segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Vinho e mulheres. Não vivo sem eles.Parte I

Meninas e meninos,
Começo este texto citando Virginia Wolf:
"O que é uma mulher? Eu não sei. Não acredito que alguém possa saber até que ela tenha se expressado em todas as artes e profissões abertas à habilidade humana" Virginia Wolf.
Hoje eu diria:
"O que é uma mulher? Eu não sei. Não acredito que muitos o saibam, nem mesmo algumas delas, pois são seres mágicos, que têm um sexto sentido apurado, e que estão à frente dos homens léguas de distância".
Álvaro Cézar Galvão.

Falar de vinhos e de mulheres é sempre um enorme prazer, e muito já se escreveu sobre o tema, mas para mim, ele é sempre uma fonte inesgotável e apaixonada.
Caso já tenham ouvido, ou lido texto com este assunto, levem em consideração, que o meu motivo maior, é de exaltar as mulheres e os vinhos.
Será mesmo que temos vinhos para homens, ou seja, mais masculinos, e outros para as mulheres, ou mais femininos?
O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado ao ideal feminina que o vinho. Mas via de regra, sempre foi feito por homens, e principalmente para os homens.
Guardando a devida distância na comparação, o homem tem ao lado da mulher o seu melhor, assim como o vinho acompanhado da gastronomia adequada também. É o casamento perfeito. Um não deveria viver sem o outro.
Está cientificamente provado que as mulheres têm mais sensibilidade, são mais olfativas. Estão habituadas, desde cedo, a identificar aromas, em perfumes, em cremes, em flores.
Os homens não passam dos cinco sentidos, enquanto as mulheres até por treino de muitas gerações, possuem apuradíssimos o olfato, já que usam lavandas e colônias desde há muito, o paladar, que protegia e protege a família quando é feita e servida a refeição, e o sexto sentido, que na falta de algo complementar mais científico, foi desenvolvido tendo por base o amor, a preocupação, o senso de responsabilidade para com a prole, e o despreparo acadêmico de antanho.
Isto em muito facilita as consumidoras de vinho, em relação aos consumidores homens, pois quase que intuitivamente, elas escolhem e acertam no vinho que mais gostam, muitas vezes sem os terem experimentado anteriormente.
As mulheres, não se deixam apanhar pelas armadilhas de convenções, estabelecidas pela sociedade patriarcal, onde, por exemplo, podem se deter a observar as diversas tonalidades de uma cor, ou a melhor interação de cores e suas tonalidades, atentas para a harmonia das combinações.
Quando uma mulher está aborrecida, principalmente em sua vida afetiva, ela pensa correndo em chocolates, o que as remete ao leite materno, com certo dulçor, macio e quente, aquele carinho maternal, a segurança, talvez esteja ai explicado por que em sua boa parte, as mulheres busquem vinhos mais adocicados.
Não que os homens não possam sentir-se ligados às suas lembranças ternas, mas de novo vemos a sociedade “educando” seus filhos homens para não serem sentimentais.
Estando atentos à grande mãe Natureza, podemos observar que em quase todas as espécies animais que vivem sobre a terra, os machos são os mais belos, vistosos e fortes, caracterizando-os como os provedores da continuidade da sua espécie.Graças ao bom Deus, na espécie humana, acontece o contrário; a Mulher é a mais bela, mais forte e vistosa e, creiam-me, a grande responsável pela continuidade da espécie.
É com estas e outras comparações que vamos descobrir o mundo das mulheres e homens no vinho.

Até próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

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