sexta-feira, 30 de março de 2012

Fazenda Capoava apresenta “Degustando o Brasil”, com palestra da sommelier Sonia Denicol

Meninas e meninos,
Minha querida amiga Sonia Denicol, uma das defensoras do bom
vinho em geral, e em particular do Brasileiro, que comunga de ideias muito
próximas às minhas sobre o “imbróglio” salvaguardas, fará neste final de
semana, na Fazenda Capoava, uma apresentação dos terroirs produtores de vinhos
finos no Brasil, eu, que já tenho um compromisso familiar não poderei estar lá,
mas aconselho quem possa ir, pois é imperdível, esclarecedor, além de gostoso,
pois haverá degustação, é claro.
Vejam abaixo o release do evento:

No próximo dia 31 de março,
a Fazenda Capoava, hotel fazendo localizado no Bairro Pedregulho – área rural e
turística de Itu -, apresenta o evento “Degustando o Brasil”, que integra o
programa de degustação de vinhos do empreendimento.
Associada ao ‘Roteiros de Charme’, a
Fazenda Capoava tem como missão valorizar a cultura brasileira em toda a sua
diversidade e esse projeto vai ao encontro deste objetivo. O evento contará com
a palestra da sommelier Sonia Denicol, que foi responsável pela elaboração da
carta de vinhos da Fazenda.
“Faremos uma viagem por todas as regiões
brasileiras que atualmente produzem vinhos de qualidade. O evento, com duração
de 2 horas, começa com uma palestra para apresentar cada uma das regiões e suas
características”, explica Sonia Denicol.
Em seguida, os participantes do evento
poderão degustar os rótulos mais representativos de cada região, recebendo
informações do que melhor é produzido nas vinícolas nacionais. Em destaque, o
estado do Rio Grande do Sul, maior produtor do país, até o Vale do São
Francisco, os hóspedes conhecerão a qualidade de produção brasileira.
Durante o final de semana do evento, nos
dias 30 de março e 1º de abril, o sabor dos vinhos nacionais estará presente em
diversas ocasiões, já que a cozinha da Capoava preparará pratos e sobremesas
que harmonizem com os rótulos apresentados durante a palestra.
Mais informações
sobre o evento e reservas para o de chalés e suítes, entre em contato pelo

telefone:11-2118-4100 ou
e-mail:
reservas@fazendacapoava.com.br
Fazenda Capoava
www.fazendacapoava.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 29 de março de 2012

Salvaguardas para os vinhos esquenta a discussão.


Meninas e meninos,
Muito se tem escrito sobre as salvaguardas, e quantas vezes forem precisas, digo e repito: Senhores, gosto de vinhos, Brasileiros, Portugueses, ou Chineses(já deguste um e gostei), e sou contra o boicote porque atinge de forma indelével a toda a indústria vitivinícola Brasileira, que eu e muitos mais, vimos incansavelmente mostrando em palestras, aulas-degustação e artigos.
Mas hoje, ao chegar de viagem, leio no jornal Folha de São Paulo, um bom apanhado, que me permitam, transcrevo abaixo, com especial atenção ao que Eduardo Fleury comenta:
“Outro lado
Ibravin diz que quer 'cotas e não o aumento de impostos'
DE SÃO PAULO”

"Chegou a hora de os grandes produtores do Brasil construírem condição para o setor de vinhos finos se consolidar: ou ele se estabelece ou desaparece", diz o diretor do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Paviani.
O Ibravin, em parceria com a União Brasileira de Vitivinicultura, a Federação das Cooperativas do Vinho e o Sindicato da Indústria do Vinho do RS fizeram a petição de salvaguarda ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Mesmo diante das manifestações calorosas que a ação despertou, os peticionários dizem estar "muito seguros". "Não é protecionismo, é uma medida legal, prevista na lei."
Segundo o Ibravin, o pedido é o de que haja restrições quantitativas e não o aumento do Imposto de Importação. "Não é para tirar [os vinhos importados] das prateleiras, o que queremos é participar do crescimento do consumo."
Quem está contra a salvaguarda sugere que haja uma desoneração da carga tributária sobre a produção dos vinhos nacionais. "Estamos trabalhando na diminuição de impostos há anos, com conquistas concretas [caso dos espumantes]", diz Paviani.
E como pedir salvaguarda para um mercado que cresceu 7% de 2010 para 2011? Para o instituto, esse crescimento só permitiu recuperar o que o mercado brasileiro perdeu nos anos anteriores.
Com a Argentina, que não será prejudicada pela salvaguarda e terá a chance de ampliar o mercado no Brasil, "temos o compromisso de estabelecer estratégias conjuntas para o mercado do vinho.
(Luiza Fecarotta)

"Boicote tenta impedir o aumento do Imposto de Importação sobre vinhos e criação de cotas
LUIZA FECAROTTA
DE SÃO PAULO
As reações ao pedido dos grandes produtores gaúchos para a criação de uma salvaguarda para o vinho brasileiro não param de crescer.
Em uma semana e meia, uma corrente de retaliação promove um boicote ao rótulos nacionais nos restaurantes e nas lojas, uma grande marca tirou seu nome da disputa e a controvérsia ganhou dimensão internacional.
Unidos, importadores, chefs, "restaurateurs" e sommeliers buscam apresentar argumentos ao governo antes que medidas como o aumento do Imposto de Importação -cogita-se de 20% para 55%- ou a criação de cotas -a imposição de um limite na quantidade de garrafas importadas- sejam concretizadas.
No Rio, a chef Roberta Sudbrack retirou do cardápio os rótulos brasileiros de vinícolas ligadas à petição. É um gesto simbólico, diz ela, e uma maneira de se posicionar sobre um assunto que "pode colocar em risco o crescimento da gastronomia e do país".
O restaurante Tasca da Esquina e a loja de bebidas Rei dos Whisky's & Vinhos -das maiores redes varejistas-estão dispostos a fazer o mesmo.
Thiago Locatelli, sommelier do Varanda Grill, diz que a salvaguarda é "um tiro no pé", que os "consumidores estão revoltados" e que o "mercado brasileiro será inundado por vinhos argentinos e chilenos".
Juntos, os dois países detêm 60% do mercado de vinhos importados no Brasil.
Na Argentina, José Zuccardi, o "rei do malbec" e diretor da Familia Zuccardi, uma das principais vinícolas daquele país, diz que o baixo consumo per capita no Brasil -dois litros por habitante, por ano- é um dos entraves.
"Isso vai contra o desenvolvimento dos próprios vinhos brasileiros", afirma Zuccardi.
Ele, que com a alíquota zero do Mercosul pode se beneficiar com as medidas de salvaguarda, acredita que o vinho importado pode estimular o "crescimento de um grande mercado para os vinhos brasileiros".
Enólogos afirmam que, com a abertura da década de 1990, os consumidores passaram a provar bebidas européias de maior qualidade e, com isso, os viticultores gaúchos viram-se obrigados a profissionalizar a produção.
Diz o português Antonio Soares Franco, produtor dos vinhos Periquita: "Foram os importados que promoveram a qualidade do vinho brasileiro. É uma guerra em que ninguém sai ganhando”.
CERVEJA
Para Ciro Lilla, dono da importadora Mistral e vice-presidente da Associação Brasileira de Bebidas, o mais provável é que "todo mundo beba mais cerveja, o principal concorrente do vinho".
"É absurdo. Salvaguarda é para proteger ramos que estão em perigo de extinção e, segundo o próprio Ibravin [Instituto Brasileiro do Vinho, que encabeça a ação], o mercado cresceu 7% no último ano, mais que a economia."
Rogério D'Avila, dono da importadora Ravin, diz que o "pequeno produtor brasileiro também é massacrado". Eduardo Angheben, da vinícola que leva o seu nome, diz que a salvaguarda é "antipática" e pleiteada por um grupo de companhias que concentram essa indústria.
Famosa pelos espumantes, mas também produtora de vinhos tintos, a Salton, antes signatária do pedido de salvaguarda, voltou atrás - não apoia mais a medida por considerar que "restringe o livre arbítrio dos consumidores".
Carina Cooper, sommelière da marca, diz que "os vinhos no mundo não são iguais, cada um tem uma história, uma uva, um estilo".
Colaborou FELIPE BÄCHTOLD, de Porto Alegre]"
“Salvaguarda não vai tornar o vinho brasileiro competitivo”
EDUARDO FLEURY
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Prevista pela Organização Mundial do Comércio, a salvaguarda resultaria na imposição de um limite na quantidade de garrafas importadas e/ou no aumento das tarifas de importação. Noutras palavras, vinhos mais caros para o consumidor.
A salvaguarda só pode ser aplicada se ficar comprovado que a indústria nacional sofre prejuízo grave em decorrência do aumento das importações.
Os produtores de vinho, usando números de 2006 a 2010, alegam que, na crise mundial de 2008, os países exportadores de vinho "despejaram" o excesso de produção no mercado brasileiro, com redução de preços.
A participação do vinho importado no mercado nacional sobe de 2009 para 2010. Com isso, a venda de vinho brasileiro cai no mesmo período. A queda é explicada pela Embrapa: a seca de 2010.
A produção deve ser analisada em separado, visto que há um intervalo entre a produção e a venda do produto -as safras. Nesse sentido, a produção de vinho cresceu de 2010 para 2011, revelando a recuperação do período de estiagem.
À primeira vista, é possível dizer que o aumento da participação dos vinhos importados é explicado parcialmente pela estiagem de 2010.
A alegação de que os países exportadores utilizaram a redução de preço para ganhar mercado não é válida. Desde 2008 vem subindo: em 2011, o aumento foi de 14,3%.
Assim, o nexo causal segundo o qual o vinho importado esteja causando danos graves à produção nacional não parece tão forte quanto o sugerido pelos produtores.
Pelas regras da OMC, na vigência das salvaguardas -até oito anos- a indústria nacional deve se comprometer a investir e se ajustar para poder competir novamente.
Na indústria do vinho, a evolução é demorada. O Chile já exportava vinhos para a Europa em volume razoável em 1784. Mais ainda, a indústria moderna do vinho teve sua história iniciada em 1830.
Se ao final do prazo das medidas restritivas o setor não se tornar competitivo, o resultado será a transferência de renda dos consumidores de vinho para os produtores gaúchos, nada mais".

EDUARDO FLEURY é advogado e economista com mestrado em tributação internacional na Universidade da Flórida e especialização em direito de empresas por Harvard.

Por fim, deixo aqui mais um instrumento que pode e deve tornar a opinião pública sobre o assunto, conhecida, pois há uma petição pública na web.
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2012N22143

Desonerar, descomplicar, e regulamentar taxas, impostos e demais contribuições é o caminho.
Eficiência(fazer certo as coisas) e Eficácia(fazer as coisas certas) não se conseguem por decreto.
Competição, tecnologia e impostos, de insumos e formadores de centros de custos, é saudável, faz atingir a eficiência e eficácia!
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

domingo, 25 de março de 2012

Ricardo Castilho no Bacchus


Meninas e meninos,
Vejam que bacana para nosso país, termos um representante entre os jurados
VEJAM RELEASE:
Especialista em vinhos é integrante do júri do maior concurso da bebida da EspanhaO jornalista e expert em vinhos Ricardo Castilho está fazendo parte do do time de jurados do Bacchus, concurso internacional que se realiza esta semana em Madri. A 10ª edição do maior concurso da bebida na Espanha é promovida pela União Espanhola de Provadores.O Bacchus é uma competição aberta a todos os tipos de vinho. O time internacional de provadores avalia, em prova cega, aproximadamente mil rótulos provenientes de todas as partes do mundo. Os vencedores serão revelados em Londres, na London Internacional Wine Fair, que acontecerá em maio deste ano.Castilho é editor da revista de enogastronomia Prazeres da Mesa que conta com um importante caderno de vinhos. Todos os anos, promove diversos eventos do setor como o Prêmio Carta de Vinhos, que avalia os serviços de vinho de estabelecimentos do Brasil e América do Sul. O prêmio de 2012 será entregue em abril na Expovinis, maior evento de vinhos da América Latina, do qual a Prazeres da Mesa é a revista oficial. O editor também é um dos organizadores do Semana Mesa SP, mega evento de enogastronomia do país.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sábado, 24 de março de 2012

Duo de pato no Bacchus at Wedgewood com o vinho Pétales d’Osoyoos 2008



Meninas e meninos,
Mais uma aventura emocionante para nós amantes da boa gastronomia.
O Bacchus at Wedgewood, é descrito como um elegante oásis no coração da dowtown Vancouver, e realmente o é.
O único pertencente ao Relais & Chateaux em Vancouver e um dos 14 do Canadá, o Bacchus fica no hotel do mesmo nome, requintado e elegante, com música ao vivo, e gastronomia internacional assinada pelo chef Lee Parsons.
Para beber, escolhi dentre os bons exemplares do mundo todo, mais um do Canadá, da Osoyoos Larose Winery, Okanangan Valley, British Columbia o Pétales d’Osoyoos 2008, um corte bordales de 80% Merlot; 11% Cab.Sauvignon; 6% Petit Verdot; 2% Cab. Franc e 1% Malbec.
Fermentado em tanques de inox, descansa em barris de carvalho francês usados de 1º e 2º usos na proporção de 60/40.
Desta vez, não pude ficar sem pedir um balde de gelo para resfriar o vinho, pois os ambientes são sempre muito quentes, e por incrível que pareça, os vinhos não ficam em adegas refrigeradas, ao menos foi o que o simpático Zoran, descendente de Búlgaros disse.
Aromas muito frutados, algo doce que creio seja da Petit Verdot.
Especiarias como o cravo e cardamomo aparecem com o tempo em taça, aparecem também a pimenta, um sutil animal, e certo terroso, que deve ser da Cab Sauvignon.
Confirma em boca as frutas, a pimenta e especiarias.
Taninos se mostram ainda meio duros, e o álcool de 13,5% , depois de resfriado o vinho, se enquadrou e equilibrou-se bem com a acidez muito boa.
Não foi o vinho que mais me agradou dos que tomei de Okanangan Valley, ainda o Cabe.Franc Hester Creek Reserve Block 1 2009, foi o campeão, mas harmonizou bem com o prato, que, aliás, estava fantástico.
Se o vinho perdeu, o prato foi o melhor de todos os provados nas minhas aventuras gastronômicas em Vancouver.
Duo de pato Brome Lake, com peito braseado e perna confitada, fondant de batatas e butternut squash(abóbora), tudo regado ao molho de vinho do Porto.Espetacular.
O Merlot, em maior quantidade, e o álcool de 13,5% ajudando, casou como uma luva com o confitado, e o braseado de tão sutil e leve, veio junto na harmonização, completando-a.
Para não deixar de lado os vinhos de sobremesa, um blackberry crumble(a compota de frutas feita com várias blackberries), com sorvete de baunilha, pedi um IceWine Gehinger, feito com a Riesling, e um Porto Taylor Flagdate Tawny 10, que ficaria para o café também.
Só de relembrar desta noite, já estou com vontade de lá voltar.
Bacchus at Wedgewood Hotel
http://www.wedgewoodhotel.com
Osoyoos Larose Winery
http://www.osoyooslarose.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 23 de março de 2012

Páscoa solidária – Adote essa boa causa



Meninas e meninos,
Mais uma vez tenho que admitir que os incansáveis Simone e Marcio Berti ganham pontos e marcam mais um gol de amor.
Vejam na integra o comunicado que recebi destes amigos, que levam adiante uma obra que sempre terá meu apoio.
A Fleur de Sucre, das chefs Ana Paula Carrazza e Fabiola Gouveia, estão com um
projeto super bacana para a Páscoa 2012.
As chefs desenvolveram um ovo de páscoa com tiragem limitada onde será impresso
uma das obras gentilmente cedida pelo artista Gustavo Rosa e o mais bacana é que
esses ovos terão os lucros de sua venda todo revertido para o Instituto Chefs Especiais.
O projeto Chefs Especiais-Down Cooking é uma iniciativa de Simone e Marcio Berti,
para pessoas com Síndrome de Down, que existe desde 2006, onde 15 a 20 alunos, dos
180 cadastrados, participam de um workshop mensal em esquema de rodízio com chefs
que ensinam e vivenciam com eles a experiência de realizar uma receita em todas as etapas,
proporcionando aos alunos superação de limites e elevação de auto-estima.
A nova empreitada do casal é o Instituto Chefs Especiais que visa capacitar e inserir
no mercado de trabalho assistido esses profissionais especiais, além de outras atividades
como terapias, cursos livres, apoio à família, auto-gestão do down, palestras educativas,
entre outros.
A Fleur de Sucre é a primeira parceira do Instituto, e deu uma aula para os alunos do
projeto que fizeram os primeiros ovos de páscoa com a estampa da obra do artista
Gustavo Rosa.
O ovo tem 500gr.
Feito com chocolates Valrhona.
Mais informações:
Simone Berti
11-9329-9977
contato@chefsespeciais.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 22 de março de 2012

Bordeaux La Grange para acompanhar porco e lentilhas.


Meninas e meninos,
Uma das dificuldades que todos os amantes de vinhos encontram, e um dos complicadores que os sommeliers enfrentam em seu dia a dia, é o de indicar e escolher um único vinho que vá harmonizar bem com os pratos diferentes, tanto dos comensais, como os que integram a bateria na seqüência de entradas, primeiros e segundos pratos.
Tenho tomado como base da escolha, e isto é pessoal, o prato principal digamos “mais” difícil ou complicado de harmonizar.
Um exemplo é aquele prato composto de várias iguarias, ou aquele com mistura de etnias, ou ainda o que tem características únicas de peso, aromas, graxos etc...
Para resolver de maneira mais técnica, só mesmo os vinhos em taças, ou se os pratos forem iguais.
Para exemplificar, ao jantar no O’ Doul’s Restaurant & Bar, do premiado chef Chris Whittaker, para entradas uma terrine de pato e galinha com geléia de berries(este foi escolha unânime), primeiros pratos bem diferentes como uma marinada selvagem de cogumelos orgânicos, pastry(espécie de rolinhos fritos e maple syrup) e folhas frisé, e um carré de cordeiro, purê de menta, uvas passas, geléia de berries e salada de quinoa, e segundos pratos mais diversos ainda, onde para um atum com risoto de mascarpone e lagostas ao perfume de limão, e tornedos de porco com cassoulet de lentilhas( verdadeiro festival de sabores) e purê de maçãs, acabei escolhendo um que fosse corte, e fui de Chateau Roquetaillade La Grange, Grand Vin de Bordeaux 2007, Graves, onde normalmente temos um corte de Merlot, Cab.Sauvignon, Cab.Franc, podendo ter também Petit Verdot, combinação que os tornam mais amigáveis aos agridoces, cogumelos e carnes como porco, ficando o atum (peixe forte e escuro), mais fácil, sobrando a lagosta que envolta em amidos e dulçor do risoto e mascarpone, além do cítrico do limão, para tirar a dúvida na hora “h”.
Pois bem, o vinho estava com taninos bem doces e domados, safra 2007, muito frutado, levando-me a crer que boa dose de Merlot e Petit Verdot se mostravam.
Em recente degustação no Brasil, vimos os Bordeaux da safra 2009, vários já bem dóceis quanto aos taninos.
Quanto mais ficou em taça, mais frutas e especiarias apareciam, e com seus 12,5% de álcool, não cansou degusta-lo à temperatura mais alta, já que a calefação interna dos locais fechados beira os 27ºC.
Uma das observações que faço é que em várias partes pelas quais viajei, as pessoas até podem consumir muitos litros por habitante a mais que nós do Brasil, mas não sabem segurar as taças, serviço de vinho bem feito é raríssimo, ai incluindo-se a temperatura com que servem os vinhos, incluindo-se os brancos.
Os pratos estavam maravilhosos, nada como alta gastronomia global, onde a leitura dos pratos, cada chef a faz, com ingredientes e costumes locais.
Como abaixo segue o site do O’ Doul’s, poderão ver os preços pagos pelos vinhos, pela gastronomia, a cada dia ou semana, o chef recomenda uma seleção com entradas, primeiro e segundos pratos, que foi a que escolhemos.
Os preços sempre acrescidos das taxas e eventuais gorjetas.
A foto não é a do vinho, que poderá facilmente ser encontrada na web, mas a do porco com lentilhas, verdadeiro festival de sabores e aromas.
O’Doul’s Restaurant & Bar
http://www.odoulsrestaurant.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vinho divertido com atitude séria!


Meninas e meninos,
Ao passar pela 4ª Avenida West, indo em direção ao mercado público, deparei-me com a frase escrita sobre uma edificação: “Grandes Vinhos São Feitos Aqui”.
Claro que não podia deixar de visitar o local, e Sylvie Tanguay, a proprietária, muito falante e risonha me pergunta: Quer fazer seu próprio vinho?
Deste momento em diante vi uma interessante e lúdica maneira de difundir a cultura do vinho, ao passar pela experiência em saber que há uma empresa como a Stomper’s In Kits.
Mas como funciona?
Sylvie importa a granel o concentrado de uvas viníferas, de várias partes do mundo, de várias cepas, como Chardonnay, Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon, Nebbiolo, Barbera, Carmenère, Tempranillo, Zinfandel, Pinotage, Malbec, Gewürztraminer, Riesling, Viognier, Pinot Gris, Grüner Veltliner, que vêm da Austrália, França, EUA, Alemanha, Itália, África do Sul, Áustria, Chile, Espanha, Argentina.
Mas e agora, o que fazer?
O kit ensina que a primeira fermentação deverá ser feira em recipientes de plástico de 23 litros, que serão suficientes para os fermentos agirem com temperaturas entre 22ºC e 24ºC (estou resumindo a operação por ser mais ou menos, de maneira “caseira” a etapa da fermentação alcoólica).
A transferência do resultado desta etapa ocorre por gravidade para um recipiente de vidro, um garrafão gigante, por gravidade e após 5 a 7 dias.
Durante aproximadamente 10 dias, ficará no garrafão, estabilizando e clarificando, sempre mantendo a temperatura nos mesmos patamares já descritos, são então adicionados os sulfitos que irão sanetizar e conservar o vinho, que no próximo passo, passará também por gravidade para outro garrafão para continuar a clarificação por mais 8 dias, quando então estará pronto(será?) para ser engarrafado.
Quase ia me esquecendo de dizer que no kit, já vem também um saquinho com chips de carvalho, que podem ser francês, húngaro, americano... seu vinho terá madeira na medida certa, sem perder o frutado, garante Sylvie.
Claro que o processo é algo mais elaborado do que acabo de descrever, mas o que importa é que a Stomper’s In Kits está a 18 anos fazendo vinhos assim, e com sucesso, pois Sylvie coleciona várias medalhas em concursos, vende o que produz, ensina a cultura do vinho, assim como os cervejeiros já fazem desde muito tempo, com os kits para cerveja caseira.
Geralmente os vinhos são embalados em BIB de 18 litros, ou mesmo em garrafas ao critério do cliente e com rótulos personalizados, que fazem parte dos kits.
Sylvie também faz, creiam-me, Sparkling, Ice Wine, Amarone, e um fortificado tipo Porto.
Seus preços variam ao redor dos U$ 180,00 em média para brancos e tintos, podendo chegar aos U$ 225,00 dependendo da procedência e da cepa utilizada.
Stomper’s In Kits
www.stompersinkits.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 20 de março de 2012

Comendo sem vinho, mas com cerveja Canadense.



Meninas e meninos,
Fui pesquisar qual era a cerveja canadense mais indicada, mais consumida e que os canadenses indica, isto sem contar com a já conhecida Molson.
Indicaram-me, e gostei do que degustei a GIB, ou Granville Island Brewing.
Para não ficar sem acompanhamento ideal, dentro do shopping em Metrotown, que se chega através do Sky Train, uma espécie de metrô, e que não tem catracas que precisem de bilhetes que você os compra e porta consigo, há um restaurante o Stone Grill, onde fui aplacar minhas fome e sede.
Não costumo freqüentar as praças de alimentação dos shoppings, não é o que gosto, mas na maioria deles há alguns restaurantes, onde sentados, atendidos conforme um menu, podemos melhor comer.
No caso do Stone Grill, a carta de vinhos era muito pobre, então parti para a GIB English Bay Pale Ale, já que iria pedir o Ribeye, que vem cru em cima de uma pedra quentíssima, e você a grelha ali mesmo, no ponto que desejar, acompanhada de batatas fritas e legumes, que também você grelha, também vem um potinho de um molho que lembra um pouco o de tomates com shoyo.
A cerveja agradou bastante, fresca, boa acidez e como as notas de caramelo e tostados esperadas, ligeiro cítrico completou a palheta aromática.
Em boca confirmou o sutil cítrico e o caramelo e tostados, mas na medida certa, acompanhando os 5%de álcool.
Posso dizer que ficou ótima a harmonização.
Quem tiver a oportunidade de provar esta cerveja, o faça, vai gostar, e a foto é a do Bibeye.
GIB-Granville Island Brewing
http://www.gib.ca
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 19 de março de 2012

Vamos falar de preços?



Meninas e meninos,
Proteger mercado, dificultar a entrada deste ou daquele produto, taxar em demasia, tudo se resume em ganância e incompetência, de quem taxa e de quem não consegue competir.
Em Vancouver tenho visto de tudo com relação aos preços, falando de vinhos, outro dia, paguei por uma taça o equivalente ao preço da garrafa do mesmo vinho, quando comprada em loja. Fiquei espantado ao descobrir, pois não é o usual.
Mas, também, por outro lado, vejo nas lojas, e dou como exemplo uma vinícola aqui muito conhecida, a Gray Monk, com 50 anos de atividades, fazendo parte do topo das 20 melhores vinícolas Canadenses, e custando U$14,99 mais taxas...
Vejo por outro lado, os importados, como os muito nossos conhecidos, o Don Melchor, safra 2008, custando U$ 99,95, ou um Don Maximiano da Errazuriz custando U$ 114,95.
Posso lembra-los que para eles que ganham em U$, equivaleriam estes preços aos nossos em reais, dentro do Brasil, ganhando em R$.
Exemplificando, já pensaram que poderíamos pagar no Brasil, desde os nacionais, sendo um top 20 a R$ 14,99, até os importados, e no nosso caso, sem taxas de importação por serem Chilenos, os exemplos acima do Don Melchor e Don Maximiano a R$ 99,95 e R$ 114,95 respectivamente?
Seria um sonho pensar que um dia lá chegaremos, ou continuamos com a ganância e incompetência?
Preciso falar ou escrever mais?
Chega de perguntas, que o texto está ficando cheio de interrogações...
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

domingo, 18 de março de 2012

Gastronomia e vinhos em Vancouver



Meninas e meninos,Meninas e meninos,
Quando me proponho a conhecer novas fronteiras, sempre penso nas particularidades, nas coisas novas, pois estas são as diferenças entre as culturas.
No caso dos vinhos tenho degustado alguns locais, e até agora, todos de Okanagan Valley, como o Inniskillin Pinot Blanc do almoço no Steam Works Brewing Co, que apesar de cervejaria, ataquei mesmo de vinho, e paguei pela taça o mesmo de uma garrafa na loja(descobri que não é só no Brasil que isto acontece).
13% de álcool, com floral acentuado e certo mineral logo de pronto.
As frutas só abrem depois de algum tempo, mostra especiarias em boca, como o anis.
Acidez média, tornando-o perigoso quando esquenta em taça.
Harmonizei-o com um black salmão e salada de folhas, e como o salmão era grelhado, sem molho, o vinho encarou bem, mas se as folhas estivessem nadando em algum molho, como já vi por aqui, creio que a falta de acidez estragaria o casamento.
Já para o jantar, duas boas surpresas, a primeira me fez lembrar de dois queridos amigos.
Do dublê de jornalista esportivo, crítico de ópera(quando o conheci) e chef de cozinha Silvio Lancellotti.
O segundo, o mestre chef de cozinha e showman da comunicação e marketing, responsável por ter levado o nome do Brasil aos centros gastronômicos mundiais, o Jorge Monti.
Lembrei-me dos dois, pela segunda razão, os pratos em destaque no cardápio do Don Francesco, sob o título de WILD GAME DINING EXPERIENCE, porque há tempos idos, o primeiro javali que comi em São Paulo foi no restaurante do Jorge, o Refúgio Del Viejo Conde, no Itaim Bibi, especializado em caças, e levado pelo Silvio.
Porque digo isso? É que ao jantar no Don Francesco, belo restaurante de tendência italiana (o Don Francesco é Siciliano como o Silvio) entrei fundo nas caças, e pedi um peito de faisão, PETTO DI FAGIANO FARCITO A LA TOSCANA(aqui se vê a globalização dos italianos), recheado com panceta, cogumelos, marinado em vinho madeira, com fettuccini ao cream cheese e açafrão, e um belo FILETTO DI CINGHIALE AGRO DOLCE, javali ao molho de frutas vermelhas, marinado com vinho e ravióli na manteiga.
Para beber, arrisquei um Hester Creek Reserve Block 1 Cabernet Franc 2009 de Okanagan Valley com 14% de álcool.
Pela uva, pensava na acidez e frutas, para as carnes e molhos, e o álcool para combater as massas, o queijo.
Com sua expressão frutada para os molhos dos pratos e as caças, e não deu outra, casou muito bem.
Vinho elegante, o melhor que até aqui degustei, muita fruta e especiarias não paravam de aparecer, toque de eucalipto, de especiarias como cravo, canela e noz moscada(creio que da madeira que em primeiro momento apareciam mais no olfato e não consegui saber quanto tempo em barril e qual madeira), acidez como pensava, muito boa, equilibrando com o álcool potente, e taninos bem resolvidos fechavam o descritivo.
Até um abacaxi em calda ao final da garrafa apareceu na taça.
Fica a dica para quem estiver em Vancouver, procurar o Don Francesco.
Como ainda não consegui dominar a diferença de fuso horário(é a primeira vez que me acontece), quando a internet do hotel permite, tenho postado, ao menos tenho feito os relatos às 2:00 hs da manhã locais, 6:00 no Brasil, horário que acordo espontaneamente...
Até o próximo brinde!

Álvaro Cezar Galvão

sábado, 17 de março de 2012

Mercovino apresenta novos vinhos franceses de seu catálogo


Meninas e meninos,
Em uma degustação onde bons vinhos franceses são mostrados, com a competência de sempre do amigo Jorge Lucki, não podia esperar outra coisa que não surpresas agradáveis.
Começo por uma delas que foi encontrar meu amigo, sommelier dos bons, daqueles tradicionais, estudioso, preocupado em garimpar coisas novas para sugerir aos clientes, o Sebastião Martins, o querido Tom, do La Casserole e da En Primeur, nova importadora.
Degustamos 6 vinhos tranqüilos e um fortificado que foram:
-De Bordeaux os Chateaux David 2008-Cru Borgeois e o Corbin Michotte AOC Grand Cru Classe 2005, um Saint Emilion fantástico.
-Languedoc- Domaine Pierre Gaillard e o Faugeres Rouge Parole de Berger 2008, 80% Syrah e 20% Grenache, frutado, lácteo, especiarias, vindo de vinhedos com altitude, parte em encostas, onde vinifica as parcelas separadas, sendo as de encosta estagiando em barricas, com 25% delas novas por 12 meses, e as demais em inox, conservando a pureza da fruta
-Côte Rôtie 2008 Domaine Pierre Gaillard, 90% Syrah e 10% Viognier, de uma mesma parcela, e vinificadas juntas, passando 18 meses em barricas sedo 50% novas, com muito frescor, pimenta do reino, certo floral, algo de eucalipto, vinho complexo, e elegante, bom para gastronomia devido aos taninos e acidez marcados.
-Rôhne os Domaine Duseigneur Laudun 2005 um Village do Pierre Faure-Brac, considerado um dos melhores enólogos do mundo, com 60% Grenache e 40% Syrah, onde a Grenache estagia em tanques de cimento enterrados e a Syrah 12 meses em barricas, e o fantástico, e para mim o melhor do painel, com a melhor relação preço X qualidade, o Domaine Saint Jean du Barroux, um Cote de Ventoux biodinâmico, o L’Argile 2006, que leva um corte com 75% Grenache( tanques de cimento enterrados); 15% Syrah, e 5% Carignan e 5% para Cinsault.
Não passa em madeira, apresenta frutas maduras com certo dulçor, sutil canforado e floral no olfato, confirma em boca as frutas maduras, quase em compota ou geléia, especiarias como canela, cravo e sutil anis, ótima acidez, com taninos presentes, bons, chamando a atenção para a gastronomia e o equilíbrio com os 15% de álcool. Longo, deixando retrolfato de especiarias.ótimo vinho pelos R$117,00.
Para completar, do Roussillion, um Faugères Banyuls Cirera 2007 do Domaine Pierre Gaillard muito bom, equilibrado com seus 100g/l de açúcar residual e 17% de álcool.
Mercovino
www.mercovino.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 16 de março de 2012

Restaurante Cin Cin em Vancouver, com Steak, Barbera, Grappa e o vinho do amigo Tommasi.



Meninas e meninos,
Depois de sair de São Paulo no vôo das 20 hs, horário Brasileiro, para Toronto-Canadá, e chegar as 10 hs do dia seguinte, horário Canadense, em Vacouver, e ter ficado voando 16hs, sim, pois em Vancouver, temos agora com a entrada do horário de verão, apesar de quase primavera, 5 horas a menos, ou seja: 11 horas de vôo até Toronto, e mais 5 horas até Vancouver, comendo mal, desajeitado e cheio de câimbras, degustei junto com um belo almoço o Barbera D’Asti Michele Chiarlo Superiore 2009, que acompanhou muito bem um steak com salada de rúcula, tomates cereja e queijo pecorino em lascas.
Pedi o Barbera Superiore justamente para ter a fruta e o álcool com o grelhado, o ácido da salada com a acidez do vinho. Ficou muito bom, e mesmo que não ficasse, só de sentar em um ambiente agradável, comer uma boa refeição, bem feita e com artigos de primeira, e degustar o vinho sem a sensação de estar se equilibrando em pernas de pau, sentado com uma mini-bandeja e talheres de plástico, foi bárbaro.
O Restaurante o Cin Cin, um wood fire italian cucina como se autodenomina, é de muito bom gosto, mesas, bar, adega, forno a lenha e grelha.
Completam o ambiente baixelas finas, toalhas e guardanapos de linho, isto sem falar que o restaurant director é o Ricardo Ferreira, um português nascido em Lisboa, pode tamanha globalização?
Taças adequadas, bons preços, para a gastronomia e vinhos, o Barbera U$ 40,00, o steak U$28,00 e finalizando uma grappa, U$9,00 a taça, muito boa, dentre as mais de 15 opções, dentre elas minhas favoritas, as Nonino, mas escolhi a Libarna Moscato, ótima por sinal.
Já vi que meu médico vais ficar “desacorçoado” comigo, como diriam os mineiros, pois vinhos e Grappa logo de cara...
Não podia deixar de dizer, que depois do problema com meu laptop às vésperas desta viagem, em virtude das várias e sucessivas vezes em que a energia tem sido cortada em minha região, e por causa disso também, pela minha falta à degustação já acertada e combinada para a revista Go Where, organizada pelo meu amigo Tommasi, só para provar como eu senti não ter podido estar no compromisso, segue a foto do vinho para mim nunca antes degustado, que quase pedi, mas em virtude dos pratos escolhidos, achei melhor pedir o Barbera do Michele Chiarlo, já meu conhecido.
Restaurante Cin Cin
www.cincin.net
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 15 de março de 2012

Denominación de Origen Toro faz degustação importante em São Paulo.

Meninas e meninos,
Depois de ficar sem laptop ontem devido às falhas da Eletropaulo, antes de viajar ao Canadá para onde saio daqui há algumas horas, não podia deixar de comentar sobre esta degustação.
Primorosa no aspecto vinhos, pois Toro já não apresenta os vinhos rústicos e desequilibrados em madeira de outrora.
Conserva suas particularidades, muito bem expostas pelo amigo Marcelo Copello, que conduziu uma degustação comentada para nós, jornalistas e experts nos vinhos, em conjunto com Amâncio Moyano, presidente do conselho D. Origen Toro.
Foram 13 amostras que muito agradaram, todas com a uva Tinta de Toro, parente da Tempranillo, uva autóctone da região, que segundo reza a estória, os romanos no ano de 210 a.C, sendo uma das poucas cepas que resistiu à filoxera.
Mas aqui vão alguns destaques meus:
-Monte Toro Selección 2009 da Bodega Ramon Ramos,
Elegante, floral e com aromas de frutas, lembrando bananada, boa acidez e equilíbrio entre álcool de 14% e taninos.
-Elias Mora Crianza 2008 da Bodega Elias Mora, aromas mais animais, tostados, com pimenta e frutas, equilíbrio entre taninos e acidez muito bom. Gostei muito deste vinho, faz meu jeitão de vinho!
-Liberalia Cuatro 2007, da Adega Liberalia, mais mineral e cânfora no olfato, sem perder as frutas.
Piedra Platino Selección 2004, da Piedra Bodega Y Viñedos, sua cor não mostra a idade, frutado exuberante, animal e sutil especiarias, também algo lembrando embutidos.Em boca confirma o nariz, equilibrado, ainda com taninos presentes e boa acidez.Álcool 14%.Foi meu segundo vinho do painel.
-O vinho que elegi foi o Gran Colegiata Campus 2006 da Bodegas Fariña.
Vinho feito com vinhas de 50 a 140 anos de idade.
Fermenta em inox, e vai para tonéis de carvalho onde faz a malolática.Permanece por 15 meses em barris de carvalho francês novos.
Frutas maduras no olfato, tostados, café, especiarias, hortelã, em boca confirma o olfato em frutas maduras e doces, especiarias, acidez impecável e muito equilíbrio entre esta e os taninos e álcool de 14%. Longo, encorpado, ótimo para gastronomia, pensei logo em cordeiro, galinha D’angola, uma fabada Asturiana, uma bela rabada.Eu não parava de pensar em comida...
Parabéns aos organizadores, dentre eles a linda amiga da Vindima Wine Consulting Patricia Nudelman, aos amigos da Baco Multimídia Marcelo Copello, Marco Merguizo e Sergio Queiroz, e à Denominación de Origen Toro, com todos os produtores envolvidos representados por Amâncio Moyano.
Bodegas Fariña
www.bodegasfarina.com
Denominación de Origen Toro
www.dotoro.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 13 de março de 2012

Degustação comentada de vinhos do Porto Poças

Meninas e meninos,
Degustar vinhos, sempre digo, é muito melhor quando na companhia de quem os vinifica, pois algumas nuances próprias de cada vinho e vinícola, podem ser esclarecidas no ato.
Sou fã dos vinhos do Porto, em especial os Tawny e os Brancos com idade, mas os vinhos da Manoel D. Poças Jr, que conheço há muito, são todos muito bons.
Em degustação promovida pela Brown-Forman Brasil, a importadora que está trazendo a gama de vinhos Poças, e onde hoje a linda amiga Elaine Pires gerencia o marketing de vinhos, assessoradas pelas eficientes e lindas meninas da CH2A, e com a presença do amigo Carlos Cabral que sempre que o assunto é vinho do Porto, é indispensável, o enólogo da casa Poças, Jorge Manuel Pintão, comentou um por um dos seus vinhos.
Começamos com o Portonic, o coquetel feito com vinho do Porto Branco, Água Tônica, gelo, e fatias de limão, que ajudou a refrescar a tarde de calor.
Logo fomos ao Poças White, o mesmo do Portonic, vinho muito equilibrado e gostoso, que deve ser degustado, segundo Jorge, ao redor dos 10ºC, seu preço sugerido, R$46,90.
Logo a seguir o Poças Tawny, o Tawny de entrada, que passa por 3 anos em madeira, muito agradável em aromas e paladar, devendo ser degustado ao redor dos 14º C, seu preço sugerido, R$46,90.
O Poças Ruby veio logo a seguir, com um sutil floral nos aromas e também lembrando frutas cítrica no paladar, além da frutas vermelhas maduras, seu preço sugerido, R$46,90.
Daqui em frente as coisas foram ficando muito mais sérias e de difícil escolha, de qual seria o melhor, pois o 10Years Old Tawny já veio agradando em aromas e paladar.
Envelhecido na média 10 anos em madeira, sua cor mais “aloirada” brilhante e límpida já nos mostrava que junto aos aromas e paladar, seria perfeito com a doçaria conventual portuguesa, que o Jorge mais tarde mencionou para harmonização.Vinho espetacular, muito equilibrado e gostoso, seu preço sugerido, R$99,00.
Ao Late Bottled Vintage 2006, devo me prolongar na descrição, pois este vinho, e como já havia dito sou mais os Tawny, me agradou sobremaneira.
Aromas exuberantes, com floral, frutas bem maduras, daquelas de fundo de tacho dos doces, confirmadas em boca, além de sutil mineral, talvez em virtude das vinhas mais velhas de onde provém o corte.
Taninos presentes denotando que o vinho ainda irá agüentar em garrafa por muitos anos.
Idade das vinhas de 40 a 60 anos, com corte de Tourigas Nacional e Franca e Tintas Roriz, Barroca e Tinto Cão, é fantástico o equilibrio entre acidez e álcool.
Pela regra do jogo, os LBV são engarrafados não antes de 4 a 6 anos, são vinificados de uma só colheita, e esta claro, tem que ser excepcional, para depois ser engarrafado. No LBV Poças, após 5 anos em madeira, foi para a garrafa, portanto seu tempo no casco de vidro é de pouco mais de 1 ano, seu preço sugerido, R$71,00, até nisto, sua relação preço X qualidade é ótima!
Gostaria de provar este vinho daqui uns 3 a 4 anos...
Fechando a linha, o Vintage 2007, rico, aromático, encorpado, ainda jovem, taninos presentes, mas sem agredir.
Após algum tempo em taça, aparecem nuances de cânfora, talvez em virtude das vinhas velhas de onde é proveniente o corte, seu preço sugerido, R$250,00.
Brown-Forman Brasil
www.b-f.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 12 de março de 2012

Union Des Grands Crus de Bordeaux


Meninas e meninos,
Muito já se postou sobre este mega evento, no qual, com a participação de cerca de 80Chateaux, de 13 denominações consagradas de Bordeuax, tivemos a oportunidade de degustar jóias preciosas da safra 2009.
Mas, quero abordar um pouco além da relevância da mostra, focando na parte técnica da degustação, senão vejamos:
Uma degustação onde tenhamos uma quantidade muito grande de amostras, e todas com ótima qualidade, acaba por dificultar nosso entendimento comparativo das diversas denominações, pois apesar de divididas por estas, os vinhos tecnicamente muito superiores, nos davam a impressão que só poderíamos distingui-los no mais antigo dos conceitos, o “gosto mais deste”, “pessoalmente prefiro este”.
Falo por mim, e pelo que escutei na mostra, o que não quer dizer que outros assim pensem, ou que o evento não tenha sido válido, absolutamente.
Mas, pela minha ótica, perdi uma ótima chance de comparar, numa mesma safra as sutilezas, ou quiçá nem tanto, que diferenciam os diversos produtores das diferentes denominações.
Há quem tenha dito que só pelas casas ali representadas, já valia a pena, mas não quero pensar em degustar ícones sem entende-los, degustar e gostar dos rótulos que outros gostem, mesmo que saiba de suas qualidades.
Creio que o dever de quem tem a responsabilidade de escrever sobre o assunto, tenha que ter mais profundidade.
Por minha humilde opinião, teria reduzido em muito as amostras, ou mesmo teria feito o que alguns importadores fizeram, aproveitando-se da visitas dos ilustres representantes dos Chateuax, degustações onde foram mostrados os rótulos por elas trazidos, em local menor, sentados e com conforto maior para quem quisesse fazer suas anotações, com as taças em sua frente, compararmos cores, aromas e sabores, sua evolução na taça, e quem de nós não aproveitaria ao máximo esta oportunidade?
Fiz este relato por amor ao vinho, e total desprezo pelo desperdício de produtos da maior qualidade, além da competência e seriedade dos produtores.
Vamos aos vinhos, que classifiquei como os que mais gostei, levando em conta um comparativo mínimo do que melhor se encaixava no meu paladar de apreciador, sem me importar com o tamanho e importância da vinícola.
Dos brancos todos, Pessac-Léognan- o Chateau Latour-Martillac.
Sauternes- o Chateau Doisy Daëne.
Saint-Émilion- o Chateau Ângelus.
Pomerol- o Chateau Clinet, um dos melhores da mostra, a meu ver, e Chateau Conseillant.
Margaux- quase empatados, com ligeira vantagem para o Chateau DAUZAC e o Chateau Du Tertre, devo considerar o DAUZAC como meu preferido dentre os preferidos.
Saint Julien- o Chateau Beychevelle.
Volto a dizer que todos os outros, e foram muitos os provados, estavam magníficos, em todas as denominações presentes, e estas eram: Pessac-Léognan; Graves; Saint-Emilion Grand Cru; Pomerol; Listrac-Médoc; Haut-Médoc; Médoc; Margaux; Saint-Julien; Pauillac; Saint-Estèphe; Sauternes et Barsac
Gostaria de deixar meus agradecimentos pelo convite a tão importante evento, que tem na pessoa de Sylvie Cazes, presidente da UGCB, seu representante no Brasil
UNION DES GRANDS CRUS DE BORDEAUX / Informações aos profissionais
Caroline Putnoki, Correspondente da SOPEXA no Brasil
Caroline.putnoki@cap-amazon.com
e às lindas amigas da Lucia Paes de Barros Assessoria de Comunicação,
www.luciapaesdebarros.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 9 de março de 2012

Vinhos da Quinta Nova em lista exclusiva de Robert Parker




Meninas e meninos,
Recebi com alegria a informação que os vinhos Gran Reserva da safra 2009, foram distinguidos com a boa pontuação e colocação na notável listagem de Robert Parker, que para os vinhos portugueses, é representado por Mark Squires.
Eu que já tive o prazer de me hospedar na Quinta e sei da seriedade e nobreza dos vinhos que a elegante Luisa Amorim vinifica.
"Com de 85 hectares de vinha exposta a sul e num dos melhores locais do vale do Douro, a estratégia da Quinta Nova tem sido a de produzir vinhos únicos e muito diferenciados, que falem do terroir”, sublinha Luísa Amorim, administradora geral da Quinta Nova.
Quem puder ir ao Douro, não deixe de lá visitar, e conhecer de perto a maravilha de edificação e vinhedo.
Vejam release:

Os vinhos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo foram mais uma vez reconhecidos nos Estados Unidos da América, passando a partir de agora a integrar a lista exclusiva que o reputado crítico de vinhos Mark Squires apresenta no site oficial (www.erobertparker.com).
A lista reduzida de 29 vinhos da colheita de 2009 com pontuações acima dos 92, coloca a Quinta Nova no TOP das preferências:
Grande Reserva Referência, com 94 pontos.
Grande Reserva Clássico, com 93 pontos.
Grande Reserva Touriga Nacional, com 92 pontos.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo
http://www.quintanova.com

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da mulher é todo o dia, não só hoje!


Meninas e meninos,
Dia Internacional da Mulher, pode isto ser verdade?

Claro que se levarmos em consideração que este dia é uma homenagem àquelas mulheres corajosas, que em 1857 trabalhavam na indústria têxtil e foram queimadas vivas, e tantas outras mulheres corajosas, anônimas ou nem tanto, até há de se compreender, mas para mim e creio que para muitos, o dia da mulher é sempre, todos os dias.
Falar de vinhos e de mulheres é sempre um enorme prazer, e muito já se escreveu sobre o tema, mas para mim, ele é sempre uma fonte inesgotável e apaixonada.
Caso já tenham ouvido, ou lido texto com este assunto, levem em consideração, que o meu motivo maior, é de exaltar as mulheres e os vinhos.
Será mesmo que temos vinhos para homens, ou seja, mais masculinos, e outros para as mulheres, ou mais femininos?
O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado ao ideal feminino que o vinho. Mas via de regra, sempre foi feito por homens, e principalmente para os homens.
Guardando a devida distância na comparação, o homem tem ao lado da mulher o seu melhor, assim como o vinho acompanhado da gastronomia adequada também. É o casamento perfeito. Um não deveria viver sem o outro.
Os homens não passam dos cinco sentidos, enquanto as mulheres até por treino de muitas gerações, possuem apuradíssimos o olfato, já que usam lavandas e colônias desde há muito, o paladar, que protegia e protege a família quando é feita e servida a refeição, o tato para acarinhar a prole, audição para melhor ouvir, muitas vezes sabiamente calar, a visão, que treinada pelo efeito do amor, enxerga muito longe e muitas vezes vê, sem olhar, e o sexto sentido, que na falta de algo complementar mais científico, foi desenvolvido tendo por base o amor, a preocupação, o senso de responsabilidade para com a prole, e o despreparo acadêmico de antanho.
Está cientificamente provado que as mulheres têm mais sensibilidade, são mais olfativas.
Isto em muito facilita as consumidoras de vinho, em relação aos consumidores homens, pois quase que intuitivamente, elas escolhem e acertam no vinho que mais gostam, muitas vezes sem os terem experimentado anteriormente.
Também, as mulheres, não se deixam apanhar pelas armadilhas de convenções estabelecidas pela sociedade patriarcal, onde, por exemplo, podem se deter a observar as diversas tonalidades de uma cor, ou a melhor interação de cores e suas tonalidades, atentas para a harmonia das combinações.
Quando uma mulher está aborrecida, principalmente em sua vida afetiva, ela pensa correndo em chocolates, o que as remete ao leite materno, com certo dulçor, macio e quente, aquele carinho maternal, a segurança, talvez esteja ai explicado por que algumas mulheres busquem vinhos mais adocicados.
Não que os homens não possam sentir-se ligados às suas lembranças ternas, mas de novo vemos a sociedade “educando” seus filhos homens para não serem sentimentais.
Estando atentos à grande mãe Natureza, podemos observar que em quase todas as espécies animais que vivem sobre a terra, os machos são os mais belos, vistosos e fortes, caracterizando-os como os provedores da continuidade da sua espécie. Graças ao bom Deus, na espécie humana, acontece o contrário; a Mulher é a mais bela, mais forte e vistosa e, creiam-me, as grandes responsáveis pela continuidade da espécie.
É com estas e outras comparações que vamos descobrir o mundo das mulheres e homens no vinho, e acabamos por descobrir que os vinhos de um modo geral são e foram feitos para o feminino.
Na foto uma linda menina linda(todas são lindas, cada uma a seu modo), agradecendo por ser mulher.
"Homem,
cuida-te muito em não fazer chorar uma mulher,
pois Deus conta as lágrimas.
A mulher foi feita da costela do homem,
não dos pés para ser pisoteada,
nem da cabeça para ser superior
mas, sim, do lado para ser igual....
debaixo do braço para ser protegida
e do lado do coração para ser amada".
"Provérbio hebraico”

Lindas Mulheres lindas,
Parabéns por mais um dia dedicado a vocês.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 7 de março de 2012

Bodegas Nieto Senetiner unem tradição e modernidade em lançamento de novos produtos


Meninas e meninos,
Convite feito, e logo aceito, fui ter à casa da Bodegas Nieto Senetiner em São Paulo, para um encontro entre jornalistas e formadores de opinião, onde através da tecnologia posta à disposição, tivemos uma degustação virtual dos mais novos lançamentos da bodega, comentada pelo enólogo argentino Roberto Gonzales.
Foi interessante o modelo adotado, pois em tempo real, e com possibilidade de perguntas e respostas, degustamos os vinhos com e na presença de quem os faz. Degustamos cinco vinhos, sendo dois espumantes e três tintos.
Começando pelos espumantes;
1- o Grand Cuvee me agradou muito, pois é fresco, cor ligeiramente salmonada, proveniente da Pinot Noir da qual é vinificado. Boas borbulhas, aromas de lichias e mamão papaya, floral evidente, em boca cítrico, longo, agradável, ideal para nossos dias de verão.
2-Cadus Champenoise Brut Nature, que apesar do nome, tem 4,5g/l de açúcar residual, é mais austero. Corte de Pinot Noir(70%) e Malbec, permanece 18 meses em contato com as borras, e ao final, quando da adição do licor de expedição, um leve toque de aguardente envelhecida em carvalho. Cor mais salmão, aromas de frutas maduras, tostados, confirmando ambos em boca, acidez boa, fresco e mantendo suas borbulhas por bom tempo em taça.
3-Malbec D.O.C 2009 varietal desta uva, primeiro dos tintos degustados e que me agradou muitíssimo, sua ótima relação preço X qualidade, também ajuda, pois tem preço sugerido em torno dos R$ 36,00. Frutas maduras e doces no olfato, sutil figo como a própria descrição do enólogo, e confirmado em boca, acidez média, mas equilibrada com taninos, presentes e bons, e álcool de 14,5%, que em nada se fez sentir, vinho fácil de se gostar.
4-Don Nicanor Malbec Barrel Select 2009 varietal que permanece 12 meses em barris selecionados e que chegam a custar cerca de 50% mais que barris bons usados em outras linhas. O único que me pareceu algo mineral no nariz, depois de certo tempo em taça aparece a banana e muita fruta, confirmadas em boca, taninos suaves, álcool em 14%.
5-Cadus Grand Vin 2008, um corte de 50% Malbec, 30% Cab.Sauvignon e 20% Bonarda, com 12 meses em carvalho francês e mais 24 meses em garrafa. Espetacular vinho, exuberante no olfato com especiarias(canela), frutas maduras e doces, figos em compota, floral, um sutil empireumático( tostado do barril) e vegetal gostoso, fresco. Em boca os descritores olfativos são confirmados, fazendo valer o variado e gostoso elenco de sabores. Com 14% de álcool e taninos macios e presentes, é um vinho que vai longe se bem guardado, e que seu apogeu deverá estar por vir dentro de mais uns 3 a 4 anos, a meu ver. Sua ótima acidez, talvez devida à Bonarda, o faz o mais gastronômico dos tintos, me lembrando de imediato um bom assado, uma caça de penas ou pelos e queijos mais curados, Seu preço sugerido na casa dos R$ 140,00 valem cada centavo. Quem importa e distribui os vinhos da Bodegas Nieto Senetiner é a Casa Flora www.casaflora.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 6 de março de 2012

Chefs Especiais ganha destaque da editora Globo e Revista Época.


Meninas e meninos,
Faz alguns dias minha linda amiga Simone Berti, esposa do também amigo Marcio Berti, me mandou um e-mail especial, onde na subscrição já adiantava ser “Novidade”, sobre o projeto que sempre divulgo, o Chefs Especiais.
Novidade no contexto, mas sabem aquela frase famosa EU JÁ SABIA! Pois é, com a maravilha de projeto como é, não daria outra.
O Chefs Especiais Down Cooking está entre os dez melhores projetos sociais, eleitos pela editora Globo e Revista Época.
Não foi fácil ganhar esta honraria, pois concorreram 150 projetos que também merecem toda a consideração e todos os prêmios.
Como me considero o mais humilde dos colaboradores, fiquei entusiasmado e muito feliz, ao receber a boa nova, pois desde há primeira hora em que soube do projeto, exposto pelo Marcio, me senti atraído por ele, pelo ineditismo e pela natureza, já que aliada ao lúdico da gastronomia.
Parabéns ao casal Berti, e a todos os amigos colaboradores do Chefs Especiais.
Chefs Especiais
www.chefsespeciais.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 5 de março de 2012

A novela contra os vinhos importados continua em novos atos.



Meninas e meninos,
Cada dia que passo e leio uma nova notícia sobre os vinhos, com os importados falando da grande procura e do aumento das importações, seja da pouca estratégia dos vinicultores Brasileiros para mostrarem seus vinhos aqui produzidos, seja o selo fiscal, se é bom, por um lado, e se não pelo outro, se o descaminho continua com o selo ou se diminuiu (ao menos não entra nas estatísticas), fico mais pesaroso, pois o selo ai está, mas a legislação sobre eles, ou inexiste para determinadas situações, ou é falha.
Com isto, situações jurídicas surgem, ora com liminares a favor do selo, ora contra o mesmo.
Será que a mais simples das regras mercantis, o da oferta e da procura será revogada?
Será que a qualidade dos vinhos depende da quantidade de taxas que recaem sobre eles?
Quanto maior a qualidade, maior a taxação, ou será o contrário?
Uma notícia divulgada pelo Jornal Valor Econômico, do dia 27/02/2012, e assinada pelos jornalistas Sérgio Ruck Bueno e Sérgio Leo, segue abaixo na íntegra para análise.

Valor Econômico, 27/02/2012)
"Vinícolas brasileiras querem barrar importação



Indústria nacional espera do governo adoção de salvaguardas contra vinhos finos de fora do país.
A pedido das vinícolas brasileiras, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), decidirá, em março, a possível abertura de um processo de salvaguarda contra os vinhos importados. Os produtores nacionais esperavam para esta semana a abertura do processo, mas fontes do ministério ouvidas pelo Valor informaram que o prazo não é suficiente para conclusão do estudo técnico que precede a investigação.
A medida foi solicitada pelo setor vitivinícola em agosto de 2011 e no dia 16 deste mês, durante visita à Festa da Uva de Caxias do Sul, a presidente Dilma Rousseff prometeu tomar providências previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) contra práticas comerciais "assimétricas e danosas" à indústria nacional.
Os técnicos da secretaria de Comércio Exterior, encarregados de analisar o pedido da indústria nacional, não conseguiram ainda concluir o estudo técnico sobre a situação do setor e a ameaça dos importados, para caracterizar indícios de dano grave ou ameaça de dano aos produtores no país. Os técnicos querem ter em mãos sólidas evidências para sustentar as investigações, que podem ser acompanhadas de medida provisória com barreiras às importações de vinho. Calcula-se que essas investigações, ao final das quais seriam aplicadas salvaguardas definitivas, poderão durar pelo menos seis meses. O governo teme, ainda, que a abertura de processo para salvaguardas provoque uma indesejável antecipação de importações, e estuda maneiras de evitar essa reação dos comerciantes.
Segundo o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Henrique Benedetti, que também nesta semana participa da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, em Brasília, a situação atual é "insustentável". Em 2011, os importados dominaram 78,8% do mercado legal de vinhos finos no país, que totalizou 92,2 milhões de litros, participação semelhante aos 79,4% de 2010.
Em 2005, a fatia era de 63,1% e desde lá até 2011 as vendas dos importados saltaram de 37,5 milhões para 72,7 milhões de litros, enquanto o produto nacional recuou de 21,9 milhões para 19,5 milhões de litros, apesar de uma lenta recuperação a partir de 2009. Para a indústria, os estrangeiros competem em condições desleais com os brasileiros porque gozam de vantagens tributárias na origem e o mercado doméstico também é inundado por produtos de baixa qualidade, subfaturados e contrabandeados.
Após a publicação da abertura do processo de salvaguarda no Diário Oficial da União os países atingidos terão prazo para apresentar defesa. Integrantes do Mercosul, Argentina e Uruguai não seriam afetados pelas eventuais medidas. Os argentinos supriram 22,9% das importações brasileiras de vinhos finos em 2011 e os uruguaios, 1,7%. O mais prejudicado, caso alguma salvaguarda seja efetivamente aplicada, será o Chile. Beneficiado por acordo que reduz a zero o imposto de importação de 27%, o país é o maior fornecedor de vinhos para o Brasil, com 36,6% de participação sobre as importações totais no ano passado e 37,2% em 2010, informa Benedetti. Conforme o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Alceu Dalle Molle, a indústria defende a aplicação de salvaguardas por pelo menos três anos, renováveis por igual período. O prazo é necessário para a reconversão dos vinhedos e a produção de variedades mais nobres de uvas e para a modernização do parque industrial das vinícolas, com apoio dos governos federal e estadual. Com isso, o produto nacional terá maior competitividade, explica.
Benedetti acrescenta que as salvaguardas poderiam incluir preços mínimos aos importados, cotas e medidas tributárias. Segundo ele, Estados como Santa Catarina, Espírito Santo e Pernambuco oferecem redução de ICMS para produtos internalizados através de seus portos, garantindo vantagens extras aos vinhos estrangeiros.
O selo fiscal nas garrafas de vinhos e espumantes, obrigatório no varejo desde primeiro de janeiro deste ano (exceto para produtos adquiridos pelo comércio até 31 de dezembro de 2010), é "uma das ferramentas" no combate à avalanche de importados no mercado, doméstico explica Benedetti. O mecanismo inibe principalmente a comercialização de produtos contrabandeados (que não aparecem nas estatísticas), mas cerca de 35% das importações legais está isenta da exigência devido a liminar obtida pelas filiadas à Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), calcula o presidente do conselho deliberativo da entidade, Adilson Carvalhal Júnior.
Com as eventuais medidas de proteção comercial, Dalle Molle prevê que a indústria brasileira pode equilibrar a disputa com os importados e alcançar 50% do mercado nos próximos anos. Segundo Benedetti, para isso seria necessário dobrar as vendas atuais do produto nacional. Ele revela que o país produz entre 45 milhões e 50 milhões de litros de vinhos finos por ano e que os estoques já alcançam cerca de três anos de produção, o que aumenta os custos financeiros das vinícolas locais.
Benedetti diz ainda que a situação do setor se agravou no fim do ano passado e no início deste com a desaceleração das vendas. Enquanto no acumulado de 2011 a demanda por vinhos nacionais cresceu 6,4% sobre 2010, no último bimestre houve queda de 1,5% ante igual período do ano anterior, para 3,4 milhões de litros. Já os importados, que tiveram alta de 2,4% de janeiro a dezembro, aceleraram nos dois últimos meses e cresceram 5,9%, para 16 milhões de litros.
Os dados de janeiro de 2012 ainda não estão disponíveis, mas segundo Daniel Salton, presidente da Salton, uma das maiores vinícolas do país, as vendas de vinhos finos em janeiro foram semelhantes às do mesmo mês do ano passado, depois de uma alta de quase 7% no acumulado de 2011 em comparação com 2010. Mesmo assim, Dalle Molle espera que a demanda pelo produto nacional cresça neste ano a uma taxa pelo menos igual à do exercício passado".
Sérgio Ruck Bueno e Sérgio Leo (Valor Econômico)

Com a palvra os consumidores!

Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 2 de março de 2012

WINE STOCK PROMOVE I ENCONTRO GRANDS CHATEAUX DE BORDEAUX




Meninas e meninos,
Com a chegada ao Brasil da UCGB-Union Des Grands Crus de Bordeaux, teremos a oportunidade de degustarmos excelentes vinhos da safra de 2009 dos maiores e mais renomados Chateaux das denominações Margaux; St Julien; Pauillac; St Estèphe; Listrac; Moulis; Médoc; Haut-Médoc; Graves; Pessac-Leognan; Saint-Emilion; Pomerol; Sauternes e Barsac.
Semana que vem, repleta de eventos com estes representados, e é claro, as grandes importadoras também farão eventos, aproveitando-se da presença deste ícones de Bordeaux, suas degustações, como a Decanter, e a Wine Stock, acontecem em 06/03, começando com a Wine Stock no período da tarde, e começando as 19 hs a Decanter, já que dia 07/03 o UCGB, fará degustação para convidados e mídia.
Vejam o release de dar água na boca da Wine Stock:

Importadora faz degustação vertical com três safras de dez dos mais consagrados Chateaux de Bordeaux, com a presença de alguns dos proprietários. No dia 06 de março, a importadora Wine Stock promove pela primeira vez no Brasil uma degustação exclusiva com alguns dos proprietários de dez consagrados Chateaux de Bordeaux, numa vertical de três safras.
Na ocasião será apresentada a mítica safra 2009 e outras duas safras entre 1996 e 2008.
Os vinhos degustados serão:
Chateau Angélus: 2009 / 2006 / 2003
Chateau Gruaud-Larose: 2009 / 2004 / 1996
Chateau Haut-Bailly: 2009 / 2006 / 2003
Chateau La Conseillante: 2009 / 2004 / 2003
Chateau Lafon-Rochet: 2009 / 2006 / 1996
Chateau Pichon-Lalande : 2009 / 2008 / 1998
Chateau Pichon-Baron : 2009 / 2006 /2004
Chateau Malescot Saint-Exupéry : 2009 / 2003 / 2000
Chateau Prieuré-Lichine : 2009 / 2006 / 2005
Chateau Suduiraut : 2009 / 2007 / 1997
O evento contará com a presença de Jean- Bernard Grenié, sócio do Chateau Angelus; de Sylvie Cases, gerente geral do Chateau Pichon Lalande e presidente da Union des Grand Crus des Bordeaux; Basile Tesseron, proprietário do Chateau Lafon Rochet e Jean- lUC Zergier, proprietário do Chateau Malescot Saint Exupery.

Data: 06 de março de 2012
Horário: das 16 às 20hs
Local: Galeria Sergio Caribé
Rua João Lourenço, 79- Vila Nova Conceição
Preço: R$ 350,00 por pessoa
Vagas: 200
Incrições: Wine Stock


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Foto do Chateau Suduiraut
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 1 de março de 2012

MS Import mostra os novos vinhos Italianos de seu catálogo no ótimo Osteria Del Pettirosso.

Meninas e meninos,
Em degustação promovida pela MS Import, do amigo Marcos Simonsen, com a valiosa colaboração de sua assessoria, o Gabinete de Comunicação, gente competente no que faz, tive a oportunidade de constatar tudo o que os amigos que já haviam estado na Osteria Del Pettirosso do Chef Marco Renzetti e de sua mulher a Érika, me diziam.
Quanto aos vinhos, como a MS tem hoje no catálogo cerca de 50 rótulos, o Marcos levou para degustação os mais recentes, os que acabaram de entrar na importadora.
Os vinhos, seis no total, número que acredito ser adequado para um almoço, todos de muita qualidade e de bons preços, variando de R$ 58,00 a R$ 113,00, são de 4 vinícolas distintas, com os exemplares seguintes:
Da Le Cinciole Podere, na Toscana, os Rosato IGT Toscana 2010 e o tinto Cinciorosso IGT 2009. Da Palazzone de Orvieto na Úmbria dois brancos, o Grechetto 2010 e o Orvieto Clássico Terre Vineate 2010.
Da Le Potazzine Gorelli, na Toscana, o Rosso di Montalcino 2008.
Da D’Angelo di Ruppi Filomena da Basilicata o Aglianico Del Vulture 2008.
Como disse antes, os vinhos em geral agradaram, mas claro que minhas preferências aqui serão externadas, pois falar que todos são bons, é “chover no molhado”, o melhor da festa é a impressão que nos passam os vinhos nesta ocasião, que, aliás, sempre importa muito, acreditem, já que o ambiente, o clima, os amigos em volta da mesa são componentes externos aos vinhos e à gastronomia, e que os tornam melhores ou piores, dependendo das condições.
Dos brancos, gostei muito do Grechetto, vinho varietal desta cepa, com aromas a frutas brancas, bastante floral, leve cítrico no olfato, que se mostra exuberante em boca, lembrando a cidra e o limão Siciliano.
Dos tintos, o meu preferido foi o Aglianico, varietal desta cepa, com muita fruta madura no olfato, algo de mineral(parece o talco que fica nas mãos), especiarias, taninos presentes e gostosos, boa acidez e equilíbrio com 13,5% de álcool.Passa por carvalho em grandes barricas de 5.000 litros por 18 meses, afinando o belo vinho, trazendo as especiarias da madeira, e que harmonizou muito bem com a porchetta romana.
Mas até pelo dia de calor descomunal, o vinho que mais me agradou em todos os quesitos, foi o Le Cinciole Rosato 2010, um 100% Sangiovese, vinho que a vinícola produz não mais que 2000 garrafas, muito fresco, ótima acidez, no olfato muito floral, frutas como cerejas e pitangas aparecem depois.Em boca, equilíbrio total entre acidez e álcool, que beira os 13,5%, mas em nada aparece prejudicando o frescor, aliás, só ajuda, pois encarou a porchetta com valentia, e só não foi melhor que o Aglianico neste prato, em virtude das especiarias que o tinto apresentava, gostaria de testa-lo com uma Galinha D’Angola ao molho.
Parabéns aos amigos da Osteria Del Pettirosso, Marco e Érika, às meninas do Gabinete de Comunicação, presentes a Arlene e a Karina, além do sempre alegre e irreverente Matias, ao Marco Simonsem, pelos vinhos italianos e pela nobre aquisição portuguesa que em breve chegará ao Brasil, os vinhos da Afros, sensacional vinícola biodinâmica da região dos vinhos verdes.
Osteria Del Petirosso
www.pettirosso.com.br
Gabinete de Comunicação
http://www.gabinete.com.br
MS Import
http://www.msimport.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão