quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Decanter apresenta a Bodega Riglos



Meninas e meninos,

Faz algum tempo já que se deu esta apresentação em um ótimo almoço no Pobre Juan, onde, com a presença do CEO da bodega Riglos, Rafael Calderón, pude degustar um dos vinhos brancos que mais me chamou a atenção este ano, um Sauvignon Blanc 2011. De tão novidade era, tive que esperar a bodega desenvolver o rótulo, na ocasião a garrafa estava sem o mesmo, e por este motivo deixei de postar sobre este belo vinho mais próximo da data onde o degustei pela primeira vez.
Em 2002, Dario Werthein, da famosa Finca Flichman, resolve em sociedade com Fabian Suffern, utilizar as uvas de sua propriedade Finca Las Divas, em Tupungato, Alto Valle de Uco, Mendoza, a 1200 m de altitude, para vinificar vinhos de alta gama.
Com a maestria do enólogo principal Juan Carlos Rodriguez Villa, o agrônomo Hernán Cortegoso e consultoria do prestigiado Paul Hobbs, nasce a Bodega Riglos, nome do vilarejo onde a família de Werthein aportou quando imigrou.
Numa área de 40 ha plantados de um total de 70, praticam o que se convenciona chamar de agricultura de precisão, utilizando as tecnologias hoje ao alcance da viticultura como mapeamentos dos solos por fotos, e através de infravermelho, as definições das melhores parcelas para cada variedade.
Plantam Malbec, que chega hoje à 50% da área plantada, Cabernet Sauvignon; Cabernet Franc; Sauvignon Blanc e Syrah(1%).
Sua primeira safra foi em 2005, já que plantaram as primeiras uvas em 2003, e já demonstrava que estavam seguindo um caminho correto rumo aos vinhos de qualidade.
Rafael nos trouxe o excelente Sauvignon Blanc (dele falarei por último) que já mencionei, ainda sem rótulo, ainda não engarrafado comercialmente, e que me encantou tanto, em sua bagagem pessoal como um brinde à ocasião.
-Gran Malbec 2007, com 15% de álcool, muita fruta em nariz, algo de floral também.Em boca sutil apimentado, confirma as frutas, mas não o floral. Abre depois de certo tempo em taça um abaunilhado que se deve à madeira, já que passa 20 meses em barricas novas de carvalho francês.
-Gran Cabernet 2007, com 15% de álcool também, com 20 meses de barricas francesas novas e de 2º uso. Muita fruta, pimentos (nada exagerado, sem aquela pirazina ruim), sutil charcutaria (aquela sensação de salgado e carne defumada dos embutidos).Em boca confirma frutas, aparece um chocolate amargo.
-Gran Corte 2007, como o nome diz, corte de 70% Malbec; 25% Cabernet Sauvignon e 5% Cabernet Franc, também com 15% de álcool.
Muita fruta e floral, sutil mineral (creio que aportado pela Franc), confirma frutas, taninos mais ao meu gosto, presentes e macios, acidez ótima (outra vez a Franc), abre um animal e couro depois de algum tempo em taça.Para mim, o mais equilibrado em taninos, álcool e acidez dos tintos, levando-o à categoria de mais gastronômico.
-Quinto Sauvignon Blanc 2011, com 12% de álcool.
Sua fermentação se deu muito devagar, com temperatura controlada ao redor dos 10ºC, e por 25 dias, trazendo aporte magnífico de aromas. Não fez malolática, conservando toda a sua ótima acidez.
As uvas já chegaram aos sete anos de idade, num solo com grande presença de rochas.
Aromas de frutas cítricas e minerais, surgem vegetais, o floral se abre, chegam mais frutas brancas como a pinha, maçã verde, um verdadeiro leque de aromas.Em boca confirma os cítricos, a fruta branca, o mineral. Longo, macio, equilibrado em acidez ótima e álcool.Este vinho merece ser degustado de novo daqui algum tempo de descanso em garrafa. Prometo faze-lo em breve.
Seu preço, R$ 60,00, até pela novidade que chegava, me foi passado à época ainda como “estimativa” pelo amigo Adolar Hermann, preciso é confirmar com a Decanter se já chegou o lote, previsto para fins de Agosto ou Setembro, visto este exemplar ter sido, como disse, trazido na bagagem pessoal, e alfândega, taxas e impostos, selos e quetais....bem, melhor mesmo ligar antes.
Decanter
11 3074-5455
www.decanter.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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