segunda-feira, 28 de março de 2011

Sophia Bergvist e seus vinhos da Quinta de La Rosa,que chegam pelas mãos da Ravin


Meninas e meninos,

Quando penso que a capacidade de agregar, enobrecer, e oferecer o que há de melhor nos quesitos vinhos, preços, e congraçamento, a família Ravin(todos aí incluídos, indistintamente) me surpreende.

Em almoço, fomos reunidos pela Ravin, para sermos apresentados à linha de vinhos do Porto da Quinta de La Rosa e à sua proprietária Sophia Bergvist.

Sophia é sócia de Tim Bergvist, seu pai, na Quinta, que em 1906, foi dada a Claire Feueheerd, quando esta foi batizada, e que vem a ser avó de Sophia.

Todas as vinhas são classificadas com a letra A, as mais valiosas, e ficam à margem direita do rio Douro, na região do Pinhão.

Sua linha douRosa não passa por barris de carvalho, e o branco da safra 2007, corte de Viosinho(60%), e Rabigato; Malvasia e Códena do Larinho, é um ótimo acompanhamento para a gastronomia.

Floral, ligeiro mineral, cítrico(lembra grapefruit) e limão Siciliano, tem sutil “adocicado” em final de boca, talvez sinal dos 14% de álcool, que não aparecem no nariz. Após algum tempo, me apareceram as frutas secas, apesar deste vinho não estagiar em madeira.

Sua linha Quinta de La Rosa, tanto o 2008, quanto o Reserva 2007, estagiam em madeira, por 12 e 15 meses respectivamente, o que as difere além dos meses a mais no Reserva, é que a quantidade de barricas novas para este último é maior.

Ambos têm corte com as uvas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz.

O 2008 é encantador no nariz, frutado e floral, algo de jabuticaba, taninos e acidez comparecem bem com o álcool de 14,2%, especiarias se abrem, muito complexo, e gostoso.

Também se nota seu valor para a enogastronomia, aliás, uma característica que me chamou a atenção nos vinhos provados.

Quanto aos Portos, um LBV 2006 e um Tawny 10 anos, possuem um diferencial dos demais vinhos destas categorias; a aguardente vínica é acrescentada um pouco mais tarde na fermentação, com conseguinte resultado de vinhos ligeiramente menos doces, mais secos.

Como sou fã incondicional dos Tawny com idade, este agrada em cheio, apresentando frutas secas, floral(mel), frutas confitadas.

São ambos resultante de pisa a pé, em lagares de pedra, abertos, e por homens(esta parte bem que podia ser mudada); se os Portos já são tão delicados hoje, imaginem se a pisa a pé fosse feita só por mulheres?

Um capítulo à parte, foi o almoço, servido no Rosa Maria Restaurante, que será motivo de postagem exclusiva posteriormente.

Entradas com canapés de alichela e mini hamburgueres de alheiras, harmonizados com o douRosa Branco 2007.

Primeiro prato, um maravilhoso ragú de ossobuco com o Quinta de La Rosa 2008.

Segundo prato, paleta suína com farofa de ovo e banana, com o Quinta de La Rosa Reserva 2007. Sobremesa, envelope de banana com sorvete de creme e calda de chocolate, com os Portos LBV e Tawny 10 nos.

Para mim, a harmonização mais que perfeita, ficou com o ragú e o Quinta de La Rosa 2008, espetacular.

Escrever mais é pleonasmo, procurem conhecer estes vinhos, e quando forem ao Rosa Maria, peçam este cardápio, não se arrependerão.

Rosa Maria Restaurante


Ravin


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

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