quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vinho nacional precisa de divulgação.

Meninas e meninos,

Vejo que o que o dito popular que cobra que não anda não engole sapo, se aplica.
Por muitas vezes em conversas, tenho inquirido o porque de não se fazer com o vinho, em termos de propaganda, o que é feito com outras bebidas, pois bem agora parece que vai!
Iniciativas de marketing que difundem os diferenciais da bebida nacional e os benefícios à saúde das pessoas, aliados à democratização do consumo, são as principais recomendações de um estudo encomendado pelo Instituto Brasileiro do Vinho IBRAVIN.
Finalmente as nossas recomendações, minhas e de outros que militam no meio dos consumidores, palestras, vitivinicultores, da enogastronomia e cursos, foram ao menos levadas à efeito.
Não é de hoje que levanto a bandeira da propagada institucional para esta bebida fermentada tão pouco conhecida e consumida, quando se compara aos destilados, por exemplo, em nosso país.
Creio ser o vinho pouco consumido pela falta de conhecimento da bebida, pelo preço, pela glamurização e pelo falso conceito de que vinho não se bebe sob temperaturas mais elevadas como as nossas.
Que diríamos então daquele destilados fartamente consumidos em países até mais quentes, ou mesmo dentre nós?
Vemos ao longo dos últimos anos, esforços hercúleos de vários vitivinicultores para ganharem escala dentro da mais alta qualidade, e terem como conseqüência um melhor preço.
Ainda por ser uma bebida pouco consumida, não se pode compará-la com a cerveja, outro fermentado, que, aliás, nunca deixou de lado ações de marketing muito vigorosas e maciças ao longo do ano, criando momentos propícios para a bebida, fosse no verão ou inverno, colocando produtos específicos e muitas vezes sazonais no mercado.
Trabalhei em um veículo de mídia que o mote era e é “Tirar a gravata do vinho”, colocando bem claro o desejo de democratizar o consumo bem orientado, sem ostentações e luxos supérfluos, que só encarecem e mitificam o vinho, em nada ajudando para seu maior consumo e conhecimento.
Esta pesquisa do IBRAVIN vem em boa hora para que possamos inclusive melhorar a imagem do vinho brasileiro tão mal compreendido e aceito por nossa população.
Temos obtido uma melhora significativa nos últimos anos em qualidade, lembrando que somos ainda muito jovens em experiência, quando comparados aos outros paises produtores, principalmente aos do continente europeu, mas a globalização tão funesta certas horas e em determinados temas, nos tem propiciado trocar experiências e fazer ajustes já feitos e tentados com sucesso em outros países, ajudando e muito nossa produção.
Os resultados da pesquisa feita com 1.037 pessoas entre 18 e 69 anos em três capitais do País – Porto Alegre, São Paulo e Recife foi revelado ao setor vitivinícola e à imprensa dia 20/01/09 em Bento Golçalves, mostrando que o desconhecimento do vinho não é somente por parte dos consumidores, mas também de alguns distribuidores e da rede varejista.
Com base nos dados de consumo, de comportamento perante o vinho, e nas preferências dos brasileiros destas três regiões diferentes, incluindo-se os canais de distribuição, o estudo será a base de todas as ações promocionais previstas pelo IBRAVIN este ano, com o objetivo de aumentar o consumo das bebidas derivadas de uva no Brasil.
Fonte IBRAVIN
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão




6 comentários:

Diário de Baco disse...

Concordo contigo Álvaro...

Se o mercado ainda não se moveu o suficiente nesta direção, nós, blogueiros e apaixonados pelo vinho, estamos fazendo nossa parte divulgando nossas opiniões de consumidores, através de enoblogs.

É a era e a vez do consumidor!

abs!
Alexandre
www.enoblogs.com.br

Álvaro Cézar Galvão disse...

Obrigado Alexandre.
Temos mesmo que bater sempre na tecla para fazer valer o ditado que comer(no nosso caso beber vinhos)e coçar é só começar..
Abraços de luz
Álvaro Cézar Galvão

Anônimo disse...

Caro Alvaro,

acredito que o vinho brasileiro sofre de preconceito e falta de informacao. Ate para introduzir os brasileiros na carta de nosso restaurante , o Pobre Juan, sofri muita resistencia de meus socios.
Acredito tambem que os fornecedores nao ajudam muito, a Miolo por exemplo so vende em caixa fechada com pedido minimo, o que para restaurante dificulta muito pelo carregamento do estoque.
Mas, temos uma otima novidade, abriu na semana passada a loja A.O.C Vinhos do Brasil, especialistas em vinhos brasileiros que nao possuem distribuicao p'ropria.A loja fica na Atilio Inocenti, Vila Olimpia, amanha passo o endereco.
Tocando no assunto, amanha no Pobre Juan, iniciaremos uma parceria com a Mistral e venderemos as sextas no almoco vinhos de exelente qualidade por precos maravilhosos.
O endereco la e Rua Comendador Miguel Calfat, 525, e so aparecer que e meu convidao.

Um grande abraco

Luiz Marsaioli Filho

Álvaro Cézar Galvão disse...

Luiz,obrigado pela argumentação que só vem corroborar com o que tenho propugnado tanto.
Quanto à AOC, são meus amigos desde há muito, e só não abriram 8 meses antes por causa de uma restrição do código de obras.
Pode falar em meu nome, são todos atenciosos, e ainda bem que esta proposta chega à SP, pois faltava por aqui.
Quanto ao seu convite está aceito, e quero visita-lo em breve.
Abraços de luz e calor
Álvaro Cézar Galvão

Anônimo disse...

Oi Alvaro.

Nós da A.O.C. VINHOS DO BRASIL agradecemos seu apoio e também do incentivo do Luiz Marsaioli.
Temos mesmo que dar atenção aos vinhos brasileiros que a cada dia que passa estão surpreendendo com vinhos de altíssima qualidade. Aguardamos nova visita de vocês lá.

Grande abraço,
Christina do Amaral Lopes
A.O.C.VINHOS DO BRASIL

Álvaro Cézar Galvão disse...

Linda Chris Linda,
Falar bem do que é bom é fácil e prazeroso.
Continuemos todos à incentivar nossos vinhos e nosso mercado, que em breve teremos mais mercado e seremos mais competitivos.
Álvaro Cézar Galvão