terça-feira, 31 de julho de 2012

Vinho raro de Champagne, o Rose des Riceys, era o rosé preferido de Luiz XIV.

Meninas e meninos,
Tive a oportunidade de degustar um vinho raro, um AOC Champagne, o Rose des Riceys 2009, um vinho tranqüilo, ou seja, aquele que não guarda o gás carbônico de sua segunda fermentação, o que o torna uma raridade na região.
Por se tratar de um vinho tranqüilo, e ainda mais um rose, de Pinot Noir, uva emblemática de Champagne, é uma exceção na AOC.
Sua uva é a Pinot Noir, porém, vindo de uma maceração curta com as cascas, sua cor é um cereja claro, brilhante.
Por ser de Pinot Noir, guarda algumas características olfativas desta casta como o floral, e um toque de pimenta, mas é um vinho de aromas diferentes, terrosos, com fruta madura, mas aquela que cai do pé e na terra úmida, quando exala seu perfume.
Em boca seu corpo é médio, acidez média, refrescante em virtude de seu teor alcoólico estar no patamar dos 11,5%.
Vinho bom para se beber solo, creio que mais ao cair da tarde do que pela manhã, pois seus toques de frutas secas, aliás, característico deste vinho, pois os produtores param a maceração quando atingem estes aromas e sabores particulares, me chamam para um Happy Hour.
Para harmonizações gastronômicas, não é um vinho fácil, pois pelas características de corpo, álcool e acidez, o tornam um vinho para os degustadores mais experientes, os neófitos ficarão sem “parâmetros”, já que os vinhos roses mais comuns, são muito diferentes.
Não fiz esta harmonização, mas creio que com escargots, onde não se tenha muito alho na preparação (lembrei-me de certa vez ter harmonizado com um Malbec AOC Cahors, já com uma certa idade, evoluído, e de ter se saído bem).
Servi-lo mais refrescado, ao redor dos 8º C, acentuará sua acidez e vivacidade, apesar de que ao esquentar na taça, seu álcool não incomodará.
Frutos do mar em geral ficam bem, contanto que não tenhamos peixes muito gordurosos, ou gorduras em excesso na preparação.
Detalhe, a garrafa é belíssima, escura e fosca, ótima para se guardar o azeite!
O Rose des Riceys 2009 é importado pela Franco-Suissa dos amigos da família Srour
Frnaco-Suissa
www.francosuissa.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 30 de julho de 2012

7ª Mostra Internacional de Vinhos MIV Campinas

Meninas e meninos,
Vem aí mais uma Mostra Internacional de Vinhos de Campinas, a MIV, que este ano completa 7 anos.
Mostra organizada pelos amigos Bruno Vianna e Midory Vianna, da ABS seção Campinas, este anos deverá contar com mais de 500 rótulos entre vinhos Brasileiros, importados de várias nacionalidades, sendo muita novidades.
Vejam release:
7ª Mostra Internacional de Vinhos Campinas acontece em 18 de agosto
Royal Palm Plaza Resort abriga o maior evento de vinhos do interior de São Paulo
No próximo dia 18 de agosto, apreciadores e profissionais do vinho de toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e outras cidades do Brasil se encontram na 7ª Mostra Internacional de Vinhos – Campinas.
Lá, os participantes degustarão os últimos lançamentos do mercado e poderão ainda comprar vinhos com desconto e se inscrever nas palestras especiais, entre as quais a Degustação TOP 5, que apresenta os vinhos de maior destaque da mostra, selecionados por um júri de grandes especialistas nacionais, coordenados por Bruno Vianna.
A MIV-Campinas é o maior evento de vinhos do interior do estado de São Paulo, reunindo 40 expositores, dentre as mais importantes importadoras e vinícolas nacionais, que apresentarão mais de 500 rótulos ao mercado. Congrega um seleto público consumidor das classes A e B, além dos profissionais do setor, que representam lojas, empórios, hotéis e restaurantes que comercializam vinhos.
Lançamentos, novas safras de ícones consagrados, regiões raras, encontro direto com produtores, vinhos orgânicos e biodinâmicos, são alguns dos motivos especiais para comparecer. Em 2011, a MIV-Campinas recebeu 1600 participantes de 55 cidades, entre os quais 350 profissionais, para os quais o evento é essencial para renovar suas cartas de vinhos e gerar negócios. “O Royal Palm Plaza Resort, pelo requinte e infraestrutura impecáveis, foi o local escolhido para abrigar a MIV desde a sua primeira edição. Este ano optamos pela Casa de Campo do resort, com o dobro da área, para dar mais conforto aos expositores e poder receber um maior público”, explica Midory Vianna, organizadora do evento.
A 7ª MIV-Campinas conta com a cobertura especial e exclusiva do portal e programa Bon Gourmet, que apresenta de forma descontraída notícias de gastronomia em toda a região, além de uma extensa cobertura de mídia.
A venda de ingressos se estenderá, pelo website, até dois dias antes do evento e até a véspera, nas principais lojas de vinhos de Campinas e região. Preços:
Masculino: R$70
Feminino: R$60
Associados da ABS: R$50
Obs: A venda de ingressos no local terá preço único de R$80, mas recomenda-se a compra antecipada, para evitar filas.
Vejam quem já confirmou presença
ABFlug; All wines; B Cubo; Basso / Monte Paschoal; Cálix; Cantu; Casa Flora; Casa Valduga; Chaves Oliveira Com Ltda; Chez France; Costazzura; De La Croix; Decanter; Décima; Domno; Don Laurindo; Empório Sorio; Épice; Casa Venturini; Grand Cru; Ideal drinks/Hestia Gourmet; Irmãos Camponogara; Interfood; La Pastina; Lídio Carraro; Luiz Argenta; Magnum; Max Brands; Miolo; Mistral; Pericó; Perini; Premium; Prima Vinhos; Qual Vinho; Salton; Sozo; The Special Wineries (Vinhos da Austria); VCT; Vinci; Viníssimo; Vive Le Vin; W W Wine; WineBrands; World Wine; Zahil

7ª Mostra Internacional de Vinhos de Campinas 2012
18 de agosto de 2012
Das 14h00 às 21h00
www.mivcampinas.com.br
Credenciamento até 10 de agosto de 2012
jornalismo@tgbcomunicacao.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

domingo, 29 de julho de 2012

Empório Santa Maria promove Wine Party



Meninas e meninos,
Meus amigos do grupo St Marche, pedem para avisar que terça-feira, dia 31/07, realizarão o WineParty no Empório Santa Maria.
O Empório Santa Maria continua sendo referência de sofisticação gastronômica, mas agora aliada à praticidade para o dia-a-dia.
Com ambientes aconchegantes e sofisticados, mas também práticos e modernos, a idéia é oferecer produtos variados, exclusivos e com a qualidade que os seus clientes já conhecem e, ao mesmo tempo , ser a melhor opção para as suas compras cotidianas.
Tudo em um só lugar. Mais do que um espaço de consumo, o Empório Santa Maria é uma experiência para todos os seus sentidos
Vejam release:
Na próxima terça, dia 31, o Empório Santa Maria faz um Wine Party, no seu restaurante Vinoteca, para apresentar os novos rótulos que estão sendo importados diretamente e exclusivamente pelo Grupo St Marche, e distribuídos em toda a sua rede de supermercados, incluindo o próprio Santa Maria.
Na ocasião, haverá um sommelier para explicar sobre cada vinho e falar sobre as melhores harmonizações.
O valor é de R$95,00 por pessoa e a reserva pode ser feita pelo site: http://loja.emporiosantamaria.com.br/prod/45276/7349/0/wine-party---31-de-julho-a-partir-das-18hs.aspx
Veja abixo o menu e os vinhos a serem degustados:
Menu
Mesa de Antipasti Variados
Mini Salada Caprese com Redução de Balsâmico
Vieira Crocante ao Velouté
Crostini de Brie com Marmelada de Framboesas
Crostini de Foie ao Terrine de Gorgonzola
Bruscheta de Prosciuto com Melão brulée
Vinhos brancos
Windy Peak Chardonnay 2010
Maison de La Cabotte: Borgogne Branco 2009 e Montagny Premier Cru 2010 Meursault 2009

Vinhos tintos
Botalcura: El Delirio Merlot 2010, El Delirio Carmenere-Merlot 2010, El Delirio Syrah/Malbec 2009, La Porfia Gran Reserva Malbec 2010, La Porfia Gran Reserva Carmenere 2009 e Nebbiolo 2006
Windy Peak: Pinot Noir 2010, Cabernet/Merlot 2009 e Shiraz 2008
De Bortoli: Shiraz/Viognier 2007, Pinot Noir 2010, Melba Reserve 2008 e Melba Lucia Cabernet/Sangiovese 2007
Maison La Cabotte: Borgogne Tinto 2009, Marsannay, 2009, Savigny-Les-Beaune 2010, Côte-de-Nuits Villages 2009, Gevrey Chambertin 2009 e Nuits-Saint-Georges 2009

Vinhos de sobremesa
De Bortoli: Deen de Bortoli 2007 e Noble One Vintage 2008

Sobremesa
Tarte Tatin de Pêra com Balsâmico Branco
Empório Santa Maria
Av. Cidade Jardim, 790- JD. Paulistano
11 3706-5211
www. loja.emporiosantamaria.com. br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 26 de julho de 2012

15° Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes

Meninas e meninos,
Convidado pela organização do famoso festival de Cultura e Gastronomia Tiradentes, já em sua 15ª edição, que se diga, primou pela exibição, pela escolha do Dalva e Dito do chef Alex Atala, também chef do DOM, 4º restaurante do mundo, e pelo símbolo da maleta de viagem, que verão na foto que tirei, fui informado das atividades gastronômico-culturais que deverão passar por lá nos dez dias de festival.
Também pude ver as lindas imagens feitas durante a etapa que percorreu 51 cidades em seis estados Brasileiros, para captar e desvendar a cultura gastronômica do país, uma “viagem pela gastronomia regional”, trazendo à mesa do festival, uma variedade de sabores.
Vejam mais sobre o festival:
O 15º Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes acontece entre os dias 24 de Agosto e 2 de Setembro e segue o modelo dos anos anteriores, com grandes atrações.
Os restaurantes, considerados os melhores de comidas típicas de Minas Gerais, também preparam pratos especiais em comemoração ao evento.
A gastronomia regional será o grande destaque da 15ª edição do Festival.
Nos festins, dois chefs, um de cada estado visitado pela expedição, irão preparar em conjunto um menu especial para cada jantar.
Pernambuco e Amazonas serão representados pelos chefs André Saburó (Taberna Japonesa Quina do Futuro) e Felipe Schaedler (O Banzeiro).
Rio de Janeiro e Ceará, por Kátia Barbosa (Aconchego Carioca) e Marco Gil (Sah).
Minas Gerais e Rio Grande do Norte, por Ivo Faria (Vechio Sogno) e Tadeu Lubambo (Camamo).
Como de costume, o Festival também promove o intercâmbio entre chefs e, dessa vez, foi buscar o melhor da alta gastronomia na América Latina, baseadas nas peculiaridades da culinária local. Participam do evento chefs do Chile, Venezuela e Peru: Matias Palomo (Sukalde) e Tomás Olivera (Restaurant Casamar) de Santiago; Sumito Estévez (Sumito) e Nelson Méndez (Biarritz) de Caracas e Diego Muñoz (Astrid & Gastón) e Virgilio Martínez (Central Restaurant), de Lima.
Outro grande destaque é o chef espanhol Jordi Roca, do Restaurante El Celler de Can Roca em Girona, Catalunha, na Espanha, eleito o segundo melhor restaurante do mundo pela revista britânica “Restaurant”.
Designado “o confeiteiro”, Roca produz uma gastronomia de sentidos e é especialista em fixar aromas nas comidas, a chamada “cozinha da fumaça”. Além da fama, o chef é um estudioso de terroir e um grande admirador da gastronomia autêntica, produzida de forma singular em cada canto do mundo.
ESTADOS E CIDADE S VISITADOS PELA EXPEDIÇÃO
Minas Gerais:
Em Minas Gerais, a expedição passou por nove cidades e registrou a tradição artesanal do queijo no Serro, a produção de café para exportação em Lagoa Formosa, a fabricação do queijo Canastra Real em São Roque de Minas, a carne serenada com mandioca em Tiradentes, as cachaças de
Salinas, a goiabada de Ponte Nova e os tradicionais produtos da Mercearia Paraobepa, em Itabirito, como fubá, frutas secas, cachaça e linguiça. Além disso, passou por Montes Claros e Belo Horizonte, onde percorreu os principais mercados, além de restaurantes tradicionais das cidades.
Ceará:
No Ceará, a expedição passou por seis cidades e conheceu a Casa dos Licores em Viçosa do Ceará, que mantém a tradição familiar na produção de doces, biscoitos, geleias e cachaças; os camarões e frutos do mar da Bom Mar Pescados em Acaraú e a Cabritos do Quixadá, tradicional
produtora de queijo boursin condimentado. A equipe do Festival seguiu viagem pelo Vale do Jaguaribe e registrou na cidade de Icapuí a maior produtora de melões e melancias do Brasil e uma das maiores do mundo, além das lagostas da Praia Redonda. O tour pelo Estado terminou na região metropolitana Fortaleza nos Mercados do Mucuripe e Mercado Central de Fortaleza com os doces e frutas inusitadas do Ceará, além de um encontro com os chefs Bernard Twardy do hotel Beach Park e Charles Alexandrini, do Vila Alexandrini.
Pernambuco:
Na expedição para Pernambuco a equipe do festival percorreu 12 cidades do Estado. Nazaré da Mata, Lagoa Grande, Petrolina, Quipapá, Afrânio, Garanhuns, Arco Verde, Pedra, Sertânia, Glória do Goitá, Carpina e Recife fizeram parte do roteiro que incluiu produção de queijo de coalho e manteiga de garrafa do Agreste pernambucano, pesca no rio São Francisco, produção de doce de leite e visitas ao mercado São José e à vinícola Santa Maria.
Amazonas:
Seis cidades do Amazonas foram visitadas pela equipe da Expedição: Manaus, Maués, Tefé, Lago Janauacá, Maraã e Alvarães.
Lá, a equipe conheceu plantações de guaraná e também criações de abelhas nativas de Maués. Além disso, à beira da estrada, puderam experimentar uma tapioca gigante com tucumã e queijo coalho.
Rio de Janeiro:
O roteiro da expedição incluiu oito cidades do Rio: Nova Friburgo, Teresópolis, Itaipava, Petrópolis, Piraí, Visconde de Mauá, Rio de Janeiro e Quissamã. Dentro da programação, visitaram plantações orgânicas, fazenda de criação de cabras com vários tipos de queijos, experimentaram geléias, cachaças e doces em geral.
Rio Grande do Norte:
O calor e a seca dominaram o inverno potiguar, que incluiu oito destinos: Natal, Jandaíra, Diogo Lopes, Serra do Mel, Felipe Guerra, Mossoró, Caicó, Currais Novos, São Miguel do Gostoso, Tibau do Sul. Entre a paisagem da Caatinga, a equipe pode conferir a produção da flor de sal em Mossoró, da castanha de caju certificada da Coopercaju e do arroz da terra, além
de visitar uma fazenda de ostras orgânicas.
Para maiores esclarecimentos e informações:
15° Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes de 24 de agosto a 2 de setembro
Informações à imprensa São Paulo
Index – Estratégias de Comunicação
Fred Castilho – Coordenador
11 9899 8323
fred@indexassessoria.com.br
Rafael Serato – Atendimento
11 9851 2347
rafael@indexassessoria.com.br
Minas Gerais
Árvore de Comunicação
Eulene – Coordenadora
31 8827 9002
eulene@arvoredecomunicacao.com.br
Paula Lima – Atendimento
31 8456 0024
paula@arvoredecomunicacao.com.br
Reservas e informações:
31 3029 1688
www.culturaegastronomia.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Champagnes Dom Caudron

Meninas e meninos,
Quando a minha linda e eficiente amiga Patricia Nudelman me disse faz uns 30 dias que em breve o Champagne Dom Caudron estaria no Brasil,
já com um pé, quase os dois, na negociação para sua importação, fiquei feliz em saber.
Primeiro porque estes champagnes são realmente muito bons, segundo, se ao final se concretizar, David Sibillote, seu diretor e descendente da família que deu origem ao nome da cooperativa, faz questão de aqui desembarcar com preços diferenciados.
Sua produção anual chega apenas ao redor das cem mil
garrafas, o que significa ser uma produção mínima, em se tratando destes
vinhos, ao menos quando pensamos nos mais conhecidos, que os fazem aos milhões de litros.
Um dos diferenciais da Dom Caudron é que seus champagnes contêm maioria no corte uma das uvas permitidas, mas que geralmente não é a estrela, estou falando da Pinot Meunier, que lhes dá um caráter mais adocicado na boca, um floral natural, e não passam de 9g/l de açúcar.
Quando recebi o convite da Lucia Paes de Barros, assessoria de imprensa da Dom Caudron, fiquei ansioso para ver se minhas impressões anteriores se confirmariam, pois sabemos que os vinhos se modificam e nós também, aliás, somos diferentes todos os dias, pois ambos estamos vivos, evoluindo(às vezes acontece também em ambos, de ao invés de melhorar, piorar, mas não foi o caso).
Só para relembrar, os champagnes Dom Caudron são vinificados em uma cooperativa que agrega 70 produtores que em média possuem de 1 a 2 ha de vinhedos, totalizando 120 ha.
O nome, vem do padre da localidade de Passy-Grigny em Marne, que em 1929 emprestou $1000 Francos aos 23 agricultores na época, para fundarem a cooperativa, dando início às atividades vitivinícolas.
Voltei a degustar os Cuvèe Brut vinificada com 100% Pinot Meunier, com sutil mineralidade, frutas maduras e aquele floral que descrevi, além dos tostados de pão das leveduras.
O Camille Philippe, um Cuvèe Brut Rose, 80% Pinot Meunier, 10% Chardonnay e 10% de um vinho tinto regional. Para mim, ano passado tinha sido meu preferido, e continua sendo. Espetacular, na cor mais viva, um rosado vivo, lembrando geléia caseira de pitanga silvestres, aquelas mais clarinhas, frutas mais frescas, o floral lembrando mel, boa acidez e especiarias no
retro-olfato. Seu perlage é consistente e duradouro. Garanto que em uma ocasião romântica, acompanhado da pessoa amada, fará milagres.
Champagne Dom Caudron Cuvée Cornalyne, 100% Pinot Meunier, mais dourado na cor até em virtude da passagem de 50% do vinho base por madeira, deixando um lácteo que garanto, harmoniza muito bem com queijos, especialmente o Camembert e o Brie, trazendo também algo de especiarias, é o mais cítrico dos vinhos, no nariz e no palato, lembrando frutas como limão
galego.
Pela primeira vez degustei o Champagne Dom Caudron Millésimée 2005, 50% Pinot Meunier e 50% Chardonnay, passando todo o vinho por madeira, e o corte mais tradicional da casa.
Até pelo exposto acima, também o que se revelou com mais tostados no olfato, frutas secas, cítricos aparecem, e as especiarias também.
Pena que novamente não tenha degustado a linha toda, ficou faltando o Cuvée Vielles Vignes, também 100% Pinot Meunier.
Vejam o que disse ano passado sobre o Camille Philippe :
Champagne Dom Caudron Camille Philippe, este tem 80% Pinot Meunier, 10% Chardonnay, e 10% de vinho tinto regional, sua cor é linda, um salmão mais vivo, brilhante.
Borbulhas delicadas, não tão explosivo em boca, mais para o aveludado.
Olfato com frutas abundantes, desde o morango, que para mim se sobressai, até cerejas, algo de marmelo, e um floral gostoso, lembrando o mel.
Confirma em boca principalmente o morango e cerejas, algo de ameixa e novamente aquele adocicado, apesar dos 9 g/l de açúcar. Álcool ao redor dos 12%. Não foi dos mais longos em boca, mas deixa um gostinho de tentação, como o sabor do beijo da mulher amada depois de comer o morango que ficou na taça do Champagne... o depois, fica por conta da imaginação de vocês.
Informações com as lindas meninas que fazem o marketing da cooperativa no Brasil.
Caroline Putnoki
caroline.putnoki@cap-amazon.com
Patricia Nudelman
patricia@vindimawineconsulting.com.br
Champagne
Dom Caudron
http://www.domcaudron.fr/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 24 de julho de 2012

Max Brands apresenta novos vinhos da Cesari





Meninas e meninos,
Um jantar gostoso, acompanhado de belos vinhos é tudo o que
eu, que escrevo sobre enogastronomia, ou usando melhor o termo, sobre
harmonização entre gastronomia e vinhos, desejo.
Pois foi o que aconteceu com a apresentação dos vinhos da
Max Brands.
O local, o North Grill, dos amigos Mendes e Newton, os
anfitriões, o casal Fadel, Mirella e Alexandre, tudo isto com a garantia dos
amigos Denise Cavalcante, assessora tanto da casa como da importadora e do
Alexandre Furniel, sommelier experiente, que conduziu a degustação.
Falar dos vinhos da Cesari é sempre um prazer.

Fundada
em 1936 por Gerardo Cesari, na região do Veneto, Verona, esta vinícola Italiana
possui uma longa história e tradição na produção de Amarone, Valpolicella e
Bardolino, provenientes da exploração de 100 hectares de vinhedos, sendo parte
propriedade da vinícola e outra parcela de produtores operados pelo controle
cuidadoso dos agrônomos da Cesari. O Amarone Bosan – um dos melhores Amarones
da Itália – é produzido no vinhedo Bosan, situado na maior área da
Valpolicella.”
Nesta noite degustamos os vinhos:
Para fazer a boca, um rose que já fiz postagens, pois o
considero muito bom, o Casal da Coelheira Rose 2010, corte de 50% Syrah e 50%
Touriga Nacional: veja http://divinoguia.blogspot.com.br/2011/01/degustando-o-tipo-de-vinho-certo-para-o.html.
Pra começar com os vinhos da Cesari, o Ripasso Mara
Valpolicella Superiore DOC 2009, corte de 75% Corvina, 20% Rondinella e
Molinara, 13,5% de álcool e passagem por madeira de 12 meses, que nem parece um
“repassado”, pois se apresenta sedoso e macio, e não tão “adocicado”.
Ripasso Bosan Valpolicella Superiore DOC 2008, corte de 80%
Corvina Veronese e 20% Rondinella, com 14% de álcool e passagem por barris de
12 meses em carvalho Francês, e mais 8 meses em garrafa, encorpado, frutado,
macio e longo em boca, equilibrado entre taninos que estão presentes e álcool.
Para os Amarones, o Clássico DOC 200, já velho conhecido, corte de 75% Corvina
Veronese, 20% Rondinella e Molinara, com passagem de 3 anos em madeira, sempre
bom entra safra nova ou não, amêndoas em boca, longo, generoso.
Il Bosco Amarone Clássico della Valpolicella 2006, corte de
80% Corvina e 20% Rondinella, 2 anos em madeira, que mesmo com 15% de álcool,
não aparenta.Taninos firmes e macios, figos compotados no nariz e em boca,
acompanhado de especiarias.Frutas mais secas aparecem depois de algum tempo no
nariz e em boca, mostrando que os leques aromáticos e gustativos são amplos
e aparecem à medida do descanso em
taça.
O Jema, Corvina Veronese IGT 2007, outro velho conhecido e
que tem sido sempre laureado entre os top de qualquer degustação veja http://divinoguia.blogspot.com.br/2011/07/max-brands-e-suas-novidades-no-rascal.html
Meu preferido para harmonização com as ótimas carnes grelhadas
foi o Il Bosco, mas o Ripasso Bosan não me saiu da memória.
Houve um momento lúdico, onde foi apresentado às cegas um
novo vinho que já está no catálogo, um Chileno da Chilcas o Chilcas Single
Vineyard Pais, feito com a cepa País, passando por madeira cerca de 12 meses e
com 13,5% d álcool. Elegante e equilibrado, feito com esta cepa autóctone,
diferente, cor mais clarinha, parecendo até um Pinot Noir(na cor) borgonhes.
Max Brandes
www.mxbrands.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Como as coisas se passam.



Meninas e meninos,
Recebi esta mensagem, em que pese o tom sarcástico, tem muito de verdade, e resolvi
compartilha-la, pois ao mesmo tempo onde vemos a valoração das coisas do campo,
a gastronomia regional, sendo levadas à sério, vemos também a salvaguardas em
relação ao vinho, por exemplo, e há ainda
mais, do outro lado da moeda.
O texto não veio assinado, mas em linhas gerais, creio que vários de nós, já passamos ou
conhecemos alguém , que passou por alguma das situações expostas.
Não corrigi o texto de propósito.
"Prezado Luis, quantotempo
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o
transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo?
Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais
de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando
eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a
caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De
madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só
vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja
ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que
estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo
todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio
ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar
de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui
já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes
por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem
do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar
uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né
Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um
vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo
direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos
fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas
aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse
tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que
não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os
dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se
guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm
menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando
outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que
tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no
quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do
salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa,
desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas
leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele
foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram
ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do
trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e
meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da
cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou
aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do
chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que
derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e
ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei
que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns
trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu
tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com
as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me
prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis,
ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio.
Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata
ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar,
nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga
já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada,
quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida
e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora
quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa
Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo,
então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da
casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da
capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo,
para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra
fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei.
Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por
hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana.
Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a
cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada
errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da
venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu
tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só
depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que
tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem
vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem
precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel
reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Grande degustação de vinhos Portugueses



Meninas e meninos,
Sob a competente estratégia de marketing, nomeada Vinhos de Portugal, mais uma vez vemos uma ação, onde os produtores de vinhos portugueses, premiados centenas de vezes durante o International Wine Challenge 2012 e o Decanter World Wine Awards 2012, nos mostram seus produtos.
Assim fazendo, além de estreitar nosso conhecimento com os belos vinhos produzidos em Portugal, levando ao conhecimento do mundo enófilo vinhos premiados, facilitam a interação com este pais europeu tão próximo a nós Brasileiros.
Fico pensando em como seria bom, com a mesma regularidade, competência e dedicação, que nossos vinhos Brasileiros, também pudessem sempre, com mostras grandiosas como estas, comparecer mundo afora para mostrar nossos produtos, mas enfim, esta é uma outra realidade. Orientadas por convidados especiais, as degustações comentadas, tiveram como tema os vinhos portugueses premiados pelo mundo, uma homenagem aos vencedores que colocaram Portugal entre os três países mais premiados na produção de vinhos, à frente de Itália, Espanha e Chile.
O evento é mais uma ação da marca Vinhos de Portugal, reforçando sua atuação e presença ao longo dos anos no mercado Brasileiro e estreitando os laços entre produtores e consumidores. “Levamos vinhos de mais de 95 produtores para serem degustados, além de criar a oportunidade de todos conhecerem quem está por trás de todo o processo”, afirma Nuno Vale, diretor de marketing da Vinhos de Portugal. Ainda de acordo com Nuno Vale, o evento guardou outras estratégias, sendo uma delas a final ao vivo do Portugal Wine Expert sob o comando do sommelier português José Santanita, do qual este que escreve, foi um dos jurados, motivo de postagem anterior
Com a presença de vários produtores e importadores, mostrando seus vinhos, a mostra foi um sucesso.
Na degustação comentada, à qual, participei, sob a condução de Guilherme Rodrigues, colunista da Revista Gosto, nos provamos onze vinhos dos mais premiados de Portugal.
Os vinhos selecionados para a ocasião foram, pela ordem de prova:
1-Esporão Private Selectio 2010
2-Malhadinha 2009
3-Marquesa de Cadaval 2010
4-Sanguinhal Touriga Nacional 2008
5-Follies Touriga Nacional 2008
6-Quinta do Cardo Grande Escolha 2009
7-Duorum Colheita 2009
8-Quinta do Crasto Reserva 2009 Vinhas Velhas
9-Ramos Pinto RP Tawny 10 Quinta da Ervamoira veja
10-Quinta do Portal Tawny 20
11- Quinta da Prelada Vintage 2004
Para não ficar aqui descrevendo sensorialmente todos os vinhos, selecionei dois vinhos tranqüilos e dois Porto.
Ganhou disparado em minha avaliação o Marquesa de Cadaval 2010, trazido ao Brasil pela Mercovino. Vinho D.O Tejo, Blend de Touriga Nacional, Trincadeira e Alicante Bouchet
Muitas especiarias, floral, frutas maduras, confirma em boca as especiarias como pimenta, e cravo, as frutas e chocolate, além de sutil cítrico, talvez em virtude de sua boa acidez,equilibrado em taninos e álcool.
Em segundo lugar ficou o Quinta do Crasto Reserva 2009 Vinhas Velhas, trazido ao Brasil pela Qualimpor, blend de mais de 25 variedades de vinhas com mais de 70 anos, com um frutado delicioso, chocolate, tostados, equilibrado em acidez, álcool e taninos.
Dentre os Porto, em primeiro, o Quinta do Portal Tawny 20, trazido ao Brasil pela Chaves Oliveira, com frutas secas, figos, floral exuberante.
Em segundo, Quinta da Prelada Vintage 2004, blend Touriga Nacional, Tinta Amarela, Tinta Roriz, Touriga Franca e Souzão, trazido ao Brasil pela Porto Mediterrâneo, que ainda se mostra novo, com taninos exuberantes, floral rico e frutas maduras. Veja
Mercovino
http://www.mercovino.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Casa Flora confirma qualidade de seus produtos no evento Wine Tasting Litoral 2012.



Meninas e meninos,
A Casa Flora, uma importadora das mais tradicionais, que em seu catálogo conta com produtos de gastronomia, vinhos, destilados, águas, mostrou ao público de Santos e região, em uma mostra denominada Wine Tasting Litoral 2012, que em minha modesta opinião, deveria ter sido chamada como Wine & Gastronomy Tasting Litoral 2012, pois a variedade de condimentos, alimentos importados e produtos para gastronomia é muito vasta.
Foi um sucesso real, com uma visitação acima do esperado, o evento torna-se uma realidade a ser incorporado no calendário da baixada.
Vejam abaixo:
A Casa Flora Importadora, em mais uma iniciativa pioneira, levou a Baixada Santista o evento Wine Tasting Litoral 2012.
Com mais de 150 rótulos de vinhos de vários países dos quais ela importa, além de produtos gourmet, como azeites, massas & molhos, mostardas, geléias, jamón, bacalhau Dias, Chocolates Goldkein, chás Dilmah, além de suas consagradas águas minerais Evian e Voss, uísques Whyte & Mackay e cerveja alemã Paulaner.
Com uma equipe formada por vários sommeliers, beer sommelier, gerentes e key accounts, além da presença de uma parte dos produtores de vinhos, a Casa Flora mostrou o que há de melhor no seu portfólio de alimentos & bebidas.
Com ilhas de degustação para cada classe de produto, além da presença do Chef Marcelo Giachini no preparo de saborosas receitas, a importadora ofereceu a oportunidade aos seus clientes e convidados de conhecer a qualidade e a versatilidade dos seus produtos, fornecendo também um catálogo com a relação de tudo o que foi degustado, além de deliciosas e práticas receitas das iguarias ali servidas. Oportunidade imperdível para quem quiser conhecer esse maravilhoso mundo da gastronomia fina e vinhos de alta gama, e para quem já conhece, testar novamente.
Casa Flora
http://www.casaflora.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 17 de julho de 2012

Vertical de Cabernet Sauvignon da Vallontano Vinhos Nobres

Meninas e meninos,
Na 6ª edição do Paladar, Cozinha do Brasil, tive o prazer de poder compartilhar com meus queridos amigos Luis Henrique Zanini e Ana Paula Valduga, uma vertical dos seus Cabernet Sauvignon Reserva, desde a 1ª safra até a de 2005.
Vertical é a prova de um mesmo vinho em suas safras deferentes, onde podemos comparara a evolução do mesmo, tanto dos mais antigos, quanto os mais novos.
Suas diferentes expressões de clima, que transmitem às uvas suas características.
Desde há muito, tenho mostrado que é balela, o que alguns dizem sobre a não longevidade dos vinhos Brasileiros.
Vinho bom, com estrutura, acidez, taninos e algum álcool, podem sim ser longevos.
Claro que algumas cepas tendem a facilitar esta longevidade, mas, vamos aos Cabernet Sauvignon da Vallontano, não sem antes falar um pouco da vinícola.
A Vallontano prima por expressar o que o terroir oferta, procurando ser o menos intervencionista possível, assim, não alterando as diferenças marcantes do solo, clima e microclima, variedade, cultura local, enfim uma identidade local.
Muito jovem, porém com bela estória, desde 1999, elabora espumantes e vinhos tranquilos, onde a identidade acima descrita é preservada.
É bom que se diga, que é uma das pequenas vinícolas instaladas no Vale dos Vinhedos, e sua produção gira ao redor de 30.000 garrafas/ano.
“Vinho é arte, é poesia, é expressão da personalidade. Para ser vinhateiro é preciso sensibilidade, humanidade, contato físico com os vinhedos e com a uva, é preciso literalmente colocar as mãos no vinho, para que não se perca a identidade. Para a Vallontano o vinho continua sendo, como entendia Galileu Galilei, humor líquido e luz! Cada safra herdará as cores do outono, o frio e a névoa do inverno, as chuvas e as cores da primavera, o calor e o sol da colheita no verão. Ao abrir uma garrafa de Vallontano, bebe-se algo único, expressão fiel desta terra” diz Zanini, seu vinhateiro.
Mas vamos aos vinhos.
1-Cabernet Sauvignon Reserva 2000-1ª safra da vinícola, cor de evolução, ainda brilhante, com balsâmicos, terroso e mineral no olfato, após algum tempo surge um floral delicado e as frutas maduras.Em boca confirma as frutas, aparecem especiarias, o balsâmico, álcool 12%.Sua boa Acidez e taninos ainda presentes nos mostram que ainda por alguns anos estará íntegro, claro, sendo bem guardado.
2- Cabernet Sauvignon Reserva 2002-cor até mais evoluída que o anterior, muita fruta, algo floral, toque animal, em boca confirma as frutas, um leve mineral aparece e as especiarias, 12,5%, boa acidez, mas me agradou menos que o anterior.
3-Cabernet Sauvignon Reserva 2004-sua cor mais nova, apesar de halo de evolução, o floral e o mentolado aparecem de pronto, depois parece ser hortelão ou salsinha fresca, ligeiramente mais alcoólico que os demais, com 13,5%, muito bem avaliado.
4- Cabernet Sauvignon Reserva 2005-ainda muito violáceo, algo de vegetal, já sentido na sagra anterior. Muita fruta, chocolate, pimenta, especiarias como cravo, noz moscada, em boca equilibrado, confirmando frutas maduras, o chocolates, as especiarias, simplesmente o mais completo em leque aromático e gustativo.Álcool 13%, acidez muito boa, taninos presentes, mostrando que a ótima safra faz mesmo ótimos vinhos, e creio, ainda vai longe em guarda.
5- Cabernet Sauvignon 2007-este não é reserva, pois não é toda safra que a Vallontano aproveita para estes, e foi colocado para uma comparação, um vinho mais simples, mas que agrada, é bem equilibrado, não passa por madeira, mas lembra chocolate e bala Toffe.
Meu preferido foi o 2005, seguido de pero pelas safras 200o e 2004.
Parabéns ao jornal O Estado de São Paulo, pelo Paladar, aos amigos da Vallontano e ao jornalista Luiz Horta, mediador da vertical.
Para os que querem conhecer melhor os produtos da Vallontano, a importadora Mistral está com seu magnífico Encontro Mistral, e a Vallontano estará lá, à espera de novos e antigos apreciadores.
Vallontano Vinhos Nobres
www.vallontano.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cavallo Loco tem personalidade própria na expressão do terroir na linha Grand Cru


Meninas e meninos,
Mais uma tacada certeira da turma de amigos da Importadora Ravin, que apresentou em grande estilo, como assim pediam os atores principais, ou seja, os vinhos, a chegada dos rótulos Grand Cru da linha Cavallo Loco, ícone da Viña Valdivieso.
Para quem gosta de vinhos, mesmo não sendo um enófilo(aquele que estuda os vinhos), já ouviu falar em Cavallo Loco, um vinho Chileno que não expressa sua safra no rótulo, por na verdade, ser uma mescla de vinhos de várias safras, e mais, que muda o corte de acordo com as diferenças climáticas de cada ano, onde esta ou aquela cepa que o compõem, se apresenta melhor ou mais definida.
Ele é apresentado com números, 1; 2; .....o mais novo é o 13.
Este nome, Cavallo Loco, segundo Jorge Coderch, diretor geral da Viña Valdivieso, advém da emblemática força e inteligência, além da vitalidade destes animais que sabem como ninguém andar pelas trilhas entre penhascos e sobreviver nas inóspitas paragens.
Em 1994 surge a primeira safra deste ícone Chileno, onde os vinhos que o origiram eram provenientes somente dentre os melhores reservados, de várias safras, e que guardados por anos em barris de carvalho francês, estavam à espera de comporem esta mescla que finalmente se apresentava ao mundo vinícola.
Para se ter uma idéia deste vinho, o Cavallo Loco 13, leva na composição final 50% do vinho da safra de 2008, e os 50% restantes das safras de 1990 até a de 2007.
Cepas utilizadas nestas safras foram Cabernet Sauvignon; Carmenenère; Malbec; Cabernet Franc e Syrah.
Mas, o que motivou a vinda de Cordech, juntamente com Eugênio Ponce, enólogo da vinícola e Silvia Gonzáles, sua gerente de marketing, foi o lançamento de mais uma grande marca de prestígio, os Cavallo Loco Grand Cru, vinhos safrados, e que em duas versões, apresenta os terroirs de Maipo Andes e Apalta.
No Grand Cru Apalta 2010, com vinhedos muito antigos, de 1914, a mescla se dá com o corte de Cabernet Sauvignon(60%) e Carmenère(40%), com amadurecimento de 15 meses em barricas de carvalho francês, sendo 35% delas novas e depois envelhecimento em garrafas ao menos de 9 meses.
No Grand Cru Maipo Andes 2010, vinhedos mais jovens, de 1995, a mescla se dá com o corte de Cabernet Sauvignon(60%); Cabernet Franc(35%) e Carmenère(5%), com amadurecimento de 15 meses em barricas de carvalho francês, sendo 35% delas novas e depois envelhecimento em garrafas ao menos de 9 meses.
Ambos são muito elegantes, notas de frutas, especiarias, o Apalta com um mentolado gostoso, e Maipo mais chocolate.
Apalta, com sherry, confirmando em boca o frutado e especiarias.
Maipo, aparece um canforado, confirma frutas e chocolate em boca.
Apalta me pareceu com acidez mais nítida e taninos bem evidentes e gostosos.
Maipo acidez boa, mas mais contida, apesar do Cabernet Franc.Parece mais volumoso em boca.
Como escolher?
Simples, pelo gosto pessoal, pois tecnicamente são perfeitos.
Eu fico com o maravilhoso Cavallo Loco Grand Cru Apalta 2010, mas não dispenso o Cavallo Loco Grand Cru Maipo Andes 2010, afinal louco mesmo só o cavalo!
Na foto o Cavallo Loco 13, ladeado à esqureda pelo Cavallo Loco Grand Cru Maipo Andes e à direita pelo Cavallo Loco Grand Cru Apalta, meu preferido dentre os Grand Cru safrados!
Ravin
www.ravin.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 13 de julho de 2012

TRADICIONAL LICOR DE AMEIXA JAPONESA, AGORA NO BRASIL.

Meninas e meninos,
Fiquei conhecendo uma bebida que é muito consumida e tradicional no Japão, e que agora é fabricada no Brasil.
Trata-se de um licor à base de Umê, conhecida com ameixa japonesa, e que é cultivada nas regiões do Brasil, onde a colônia japonesa tem grande concentração.
Conhecido como ameixa japonesa, o umê (Prunus Mume) é muito consumido entre a comunidade nipônica na forma de licor e também como conserva salgada – “umêboshi”.
A MN Própolis, empresa de Mogi das Cruzes especializada em produtos naturais e orgânicos, que completa 30 anos em 2012, acaba de lançar o Umê-Shû, bebida tradicional no Japão, o licor mais consumido entre os japoneses desde a antiguidade.
A bebida é um saboroso licor elaborado a partir do umê (ameixa de origem japonesa), sendo a fruta macerada com o destilado shochu.
O Umê-Shû MN Própolis é, a rigor, o primeiro umê-shû produzido no Brasil em escala industrial. Há alguns poucos umê-shûs oferecidos em áreas da colônia japonesa, mas são todos produzidos de forma
artesanal.
O consumo do licor de umê ainda é relativamente pequeno no País, e se concentra na colônia japonesa. A iniciativa de produção do Umê-Shû no Brasil pela MN Própolis certamente vai tornar mais popular o licor de umê e levar a bebida a ser consumida também fora da colônia.

Espírito Brasileiro – Um diferencial importante no Umê-Shû MN Própolis é que o shochu utilizado para a preparação do licor é um produto também exclusivo da MN Própolis, o shochu orgânico Hakkon.
O Hakkon – palavra que significa “Espírito Brasileiro” – é um shochu que utiliza como matéria-prima a mandioca. Mais: o processo de produção do Hakkon é totalmente orgânico, isento de agrotóxicos e aditivos químicos. O produto é certificado pelo IBD-Instituto Biodinâmico.
Por tudo isso, o Hakkon MN Própolis é um destilado absolutamente único e sem similares – é o primeiro shochu de mandioca no mundo. A título de informação, no Japão o shochu é produzido com batata doce.
Vejam o que a indústria comenta dele sobre a saúde:
"Benefícios à Saúde – O Umê-Shû MN Própolis é um licor fino elaborado a partir do umê verde com shochu orgânico Hakkon e levemente adoçado com mel puro orgânico.
Produto 100% natural, isento de conservantes e aditivos químicos, o licor Umê-Shû MN Própolis possui aroma agradável, acidez balanceada e suavidade. Tem teor alcoólico de 18% GL.
Uma das razões do grande sucesso do Umê-Shû na cultura oriental é que, além de extremamente saborosa a bebida proporciona uma série de benefícios à saúde. Nela estão presentes ácidos orgânicos, que atuam no ciclo de transformação das proteínas, gorduras e açúcares em energia e favorecem uma recuperação mais rápida do cansaço físico.
No Umê-Shû estão também presentes polifenóis e ainda a substância “mumefural”, composto presente no umê que fortalece o sistema imunológico.
Como Aperitivo ou como Digestivo – Mas, atenção: o Umê-Shû MN Própolis não é e nem deve ser encarado como remédio. É um licor, e deve ser tomado da mesma forma que se bebem outros licores. Antes ou após as refeições, como aperitivo ou como digestivo, e também em reuniões sociais.
O Umê-Shû MN Própolis pode ser consumido puro, gelado ou com pedras de gelo. E também misturado a água gelada, soda, chá verde ou batido com suco natural de frutas. Deve-se agitar a garrafa antes de servir".

O Umê-Shû MN Própolis é apresentado em garrafa de vidro de 500 ml, e custa R$ 22,00.
O produto pode ser adquirido em revendedores espalhados pelo País (empórios de produtos naturais e alguns supermercados) e nas três lojas próprias da MN Própolis (duas em Mogi das Cruzes, uma em Suzano).
Pode ser comprado também da MN Própolis Loja Virtual, no endereço mnpropolisloja.com.br. A loja virtual oferece frete gratuito para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina para compras acima de R$ 200,00 e para os demais Estados em compras acima de R$ 300,00.
IMPORTANTE: Assim como acontece com todas as demais bebidas alcoólicas, o Umê-Shû MN Própolis deve ser consumido apenas por maiores de 18 anos e sempre com moderação.
Informações
11 4790-4600 ou no site
www.mnpropolis.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 12 de julho de 2012

1ºGranja Viana Wine Fest

Meninas e meninos,
Meu querido amigo João Filipe, um Português de sangue Brasileiro, organizou este festival de sabores que tem nos vinhos e outras delícias sua principal atração.
Já há muito que a Granja Viana, esta “cidadezinha interiorana” merecia tal evento, e agora este se realiza, prometendo ser o 1º de uma longa série.
João, que com sua Vino & Sapore faz os dias dos habitantes da Granja e imediações, mais felizes com sua variedade de vinhos e quitandas gourmet, me mandou este release que só agora transcrevo, pois assim, mais perto do evento, dia 14/07/2012, próximo sábado, não corre o risco de ser esquecido pela postagem muito antecipada.
Vejam:

“Kanimambo amigos. Uma andorinha só não faz verão então toda a ajuda dos amigos divulgando e convidando amigos e seguidores a estar presente neste evento que, garanto, será delicioso e de muitas surpresas agradáveis na taça, é de fundamental importância para o sucesso do mesmo”.

“Afora na Vino & Sapore, você também poderá comprar seus convites, que lhe dão acesso a toda os produtos em prova em São Paulo; no Morumbi (Shopping Open Center, Av. Dr. Guilherme D. Vilares 1210 Loja Claudete Gil das 9 às 20 horas exceto Sábado quando abre ás 10:00) e av. Paulista (Café do Ponto: Shopping Center 3 - av Paulista 2064 piso Augusta – 3262-1551); em Embu (Café do Ponto: av Domingos de Pascoal, 35 centro -4704-0132) e em São Roque (Bella Quinta Vinhos Estrada do Vinho Nº 9611 Kn 9,9 Canguéra, São Roque - tel. (11) 4711-1903) opcionalmente ligue-nos (011 - 4612.6343 ou 1433) ou envie-nos um e-mail para comercial@vinoesapore.com.br que daremos um jeitinho de fazer o convite chegar até você lembrando que pelo custo de investimento você ainda receberá um crédito na compra de qualquer dos vinhos provados! Melhor que isso, só dois disso, concorda? rs Aguardamos você e não demore para garantir a compra de seu convite, pois as vagas são limitadas! Para embalar tudo isso um Jazz Trio ao vivo. Enfim, um evento que não dá para perder e não esqueça de convidar os amigos e colegas que, como você, também curtem um bom vinho. Para maiores detalhes do evento, inclusive com a lista de expositores e rótulos em prova, visite nosso site www.vinoesapore.com.br
Grato desde já pelo apoio, abs
João Filipe
Vino & Sapore
www.vinoesapore.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 11 de julho de 2012

SBAV-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS AMIGOS DO VINHO


Meninas e meninos,
Uma data a ser destaca, a de 11 de Julho de 2012, onde a SBAV, de tantos e tão queridos amigos, completa 32 anos de existência.
Parabéns ao quadro de obreiros, tanto os ativos como aos inativos.
Se não fosse a primeira iniciativa oficial de confraria, não teríamos a evolução fantástica nesta área, e quem sabe, nem este que vos escreve, teria porventura estudado tanto os vinhos!
SBAV
http://www.sbav-sp.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 10 de julho de 2012

6º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil confere 148 medalhas para 12 países.


Meninas e meninos,
Volto de mais uma experiência como jurado na VI Avaliação Internacional de Vinhos, ocorrida em Bento Gonçalves entre os dias 03 e 06 deste mês de Julho, onde com mais 44 colegas jurados, experts advindos de 11 países, julgamos 503 amostras inscritas.
A maior de todas as edições reuniu 503 amostras de 17 países que foram avaliadas por um júri formado por 45 degustadores de 11 nacionalidades, experts, de enólogos a jornalistas, de presidentes de associações profissionais em enologia, a professores de enologia.
O júri foi composto de cinco degustadores e um presidente de mesa que não votava, mas dirimia dúvidas e encaminhava solicitações.
Totalmente às cegas, apenas com um número identificador, as amostras foram servidas por profissionais, diga-se, muito competentes e sem qualquer engano.
Para inicio de cada dia de trabalho, provamos o que se costuma chamar “posta em boca”, uma mostra às cegas, igual para todos os jurados, com a finalidade de aferir o inicio das degustações.
As notas foram diretamente apostas em uma ficha eletrônica, calcadas nas fichas oficiais segundo a O.I.V e U.I. O.E, da qual eram encaminhadas as medianas para a presidência geral
O 6º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil comprovou que a qualidade dos vinhos e espumantes degustados está muito bem distribuída entre as diferentes regiões produtoras dentre os 17 países que enviaram amostras, beneficiando apreciadores de vinho do mundo inteiro. Os Estados Unidos e a República Eslováquia foram os únicos países a conquistar uma Medalha Grande Ouro, prêmio conferido a quem atinge 93 ou mais pontos. O concurso premiou, ainda, 61 produtos com Medalha de Ouro, onde o requisito mínimo era de 88 pontos até o limite mínimo da premiação acima desta, e 85 com Medalha de Prata, onde o requisito mínimo era de 84 pontos até o limite mínimo da premiação acima desta, totalizando 148 premiações, ou seja, 29,50 % das 503 amostras inscritas. Um júri formado por 45 experts de 11 países teve a importante tarefa de avaliar as amostras.
Tanto as degustações quanto o evento de premiação foram realizados no Dall’Onder Grande Hotel. Participaram do concurso amostras da África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, México, Portugal, República Eslováquia e Uruguai.
A estréia da engenheira química e enóloga Argentina, Claudia Quini, como presidente da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV) no evento ampliou ainda mais o prestígio do concurso que figura entre os mais representativos do mundo. Com um crescimento que vem sendo superado a cada edição, os organizadores também comemoram a chancela da OIV e da União Internacional de Enólogos (UIOE), credenciais que enaltecem o concurso que segue normas internacionais.
Para a presidente da OIV, Claudia Quini, o 6º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil demonstrou o profissionalismo e a seriedade com que o país vem trabalhando na vitivinicultura. “Tenho acompanhado a evolução dos vinhos do Brasil, hoje reconhecidos no mundo inteiro. Sinto-me muito feliz em poder iniciar minha trajetória como presidente da OIV aqui”, disse.
Presidentes de Júri
Alberto Miele Brasil Dr. em Enologia
Antonio Czarnobay Brasil Enólogo
Gilberto Pedrucci Brasi Enólogo
João Carlos Taffarel Brasil Enólogo
Luciano Vian Brasil Enólogo
Mauro Zanus Brasil Dr. em Enologia
Jurados Estrangeiros
Alejandro Cardozo Uruguay Enólogo
Carlos Abarzúa Chile Enólogo
Claudia Quini Argentina Presidente da OIV
Daniel Basile Argentina Enólogo
Estela de Frutos Uruguay Diretora do INAVI do Uruguay
Fedor Malik Rep. Eslováquia Prof. em Enologia
Fernando Pettenuzzo Uruguay Pres. Assoc. Enólogos Uruguay
Ghislain Laflamme Canadá Especialista em Vinhos
Harald Scheiblhofer Áustria Enólogo
Inês Cruz Portugal Enóloga
José Antonio Fonseca Portugal Engenheiro Agrônomo
Leonardo Castellani Argentina Enólogo
Maria Alejandra Lozano Argentina Delegada da UIOE
Maria Isabel Mijares Espanha Dra. em Enologia
Mauro Cingolani Itália Chef de Cozinha e Sommelier
Miguel Vicente Almeida Portugal Enólogo
Philippe Mével França Enólogo
Roberto Rabachino Itália Presidente FISAR International
Sergio Hormazabal Chile Pres. Assoc. Enólogos do Chile
Jurados Brasileiros
Ademir Brandelli Enólogo
Álvaro Galvão Jornalista
Carlos Zanus Enólogo
Christian Burgos Jornalista
Clóvis Boscato Enólogo
Darci Dani Enólogo
Dario Crespi Enólogo
Éder Caldart Enólogo
Firmino Splendor Enólogo
Flavio Pizzato Enólogo
Flávio Zilio Enólogo
Gabriela Poletto Enóloga
Irineu Guarnier Jornalista
Ismar Pasini Enólogo
Jefferson Nunes Engenheiro Agrônomo
Jorge Cattani Enólogo
José Venturini Enólogo
Juciane Casagrande Enóloga
Leandro Santini Enólogo
Luciano Manfroi Enólogo
Marcel Miwa Jornalista
Marcos Vian Enólogo
Mariane Pradella Enóloga
Nelson Rotta Randon Enólogo
Oscar Daudt Jornalista
Regina Vanderlinde Dra. em Enologia

Para saber mais sobre a premiação, consultar o site oficial da ABE.
Foto-Carmen Abarzúa
ABE
www.enologia.org.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

domingo, 8 de julho de 2012

Revista Go'Where traz na capa este Engenheiro Que Virou Vinho e mais três bons amigos.




Meninas e meninos,
Sem fazer autopromoção, vejam a matéria da Go'Where deste mês, onde Ennio Federico, Didú Russo, Manuel Luz e Eu somos capa.

Abaixo as nossas entrevistas para a revista, por Shirley Legnani e Fotos Mauro Holanda Assistente Jennifer Besse Produção Tereza Galante

Agradecimento Vicolo Nostro Ristorante
"A maioria largou uma atividade convencional, por assim dizer, para se dedicar ao universo dos vinhos. É o caso do sempre alinhado Didú Russo, com sua impecável gravata borboleta, que deixou uma vitoriosa carreira de publicitário premiado para ser um dos mais conhecidos mestres da enofilia no Brasil. E do engenheiro Álvaro Cézar Galvão, que virou enófilo – ou vinho, como sugere o próprio nome de seu blog. Nesse time ilustre, Manuel Luz, colunista, professor de Grego clássico e História e enólogo, consegue explicar de forma simples e pedagógica uma transformação química altamente complexa na produção de determinado vinho, sem “florear” ou dificultar o conhecimento do leigo. E o quarteto se completa com o gentleman Ennio Federico, economista e respeitadíssimo enófilo e articulista, colaborador de vários sites e revistas do segmento. Os rótulos mais marcantes de suas vidas, os insuportáveis enochatos das feiras e eventos, a salvaguarda proposta para os vinhos nacionais, treinamento e dom para a degustação de vinhos – nada lhes é estranho no universo dos vinhos. E foram alguns dos assuntos que estes craques de tintos e brancos dissecaram para GoWhere Vinhos
Como e quando se interessou pela enologia?
Didú – Ninguém acredita, mas foi antes mesmo de minha consciência, pois, antes mesmo da primeira mamada, minha mãe me deu uma colherzinha de um Porto Vintage da Quinat, produzido no vinhedo de meu bisavô materno, que era português. É uma tradição portuguesa. Mas foi só lá pelos anos 90 que, cansado de ser publicitário, resolvi me dedicar ao que eu já gostava mais de fazer: degustar vinhos. Montei um bar de vinhos com meus filhos, o que lamentavelmente fiz muito antes do modismo que o vinho vive hoje. Tínhamos 32 vinhos vendidos em taça em 1998… claro que não funcionou, mas lá nasceu a Confraria dos Sommeliers e lá nasceu meu livro Nem Leigo Nem Expert, bem como cursos, palestras, artigos, site e tudo o mais que produzo no mundo do vinho.
Álvaro – Sempre gostei de cozinhar, e, sobretudo, estudar o que comia e bebia. E o vinho ligava as duas coisas. Me dedico profissionalmente à enogastronomia há mais de 15 anos.
Manuel – No início dos anos de 90, comecei a me interessar por turismo, ramo no qual queria trabalhar. Num dos cursos que fiz havia uma aula sobre vinhos e outras bebidas. Achei uma boa ideia ter como trabalho a degustação de vinho e ainda ganhar pra isso. Aí fui incentivado por dois amigos a seguir nessa carreira: Marcos Mattos e Edinho Engel, do restaurante Manacá.
Ennio – O vinho sempre esteve presente em minha vida, desde criança eu tomava misturado com água nas festas de família – coisa de italiano. Adulto, continou sendo um hobby. Mas foi somente no início da década de 80, com a fundação da SBAV (da qual ele foi presidente por três gestões), que realmente comecei a estudar o assunto em profundidade.
De fora, tudo parece ser muito bom: viagens, degustações, eventos, etc. É isso mesmo?
Didú – Sem dúvida, desde que a pessoa goste do que faz. Eu gosto. Costumo dizer de forma jocosa que o mercado de parafusos não propicia o mesmo que o de vinhos…
Alvaro – Não é bem assim para os profissionais. Para o enófilo amador, tudo é encantamento, mas para os profissionais do vinho, principalmente os que escrevem, trabalhamos duro, como qualquer operário.
Manuel – Depende muito da área em que o enófilo trabalha. Se for num restaurante, certamente ficará mais tempo trabalhando no estabelecimento que viajando, embora faça necessariamente duas ou três viagens de atualização por ano. Se o especialista desenvolve trabalho na área de wine Hunter (descoberta de novos produtores) ou critica/jornalismo de vinho, as chances de viajar são muito maiores, e, na verdade, é possível passar mais da metade do ano em viagens para regiões produtoras do mundo todo. Já quanto às degustações, é questão obrigatória: um profissional sério deve provar no mínimo mil rótulos diferentes todos os anos.
Ennio – Desde que você seja convidado, é isso mesmo.
Você já teve que fingir que gostou de determinado vinho só para não desagradar, seja o produtor, importador ou um amigo?
Didú – Não consigo, prefiro ser sincero a ser falso. Mesmo que o vinho não esteja num nível bom, pode-se dizer isso com respeito, educação e elegância e ser útil ao produtor/ importador e até um amigo.
Álvaro – Nunca. Desde meus primeiros artigos, sempre procurei falar daquilo que eu gostava. Mas mesmo sob pena de desagradar, creio seja mais interessante para o produtor/ importador saber minha opinião sincera, e os mais inteligentes sabem aproveitar estas opiniões.
Manuel – Não sou conhecido por ser político ou muito simpático nesse quesito. Falo o que tenho segurança pra falar. Seja o comentário bom ou ruim.
Ennio – Não me lembro que isso tenha ocorrido, mas acho que eu sempre diria a verdade.
Já teve algum recorde de número de vinhos degustados em um dia?
Didú – Numa degustação promovida por uma revista, cheguei a provar 120 rótulos. Tivemos que parar umas três vezes e dar uma respirada para não comprometer o trabalho. Mas não é o ideal. Mesmo cuspindo as amostras, você acaba alterado sua sensibilidade com esse excesso.
Álvaro – Em uma viagem a Portugal, foram 170 num só dia. No sul, no ano passado, a média ficou em 70/dia.
Manuel – Minha meta, mesmo nas feiras internacionais, é ficar na casa dos 80, 90 por dia, mas outro dia estive em Bordeaux, confinado no Château de Rougerie, em Entre-deus-Mers, por uma semana, numa programação de mais de 800 rótulos. E a média foi de 150 vinhos por dia.
Ennio – Numa prova de vinhos do Porto, degustei seguida-mente 57 diferentes amostras de vários brancos e tintos do Douro durante o jantar. Talvez tenha degustado maior quantidade em feiras, mas em teor alcoólico o Porto ganha.
Como lidar com os beberrões em eventos?
Didú – O ideal é levar na brincadeira e, se tiver intimidade com a pessoa, dar um toque… O problema do álcool é que o cara legal fica mais legal, o chato mais chato e o mal educado mais mal educado. In vino veritas não nasceu ao acaso…
Álvaro – Pessoas que não sabem beber são inconvenientes em qualquer ocasião e, muitas vezes, é muito difícil lidar com elas, mas tiro de letra.
Manuel – Eu pratico a censura cordial. Se estiver me incomodando ou atrapalhando o andamento de uma degustação, chego e falo.
Ennio -– Nos eventos, os enófilos formam grupos isolados, nunca têm contato com essas figuras.
Quais seus vinhos favoritos?
Didú – Biodinâmicos, porque são honestos, sinceros e puros, mostram o que o terroir é de verdade.
Álvaro – Sabe de uma coisa? Meus vinhos favoritos são os últimos de que mais gostei nas provas. Claro que, de modo geral, tenho preferências, como os do Velho Mundo, menos alcoólicos que os do Novo Mundo. Gosto dos italianos, espanhóis e portugueses. Também gosto e escrevo sobre os vinhos do Brasil. Apesar do momento adverso com a proposta de salvaguardas, não fiz e sou contra boicotes.
Manuel – Vinho é feito de uvas, mas também de ideias. O momento é muito importante para determinar o sucesso de uma bebida. O vinho ideal vem da Europa, mas há muita coisa boa de outras regiões. Bebo muito vinho branco, às vezes até fora dos “manuais” de harmonização – e está aí outra coisa para a qual não ligo. Dos tintos, prefiro Borgonha e Piemonte.
Ennio – É difícil dizer, pois as preferências mudam rapidamente na medida em que aparecem novos vinhos ao alcance do bolso. Degustar ocasionalmente um Château Petrus não basta para considerá-lo favorito, se não pode haver continuidade.
Como vê a proposta da salvaguarda dos vinhos nacionais, com o estabelecimento de cotas para os importados, por exemplo?
Didú – Acho um incrível equívoco, mal elaborado e enganoso em sua defesa e uma lamentável iniciativa separatista que escancara o maior problema do setor no Brasil, a desunião.
Álvaro – Um erro grosseiro de estratégia, quem sabe até má fé mesmo de alguns, pois, desde a proposta do selo fiscal, venho dizendo da inutilidade e do despreparo dos órgãos que assim decidem. Trabalho com vinhos brasileiros faz muitos anos e vejo que hoje a cicatriz está exposta, por total despreparo e desprezo de alguns com a inteligência do mercado consumidor
Manuel – Ninguém nunca sabe o que as pessoas conversam às portas fechadas. Parece-me uma tolice. O tempo dirá quem estava certo e quem deu tiro no pé. O fato é que muita gente se posicionou, não porque tinha uma opinião, mas porque aproveitou o momento para autopromoção. Isso causa distúrbio no diálogo.
Ennio – Sou totalmente contra essa pretensão e endosso todos os argumentos daqueles que também não concordam.
O que acha dos vinhos brasileiros?
Didú – Acho que estão melhorando muito, mas precisam buscar sua própria personalidade. A maioria quer copiar o que faz sucesso no mercado e não considero que esse deva ser o caminho. Os melhores “secondo me” quase ninguém conhece, são de pequenos produtores, alguns naturais, e sensacionais, como os vinhos de Marco Daniele, os do Dominio Vicari, o Hex Von Max, o Dall’Agnol, o Panceri, o Era dos Ventos Peverela, o Elephant Rouge. Você já ouviu falar deles? Pois são vinhos únicos, de personalidade, que mostram o potencial do Brasil no setor
Álvaro – Alguns são bons, outros muito bons, há os ótimos, mas todos pecam nos preços, por ganância de todos. Principalmente os espumantes, e dentre eles o espumante Moscatel, são ótimos e são os únicos que têm relação preço e qualidade adequada, por isso as vendas não param de crescer ano após ano.
Manuel – Estão evoluindo muito e bem. Provo com atenção desde o início dos anos 1990. Tudo depende de plantas adequadas, tecnologia de elaboração e cuidado no cultivo. Há muitos produtores investindo nisso. O resultado vem com o tempo. Não se faz um bom vinho em 5, 10 anos. Demora, mas vem.
Ennio – Acho que o futuro dos vinhos brasileiros ainda está nos espumantes.
O que é mais essencial para ser um bom conhecedor de vinhos, dom ou treinamento?
Didú – Um conjunto de coisas: estudar, ler, experimentar, ser humilde, gostar, ser curioso. Todas as pessoas normais podem ser bons conhecedores de vinho, basta ter olfato e paladar. Mas o mais importante é ser interessado e sincero.
Álvaro – Creio que ambos: treino é necessário, mas sem certo pendor para a análise olfato-gustativa, além de memória, nunca teremos um grande conhecedor. Primeiro temos que nos preocupar em criar a cultura de se degustar vinhos, para depois nos aprimorarmos em conhecimentos mais técnicos. Mas estudar, sempre. O saber não ocupa espaço!
Manuel – Treinamento, disciplina, amigos certos e dinheiro. O custo é alto. O custo alto explica essa imensidão de profissionais medíocres que investem pouco e ganham no grito seu lugar ao sol, mas poucos provaram grandes coisas. Não é questão de esnobismo, é preciso provar mais de uma vez para conhecer. Ainda há os custos das viagens, hospedagem, etc. Acaba que as importadoras são os grandes patrocinadores e por isso só se bebe chileno e argentino no Brasil – pois pra lá é mais barato ir e muitos profissionais nossos só conhecem Mendonza e Santiago.
Ennio – Muitas viagens, muita leitura, muita degustação e conversa com quem entende mais que você.
Dos milhares de vinhos degustados, descreva uma experiência inesquecível.
Didú – Já tive grande prazer em beber vinho de mesa no restaurante De Marchi em São Bernardo, comendo frango à passarinho com alho frito, polenta e salada de rúcula. Às vezes repito a experiência para lembrar como era… Citar uma apenas é difícil, mas vamos ao que primeiro me vem à cabeça: uma vertical do Clos de La Coulée de Serrant (um branco do Vale do Loire da casta Chenin Blanc), com o proprietário Nicolas Joly, um gênio da Biodinâmica, que mudou minha vida no mundo do vinho. Para se ter uma ideia, provamos vinhos abertos pela manhã e degustados à tarde e o melhor deles tinha 20 anos de idade, estava fresco e não tinha adição de nada além do que a uva fermentada produziu.
Álvaro – São muitas. Em uma mostra de vinhos organizada pela ViniPortugal, conheci os vinhos do Porto Dalva Colheita, como o 1963 Golden White, inesquecíveis. Outra ocasião marcante foi quando degustei pela segunda vez o
Cave Geisse Brut 1998, garrafa Magnum. Da primeira vez ele não me chamou tanto a atenção, ao menos não com a intensidade de agora. Eu e o vinho éramos outros, tínhamos mudado, esta é uma das belezas do mundo dos vinhos.
Manuel – Uma realmente sublime: uma prova de vinho do Porto Vintage de safras antigas às margens do rio Douro. Eram 12 safras, como o Taylor’s Vintage Port 1912, o Quinta do Noval Colheita 1937, o Warre’s Vintage Port 1958 e o Quinta do Noval Colheita 1964. Ennio – Em 2001, fui responsável pela abertura de uma garrafa de vinho do Porto Real Cia. Velha 1815 usando uma tenaz. O vinho foi em seguida cuidadosamente decantado com luz de vela e servido nos copos oficiais do IVP para um pequeno grupo reunido na residência do saudoso Armando Reis, então presidente do Solar do Vinho do Porto. Fizemos um brinde e degustamos um raro néctar, uma bebida com quase 190 anos de idade! Foi emocionante".

Go'Where


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Taninos no Tucupi enfrenta os queijos Serra da Canastra e pratos elaborados com eles, harmonizando-os com vinhos.


Taninos no Tucupi enfrenta os queijos Serra da Canastra e pratos elaborados com eles, harmonizando-os com vinhos.
Meninas e meninos,
Mara Salles, Chef do Tordesilhas, ao se encantar pelos queijos Serra da Canastra, nos lançou um desafio, qual seja, harmonizarmos os pratos elaborados por ela com estes queijos e os vinhos, em nossa confraria Taninos no Tucupi, onde a gastronomia Brasileira impera, girando ao redor dos vinhos do mundo todo.

A Serra da Canastra é uma das microrregiões produtoras de queijo artesanal de Minas Gerais, as outras são a Serra do Salitre (ou Alto do Paranaíba), perto de Goiás, o Serro (a mais antiga), Araxá e a mais recente Campo das Vertentes. Lá são produzidos queijos de forma tradicional desde o século XVIII. Viajantes e naturalistas, como Auguste de Saint Hilaire e J. Emanuel Pohl registram no começo do século XIX a presença do queijo artesanal como produto de expressão na alimentação e na economia da região.
O modo tradicional de fazer o queijo da Canastra, que já se constitui num patrimônio cultural, não foi alterado neste tempo todo: a primeira etapa é a coagulação do leite; depois vem a prensagem; em seguida a salga e a maturação; por último, vem a rala, para retirar o excesso de sal e fazer o acabamento. Para a coagulação do leite são acrescentados o coalho e o pingo. São estes dois insumos, junto com os caracteres do terroir (o tipo de clima, relevo e solo, e o pasto do qual a vaca se alimenta), que dão o sabor e a consistência particulares do queijo. Antigamente era usado o coalho artesanal, derivado de uma enzima do estômago de animais, como bezerro, porco ou tatu. Hoje todos os produtores usam o coalho industrializado. O pingo é o resíduo líquido e esverdeado liberado pelo queijo após a prensagem e a salga, é o último soro, depois do queijo salgado e descansado. O pingo é recolhido e armazenado para ser usado no dia seguinte, quando uma nova remessa de queijos recomeça a ser feita pelo mesmo processo.
Este modo de fazer produz um queijo de terroir, com características únicas: forte sabor, cremosidade, extremamente saboroso, e que funde quando recebe calor.
O grande problema dos produtores do queijo da Serra da Canastra, assim como das outras microrregiões mineiras, é a impossibilidade da expansão das vendas destes queijos especiais para os brasileiros de outros estados e regiões. Por ser um queijo produzido com leite cru, ele tem restrições do Ministério da Agricultura para a sua comercialização, pela suposta e remota possibilidade de transmissão de doenças para o consumidor. Há também a questão da maturação do queijo: o ministério entende que ele deve ter uma maturação mínima de 60 dias, o que é inviável para os produtores, pois a maturação muito longa faz o queijo artesanal mudar suas características de sabor e textura e dificulta a venda. Mas o consumo extensivo, continuado e histórico do queijo pelas populações do estado de Minas, sem registros de mortalidade ou doença, mostra como é absurda, equivocada e ultrapassada esta legislação. A lei federal que determina esta proibição é de 1952. O mais grave é que muitos produtores estão deixando de produzir queijo para vender leite; assim se corre o risco de perder uma tradição cultural importantíssima e um produto gastronômico sofisticado. Agora, finalmente surge uma boa notícia, os 7 municípios produtores acabam de receber (27/04/2012) o Certificado de Indicação Geográfica do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que indica que somente os queijos produzidos nestas 7 localidades podem ser chamados de queijos artesanais da Serra da Canastra, o que é um grande avanço, pois reconhece a origem da produção dos queijos da região.
Os pratos:
1-Queijos artesanais da Serra da Canastra de vário tipos para serem degustados.
2-Lobozó – prato clássico da Serra da Canastra, jiló, feijão de corda(subistituído por abobrinha)ovos, queijo, cebolinha e farinha de milho.
3- Ovo Caipira Pochê em soro de leite e lâminas de Pancetta tostadas com toque de Pimenta jiquitaia
4- Talharim de Abobrinha aos 3 queijos (fresco, meia cura e curado) e Tomates Confitados com Aliche.
5- Mexidinho de Miniarroz com Queijo bem curado e Pimenta-de-cheiro fresca, acompanhado de Galinha Caipira de Panela.
6-Frutas frescas e compotas com natas da Canastra
Os queijos foram descritos pelo confrade Agilson assim:
1- Romilda e Zé Pão – queijos bem tipicos da serra da Canastra, de meia cura rápida e quase frescos e bastante macios. Tem na sua textura macia e agradável a maior de suas virtudes, pois quando aquecido derrete deliciosamente. Acidez bem elevada por conta do coalho utilizado, mas que equilibra a gordura muitíssimo bem. Salgado na medida certa.
2- Luciano – Queijo com mais tempo de cura, é de bom corpo e textura bem delicada, com gosto de fermento e lácteos bem pronunciados, é de sabor bem forte e marcante. combina bem com os vinhos de médio corpo. Deixa na boca agradável sensação do leite gordo utilizado. A casca mais endurecida tem sabor mais forte e salgado.
3- Zé Mário – queijo com mais tempo de cura que o do Zé Pão, mantém a textura macia e bem delicada na boca. Repete os aromas de coalho e fermentação e tem na gordura seu principal aliado, é macio de delicado na boca.
4- Reinaldo Faria – Semelhante ao de Zé Mario no quesito cura, tem uma pegada mais adocicada na boca, mais macio que o anterior e deliciosamente envolvente.
5- Edmar – Meia cura com uma acidez bem interessante, gosto do leite cru bem perceptível e envolvente com sua delicada gordura. Semelhante aos anteriores, mas com diferenças bem sutis de sabor, acidez e aromas.
6- Joãozinho – queijo que muda de padrão dos anteriores, diferente e bem adocicado na boca, lembra um pouco os queijos Ementhal e Gouda tanto em textura como em sabor, apesar de ter uma acidez mais pronunciada. Macio em boca e com bastante teor de gordura, fica bem úmido e desmancha-se no paladar. Textura macia e tenra.
Vinhos:
1-Dr. Loosen – 2010 – Riesling Troken – 11,5 % - Mosel – AL
2- Brunheda 2005 - Douro – 13% - PT ( Rabigato, Malvasia fina e Códega do Larinho ).
3- - Vila Francioni Lote II – Chardonnay – 13% – SC – BR
4- Dyade 52 – Riesling 2008 – 12% - Baden – AL
5- Jermann – Pinot Bianco – 2007 - IGT Veneza Giulia – 13% - IT
6- Torresela – Pinot Grigio – 2010 - IGT Veneto – 12% - IT
7- Avondale Pinotage 2009 – 13,5% – Paar - Africa do Sul
8- Innominabile Lote IV – 13,6% – SC – Brasil
9- Sori Dij But 2006 – DOC Dolcetto di Dogliani – Ana Maria Abonna - 13,5% – Fara – Cuneo – IT
10- Viña Alicia 1998 – Lujan de Cuyo – 13,5% - Mendoza - Arg.
Meus preferidos para harmonizar com a totalidade dos queijos(se aquí fosse descrever um vinho para cada um dos queijos, o que na verdade aconteceu, iria me estender), determinei um para os 6 queijos) foi o vinho 4.
Para o Lobozó, novamente o vinho 4.
Para o ovo pochê, o vinho 1.
Para o talharim de abobrinha o vinho 4
Para o mexidinho de miniarroz o vinho 6.
Para a sobremesa não havia um vinho especificado.
Espero ter sido explícito sem ser muito profundo e ficar chato, pois harmonizar pratos difíceis com vinhos não é simples, mas nada que seja bicho de sete cabeças.
Tordesilhas
www.tordesilhas.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Casa Flora mostra sua bela linha de Toscanos da Camigliano e a cerveja Paulaner.

Meninas e meninos,
Convidado pela linda e eficiente amiga Cristina Neves, que faz a assessoria de imprensa para a Casa Flora Importadora, dentre outras, fui conhecer as novas safras da Camigliano, uma das cantinas responsáveis pela recuperação da tradição dos Chianti.
Mas não é que com seu jeito decidido, consciente de seu trabalho, que assim como eu é feito com muito profissionalismo e amor, a Cris, enquanto Paola Falabretti, a diretora comercial desta cantina Toscana, não chegava do aeroporto, pois claro que, como sempre acontece, além do atraso no vôo, o trânsito da capital é um dos maiores problemas de estresse, com muito humor e espírito prático, nos convida para uma cervejinha antes dos vinhos.
Quando digo cervejinha, não é pelo fato desta bebida ser menor, os que me conhecem sabem que escrevo sobre a cerveja, pois aprecio boas bebidas, é um modo carinhoso de tratar a bebida, assim, no diminutivo, mais íntimo.
A cerveja que estou falando é uma velha conhecida minha e a qual aprecio muitíssimo, a Paulaner, que desde 1634 é conhecida por sua paixão pela produção de cervejas Premium. São usados somente os melhores ingredientes e a tecnologia mais avançada para garantir a qualidade absoluta de seus produtos, que seguem rigorosamente a Lei de Pureza. Existe uma cerveja para cada ocasião! É cervejaria líder de mercado na Alemanha, patrocinadora oficial do time de futebol Bayer de Munich e da Oktoberfest Fest.
Como é um dos produtos que a Casa Flora importa, ficou ainda mais elegante a atitude da Cris, e degustei a bela Paulaner Hefe-Weissbier Dunkel, que das cervejas de trigo claras, é que possui maior porcentagem de malte de trigo tostado. O malte escuro confere à cerveja uma bonita cor castanha e um aroma refrescante e intenso que recorda o malte tostado. A cerveja de trigo escura não é filtrada antes do envasamento, de maneira que as leveduras utilizadas em sua fermentação estão contidas na garrafa. Estas leveduras conferem um sabor especial à cerveja e são fontes naturais de vitaminas e sais minerais
Cerveja de trigo escura totalmente natural, de fermentação alta, fabricada com levedura de nossas próprias instalações de cultivo. Contém 60% de malte de trigo e 40% de malte de cevada, fino aroma de lúpulo de Hallertau, 12,4% de mosto original e 5,3% de álcool
Paulaner Hefe-Weissbier Dunkel acompanha muito bem carnes de caça, salsichas, aves, queijos fortes e sobremesas, e como já sabia disso, e estava na churrascaria Figo de Chão, pois a Cris não faz por menos, pedi suas famosas morcillas, que bem temperadas e fortes harmonizaram-se perfeitamente com a Paulaner.
Até quem não gostava de morcillas, aprovou!
Bem, mas quanto aos vinhos da Camigliano, destes falarei em outra ocasião, pois não me atrevo a tirar o brilho desta “cervejinha” encantadora.
Casa Flora
www.casaflora.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Consejo Regulador De La Denominación De Origen Ribera Del Duero

Meninas e meninos,
A Câmara Oficial Española de Comercio em Brasil, junto a Associación Empresarial de Bodegas acogidas a la D.O. Ribera Del Duero(ASEBOR), organizaram evento, onde puderam mostrar cerca de 50 vinhos da D.O Ribera Del Duero .
A ASEBOR esteve pela primeira vez no Brasil, e trouxe consigo 11 vinícolas da região, que estão localizadas nas províncias de Burgos e Valladolid, duas das quatro que compõem a região demarcada, onde as outras duas são Soria e Segovia.
Segunda denominação mais vendida, depois da D.O Rioja, seus vinhos potentes e com grande potencial de guarda, em geral da cepa Tinta Del país, ou Tinto Fino,(a nossa conhecida Tempranillo), vêm de uma tradição vitivinícola que data do século XII, mas somente na década de 80, Ribera Del Duero atingiu o estatus de D.O
Com clima que sofre influencias mediterrâneas e continentais tem seus extremos climáticos.
Com cerca de 800 m de altitude média, seus verões quentes e invernos frios, poucas chuvas e solos apropriados, formam as boas condições para que as uvas sejam de muita qualidade, expressando-se em seus vinhos com a mesma certeza.
Além da Tinta Del país, a Garnacha, Cabernet Sauvignon e Merlot, dentre as tintas, e entre as brancas, a Albillo ou Bianca Del país, são as mais usadas, e seguindo as normas, a Tinta Del país deve estar presente com 75%, e pode estar em cortes com as outras tintas, atingindo ao menos 95%, restando então 5% para outras, para os tintos da região.
Para ilustrar as rígidas regras da denominação, temos:
Tintos Jovens-não passam ou passam muito pouco, menos de 12 meses em madeira.
Tintos Crianza- passam um mínimo de 12 meses em barris, sendo comercializados após 1º de Outubro do 2º ano,seguinte à colheita.
Tintos Reserva- amadurecem por 36 meses em barris e nas garrafas, ficando no mínimo 12 meses na madeira.São comercializados após 1º de Outubro do 3º anos depois da colheita.
Tintos Gran Reserva-60 meses, com um mínimo de 24 meses em madeira, comercializados após 1º de Outubro do 5º anos depois da colheita.
Mas indo direto aos vinhos, degustei vários que me agradaram, como os das Bodegas Garcia; Martín Berdugo; Tamaral; Pascual, mas de todos os vinhos, uma bodega em especial me champou muito a atenção, pois todos os seus vinhos degustados foram bons, de alta qualidade, estou falando da Bodegas El Lagar de Isilla, que me foi apresentada pela linda amiga Lilyan da Revista Brasil Espanha.
Degustei a linha completa desde os tinto jovem até o Reserva, mas gostei muito do Gestación, justo por passar por barris durante 9 meses.
Varietal Tempranillo, gostos, aromático, especiarias e frutas vermelhas, com algo de tostado.Em boca as frutas e especiarias encantam.Boa acidez e taninos perfeitos completam o leque.
Além da simpatia da Beatriz em nos receber e contar um pouco da bodega, seus vinhos são merecedores de algum importador, já que ainda não os trás ao Brasil.
Bodegas El Lagar de Isilla
www.lagardeisilla.es
Lylian
lylian@revistabrasilespanha.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão