? Será que estas entidades abririam suas atas publicamente para termos acesso a estas votações? Tanto do Selo Fiscal quanto da Salvaguarda? Ou elas não existem? De onde surgiram estas idéias? Da caixa de pandora? Onde estas idéias foram debatidas? Quando, como e com quem? Estas atas não apareceram e nem vão aparecer, porque apenas poucas vinícolas decidem por centenas de produtores. Fácil agora recorrer à cortina obscura das “entidades representativas” do setor, para safarem-se do imbróglio. Disseram também que a Salvaguarda é um ato social, pois dela dependem 20mil famílias. Gostaria de saber se as 20mil famílias sabem das contrapartidas da Salvaguarda. Para que o governo adote as medidas protecionistas o setor se compromete a implementar diversas medidas compensatórias. Vejamos algumas delas: “a implantação de 1.500 ha de vinhedos em áreas fora das áreas tradicionais”, quem sabe propomos às 20mil famílias serem os novos pedestres do mar vermelho protagonizando mais um êxodo na história? Quem tem mais condições de implantar estes 1.500 hectares? Outro exemplo será a diminuição de até 15% do custo de produção da matéria-prima e redução em 35% com relação a regiões tradicionais, onde hoje habitam estas 20mil famílias. Além disso, teremos que aumentar em 37% a produtividade dos nossos vinhedos, ou seja, teremos que piorar a qualidade de nossa uva? Isto é insano! E, pasmem, a Salvaguarda incentiva fusões de empresas para ganho de escala, e pretendem investir do 3º ao 8º ano 40 milhões de reais em promoção “coletiva”. Quem pagará esta conta? Para quem está sendo direcionada esta “coletividade”? É revoltante saber que nos últimos anos as grandes corporações conseguiram tudo do IBRAVIN, e este mesmo instituto não apresentou um único plano para melhorar a competitividade das vinícolas familiares. Ao contrário, nos presenteou com o burocrático e ineficaz Selo Fiscal. Não apresentou uma única proposta para financiar pequenos produtores e incentivar a vitivinicultura familiar, em vez disso está exigindo cursos de qualificação para a implantação de uma normativa utópica e impraticável para os colonos, a IN05. Não há um único projeto para vinhos artesanais no país; ao contrário puniu os agricultores que elaboravam vinhos em suas propriedades. Novamente pergunto quem está sofrendo o boicote durante anos? Quem são os boicotadores. A grande indústria brasileira usa a ardilosa estratégia de se colocar como vítima. Queremos saber quem está de fato boicotando o vinho brasileiro? Meus caros, por isto estamos aqui, para dar nossa resposta de forma elegante e prazerosa, ao evento que acontece simultaneamente em outro local promovido pelos defensores do Selo Fiscal, da Salvaguardas e das Normativas, que servem apenas de instrumentos de defesa, numa vergonhosa e escancarada tentativa de reserva de mercado. Se fizeram dívidas e dimensionaram mal o seu mercado e suas expansões, agora que paguem! E não dividam sua dívida com o setor. Se fosse assim, também gostaríamos que o governo pagasse nossos Proger e Prodefrutas. Mas ao invés da choradeira estamos aqui, no verdadeiro campo de batalha, “o mercado”, tentando vender nossos vinhos sem nenhuma salvaguarda, sem recorrermos ao “tapetão”!
Não poderia deixar de fazer referência a um grande homem de coragem, e proprietário do restaurante que possui a melhor carta de vinho brasileiro, Pedro Hermeto. Parabéns pela coragem, pela determinação e entendimento. O Aprazível foi e sempre será a grande referência para o vinho brasileiro. Também agradeço a todos que se empenharam nesta luta de defesa do pequeno produtor brasileiro. Certamente o sacrifício e o sudário impressos em nossos dias não nos roubaram a dignidade, nem execraram de nós a sensibilidade; ao contrário, nossas gárgulas inundaram as nossas vidas de alegria e serenidade. O vinho imaculado corre em nossas veias como o Vesúvio em seus tempos de glória! Somos parte de um mesmo corpo, amantes de um mesmo amor, fugitivos de guerra procurando a paz. Como homens e mulheres de um novo tempo, temos somente um dever: procurar a verdade. Que ela nos guie e nos liberte, que ela nos desvende outros caminhos além daqueles indicados por outros, que ela nos esclareça e nos dê essência. Sigamos então a verdade da luz da lua numa noite de verão, bebamos um vinho autêntico com nosso melhor amigo, sejamos um pouco o corpo do Criador, sejamos os ramos da videira a frutificar pela eternidade, sejamos odres novos para o vinho novo. Cantemos os salmos da vida, festejemos o Cântico dos Cânticos, sempre e sempre. Façamos do vinho o nosso filho unigênito, respeitando suas nuances e suas estações, façamos dele nossa vida, como nossos sonhos, outrora verdadeiros, como o mar calmo depois do verão. Que os sonhos de cada um que se encontra hoje aqui se tornem uma vinha fértil, que nossos braços sejam como os ramos e frutifiquem, que as nossas mãos toquem com delicadeza e carinho nossa colheita, e que nossos olhos habitem o infinito para sentirmos então todos os aromas indescritíveis, jamais sonhados, degustando a paz, e encontrando a vida plena.
No vinho a luz, no vinho a vida, no vinho o escárnio, a ousadia, no vinho o corpo, o sopro, a luz...
No vinho o mar,
No vinho o amor, o amor, o amor.
Assim seja!"
Veja por completo em
http://www.winereport.com.br/winereports/uma-festa-de-arromba/1928

Na foto os famigerados selos fiscais, outra invenção dos mesmos que agora pedem salvaguardas, os quais se soltam das garrafas e caem ao chão, enviada pelos amigos da loja Vieira Vinhos em São Paulo, já do ano passado, ocasionando maior custo para "encapsular" os selos para não se desprenderem...
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Comissão de Viticultura da Região dos vinhos Verdes entrega prêmios: Os Melhores Verdes 2012



Meninas e meninos,
Os amigos Manuel Pinheiro, Carla Cunha, Bárbara Roseira, Bruno Almeida, Antonio Cerdeira do CVRVV, e demais amigos e produtores dos Vinhos Verdes, pedem para avisar que a CVRVV irá realizar no próximo dia 01 de Junho a cerimônia de entrega dos prêmios do Concurso Os Melhores Verdes 2012, no Palácio da Bolsa no Porto. A comissão realiza este concurso todos os anos, como forma de premiação do que se faz de melhor nesta bela região de Portugal.
Ano passado, quando lá estive, tive a oportunidade de degustar os 20 melhores Vinhos Verdes safra 2011, e já sinto saudades.Espero poder participar em breve de outras provas como estas e de conhecer mais produtos e produtores. Ainda ontem, degustei um ótimo Afros Loureiro 2010 produzido pelo amigo Vasco Croft. Estava fantástico com frutos do mar grelhados.
Além do Júri oficial que prova os vinhos, há outro concurso chamado de “Best Of”, em que o painel do Júri é composto por um elemento de cada um dos principais mercados de exportação dos Vinhos Verdes.
O Best Of Vinho Verde é uma categoria internacional do “Concurso Melhores Vinhos Verdes”, promovido há 25 anos pela Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no qual um reconhecido júri Português tem premiado anualmente Vinhos Verdes de diferentes castas e lotes. Este Concurso é um dos mais importantes concursos Portugueses, com forte visibilidade na comunicação social nacional, reunindo cerca de 200 vinhos da Região Demarcada, a maior região vitivinícola de Portugal e uma das maiores da Europa.
Na edição de 2009 deste Concurso foi introduzida a nova categoria Best Of Vinho Verde, premiando os cinco melhores Vinhos Verdes na ótica de um conceituado júri internacional. Os vinhos premiados nesta categoria serão os embaixadores dos Vinhos Verdes nas iniciativas internacionais promovidas pela CVRVV, principalmente nas provas realizadas na Alemanha, Brasil, Canadá, EUA, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça, com forte promoção na imprensa especializada.
O júri internacional do Best Of Vinho Verde, constituído por oito especialistas dos mercados de exportação acima referidos, e um representante do mercado nacional analisam sensorialmente e classifica os vinhos com a garantia de absoluto anonimato. As provas decorrem em sala de provas tecnicamente adaptada para análise sensorial, com recurso a ficha de prova internacionalmente reconhecida. Normalmente participam cerca de 35 vinhos nesta categoria. Aos cinco vinhos melhores classificados é atribuída a distinção Best Of Vinho Verde.
A cerimônia de Entrega de Prêmios decorrerá durante a Gala dos Vinhos Verdes, que contará com a presença de cerca de 300 convidados, entre produtores, distribuidores, líderes de opinião e os principais meios de comunicação social. A Gala Dos Vinhos Verdes realiza-se no dia 1 de Junho de 2012.
Para maiores esclarecimentos
CVRVV
www.vinhoverde.pt
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 15 de maio de 2012

ORYZA tem menu por R$ 45,00.


Meninas e meninos,
Em jantar animado, onde me encontrei com alguns amigos do mundo blogueiro, fui conhecer o Oryza, restaurante que tem o arroz(Oryza é arroz em latim), como ingrediente símbolo.
Os Chefs Daniela Amendola e Márcio Silva criaram o que chamam de Menu 45, onde um menu, renovado a cada semana, com couvert, duas opções de pratos, entrada e sobremesa, custa R$45,00, prova de que comida boa e criativa não precisa ser cara.
Quanto às bebidas, alguns dos vinhos, por exemplo, podem ser pedidos em uma variada quantidade em mililitros, como 125ml; 250ml; 500ml e 750ml, onde o primeiro é servido em taça, os dois seguintes em decanter e o último em garrafa.
Como o arroz é o mote, claro que o Saquê não poderia faltar, inclusive em drinques.
No dia em que lá estive, o welcome drink foi o Oryza, que leva espumante, suco de ameixa Amarena, saquê Jun Daiti e uma Amarena enfeitando a taça.
Quando da visita, os Chefs fizeram um menu degustação dos mais saborosos, mesclando dentre as opções do menu 45.
Couvert:
Pão da casa feito com arroz arbóreo
Manteiga queimada
Entradas:
Shot de abóbora com abacaxi caramelado
Suppli-bolinho de risoto parmegiana, recheado com queijo minas padrão acompanhado de geléia de pimenta.
Crostini de queijo de cabra e figo com redução de aceto balsâmico.
Pratos:
Lulas salteadas em molho de sua tinta e supreme de laranja
Steak tartar com maionese defumada, sorvete de mostarda e batata assada(fantástico).
Risoto de beterraba, pasta de limão Siciliano e aspargos verdes.
Panceta de porco com purê de maçã e alecrim, espinafre e pururuca light.
Sorbets
Pepino com wasabi; maracujá, melão Cantaloupe limão Siciliano.
Sobremesas
Riz au lat-arroz doce francês
Blondie de butterscotch-bolo quente de manteiga e caramelo ao rum e pistache.
Os vinhos foram uma sugestão dos Chefs, sendo um branco um Sul Africano, da vinícola De Wetshof, o Danie de Wet Chardonnay 2011, ótimo vinho, cítrico, floral e mineral, equilibrado, não faz sentir os 13,5% de álcool, e surpreendeu ao fazer par com o tartar defumado.A melhor harmonia da noite sem dúvida!
O tinto um Alentejano, o Ciranda 2009, da Herdade dos Coelheiros, com frutado notável, até devido ao corte que leva além da Trincadeira e Aragonês a Syrah, sem passagem por madeira, acidez ótima, equilíbrio entre taninos e álcool 14%, que fez par com a panceta de porco.
Se tivesse que recomendar um prato e um vinho, o branco e o steak tartar seriam os elegidos. O Chardonnay é servido nas medidas enunciadas acima.
Oryza
www.oryza.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mais um belo livro da coleção Vinícolas de Charme.

Meninas e meninos,
O convite para o coquetel de lançamento da edição Itália do Vinícolas de Charme, segue abaixo no texto do release.
Meus amigos Patricia Jota, Breno Raigorodsky e Cláudio Schleder aguardam sua presença dia 15 de Maio.

LIVRO ‘VINÍCOLAS DE CHARME – ITÁLIA’ DA INBOOK EDITORA SERÁ LANÇADO DIA 15/05
Na volta ao mundo pelas ‘Vinícolas de Charme’, depois do primeiro livro que abordou o cone sul, e o segundo, os vinhos com borbulhas, eis que a série chega à Península Itálica, com suas vinícolas lindas, exóticas, cheias de história e grandes vinhos.
Do fantástico Piemonte dos Barolo ao Vêneto dos Amarone; da Toscana dos vinhos tradicionais e modernos até a Sicília que não pára de trazer grandes surpresas para o universo das taças, ‘Vinícolas de Charme – Itália’ é um livro para se ter, para ler de uma vez ou para sonhar de gole em gole.
O livro é editado por Claudio Schleder da Inbook Editora, tem consultoria técnica de Breno Raigorodsky, e redação de Patricia Jota, num volume de 148 páginas ilustradas com fotos espetaculares de cinquenta vinícolas selecionadas das principais regiões da viticultura italiana, enfocando seus vinhos, uvas, terroir, tipos de climas, enólogos, avaliações e muito mais. O preço é R$ 200 nas principais livrarias. O coquetel de lançamento para convidados acontece no dia 15 de maio, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Wine Tour-Uma viagem ao Mundo do Vinho em um só lugar.

Meninas e meninos,
Mais uma vez, me vejo diante de uma situação muito difícil, onde falar de um só dos vinhos degustados que mais me chamou a atenção nesta mostra denominada Wine Tour, que as importadoras Interfood e TodoVino realizaram, é impossível.
Impossível pois vários dos vinhos ali expostos, muitos deles com seus próprios produtores a nos esclarecer alguma dúvida, já são meus preferidos.
Para citar de bate pronto, os vinhos da portuguesa Cia das Quintas, onde alguns dos melhores Arintos que degustei, o Prova Régia e o Morgado de Santa Catherina, já foram temas de artigos escritos em outras ocasiões.
http://divinoguia.blogspot.com.br/2010/05/companhia-das-quintas-e-o-otimo-morgado.html
http://divinoguia.blogspot.com.br/2011/10/tasca-da-esquina-e-gastronomia-de-vitor.html
O que falar da conhecida Santa Helena, do Chile, e seu maravilhoso Don-De Origem Nobre 2008, corte de Cab Sauvignon(85%) e Petit Verdot?
Do Líbano, o ótimo Chateau Ksara e o bom relação preço x qualidade Cuvee de Printemps 2010.
Quer Barolo? Deguste o fantástico Elio Grasso Barolo Gavarini Vigna Chiniera 2006 DOCG.
Da Sicília os vinhos da Planeta, incluindo-se ai um belo Passito di Noto.
Veneto e os Tommasi Viticoltori, onde seu Amarone Clássico 2007 DOC, acompanhou uma refeição minha recentemente em Vancouver no Canadá
http://divinoguia.blogspot.com.br/2012/03/restaurante-cin-cin-em-vancouver-com.html
Sardenha degustei o ótimo Cannonau di Sardegna Riserva 2007.
Bordeaux e o ótimo Sauternes Chateau Liot 2004.
Quem prefere Chablis, tem uma oferta fantástica e com ótimos preços com os La Chablisienne, especialmente o Premier Cru Côte de Léchet 2009, estupendo mesmo!
Champagne? Quer surprender-se? Cattier Brut Antique Premier Cru ou mesmo o Armand de Brignac Brut Gold.
O que dizer dos ótimos Tokaj da Humgria, de Patricius Tokaj, com os Aszú 3;4;5 ou 6 Puttonyos.
Mas vou falar do Baron Langwerth Von Simmern, que desde 1464, com ha na região de Rheingau, Alemanha, começou a plantar seu vinhedo.
E, 1711 a família se mudou para Eltville, centro cultural de Rheingau, onde com mais terras fundaram uma cantina que continua ativa até hoje, e seus vinhos me deixaram maravilhado.
Degustei dois deles, o Eltviller Riesling Kabinnet Feinherb, com 12% de álcool, açúcar residual na casa dos 17g/l, muito frutado, delicado,
em boca confirma as frutas, certo mineral e claro, adocicado, e o Eltiviller Riesling Kabinett Trocken, 12% de álcool, açúcar na cada dos 8g/l, frutas como maça, algum cítrico como Lima da Pérsia, mineral, todos confirmados em boca, longo, gostoso e fresco, equilibrado entre o dulçor e acidez, ótimo para o nosso clima.
Para esclarecer, vejam a classificação dos vinhos alemães quanto ao açúcar.
Qualitatswein mit Pradikat (Qmp): Vinho de qualidade com características especiais. É a classificação mais alta. Para obter esse status as uvas devem atingir um nível de amadurecimento mínimo que pode variar para cada região. A chaptalização (adição de açúcar durante fermentação para aumentar o nível de álcool) não é permitida nestes vinhos.
Kabinnett: Exceto se rotulado como trocken ou halbtrocken, esse vinho será meio seco.
Spatlese: Vinho de colheita tardia, normalmente de estilo médio a meio-doce.
Auslese: Vinho médio a doce no qual algumas uvas podem ter sido afetadas por botritis.
Beerenauslese (BA): Vinho doce no qual muitas uvas foram afetadas por botritis.
Eiswein: Vinho intensamente doce feito de uvas que congelaram naturalmente na vinha.
Trockenbeerenauslese (TBA): Vinho intensamente doce feito apenas com uvas afetadas por botritis. Não confunda com trocken que significa seco.
Qualitatsswein bestimmter anbaugebiet (QbA): Segundo nível de classificação de vinhos de qualidade feitos em região demarcada. A chaptalização é permitida.
Landewein: Equivalente ao vin de pays frances, um vinho que pode proceder de qualquer das 17 areas designadas existentes.
Deutsche Tafelwein: Categoria para vinhos de mesa feitos exclusivamente na Alemanha
Parabéns aos amigos da Interfood, valeu a volta ao mundo ao redor dos vinhos.
Interfood
www.interffod.com.br
TodoVino
www.todovino.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sabores do Chile-Jantar magnífico

Meninas e meninos,
Nesta semana Jorge Montero, Embaixador do Chile no Brasil e
Oscar Paez Gamboa, Diretor do Escritório Comercial do Chile em São Paulo me convidaram para o jantar "Sabores do Chile".
Menu elaborado especialmente para este evento pelo Chef chileno Carlo von Mühlenbrock, onde os produtos Chilenos foram destacados com o tema inspirado em Pablo Neruda.
Evento realizado mundialmente há mais de 10 anos, pelo segundo ano consecutivo no Brasil, reuniu empresários tanto do Chile como do Brasil dos mais diversos ramos de atividade, ligados à produção agrícola, alimentícia e de bebidas, como importadores, distribuidores, varejistas, atacadistas, hotéis, restaurantes e jornalistas da imprensa especializada.
O Chef Carlo, proprietário do Osadía Restoran, na capital chilena, é reconhecido pela criatividade e pelo uso de ingredientes tradicionais.
Antes de falar do jantar e dos vinhos apresentados, um pouco da relação comercial entre os dois paises: O Brasil é um renomado importador de frutas frescas. Em 2011, as importações brasileiras alcançaram a cifra de US$ 495 milhões, o que representou um aumento de 35% em relação a 2010. Os principais itens foram pêras, maçãs, uvas, ameixas, kiwis, cerejas, nectarinas, pêssegos, laranjas e clementinas (frutas similares à tangerina). A participação chilena em 2011 neste mercado foi de 18%. O Chile destacou-se como principal provedor de uvas, cerejas e damascos, e atualmente ganharam mais força as maçãs, ameixas, kiwis, nectarinas, framboesas e amoras.As importações brasileiras de frutas secas e desidratadas tiveram um crescimento muito relevante. Em 2011, o Brasil importou US$ 257,4 milhões, representando um aumento de 44% em relação ao ano anterior. Em termos de volume, o crescimento foi de 72%, passando de 63,1 mil toneladas em 2010 para 108,5 mil toneladas em 2011. As 10 frutas secas e desidratadas com maior nível de importação pelo Brasil em 2011 foram: castanhas de caju, uvas passas, nozes sem casca, cocos, avelãs sem casca, damascos, amêndoas sem casca, ameixas sem caroço, ameixas com caroço e nozes com casca. A participação do Chile nas importações brasileiras de frutas secas e desidratadas foi de 21% no período. Cabe ressaltar que os produtos chilenos líderes no mercado brasileiro são nozes com e sem casca, amêndoas sem casca e maçãs desidratadas. Um dos segmentos de alimentos importados pelo Brasil com crescimento consistente foi a carne de cordeiro. Em 2011, as importações alcançaram os US$ 33,9 milhões, com um volume de 5.135 toneladas. O Chile teve una participação nesse mercado. Em 2011, as vendas chilenas chegaram a US$ 1,5 milhão (4% do mercado), com um volume de 266,5 toneladas. Os produtos de maior importância foram as partes não desossadas e congeladas de ovinos. Não cabem dúvidas de que o setor de produtos do mar é um dos mais interessantes para os exportadores chilenos. Em 2011, suas importações alcançaram um total de US$ 1.251 milhão. Os produtos do mar mais importados pelo Brasil ano passado foram: filés congelados de pescados, salmões frescos do Pacífico, bacalhaus (Gadus) secos e salgados, bacalhaus polares secos, filé de merluza congelados, bacalhaus congelados, tubarões azuis congelados, sardinhas congeladas, bacalhaus (Gadus Morhua) secos e salgados e demais pescados salgados. Em 2011, as vendas chilenas desse setor alcançaram a cifra de US$ 283,2 milhões (23% do mercado), com um volume de 47.192,6 toneladas. Os principais produtos que o Chile exportou para o Brasil são: salmões frescos e congelados, trutas frescas e congeladas, demais filés de pescados frescos e congelados, camarões congelados e filés de merluza.
Depois de um coquetel onde foram servidos empanadas de mexilhão, tartar de corvina e vôngole, o famoso Pisco Sour e um belo Pinot Noir 2009 o Adobe da Emiliana, passamos ao salão de jantar.
Começando com a entrada, uma caçarola de milho em cama do Pacífico, pasta de alcachofra e salmão de Chiloé Marinho, harmonizado com um Chardonnay 2010 Reserva 35 Sur, da Viña San Pedro.
Claro que a alcachofra tinha que infernizar o vinho, mas de resto o prato e vinho se saíram bem.
Foi servida uma sopa, um caldo de Congrio, que para mim foi a estrela da noite, tanto pelo prato, como pela harmonia com o belo vinho, um Sauvignon Blanc 2011, Adobe da Emiliana, vinho espetacular, aromático, floral e cítrico com mineralidade marcante.Em boca acidez ótima, confirmando os cítricos e algumas especiarias como aniz.
Prato principal Carré de cordeiro, aromatizado com sal em escamas levemente defumado, batatas fritas, cominho, cebolas assadas, harmonizado com o Marqués de Casa Concha Cabernet Sauvignon 2009 da Viña Concha Y Toro, que como sempre, soberbo.
Para sobremesa outra boa surpresa um Torrone de ameixas e amêndoas, acompanhado de frutas do fim do mundo, e um Late Harvest Riesling 2011 da Viña San Pedro.
Além da beleza e harmonia dos pratos, Carlo, uma simpatia, nos recebeu a todos os jornalistas com delicadeza e paciência.
Parabéns mais uma vez ao ProChile e à todas as pessoas envolvidas no evento.
Sabores do Chile
www.saboresdochile.com.br
Planin Assessoria de Imprensa do ProChile
www.planin.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 9 de maio de 2012

SITE DO VINHO BRASILEIRO: DO INICIO AO FIM




Meninas e meninos,
Segue na íntegra o desfecho de uma etapa do vinho Brasileiro, relacionado ao site de mesmo nome, no texto do Carlos Arruda, meu amigo e colunista como eu, dentre outros, do Jornal Vinho & Cia, que não é mais jornal e sim Guia, mas teimo em chamá-lo de Jornal.

"Cinco anos após o lançamento do Guia dos Vinhos Brasileiros (2001), a Academia do Vinho decidiu novamente investir esforços na divulgação do vinho brasileiro, usando o prestígio alcançado pelo site.
O momento era propício -2006– com o espumante brasileiro conquistando vitórias no exterior, muitas vinícolas consolidando sua atuação com lançamentos de vinhos premium, e as regiões da Serra Catarinense e Serra do Sudeste despontando como promessas de qualidade.
Naquele momento, a seção Brasil da Academia era a única fonte de consulta sobre as regiões vinícolas de nosso país, mostrando inclusive muitas vinícolas e seus vinhos.
A notoriedade do site, com milhares de links apontando para nosso endereço, levou diversos sites internacionais a apontar para ela como importante espaço de estudo, pois era a única fonte aberta disponível sobre o assunto – vinho brasileiro.
Na época o IBRAVIN estava evoluindo sua atuação junto à comunidade vinícola gaúcha, com o lançamento do Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul, publicação técnica em CD-ROM com um levantamento extensivo de nossa produção vitivinícola.
Como essa entidade ainda não possuía um site com informações sobre o vinho brasileiro para os consumidores, propusemos a eles a montagem e operação de um site completo, que passaria a ser o site oficial de nossa vinicultura. Seria uma união de forças para a informação do consumidor, ainda bastante preconceituoso com nossos vinhos.
Essa proposta foi apresentada oferecendo toda a montagem técnica e inserção de conteúdo bancada pela Academia, cabendo ao IBRAVIN apenas um custo mensal de manutenção editorial do site.
Vários meses se passaram e nos nossos contatos constantes com a diretoria do IBRAVIN ouvimos que eles gostaram muito do projeto e também confessaram sua total impossibilidade financeira para a realização do site, devido à omissão do governo do RS nos repasses dos recursos do Fundo Vitis, verba única de operação da entidade.
Vimos o IBRAVIN reduzir drasticamente o quadro de funcionários por falta de dinheiro...
Como forma de viabilizar o projeto, propusemos a montagem do site com nossos recursos, conforme previsto e a criação de um fundo de manutenção composto por uma taxa simbólica mensal de participação, paga pelas vinícolas que desejassem participar do site.
O projeto previa toda a gerência de conteúdo sobre vinícolas e regiões, premiações em concursos, a publicação de editoria de notícias e eventos e também a sinergia com o turismo ligado ao vinho.
O IBRAVIN entraria apenas com seu apoio institucional junto à comunidade vinícola, avalizando nossa proposta e garantindo o acompanhamento do conteúdo publicado.
A proposta foi imediatamente aceita.
Investimos então dinheiro, tempo e energia à concretização desse projeto.
Partimos para uma série de visitas às regiões da Serra Gaúcha e Planalto Catarinense, onde fizemos contatos com associações e vinícolas, apresentando o projeto completo e recebemos de todos que visitamos os maiores elogios à iniciativa.
A figuração das vinícolas teria o custo simbólico de mensal de R$ 39,00.
Uma de nossas viagens coincidiu com a Avaliação da Safra de 2006, onde fizemos novos contatos com vinicultores e entidades.
Terminamos essa jornada com amplo apoio ao conceito do projeto e o compromisso de participação de 94 vinícolas.
O grupo de Santa Catarina – ACAVITIS - não efetivou a participação naquele momento e nunca o fez, por motivos (quase) desconhecidos.
De outubro 2006 a janeiro 2007 nos dedicamos integralmente à montagem técnica do projeto e à reunião de informações sobre regiões, vinícolas, concursos e entidades.
A publicação de notícias e eventos sobre vinho no Brasil já era um dos pontos fortes do site Academia do Vinho e intensificamos a pesquisa de matérias sobre o vinho brasileiro.
Nesse mesmo período começou a divulgação da Fenavinho 2007, a ser realizada em fevereiro, e contribuímos gratuitamente para esse evento com um anúncio na capa do site Academia do Vinho durante vários meses.
Em janeiro recebemos o contato do Vice-Presidente de Marketing da Fenavinho, Diego Bertolini, que manifestou grata surpresa por verificar que quase 50% do tráfego do site do evento provinha da Academia do Vinho.
Como forma de agradecimento, a feira nos oferecia espaço para divulgar nosso trabalho.
Revelamos então nosso projeto para o Site do Vinho Brasileiro e ele ficou bastante empolgado com a idéia de fazermos o lançamento na Fenavinho.
Passamos a trabalhar para essa data.
O IBRAVIN não concordou em usarmos o seu endereço na internet “Vinhos do Brasil” e também em tratarmos nosso site como oficial, claramente desvinculando nosso trabalho da entidade. Assim sendo, definimos o projeto como Site do Vinho Brasileiro.
O lançamento na Fenavinho conforme previsto, no dia 2 de fevereiro, contou com a presença de autoridades e vinicultores (não muitos).
Nesse momento tínhamos mais de 90 vinícolas publicadas, todas as regiões com mapas e informações, um importante rol de notícias e eventos da vinicultura nacional e a alusão explícita das parcerias oficiais com o IBRAVIN e a Embrapa Uva e Vinho.
De imediato o Site do Vinho Brasileiro se mostrou a única fonte completa de informações sobre a vinicultura nacional e logo se tornou muito visitado, graças à força de divulgação da Academia do Vinho.
Os esforços pessoais e financeiros para essa realização foram gigantescos e o único caminho possível era investir ainda mais para o crescimento do projeto, acreditando no suporte dado pela comunidade vinícola e na promessa do IBRAVIN de contribuir financeiramente para a manutenção do projeto quando sua situação se normalizasse pela volta do repasse do Fundo Vitis.
Um mês depois do lançamento, emitimos a primeira cobrança geral para as vinícolas participantes. Para nossa surpresa, das mais de 90 vinícolas com quem havíamos firmado acordo, apenas 36 mantiveram seu compromisso de participação.
Das restantes ouvimos diversas explicações, variando entre “nunca combinamos nada” até “não temos condições de participar”.
Um vinicultor de terno e sapatos italianos e uma Mercedes Benz estacionada chegou a pedir um “desconto” sobre os R$ 39,00.
Começamos a descobrir que, ao contrário dos nossos princípios, para muitos daquele setor os apertos de mão são apenas cordialidades, não significam compromisso.
Perante tamanha decepção, percebemos que nosso investimento seria impossível de recuperar em curto prazo (se fosse algum dia) e que a manutenção de todo o trabalho editorial não seria nem minimamente remunerada.
Ainda assim decidimos levar adiante o projeto, confiando em uma mudança de postura, na adesão progressiva das vinícolas contatadas anteriormente e de outras emergentes.
Teimosos? Cegos? Preferimos nos autodenominar otimistas.
Importante lembrar que o Site do Vinho Brasileiro não tem e nunca teve nenhuma forma de publicidade, para ser uma fonte institucional de informações totalmente isenta.
Todas as vinícolas, desde a menor e estritamente familiar até a holding internacional, dispunham do mesmo espaço de divulgação, com o mesmo destaque, a mesma possibilidade de expor seus produtos, notícias e prêmios, pelo mesmo preço.
O tempo passou e mantivemos nosso Site do Vinho Brasileiro em operação como uma forma de suporte e incentivo ao Vinho Brasileiro, defendendo nosso sonho de contribuir para a desmistificação e queda do preconceito esse produto.
Temos plena consciência da importância da nossa atuação na mudança da postura do público nesses 5 anos.
Conquistamos uma média de 870 visitas diárias e a 8ª posição no Google para a consulta [vinhos].
Nesse ínterim diversas vinícolas abandonaram o projeto, alegando “corte de verbas” e “ausência de resultados” e algumas poucas ingressaram.
Temos pena de uma empresa que não pode investir 39 reais mensais em divulgação. Melhor fechar as portas...
Nosso agradecimento especial a Ademir Brandelli, proprietário da vinícola Don Laurindo, primeira empresa que "comprou a idéia", acreditou no potencial deste projeto e nos enviou material completo para figuração.
Enquanto isso, o IBRAVIN mantinha sua pressão junto ao governo do RS para conseguir as verbas de atuação definidas oficialmente, então suspensas devido à caótica situação financeira do estado.
Em todos os frequentes contatos reiteramos junto ao IBRAVIN nossa dificuldade em manter o projeto em operação com a baixa participação das vinícolas e ouvimos do Diretor Executivo Carlos Paviani que “o momento certamente chegará para os apoiarmos”.
O jovem e empolgado Gerente de Marketing da entidade, recém empossado, nos externou a necessidade do instituto de ter um site oficial para o vinho brasileiro e nos garantiu que quando tivessem recursos nosso projeto seria absorvido e nosso trabalho passaria a ser utilizado no site Vinhos do Brasil.
Uma proposta para essa atuação foi solicitada e enviada prontamente, apresentando uma disponibilidade em aberto para nossa participação dando continuidade à divulgação do Vinho Brasileiro.
Quando os repasses de verbas se normalizaram, nenhuma dessas promessas foi cumprida, nossos contatos foram respondidos laconicamente e as campanhas milionárias do Vinhos do Brasil foram ao ar.
Tivemos então a certeza de que ali os apertos de mão são apenas cordialidades, não significam mesmo compromisso.
Parece que tudo (marketing, design, holofotes, colunas sociais, celebridades) é mais importante do que realmente fazer um trabalho sério e completo de divulgação do vinho brasileiro.
O site Vinhos do Brasil se tornou uma plataforma publicitária patética e as poucas informações ali presentes sobre nossa vinicultura de forma nenhuma representam a vinicultura nacional. É um desserviço ao verdadeiro universo dos vinhos do Brasil divulgar essa plataforma, tanto no Brasil como no exterior. É um resumo pobre e medíocre da enorme diversidade de nossa produção.
O mapa das regiões vinícolas brasileiras ali apresentado foi montado sobre a base cartográfica fornecida pelo Site do Vinho Brasileiro, então solicitada pelo staff do IBRAVIN. Não há sequer o crédito pela imagem.
Dinheiro não lhes falta para fazer um trabalho primoroso. As campanhas apresentadas escoam verbas pelo ralo. As agências de publicidade devem estar rindo de orelha a orelha.
Conhecimento técnico nós oferecemos, mas foi desprezado em favor de outras prioridades, sabe-se lá quais.
Nosso trabalho foi desprezado e não fizeram nada nem minimamente parecido. Uma pena.
É por absoluta incapacidade de manter esse projeto em atividade que finalmente abrimos mão desse sonho que virou pesadelo.
O trabalho é lindo, mas como já diziam nossas avós, beleza não põe a mesa.
Manter a atualização exige tempo e dedicação, que hoje pagamos para fazer. Infelizmente temos contas a pagar, não dá para viver de formosura.
Nesse momento em que decidimos encerrar a operação do Site do Vinho Brasileiro temos apenas 17 vinícolas participantes, às quais agradecemos vivamente o apoio:
Adega Chesini, Aurora, Botticelli, Casa Valduga, Cave de Amadeu, Cordilheira de Sant`Ana, Dal Pizzol, Dom Cândido, Don Laurindo, Lídio Carraro, Nova Aliança, Perini, Salton, Sanjo, Valdemiz, Valmarino, Vinícola Góes.
Nós sabemos o que vivemos, tudo que ouvimos, os compromissos que assumimos (e que cumprimos integralmente), os compromissos que assumiram conosco (e que não foram cumpridos) e dormimos em paz com isso. Nossos princípios de seriedade foram honrados até o ultimo minuto, mesmo com os que não retribuíram na mesma moeda.
Aqueles que acompanharam conosco esse conto-de-fadas-sem-final-feliz sabem perfeitamente que este relato é a mais pura e triste verdade.
Nessa jornada fizemos grandes amigos por quem continuaremos a ter o maior respeito e carinho, mas também aprendemos da forma mais difícil sobre a mediocridade da alma humana quando contaminada pela doença da vaidade e da defesa aos interesses próprios.
Essa é a despedida do Site do Vinho Brasileiro. Não sentiremos saudades”.
Carlos Arruda
www.academiadovinho.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 8 de maio de 2012

Vinissimo já é a 18ª importadora do Brasil

Meninas e meninos,
Tive a oportunidade de acompanhar a evolução desta empresa desde seu início, e vejo com alegria que os produtores, alguns dos mais conceituados, e seus belos vinhos, estão em boas mãos.
Há alguns dias, recebi o convite para degustar numa mostra de vinhos exclusiva da Vinissimo, a 1ª nestes seus quase 2 anos de existência, e com a presença de 18 produtores.
Falar o que diante de conceituados produtores como os que constam da relação abaixo?
Resolvi fazer então uma resenha onde os espumantes e os fortificados, os primeiros abrindo os trabalhos e os últimos fechando, brilharam, sem deméritos dos demais vinhos degustados.
O Cava Brut Reserva Especial da Domínio De La Veja, 70% Macabeo e 30% Chardonnay, magnífico, perlage abundante, mousse explosivo e acentuados cítricos, floral e toque mineral, preparou minhas sensações olfatogustativas para o que viria depois.
Os belos espumantes e Proseccos de Piera Martellozzo, já conhecidos pela valorização das castas Italianas, deu seqüência às borbulhas.
Quanto aos fortificados, tanto os belíssimos vinhos do Porto da Eirados, da Quinta de Santa Eufêmia, onde os brancos de idade têm sua expressão ideal, fiquei com o 10 anos Tawny e o Colheita 2003.
Para fechar em poucas linhas esta degustação que peço seja repetida ao menos mais uma vez este ano, os Jerezes da Bodegas Tradicion, fizeram os jornalistas formarem filas.
O Oloroso Tardicion V.O.R.S 30 años, 100% Palomino, espectacular.
Amontillado Tradición V.O.R.S 30 años, também de Palomino, com 94 RP, 96 WS e por ai vai, complexo, elegante e gostoso.
Até o Pedro Ximénez V.O.S 20 años, que não costumo degustar por achar muito doce e com pouca acidez, estava delicioso.
Antes de ir embora para outra degustação, ainda degustei os Brandies da Tradicion...ótimos.
Vejam a lista de produtores presentes ou que enviaram seus representantes.
Lista de produtores presentes:
1 Antonio Saramago Portugal
2 Conceito Portugal
3 Eirados Portugal
4 Domínio De La Vega Espanha
5 Hacienda del Carche Espanha
6 Bodegas Tradición Espanha
7 Vintae Espanha
8 Castell del Remei e Cérvoles Espanha
9 Castello Sonnino Itália
10 Piera Martellozzo Itália
11 Conti Zecca Itália
12 Speri Itália
13 Villa Matilde Itália
14 França (Borgonha e Rhône) * França
15 Jean Luc Thunevin ** França
16 Clarendon Hills Austrália
17 African Terroir África do Sul
18 Durigutti Argentina
Parabéns ao pessoal da Vinissimo, se em dois anos já estão em18º, mais algum tempo estarão dentre as maiores e melhores importadoras, à continuar com este ritmo.
Até o próximo Brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Gambero Rosso pela primeira vez no Brasil.


Meninas e meninos,
Pela primeira vez no Brasil, o Top Italian Wines Road Show, apresentou seleção de vinhos, todos eles com Tre Bicchieri do lendário guia italiano Gambero Rosso.
Hoje o guia em sua 25ª edição, cujo inicio se deu em 1988 com sua 1ª edição, promove os Road Shows pelo mundo, oportunidade onde a troca cultural e aprendizado sobre os vinhos italianos se dá, sendo esta a 5ª edição do mesmo, e pela primeira vez no Brasil, fazendo uma degustação comentada, sob a batuta de Marco Sabellico, editor sênior de vinhos do Gambero Rosso, e com a participação de Jorge Lucki.
Falar dos vinhos degustados é como “chover no molhado”, em que pese as nossas preferências pessoais ditarem a ordem.
Com a magistral assessoria da amiga Cristina Neves, que nesta data, já nos convidara para uma mostra de vinhos da importadora Viníssimo, degustei junto à Sabellico 25 vinhos, entre espumantes, brancos e tintos.
Entre os espumantes, confirmei minhas preferências pelo Prosecco di Valdobbiadene Il Fresco da Villa Sândi, um dos melhores que provei, o Cuvée Imperiale Max Rose Guido Berlucchi, um Franciacorta não DOC, pois utiliza uvas diferentes das permitidas.
O Braide Alte 2009, um vinho do Friuli, ótimo, fresco e ideal para harmonizações.
Entre os Barolos apresentados, o Tradizione 2006 Marchesi di Barolo estava estupendo.
Da Toscana, o Montecucco Rosso Colle Massari Riserva 2008 e o Brunello di Montalcino Donna Olga 2006, que eu não conhecia, foram meus prediletos.
Do Veneto o Amarone della Valpolicella Clássico 2004 Bertani, até por ser o de safra mais antiga da mostra, estava fenomenal.
Como disse antes, falar apenas de alguns vinhos, não será digno da representatividade deste encontro fantástico, onde como no melhor dos melhores apresentados, ficamos com gosto de quero mais para breve.
Na foto, alguns dos vinhos degustados, sem a preocupação de ordena-los.
Vinícolas participantes:

Apollonio, Argiolas, Bertani, Cantina Gallura, Cantine Due Palme, Cantina Tollo, Cavit, Cecchi, Ceci, ColleMassari – Grattamacco, Colpetrone, Conti Zecca, Cusumano, Di Majo Norante, Domini Castellare di Castellina, Donnafugata, Elvio Cogno, Falesco, Fattoria del Cerro, Feudi di San Gregorio, Firriato, Gaja, Gruppo Italiano Vini, Guido Berlucchi & C., Livon, Lunae Bosoni, Marchesi di Barolo, Masciarelli, Masi/Serego Alighieri, Medici Ermete & Figli, Monte Schiavo, Nals Margreid, Nino Franco Spumanti, Planeta, Poderi dal Nespoli, Provenza, Rocca delle Macie, Ruffino, Ruggeri, Tenute Donna Olga, Tenute San Guido , Tenute Sella&Mosca, Tolaini, Torrevento, Umani Ronchi, Valle Reale, Velenosi, Villa Medoro, Villa Sandi, Volpe Pasini, Zonin.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Polvo à Provençal e vinho branco Riojano, podem levar ao êxtase.

Meninas e meninos,
Estive novamente no O Pote do Rei, para um almoço onde meu amigo Willian Ribeiro, preparou um almoço Provençal, com lulas de entrada e polvo grelhado para prato principal.
Como eu nunca havia provado o polvo de lá, para acompanhar, pedi um dos vinhos da carta que muito me agradam, o Conde Valdemar, safra 2008, da Bodegas Valdemar, da região vinífera de Rioja, Espanha.
Vinho barricado da uva Viura, também conhecida como Macabeo em outras regiões espanholas, que trás a baunilha e untuosidade nos aromas, ligeiro tostado, que com o polvo, sabia serem perfeitos.
Como sabia que os pratos seriam com bastante azeite, precisava de um vinho com certo teor de álcool, e o Conde Valdemar 2008, tem 13%, e uma acidez marcante além do frutado, cítrico e mineral necessários para a pegada dos pratos, que continham, no caso do polvo, uma cama de batatas, portanto amido que pede álcool, e um molho vinagrete, aonde o cítrico vem do limão Siciliano e suas raspinhas, alem de ervilhas tortas e pedacinhos de baicon torradinhos.
Perfeita combinação entre vinhos e pratos.
As lulas estavam macias, no ponto, nada daquelas “borrachinhas” que as fazem perder o glamour, e o polvo, macio, carnudo, crocante, saboroso, muito bem combinado com o vinagrete, à cama de batatas, fora o tostado dos baicons que o vinho agradeceu.
O Chef Willian me disse que em breve todos os ingredientes de sua cozinha serão orgânicos, alguns deles já em testes de padronização específica para seu cardápio, que também, deverá ser trocado, já que a sazonalidade do outono-inverno pede pratos mais substanciosos, algo calórico sem exageros, alguns caldos, por exemplo, massas recheadas, que estou sabendo devem também fazer parte das mudanças.
Entrem no site muito bom do restaurante e vejam algumas das delicias sólidas e líquidas deste jovem Chef que vem surpreendendo pela sua gastronomia autoral, porém sem rebuscados.
O Pote do Rei
Rua Joaquim Antunes, 224-São Paulo-SP
http://www.opotedorei.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Veuve Clicquot apresenta seus melhores Champagnes da safra 2004




Meninas e meninos,
Todas as vezes que sou convidado a participar de algum evento onde o grupo LVMH-Louis Vouitton Moët Hennessy mostra seus vinhos, já de partida sei que serão belos momentos que vivenciarei.
Manter a qualidade e o padrão tecnológico deste grupo de vinhos e bebidas ícones, sei, não é fácil, e claro, como quem está em evidência, no topo da escala, sempre é o alvo a ser ultrapassado, todo segundo trabalhado conta.
E sabendo disso, a equipe aqui no Brasil, com o amigo Sergio Desege à frente, com as lindas meninas, no caso do Champagne Veuve Clicquot, Adriana Celes e Karina Guarita, sempre acompanhados de perto pelo expertise das amigas da Tema Assessoria, não deixa por menos, e faz o trabalho competente de sempre.
Antes, falar um pouco do Chef de Cave, no caso Dominique Demarville, se cumpre fazer, pois chegar à este posto não é tarefa simples.

Dominique Demarville, entrou para a equipe Veuve Clicquot em julho de 2006, como Chef de Cave Deputy. Fiel a longa tradição da Maison, Jacques Peters, o Chef de Cave anterior, nomeou Dominique com o objetivo de garantir a longa tradição do estilo de vinho da Maison, do mesmo jeito que ele próprio havia sido treinado por seus antecessores. Com isso, Jacques Peters, o quinto Chef de Cave de Veuve Clicquot no século passado, respeitou a filosofia e os princípios de transmitir o gosto e espírito únicos da Maison e identificou o talento pessoal e profissional de Dominique com o objetivo de achar seu sucessor ao aposentar-se.
Para encurtar a descrição, após sua primeira colheita em Champagne, em 1985, e de muitos estudos mais, Dominique foi o líder de caves em diversas maisons, como Philippe Gonet em Mesnil-sur-Oger, na região de Champagne, além de Côte des Blancs e Champagne Bauget-Jouette, em Epernay.
Em 1994, juntou-se a Maison GH.Mumm, como produtor de Vinho e, após quatro anos com Pierre-Yves HARANG, foi promovido a Chef de Cave. Em 2003, sua posição fortaleceu-se como Diretor de Videiras e Vinhos para duas Maisons, GH.Mumm e Perrier-Jouët.
Dominique está em total harmonia com o lema de Veuve Clicquot: “Uma só qualidade, a primeiríssima”.

Voltando aos vinhos, degustei o maravilhoso Champagne La Grande Dame 1998, aromas muito especiais de fermentos de padaria, pão tostado, perlage finíssimo , mas já não tão abundante. Cor amarelo dourado, ótimo mousse, acidez espetacular para um vinho desta idade, mostrando uma baunilha, chocolate branco e cítricos em boca. Um dos melhores Champagnes que degustei desta safra.
Um dos motivos da reunião foi o La Grande Dame Blanc 2004, aliás, os Grande Dame somente são produzidos em safras excepcionais, que tiveram inicio em 1972, quando para celebrar o bicentenário da maison, o vinho recebeu o nome homenageando a madame Clicquot.
Com assemblage de vinhos 61% Pinot Noir e 39% Chardonay dos 8 grandes crus históricos, seu perlage é finíssimo e abundante, mais claro que o dourado do 1998, floral, baunilha e chocolate, se mostram. Tostados aparecem, mas menos evidentes que o anterior. Em boca, mousse explosivo, cítrico, os tostados, se confirmam, o chocolate também.É um vinho muito longo, persistente.
Também degustei os vintage safras 2002 e 2004 Blanc e Rose, os quais preferi ambos da safra 2004, são mais marcantes, longos e com acidez ótima para gastronomia, além de tostados mais evidentes, que se devem com certeza à colheita desta safra, já que também só isto para explicar a minha preferência expressa, pois são o casamento do estilo da Maison com a personalidade do anos que encarnam sua safras.
Todos os vinhos foram harmonizados com pratos executados pelos chefs Ligia Karazawa e Raul Jimenez Garcia do Clos de Tapas, uma das casas de Marcelo Fernandes, que em breve inaugura o Attimo, em conjunto com Jefferson Rueda, e o serviço de vinhos da brigada comandada pelo amigo Benedito, sommelier premiado, agora de volta à São Paulo.
Os pratos?
Vieiras, jamón ibérico e tomates, harmonizados com os La Grande Dame1998 e 2004(preferi o 1998)
Suquet Mediterrâneo, harmonizados com os Vintage Blanc 2002 e 2004(ganhou o 2004)
“Agalinha de Ouro”,harmonizada com os Vintage Rose 2002 e 2004(ambos se saíram bem)
Amêndoas, azeite de oliva, abacaxi e sorvete de coco harmonizados com Demi-Sec
Querem mais?
Clos de Tapas
http://www.closdetapas.com.br
Veuve Clicquot
http://www.veuve-clicquot.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quintal do Espeto, acolhedor, simples, parecece com o quintal de casa.



Meninas e meninos,
Gastronomia elaborada, executado por chef reconhecido, com utilização de equipamentos modernos, tudo isto é válido, e é claro que nós temos muitos e bons restaurantes e chefs que se enquadram nesta descrição.
Mas e aquele lugarzinho delicioso de se estar, com ambientação simples, mas aconchegante, e gastronomia no mesmo tom, simples, mas bem feita e saborosa, não tem lugar em nossa predileção?
Estive em um destes lugares onde de cara, já na entrada, me senti à vontade como no quintal de meus avós no interior.
Brigada solícita e educada, e a gastronomia, bem a casa serve espetinhos.
Sabe aqueles espetinhos que fazemos em casa, em nossa churrasqueira, alguns com experimentação de última hora, pois algum dos comensais pede, ou mesmo para atender àqueles que não comem isto ou aquilo, pelas mais diversas razões?
Estou falando do Quintal do Espeto.
Não contente em variar nos espetinhos, que vêm à mesa, em sistema contínuo, e você escolhe e paga em comanda individual, recém saídos da churrasqueira, como os de carnes variadas de bovinos, ovinos, frango, até então nada de novo, os de legumes como os de abobrinha, berinjela, brócolis, batata, servem o pão de alho, um ótimo salsichão com queijo dentro, que fica uma delicia comido quentinho, os espetos frios como o de alcachofra, com tomate seco, ótimo, sem acidez, pupunha tomate e rúcula, mussarela de búfala, tomate cereja e rúcula, e os espetos que chamam de doces, como os de abacaxi, banana, morango e uva com cobertura de chocolate, o abacaxi com mel, canela e raspas de limão, banana com leite condensado e brigadeiro.
Se preferir, é possível pedir algumas saladas de entrada e acompanhamento dos espetinhos como se estivéssemos mesmo no quintal de casa.
Mas tem mais, tudo isso, acompanhado de música ao vivo de quarta a sexta a partir das 20:00 hs com ótima MPB, as terças um Stand Up no mesmo horário, sábados das 14:00 hs até 18:00 hs um samba de raiz, e das 20:00hs em diante MPB, e Domingo começando as 18:00 hs sertanejo.
Boa comida, bebidas variadas como cervejas, destilados e caipirinhas, e alguns rótulos, poucos, de vinhos.
É um lugar onde nos dias quentes de verão se podem sentar embaixo de primaveras bem velhas, e nos mais frios, dentro da casa.
Também tem telões e tvs espalhados pelos ambientes onde os fanáticos por futebol, assistem 3 programações diferentes e os campeonatos mais importantes, daqui e do exterior.
Faça sua reserva e verifique que a simplicidade e inventividade aliadas fazem um programa divertido e saboroso.
Quintal do Espeto
Av. dos Carinás, 520-Moema-São Paulo-SP.
11 5092-5118
www.quintaldoespeto.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão