quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Quando os Brunellos nos fascinam.


Meninas e meninos,
Faz algum tempo coloquei um texto onde falava do profissionalismo e expediente da amiga Cristina Neves,  http://divinoguia.blogspot.com.br/2012/07/casa-flora-mostra-sua-bela-linha-de.html
quando a seu convite, me encontrava em almoço para conhecer melhor os vinhos da tradicional cantina Camigliano, localizada em  Montalcino, Toscana.
Pois bem, agora relato o belo encontro com a Paola Falabretti, diretora comercial desta cantina que desde há muito é uma das minhas preferidas quando escolho Brunellos.
Com total de 90 ha, e reservando 50 ha, para a produção de Brunellos, Paola descreveu as diferentes propostas do enólogo no tocante aos seus vinhos, em especial ao seu Riserva o Gualto, com produção pequena de apenas 9.000 gfs/ ano.
Degustei um IGT, o Poderuccio 2009, que estagia por poucos meses em barricas francesas parte do vinho, cerca de 30% dele, somente para “arredondar” em maciez. Elegante, acidez nítida, chamando comida, equilibrado em taninos e álcool, mescla de Sangiovese, Cab.Sauvignon e Merlot, por isso, pelas regras do consócio, um IGT.
O seu Rosso di Montalcino DOC 2009, varietal Sangiovese, muito floral e bom frutado, confirmado em boca, acidez também marcada, como, aliás, própria da Sangiovese, é um vinho com passagem pequena por madeira, cerca de 6 meses, muito bom para ser bebida um pouco mais refrescado, digamos em torno dos 17º C, fácil, rico, e claro, bom para gastronomias como massas com molhos à base de tomates.
Partindo para os mais emblemáticos, ou seja, os Brunellos, o Brunello di Montalcino DOCG 2006, passando 24 meses em “botti”, barricas grande que chegam a 6000 litros, e mais dois anos em garrafas.
Muita fruta, taninos ainda presentes, macios, elegantes, equilibrado, é um dos meus preferidos quando degusto Brunello, pela sua exuberância e pela bela relação preço X qualidade.
Não me esqueço o dia que o levei para uma das minhas confrarias, a Taninos no Tucupi, onde harmonizamos vinhos com gastronomias regionais Brasileiras, para juntar-se a uma dobradinha.
http://divinoguia.blogspot.com.br/2011/06/o-dia-em-que-uva-sangiovese-domou-os.html
Seu ícone o Camigliano Gualto DOCG Riserva  2004, com apenas 9.000 garrafas/ano, passando de 36 meses por “botti” e mais 24 meses em garrafas, é extraordinário.
Suculento, macio, taninos ainda se mostram, frutas e florais se abrem, os terciários(os aromas devidos ao seu envelhecimento) presentes lembrando fumo de corda, couro, algum balsâmico.
Um vinho que me chamou muito a atenção foi o Cabernet Sauvignon Sant’Antimo «Campo ai Mori» DOC 2006, passa por barricas francesa durante 12 meses e afina em garrafas mais outro tanto.
Muito equilibrado, potente sem ser “over”, algo mineral se mostra, taninos macios, mas, dizendo que é um vinho para durar mais uns bons anos.
Frutas negras, acidez marcada, também ótimo para carnes grelhadas ou em preparações suculentas.
Tudo isto na agradável companhia de amigos, da Paola, e claro, das cervejas Paulaner Dunkel, que me abriram o apetite.
Quem importa os vinhos da Camigliano é a Casa Flora
www.casaflora.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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