quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Austrália e França- Tipicidade depende do terroir.

Meninas e meninos,
Fui “convidado” a voltar ao post onde falei da importadora Wine Society, de tantos e-mails que recebi, explico:
Como meu foco naquele artigo eram as cervejas que agora são trazidas, falei rapidamente do vinho branco delicioso e refrescante que degustei, pois bem, me pediram para falar sobre ele, então aqui vai.
O vinho em questão, o Mitchelton Airstrip é da Mitchelton Wines, da região de Victória Central.
Cercada por três de suas divisas pelo rio Goulburn, seus 154 ha de terra adquirem perfis distintos de solo, ao longo da propriedade, criando diversos terroirs e, por conseguinte, singularidades em suas uvas.
É o que acontece com as uvas que compões o Airstrip, ou seja, a Roussane, que entra com 40% no corte, Marsanne e Viognier, que participam com os 60% restantes na mesma proporção.
As uvas, que são originárias da França, se adaptaram muito bem ao terroir de Victória, e traduzem uma tipicidade, claro, Australiana, de Victória!
Do corte, cerca de 20% do total, passa por barris de carvalho Francês, conferindo a ele aquele corpo que mencionei estar bem equilibrado com o álcool de 13,5%, e acidez ótima.
Quanto aos descritores aromáticos, para meu entendimento, os florais, como mel e as rosas se destacam, mas no catálogo se fala em jasmim, o que é perfeitamente natural, pois a cada um, se manifestam memórias olfativas e gustativas diversas, dependendo de suas experiências e vivências anteriores.
Frutas também se destacam no olfato, e concordo com o que está descrito no catálogo quanto às pêras e limão (sumo da casca).
Para mim, estes descritores se confirmam em boca, aliado a certa untuosidade, nada exagerada, dando corpo, ao vinho, coisas da passagem pela madeira, mas em nada tirando o frescor e jovialidade, que fazem do vinho, companheiro ideal para ser degustado solo ou com gastronomia.
Eu indicaria, devido à boa acidez, uma entrada com folhas verdes e frutas, um peixe mais delicado como o Linguado, uma massa ao Vôngole, ou outros frutos do mar, um risoto de pêras e queijo Brie. Valem queijos também, menos os mais salgados.
Mas volto a dizer, que o que mais importa é beber o que se gosta, mesmo que no caso o vinho seja acompanhado de um Osso Buço, por que não?
Afinal, o prazer de se consumir o que se gosta, parece com um certo comercial: “não tem preço”.
Espero ter atendido aos pedidos.
Wine Society
http://www.winesociety.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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