segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vinhos do Tejo, Degustação e organização primorosas

Meninas e meninos,
Em recente degustação promovida pelos organizadores para mostrar os belos vinhos que são feitos na região do Tejo em Portugal, me deparei com alguns exemplares que apesar de ainda não estarem aqui representados, creio que não demorará muito, pois são muito bons e de ótima relação qualidade x preço.
Tejo é o principal rio português, e a região ribeirinha tem sido reconhecida como produtora de vinhos desde a idade média.Ribatejo, ou seja, às margens do Tejo ou ribeirinha, é o nome da província, e por isso, há 15 anos foi escolhida para designar a nova região vitivinícola que acabava de ser criada, com a junção de várias sub-regiões.
Mias modernamente, decidiu-se voltar a usar o nome original Tejo, para designar a região, em virtude da tradição e da importância do rio para a Portugal.
A região é marcada por 3 zonas vitivinícolas distintas.
Bairro, situado na margem direita do rio, com solos argilo-calcáreos, com vinhas e oliveiras, e solos xistosos ao norte de Tomar.
Charneca, à margem esquerda do rio, com solos arenosos, pouco produtivos, mas por isso mesmo muito expressivos, principalmente os vinhos brancos.
Leziria, com extensas planícies adjacentes ao rio, sujeita a inundações e com a maior fertilidade, com solos de aluvião.
Degustei entre outros os vinhos da Quinta do Casal Monteiro, e vejam um pouco de história:

Quinta do Casal Monteiro, S.A. antiga Casa Agrícola Herdeiros de Dom Luís de Margaride, S.A., foi fundada pelos herdeiros de Luís José Bramcamp de Mello Breyner Cardoso de Menezes, comumente conhecido por Dom Luís de Margaride, descendente paterno dos Condes de Margaride e materno dos Condes de Sobral, nascido em Santarém no ano de 1903.
Em 1928, Dom Luís assumiu a direção das atividades agrovinícolas nas propriedades familiares, herdadas e também adquiridas, às quais dedicou mais de cinquenta anos de estudo, trabalho de investigação e prática no cultivo da vinha e nas técnicas enológicas.
Dom Luís deixou vasta obra e escritos, pelos quais foi galardoado com vários prêmios e consagrações, tais como a de sócio de honra do Office International du Vin , sendo ainda membro de diversas instituições científicas, bem como de diversas confrarias nacionais e internacionais.
A antiga Casa Margaride's e os seus descendentes e antigos proprietários, irmãos Luís Manoel Cardoso de Meneses e Hermano Cardoso de Meneses, deixaram no patrimônio da Sociedade, uma tradição familiar de mais de 150 anos, nos quais, as gerações foram sucessivamente passando o testemunho, no respeito pelo ancestral, mas com ambição de progresso, inovação e vontade de modernidade, conseguindo para os seus vinhos a permanência e a expansão nos mercados nacional e internacional.

Dentre os rótulos que mais gostei estão o branco Dom Hermano Clássico Branco 2009 DOC Tejo, um corte de 33% de cada uma das uvas: Arinto. Fernão Pires e Chardonnay, ótimo e refrescante, com seus 12,5% de álcool.
Mas o que me encantou depois de degustar os vários vinhos foi o Forma de Arte tinto Reserva 2009, um corte de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignos, 50% de cada.
Expressivo, frutado e algo de tostado leve, taninos presentes, mas macios e mostrando sua força de guarda, equlibrado, ideal a meu ver para caças, carnes vermelhas em cocções suculentas e queijos curados.
Além de tudo o rótulo é realmente uma forma de arte, moderno e delicado.
Quinta do Casal Monteiro
http://www.casalmonteiro.pt/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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