sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Com a presença de João Ferreira Álvares Ribeiro, da Quinta do Vallado, e seus ótimos vinhos, almoço português fica melhor.


Meninas e meninos,
Meu encontro este ano com os Douro Boys,
Meninas e meninos,
Meu encontro este ano com os Douro Boys, vejam , mais uma vez é lembrado já com saudades, pois os vinhos que são apresentados deixam marcas indeléveis.
Para reavivar estas doces lembranças, o almoço onde o João Ferreira Álvares Ribeiro, da Quinta do Vallado mostrou seus vinhos, com calma, sem aglomeração, todos nós sentados à mesa, com as taças dispostas a nossa frente, ficando o tempo que acharmos prudente para analisá-las, deixa-las abrirem-se, evoluírem e mostrarem seu melhor potencial, agora descrevo.
Degustamos os vinhos que estavam ofertados no evento do Douro Boys novamente, e de novo repito que os brancos me encantaram, em especial o Vallado Moscatel Galego Branco 2010, com mineralidade marcada, certo dulçor no nariz que contrapões com seu palato seco, floral, cítricos, completo, vinho que utiliza um blend de uvas Moscatel Galego de dois vinhedos, um deles com mais de 30 anos e o outro com mais de 15 anos, além de fazer uma maceração pelicular, não muito usual nos brancos.
Também o Quinta do Vallado Touriga Nacional 2009 me deixou com gosto de querer mais, pois seu floral é muito delicado, frutas marcadas e doces, algo da sua passagem por madeira como a baunilha e algum agridoce que lembra o balsâmico. Permanece em meias pipas de carvalho Francês por 16 meses.
O Quinta do Vallado Reserva Field Blend 2009, é assim denominado por ser vinificado com uvas de vinhas velhas, sendo a maior parte com mais de 70 anos, contendo Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Amarela e outras, e Touriga Nacional de vinhas de cerca de 20 anos, na proporção de 65% de vinhas velhas para 35% de T. Ncional. Passam 17 meses em meias pipas de carvalho, o que ajudam a conferir caráter balsâmico, tostados leves, couro, tabaco e ao fundo sutil café. Também aparecem as frutas maduras, o figo em especial, aquele que é caramelado seco.Em boca confirma o frutado, aparece algumas especiarias, certa mineralidade, que muito provavelmente advêm das vinhas velhas, taninos presentes, macios e equilibrados com acidez e álcool.
O Quinta do Vallado Adelaide 2008 provém de vinhas velhas com mais de 20 variedades e com idade de 90 anos, que não produzem mais do que meio quilo por planta, um néctar.
Este vinho passa por barricas novas por 20 meses, com aromas de tostados, couro, mineral evidente (de novo as vinhas velhas, com certeza), e um frutado de geléias.Em boca confirma o frutado, o mineral, chocolate e especiarias, vinho que agrada todos!
Para fechar com chave de ouro, o Porto Vintage Adelaide 2009, uvas de vinhas velhas e a T. Nacional mais nova, com metade das uvas com engaços e todas sendo pisadas a pé. Claro que ainda muito jovem, mas já dá seu teor para nossa abstração daqui uns 8 anos. Pena que o João não tenha trazido os seus Tawny, meus preferidos, são de deixar qualquer um pedindo mais.
Quem importa os vinhos da Quinta do Vallado é a Cantu, dos amigos Peterson, Rodrigo Fumagalli e Paulo Puig, presentes neste belo almoço.
Cantu
www.cantu.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Empório Santa Carolina faz degustação às cegas de vinhos Italianos.

Meninas e meninos,
Aqui já falei desta loja muito, bem montada e com diversidade, situada no Campo Belo, e que faz regularmente degustações entre seus clientes cadastrados para poder mostrar além das novidades, vinhos que as importadoras negociam com a linda Ana Carolina, razão do nome da loja, preços mais convidativos.
Já compareci em algumas, mas esta última, onde foram apresentados vinhos Italianos de importação da Casa Flora, meu amigo Rofolfo Chaves, que conduziu de maneira muito profissional, sem ser chato e muito técnico, como convém a estas palestras-degustação, nos apresentou os vinhos às cegas, aliás, o que me motivou a comparecer ao Empório, além de rever a linda Carol.
Sempre digo que a melhor maneira de mostrarmos o encanto que cada vinho pode proporcionar, é não mostrando seu rótulo antes da degustação, e dito e feito, fiquei impressionado com um vinho que não conhecia, e maravilhado com outro, de uma uva conhecida, mas que pela relação preço X qualidade, é um bom motivo para esta postagem.
O vinho que não conhecia é o Tufarello da cepa Nero di Tróia, um I.G.P Puglia, muita fruta negra, mineral, acidez boa e taninos corretos.
O vinho que me deixou maravilhado, o Beneventano Aglianico 2006 IGT Campagna, aromas deliciosos de frutas, madeira sutil, algo de especiarias e um floral leve, lembrando o dulçor.
Em boca equilibrado, álcool na casa dos 13.5%, taninos presentes, mas macios, confirmando as frutas, as especiarias, algo de chocolate e o mineral.
Bom para carnes vermelhas, tanto grelhadas como em molhos, queijos maduros, e porque não para bebericar solo? Não custa mais do que R$ 45,00, não é bacana?

Na foto, todos os vinhos degustados, sendo o Beneventano o primeiro da esquerda.
Procurem a Carol no Empório Santa Carolina
R. República do Iraque, 1381-Campo Belo.
http://www.emporiosantacarolina.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Rodrigo Zamorano mostra vinhos da Caliterra

Meninas e meninos,
A Decanter, por intermédio de sua formosa assessora de imprensa, Fernanda Fonseca, convidou alguns jornalistas e profissionais ligados à área para degustarem alguns vinhos da Caliterra, vinícola Chilena, que foi a primeira a se preocupar com sustentabilidade no país, tanto que o chamado “código de sustentabilidade Caliterra”, é hoje o manual que é seguido no Chile por quem queira manejar assim sua agricultura, em especial, seus vinhedos.
Rodrigo Zamorano, enólogo da empresa nos proporcionou uma mini vertical dos seus vinhos Cenit, cujo nome faz referência ao ponto mais alto do céu e à busca incessante pela harmonia no vinhedos Caliterra, mini vertical porque faltou uma das safras, já esgotada, a 1ª, de 2005.
Cenit 2006-corte de 53% Cab. Sauvignon; 27% Malbec e 20% Petit Verdot, 15º de álcool, 18 meses em barris novos de carvalho fr(61%) e am(39%). Sua cor não denota idade, sendo ainda rubi bem escuro, muita fruta, sutil cítrico, floral, especiarias, chocolate.
Confirma em boca o chocolate, as especiarias e o frutado.
Cenit 2007- corte de 41% Cab. Sauvignon; 39% Malbec e 20% Petit Verdot, 14º de álcool, 18 meses em barris novos de carvalho fr(90%) e am(10%).
Também como seu irmão mais novo, sua cor não denota idade, aromas mais doces, frutado, especiarias e o floral mais exuberante.
Taninos mais presentes e macios, confirmando o frutado e as especiarias em boca, com boa acidez. Percebi que em boca é mais elegante que o 2006, apesar de no olfato ter um leque menor. Cenit 2008- corte de 30% Cab. Sauvignon; 34% Malbec; 21% Petit Verdot e 15% Carmenere, 14,5º de álcool, 18 meses em barris novos de carvalho fr(75%) e am(25%).
Coloração mais negra, violácea ainda, bem frutado, algo de canforado, especiarias, confirmando em boca as frutas, especiarias, aparecendo chocolate e café.
Todos os Cenit são ótimos para gastronomias mais pesadas, caças de pelo e pena, queijos curados, carnes vermelhas assadas e guisadas.
Além destes vinhos, degustamos os Tributos: Single Vineyard Sauvignon Blanc 2010, sem passagem por madeira, bem cítrico, com sutil vegetal, em boca frutado macio e maduro.
Edición Limitada Syrah-Cabernet-Viognier 2009, corte de 55% Syrah; 38% Cab. Sauvignon e 7% Viognier, 14,5º de álcool, 14 meses em barris novos de carvalho fr(75%) e am(25%), e o espetacular Edición Limitada Cabernet Franc-Petit Verdot 2010, corte de 60% Cab. Franc; 30% Petit Verdot; 6% Carmenere e 4% Syrah, 14,5º de álcool, 16 meses em barris de carvalho francês de vários usos.
Cor violácea, aromas frutados, tanto de frutas vermelhas como negras e maduras, chocolate, especiarias e um mineral muito marcado. Confirma em boca as frutas, o chocolate e as especiarias, acidez impecável, equilibrada com taninos doces.
Para este vinho, minha sugestão de harmonização seria uma galinha D’angola guisada, carnes vermelhas grelhadas, polenta com ragú de carnes e especiarias. Quem importa os vinhos da Caliterra é a Decanter do amigo Adolar Hermann.
www.decanter.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mulheres com olfato apurado têm mais orgasmos, diz estudo.




Meninas e meninos,
Vários textos meus falam das excepcionais aptidões femininas quanto aos estímulos sensoriais.
Como escrevo sobre bebidas em geral, e vinhos em particular, além de sua acompanhante mais célebre, a gastronomia, cito sempre que as mulheres têm, sendo comprovado cientificamente, melhor capacidade que nós homens de sentirem aromas, gostos, texturas; sensorialmente são muito mais sensíveis.
Pois ao ler hoje o jornal Folha de São Paulo, me deparo com um texto de Marco Varella, que quero dividir com vocês, especialmente com as leitoras, e o transcrevo na íntegra:
“Parece que algumas mulheres têm um faro para orgasmos-literalmente.
Uma pesquisa apresentada na 21ª Conferência Bienal de Etologia Humana, em Viena, mostrou que as moças mais sensíveis a odores masculinos têm mais prazer sexual.
“Encontramos relações positivas entre várias medidas de sensibilidade olfativa e relatos da frequência de orgasmos feitos pelas mulheres”, disse à Folha Lenka Novakova, estudante de doutorado m Universidade Karlova de Praga(República Tcheca).
Noventa mulheres com idades entre 20 e 30 anos, que não usavam pílula e que tinham relacionamentos havia seis meses ou mais, participaram do estudo.
Elas preencheram uma bateria de questionários sobre sua vida sexual e cheiraram vários tubos contendo uma substância em diferentes diluições.Entre os compostos estava um feromônio (substância que influencia comportamento pelo odor)da família dos androstenodionas.
Este esteroide é secretado pelas glândulas sebáceas e na urina e é um dos maiores responsáveis por conferir cheiro ao nosso corpo.
Aquelas participantes capazes de identificar odores mesmo quando eles estão bem diluídos são exatamente as que relatam ter mais orgasmos com seu parceiro”
Marco Varella, enviado especial a Viena, publicado na Folha de S.Paulo do dia 28 de Agosto de 2012.
Meninas, não sei dizer da validade deste estudo, mas vocês têm de fato muito mais capacidade de sentir aromas e odores, e como sempre digo, esta capacidade latente se revela cada vez mais forte com o treino. Aquelas de vocês que estão acostumadas com a análise olfativa de comidas e bebidas sabe que digo a verdade.
Espero vê-las treinando seus sentidos sensoriais e aproveitando muito mais o que a vida pode lhes proporcionar.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Real Companhia Velha e os vinhos da Quinta do Cidrô



Meninas e meninos,
Em almoço com Pedro Silva Reis, presidente da Real Companhia Velha, que fundada em 1756 sob auspícios do Marques de Pombal, então ministro de Dom José I, fará em 10 de Setembro deste ano 256 anos de ininterruptas atividades.
Com o nome original de Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, formada pelos principais homens do campo e com a missão de sustentar a cultura das vinhas e preservar a produção em sua pureza natural, em uma aparente contradição, ao menos com os objetivos de sua fundação, foi a primeira a introduzir castas de fora da região como a Alvarinho, vindo depois outras de origem francesa como as Sauvignon Blanc e Cab Sauvignon.
Degustei 5 vinhos da nova linha da Quinta do Cidrô, também uma propriedade antiga, datada de 1851 e comprada pela Real Companhia Velha em 1972, quando reconverteu seus vinhedos em plantação vertical. Como curiosidade, são os maiores produtores de Alvarinho de Portugal, com 20 ha.
Com extensão total de 220 ha, sendo 140 ha de vinhas, com idades que variam de 10 anos a 80 anos.
-Quinta do Cidrô Alvarinho 2010, vinho mineral, frutado e floral, com 14,5 % de álcool, equilibrado com acidez e que não se faz sentir, confirma em boca as frutas brancas, o floral no retro-olfato. Bom corpo, vinho gostos e fácil de beber.
-Quinta do Cidrô Sauvignon Blanc 2011, aromas cítricos, mas sem os exageros de frutas tropicais dos demais vinhos desta casta, sutil floral, menos mineral.
-Quinta do Cidrô Gewürztraminer 2010, sua primeira safra engarrafada, aromas de frutas brancas maduras com a lichia, cítricos de lima da Pérsia, floral lembrando rosas e mineral bem marcado. Em boca confirma o frutado cítrico da lima, o mineral, é longo e fresco, equilibrado em álcool na casa dos 13%. Vinho surpreendente, que vale a pena ser conhecido até pelo inédito desta casta em vinhos do Douro.
Passando aos tintos:
-Quinta do Cidrô Cab. Sauvignon/Touriga Nacional 2005, vinho com muita fruta negra madura no nariz, especiarias, café, que provém do seu estagio em barricas por 18 meses.Em boca as frutas maduras, chocolate, baunilha, equilíbrio com taninos e álcool na casa dos 14,5%.
- Quinta do Cidrô Touriga Nacional 2009, mais floral que o anterior, e facilmente explicado pela quantidade de Touriga, frutas maduras, especiarias, chocolate. Em boca confirma frutas, o chocolate, boa acidez e equilibrado com álcool em 14,5%. Passa por madeira durante 12 meses.
Também degustei o Royal Oporto 10 anos, um delicioso Tawny com o corte das cepas T.Nacional, T.Franca, Bastardo, Tinta Roriz, Tinta Carvalha, Tinto Cão e Mourisco, frutas secas e ainda algumas frutas como damascos e figos em calda.
Continuo dizendo que o Gewürztraminer foi uma grata surpresa, pois não consigo degustar vinhos com extremos aromáticos, pois a mim enjoam facilmente, e não é o caso deste exemplar, que guarda características da cepa, como o mineral e as rosas, mas o corpo e álcool do Douro.
Quem importa os vinhos da Real Companhia Velha, incluindo os da Quinta do Cidrô é a Barrinhas.
http://www.barrinhas.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sábado, 25 de agosto de 2012

Mostra de vinhos Portugueses na Éden Vinoteca



Meninas e meninos,
Quase ia me esquecendo de alertar sobre a feira de vinhos que minha linda amiga Cecília Leite está promovendo em sua Éden Vinoteca, programa ótimo para comprar bons vinhos a preços justos, confiram a programação.
Álvaro, meu amigo, se puder divulgar será ótimo, pois faremos uma Feira de Vinhos Portugueses nos dias 25-30-31/08 e 01/09. Serão 8 importadoras e 25 rótulos a serem degustados. O preço do ingresso é de R$ 40,00 revertidos na compra de vinhos.É uma ótima oportunidade para conhecer estas castas tão típicas! Verifique a programação abaixo:
25/08 das 11 às 15 horas
Cálix
Max Brands
Cantu
Mistral
30/08 das 16 às 20 horas
TW Wines
Adega Alentejana
Decanter
Portus Cale
31/08 das 16 às 20 horas
TW Wines
Adega Alentejana
Decanter
Portus Cale
01/09 das 11 às 15 horas
TW Wines
Adega Alentejana
Decanter
Portus Cale
Cecília Maria Ferreira Leite
(11)3051-5156/3052-0507/9933-7457
Éden Vinoteca
Rua Tomás Carvalhal, 620/622
Paraíso - 04006-002 - São Paulo-SP
www.edenvinoteca.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

OS ESPUMANTES PODEM SER TINTOS?



Meninas e meninos,
Tenho sido sistematicamente inquirido sobre esta questão, então resolvi postar algumas linhas sobre ela, e os espumantes podem ser tintos, brancos e rosados.
O que é um espumante senão a maior expressão de vivacidade, acidez e luminosidade que um vinho contendo dióxido de carbono pode ter?
A espumatização dos vinhos deixa-os com aquela explosão de borbulhas, no visual e em boca, que tanto agrada e faz a mística destes vinhos.
O vinho base é sempre branco, ou melhor, incolor ou quase incolor, pois quem dá o tom de cro é o contato do mosto com as cascas.
Para este vinho base ser carbonatado, ou seja, conter gás carbônico, natural, bem entendido, proveniente da fermentação alcoólica, quase sempre é preciso haver uma segunda fermentação deste vinho base, que pode ser tanto na garrafa, assim chamados de método clássico, ou em grandes tanques, os chamados método Charmat.
Também é necessário um grau de acidez elevado deste vinho base, condição primordial para o equilíbrio entre os açúcares que porventura restem em residual da fermentação, quer os que sejam agregados nos licores de expedição.
Com o vinho base tinto, teríamos ao menos em maior concentração, os taninos incorporados ao mesmo, provenientes das cascas, tirando um pouco do brilho e vivacidade e com certeza uma graduação alcoólica um pouco maior.
Ao deixar as cascas em contato com o mosto, ou mesmo misturar o tinto com vinho base branco, fazendo o rosado, leva-se em conta sempre a acidez, o tipo de graduação em açúcares que o enólogo propõe, e o cuidado com os taninos, para que não sejam realçados demais.
Espumante se toma gelado, em torno dos 5º em média, há os de maior estrutura e complexidade que podem ser servidos até os 10º, portanto realçando a acidez que dá o tom neste vinho. Caso fosse um tinto, a temperatura de serviço teria que ser um pouco mais alta, para também realçar a qualidade dos taninos, adquirida pela cor, mas nunca mais do que resfriado aos 10º a 12º C, senão teríamos um vinho espumante menos alegre, e vivaz, sem contar que o efeito do perlage seria menos visível e encantador.
O gás se equilibra com o açúcar e a acidez, tanto é assim que o espumante brut chega aos 15g/l sem se perceber tanto o dulçor, observem que os refrigerantes em geral têm uma quantidade enorme de açúcares e estes são menos perceptíveis devido ao gás, que no caso é adicionado.
Há frisantes tintos, como o Lambrusco da Emilia Romana, os frisantes têm menos gás, girando em torno de 1,5 a 2 atm(os champagnes e bons espumantes chegam a 6 atm), mas nestes, o tipo de uva, Lambrusco, não deixa tanto mostrar os taninos.
Poderíamos concluir dizendo que em geral os brancos e rosados são mais frescos vivos e alegres, mas já degustei um espumante tinto de Tannat, fantástico, que creio não está mais disponível por aqui, mas gosto é pessoal e intransferível.
Como todo enófilo tem que ser curioso na sua essência, e buscar conhecer de tudo, se tiverem a oportunidade de conhecer um espumante tinto, o façam.
Foto:Nádia Jung
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sonoma, um novo estilo de vender vinhos na web.




Meninas e meninos,
Minhas queridas amigas Denise Cavalcante e Jô Barros, pedem para avisar, que o Sonoma já está no ar, e segue abaixo um pouco do que o Sonoma pretende ser:

Acaba de ser lançado no Brasil um modelo inovador de venda de vinhos, através do site www.Sonoma.com.br, com uma forma de e-commerce "venda privada," inédito no mundo do vinho.
O Sonoma é uma empresa “startup” criada por uma equipe de profissionais com grande reconhecimento tanto na área de enogastronomia quanto na de e-commerce. Adotando o modelo de "venda privada," Sonoma oferece os seus membros seleções semanais, negociadas direto com produtores, em quantidades limitadas e com preços até 60% abaixo do mercado.
A proposta da empresa é entregar duas vantagens ao cliente: ajuda-lo na escolha de vinhos e produtos gastronômicos e oferecer preços mais baixos do que o mercado pratica.
O fundador do Sonoma é o americano Alykhan Karim, 28 anos, que mora no Brasil há dois anos. Alykhan é formado em Relações Internacionais com especialização em Economia da América Latina, fala espanhol e português fluente e, por ser da Califórnia e apaixonado por vinhos, conviveu muito com a vinicultura da região. Impressionado com a grande diferença entre os preços e a oferta de vinhos no Brasil, comparado ao Estados Unidos, resolveu trazer o novo modelo de comércio de "venda privada" para baixar bem as margens ainda oferecendo uma excelente seleção de produtos, associou-se a Edson Barbosa, que foi CEO da primeira grande loja virtual de vinhos no Brasil, a Estação do Vinho, para esse novo projeto.
Em vez de manter uma loja tradicional comprando de distribuidores, a Equipe Sonoma pesquisou muitas vinícolas, produtores artesanais e fez parcerias direto com uma vasta rede de importadores.
"No Brasil existem hoje produtos incríveis, diferenciados, porém, por falta de margem para sua divulgação são de difícil acesso ao público em geral," explica Jô Barros, a sommelière Sonoma, votada melhor Sommelière do Brasil em 2011 pela revista Prazeres da Mesa. "O Sonoma quer ser a solução: dispensar os intermediários e ser o link entre produtor, ou importador, e o consumidor final," explica ela. Jô também foi cativada pela ideia do Sonoma, abandonou o restaurante onde trabalhava como sommeliere e se juntou os dois sócios nesta missão.
A equipe do Sonoma promete ser extremamente rigorosa na seleção dos vinhos oferecidos. Os produtos são avaliados e escolhidos pela equipe de curadores com 3 critérios básicos: qualidade; relação custo x benefício e a resposta positiva para uma pergunta simples:
“Eu teria esse produto em minha casa?”.
Entre os produtos já oferecidos incluíram um Cotês du Rhône de 94 pontos Robert Parker por apenas R$79, e novidades poucos encontrados no Brasil como vinhos da uva Friulano e da Córsega.
A rede de contatos destes especialistas vai garantir o acesso a produtos especiais, grandes oportunidades e com certeza grandes negócios.
"Hoje o crescimento de consumo de vinho e produtos gourmet no Brasil é impressionante,"conta Alykhan. "Sonoma quer ajudar a ambos, novato e conhecedor, a navegar neste mundo."
Para realizar este desafio, além das boas ofertas, o Sonoma também cria conteúdo de alta qualidade, escrito por jornalistas experientes num estilo diferente das mídias especializadas: simples e claro, com uma linguagem lúdica e divertida. “Escrevemos como se fossemos um "amigo" descrevendo um vinho”, comenta Jô Barros. “Os amigos costumam passar confiança e credibilidade nas suas dicas e é exatamente isso que queremos ser para nossos clientes”.
A empresa começou suas atividades em 1 de julho e no final do mês já contava com 35 mil cadastros no site e quase 100 mil amigos no facebook, principalmente pela divulgação boca a boca. “Já tivemos clientes comprando 5 vezes no primeiro mês. Já se tornaram VIP, nunca mais vão pagar custo de frete nas entregas” conta empolgado Alykhan.
O Sonoma entrega em toda a região sul e sudeste do Brasil, no prazo máximo de até 5 dias. O pagamento pode ser parcelado em 3vezes e, para compras acima de R$200,00, não será cobrado o frete como promoção de lançamento. Em breve o Sonoma vai atender outras regiões do Brasil.

Alykhan Karin,Jô Barros e Edson Barbosa
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ganso Selvagem, o Kaiken, um dos poucos que conseguem ultrapassar voando a cordilheira dos Andes, dá nome a vinícola com assinatura importante.


Meninas e meninos,
Aurélio Montes Jr, filho do prestigiado Aurélio Montes, o filho, enólogo na Argentina, o pai, no Chile, esteve nos apresentando seus vinhos Mendocinos.
Como disse no título, o nome da bodega, Kaiken, é uma homenagem e ao mesmo tempo uma alusão, pois da mesma forma que o ganso selvagem chamado pelos índios Mapuche de “Kaiken” todos os anos cruza a Patagônia do Chile para a Argentina, também assim a reputada vinícola chilena Viña Montes estabeleceu seu novo e prestigioso projeto do outro lado dos Andes, no coração de Mendoza.
Aurélio Montes Jr, se dedica quase que com exclusividade às atividades da Kaiken, que tem vinhedos próprios em Vistallba, 25 Km ao sul de Mendoza, altitude de 1125 m, e com um dos mais antigos vinhedos da Argentina, chegando aos 100 anos, produzindo apenas 2.000 kg/ha. Agrelo, 60 Km ao sul de Mendoza, altitude de até 1050 m, com irrigação por gotejamento, e Vistaflores, 135 Km ao sul de Mendoza, os vinhedos mais altos, com cerca de 1215 me de altitude, além de vinhedos de terceiros, de onde compram em média 30% do total de uvas, que vinificadas geram suas 170.000 garrafas/ano.
Degustei na sede da Vinci Jardins, a convite da minha querida e linda amiga, Sofia Carvalhosa, um espumante e sete vinhos tranqüilos.
-Kaiken Sparkling Brut-70% Pinot Noir e 30% Chardonnay, permanece 24 meses sobre as borras finas, boa acidez, elegante, com tostados no olfato, floral e cítricos, em boca confirma os cítricos.
-Kaiken Rosé 2011- Malbec dos mesmos vinhedos do Ultra, porém colhidas as uvas cerca de 30 dias antes, para que sua acidez seja maior, com 48 horas de maceração, sua cor mais acentuada, é muito floral, frutado, equilibrado com álcool de 13,7%.
-Kaiken Reserva Malbec 2010- 90% Malbec e 10% C. Sauvignon, com 14,5% de álcool, passa 50% do vinho em madeira por 8 meses. Frutado, mineral e sutil vegetal, boa acidez em boca, taninos presentes e confirmando o frutado mais doce.
-Kaiken Reserva Cabernet Sauvignon 2010-90% C. Sauvignon e 10% Malbec, com 14,5% de álcool, da mesma forma, 50% do vinho estagia em barris por 8 meses.Veio mais fechado, foi se abrindo devagar, com olfato canforado, frutado. Boa acidez em boca, confirmando frutas.
-Kaiken Corte 2009-80% Malbec; 12% Bonarda e 8% P. Verdot, 14,5% de álcool, passando 80% do vinho em madeira por 7 meses. Fumo de corda, tabaco picado, sutil frutado cítrico. Em boca confirma as frutas, mas já mais maduras, boa acidez, taninos presentes e elegantes, equilibrado.
-Kaiken Ultra Malbec 2009-92% Malbec e 8% C. Sauvignon, 15% de álcool, com passagem de 12 meses por barris de carvalho francês. Frutado, café, jabuticabas e goiabada, confirmando em boca a jabuticaba e a goiabada, boa acidez, equilíbrio com taninos. Junto aos seu irmão Ultra C. Sauvignon são ótimos para gastronomia. Queijos, caças de penas e pelos, guisados e braseados.
-Kaiken Ultra Cabernet Sauvignon 2009-90% Malbec e 10% C. Sauvignon, mais mineral que o anterior, sutil ervas finas, salsa.Boa acidez, taninos firmes, frutado em compota.Belo vinho, me agradou muito mesmo.
-Kaiken MAI 2007-O Ícone da bodega, varietal Malbec, passagem por 18 meses em barris novos de carvalho francês, 15% de álcool.Este vinho leva em sua composição 40% das uvas dos vinhedos de 100 anos.
Belos vinhos estes do outro lado da cordilheira.
Mais informações da Kaiken
www.kaikenwines.com
Vinci
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão





terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vinícola d’Alessandro propõe harmonia de seus vinhos italianos e gastronomia japonesa.


Meninas e meninos,
Gosto de fazer experiências na área de enogastronomia, pois a arte da boa harmonização está em sempre pesquisar novas alianças.
Novos gostos, novas texturas, aliadas aos vinhos, que podem ser mais ou menos estranhos a uma primeira visão, quando juntos, me deixa enfeitiçado e, sob este mote aguçador de minhas papilas, estive em jantar japonês harmonizado com vinhos da vinícola d’Alessandro, uma empresa sediada na zona de Agrigento na Sicília.
Região situada em meio a sítio arqueológico tombado pela Unesco desde 1997, a vinícola, tem inicio em 2006, com o objetivo de usar as uvas autóctones da região, fazendo vinhos de maneira a utilizar as modernas técnicas de vinificação postas ao alcance dos vinhateiros hoje.
Quem importa os vinhos desta vinícola é a Wine Lovers, da linda amiga Cátia Betta, que tem como lema: Somos mercadores de vinhos.
Vejam abaixo
“Exploramos as maiores regiões vinícolas,
Visitamos centenas de plantações,
Conhecemos os mais talentosos e devotados produtores,
Homens e mulheres que dão duro e têm uma história para contar
Nós buscamos entre milhares de garrafas,
(E bebemos algumas!)
Até encontrarmos.
O vinho incomum, inspirador, acessível.”

Mas voltando aos vinhos, que foram apresentados pelo sommelier da importadora, e um dos responsáveis pelas harmonizações , o Vithor Cruz, degustei o d’Alessandro Inzolia 2010, com aromas de cereais, me lembrando a aveia, com floral evidente e mineral. Em boca os cereais aparecem, o mineral se confirma, um frutado cítrico e algo salino.Equilibrado em álcool de 12%, não passa por madeira.
Harmonizou com uma salada de pepino agridoce, algas marinhas, fatias de salmão semigrelhadas, flor de sal e azeite.
O d’Alessandro Grillo 2010, aromas florais, mineral, frutas cítricas, confirmados em boca, harmonizou bem com Sashimi de Iguarias, composto de salmão, vieiras canadenses, kúrague(água-viva) e shirauo(filhote de enguia), temperados com azeite de trufas brancas, limão siciliano e flor de sal.
D’Alessandro Nero D’Avola 2009, frutado e mineral, também harmonizou com o prato anterior, e com atum com enguia quente, sendo a enguia defumada e com molho agridoce. Aliás, o Grillo ficou ótimo também com este prato.
D’Alessandro Catarrato 2010, vinho frutado, elegante, com floral aparecendo em taça, mineral, tostados e balsâmico, sem passar por madeira. Confirmando as frutas, lembra o pomelo, o mineral e os tostados em boca, harmonizou com uma sequência de sushis contendo salmão com yuzu(limão japonês), atum, mongo-ika(lula japonesa) com sal negro vulcânico e mini polvo com óleo de gergelim. O Nero D’Avola também ficou bom com esta combinação de sushis.
Finalmente o d’Alessandro Nero D’Avola/Syrah 2008, com muita fruta, fumo de corda, algo de carne, chocolate e floral, mostrando em boca o chocolate, o frutado, o mineral sutil, harmonizou bem com beef Kobe.
Como vinho me agradou muito dentre os brancos o Grillo, mas o Catarrato estava perfeito, harmonizando bem com pratos diferentes.
Estes vinhos apresentam relação preço X qualidade impecável, pois variam de R$ 39,00 os brancos e o Nero D’Avola, o Catarrato R$65,00 e o corte R$75,00.
Os pratos foram todos do São Paulo-Tokyo Restaurante, onde o sushiman Mario Tucillo faz suas criações mesclando tradição e modernidade.
Wine Lovers
www.winelovers.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Wines of Chile apresenta em master class com Pedro Parra, Peter Richards e Carlos Cabral, vinhos ícones e seus terroirs.



Meninas e meninos,
Conhecido pela diversidade de cepas, vales e terroirs distintos, o Chile através do Wines of Chile veio ao Brasil mostrar alguns de seus vinhos ícones produzidos.
Para tal tarefa, que só se repetirá nos Estados Unidos, conduzida por inglês Peter Richards, Máster of Wine, o chileno Pedro Parra, o único PHD em terroir da Latinoamérica e o brasileiro Carlos Cabral, enófilo conceituado.
Cláudio Cilveti, CEO da Wines of Chile trouxe até nós esta espetacular aula e degustação, e explica que somos uma parcela importante, cerca de 7,4% das exportações no segmento ultra-preminum.
Cabral destacou a importância do vinho chileno no mercado brasileiro, abrindo os trabalhos, que seguidos de verdadeira aula sobre cada um dos terroirs envolvidos nas amostras dos vinhos especialmente trazidos para a degustação, eram comentados pelo máster of wine um a um.
Foram onze vinhos daqueles que não podemos dizer nada tecnicamente, e que só podemos gostar mais ou menos, em virtude de nossa escolha e paladar pessoais, mas, e sempre tem um, mas, um dos vinhos em especial me chamou muito a atenção, até porque era o único que eu ainda não conhecia, e que tem também como um dos proprietários o Pedro Parra, além de Louis-Michel Belair e do premiado enólogo chileno François Massoc.
Estou falando do Duque D’A 2008 Aristos, do vale do Rapel, e que teve somente engarrafadas 3.000 garrafas, e começo por ele.
Pela cor não se diz que já tem quatro anos, chega até a ser violáceo ainda. Varietal Cabernet Sauvignon, com uvas de Cachapoal, vale do Rapel, com altitude de 900 m.
Passa por barris de carvalho francês novos por 24 meses.
Aromas lácteos, frutado exuberante, especiarias diversas, baunilha e coco.
Em boca confirma o frutado, acidez invejável, toque de compota cítrica, equilibrado em taninos, que se mostram, mas bons, e álcool de 14%.Muito bom para gastronomias diversas, como queijos mais curados, carnes de caça, tanto de pelo como de penas, guisados e braseados.
Degustamos os excepcionais ícones:
1-Cipreses Vineyards 2011 Sauvignon Blanc da Casa Marin
2-Casa Real Cab Sauvignon 2007-Viña Santa Rita
3-Don Melchor 2008-Concha Y Toro
4-Carmín de Peumo 2007- Concha Y Toro
5- Duque D’A 2008-Aristos
6-Altair 2006-Viña Altair
7-Don Maximiano Founder’s Reserve 2007- Errazuris
8-Seña 2007-Viña Seña
9-Montes Alpha “M” 2009- Viña Montes
10-Clos Palta 2009- Casa Lapostolle
11-Montes Folly Syrah 2007-Viña Montes
Não preciso dizer que estava nas nuvens depois das aulas e da degustação.
Tudo isto foi possível pela impecável assessoria das minhas queridas amigas, todas eficientes e muito lindas da CH2A, capitaneadas pela Alessandra Casolato.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

domingo, 19 de agosto de 2012

Harmonizando cupcakes com espumante Bellini



Meninas e meninos,
Minha linda amiga Luiza Estima, sabe das coisas, e me avisou que dia 22 de Agosto, a confeiteira Luana Davidsohn, em conjunto com outra amiga que sabe tudo de vinhos, a Anna Rita Zanier, estarão harmonizando os cupcakes da primeira com o espumante Bellini Canella, que a Expand, onde trabalha Anna Rita, importa.
Desde já recomendo que não percam.
Reservas com Marina
marketing@cupcakesdaluana.com.br

11 3031-7199/3031-7016
Vejam mais na chamada em foto acima.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Armand de Brignac Champagne da casa Cattier

Meninas e meninos,
Os vinhos nos reservam surpresas, não canso de dizer, e aqui vai mais uma destas belas surpresas.
Convidado pela eficiente e linda Fernanda Fonseca, assessora da Interfood, para almoço com o representante da casa de Champagne Armand Brignac, Mr Brett Berish.
Sendo um rótulo da grife Cattier, produtores em Champagne desde 1763, e que dispensa maiores comentários, já sabia que seria algo que ficaria marcado indelevelmente na memória, dentro da semana de almoços e degustações.
Todas as uvas selecionadas para este Champagnes, são provenientes de vinhedos Grand Cru e Premier Grand Cru, com produções limitadas, totalizando apenas 5000 caixas/ano.
As uvas para o Gold e o Rose são Marme, que incluem Montagne de Reims, Valle de la Marme e Cote de Blancs. Para o Blanc de Blancs são selecionadas uvas de Montagne de Reins e Cote des Blancs.
Cada um deles é composto por vinhos base de ao menos três safras, sendo estes degustados das safras de 2002; 2003 e 2005.
O que vi, foi além da expectativa, com relação aos vinhos, ao cardápio, executado pelo amigo Emmanuel Bassoleil, à apresentação dos Champagnes, tanto no seu visual, muito elegante e rico, como na degustação.
Três Champagnes foram servidos, que depois acompanhariam também o menu, especialmente elaborado pelo Bassoleil, que até pasteizinhos de caviar continha.
O primeiro a ser servido, e que foi o que mais gostei, o Brut Gold, corte de 40% Chardonnay; 40% Pinot Noir e 20% Pinot Meunier, cor clara, perlage impressionante, não parava de subir o colar de pérolas na taça, formando a coroa, aromas bem florais, aparecem os tostados de pão, frutas cítricas maduras, e um lácteo gostoso.Em boca confirma a explosiva mousse, o lácteo, aparecem amêndoas tostadas, e um adocicado das frutas maduras. Com frescor e acidez ímpares, serviu de acompanhamento às entradas de salmão, quase em ceviche.
O segundo a ser servido foi o Blanc de Blancs, um 100% Chardonnay, que se apresentou com a mesma exuberância no perlage e coroa. Cor também bem clara, aromas mais cítricos, floral permanece, algo de baunilha e tostados mais sutis. Em boca confirma o cítricos, a baunilha, e frutas mais secas como damasco.
Harmonizou bem com as entradas, e com Robalo no vapor ao creme de champagne, caviar, purê de inhame e pastel de Mujol com limão Siciliano. Foi a melhor harmonização, pois o Gold não tinha os cítricos mais frescos para se juntar ao creme de caviar e ao peixe com purê. Fantástica experiência.
O terceiro Champagne degustado foi o Rosé, corte de 50% Pinot Noir, 40% Pinot Meunier e 10% Chardonnay. Cor mais para o salmão do que casca de cebola, aromas de frutas silvestres, sutil tostado e lácteo.Confirma em boca o lácteo e o frutado, acidez e perlage como os outros, sempre ótimo.
Harmonizou bem com Mascarpone.
Realmente não houve partícipe desta ocasião que não tenha se extasiado neste almoço.
Interfood
www.interfood.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Viña Ventisquero apresenta vinhos de diferentes vales Chilenos.

Meninas e meninos,
Faz algum tempo que degusto vinhos, e ainda me encanto quase todos os dias com as diferenças que estes podem apresentar, sejam de safra para safra de um mesmo rótulo, sejam as diferenças marcantes de expressão de uma mesma uva, porém com solos e climas distintos, mesmo que sejam de localidades próximas umas das outras.
Também há diferenças nas propostas dos artífices dos vinhos, os enólogos, que mesmo trabalhando as mesmas uvas, de uma mesma localidade, se propõem a fazer distintos vinho seja pelo uso de cortes com percentuais diferentes, seja pelo uso, ou não, de barricas, que podem ser desta ou daquela origem, enfim, uma gama grande de elementos que influem diretamente nos resultados finais engarrafados.
Em minha opinião, um enólogo não pode se acomodar com determinada proposta, mesmo tendo acertado em cheio em determinado rótulo, ele tem que ser inquieto, pesquisar.
Tal qual um cientista, que na verdade o é, ele tem que se aventurar por experiências e direções novas, fazer do mesmo sempre, apesar do sucesso, é desmerecer seus conhecimentos, sua capacidade, e porque não, das próprias uvas, que lá estão ávidas para serem utilizadas de maneiras variadas.
Uma das vinícolas que não “sossega”, e está em constante busca pelo novo, a Viña Ventisquero, tem sua equipe de enólogos chefiada por um amigo, daqueles que não sabemos como e nem porque, nos sentimos como nos conhecêssemos há anos, mesmo que nos tenhamos conhecido, como é o caso do Felipe Tosso, há uns quatro anos.
Outro desses enólogos da mesma equipe, que se enquadra na descrição acima é o Sergio Hormazabal, responsável pela linha de rótulos Yali da empresa. Tenho pelos dois admiração inconteste.
Voltando a falar da inquietude que move Tosso e sua equipe, tive a oportunidade ímpar de degustar em recente visita, cinco Pinot Noir e cinco Carmenères, de vales distintos.
Começando com os Pinot, e pela ordem degustada:
1-Pinot Noir 2011, amostra de barril de Lolol.
Lolol, vale do Rapel, vinhedo de encosta e com o clone 777, solos de argila vermelha com granito laranja.
2- Pinot Noir 2011, amostra de barril de Leyda.
Também de encosta, clone 777, argila vermelha e marrom, com granito e areia abaixo de 30 cm.
3- Pinot Noir 2011, amostra de barril de Huasco.
Plantado no segundo terraço da encosta, solo aluvial, pedras redondas, argila vermelha e carbonato ao redor das pedras e por entre a argila. Esta vinificação utilizou leveduras selvagens.
4- Pinot Noir 2011, bloco 34 Casablanca.
Também de encosta, muito íngreme, exposição sul, argila misturada com quartzo e ferro.
5- Pinot Noir Herú 2010, Vale de Casablanca, bloco 34, e que dependendo da parte da encosta, encontramos 3 tipos diferentes de solos, argila e granito; granito, e argila limosa com subsolo granítico.
Para os Carmenère tivemos:
1-Carmenère 2011, amostra de barril, bloco 1, Cachapoal (vinhas antigas, com média de 70 anos).
Solos com argila e areia grossa, sem irrigação.
2-Carmenère 2011, amostra de barril, bloco 12, Lolol.
Mesmo vinhedo do Pinot Noir, com rendimentos baixos, ao redor de 3.000 a 4.000 Kg/ha.
3- Carmenère 2011, bloco 23, Apalta.
Vinhedos mais altos deste vale, a 480 m, argila vermelha em profundidade e pedras grandes.
4-Carmenère 2011, bloco 5, Maipo.
Solo muito complexo com cinco camadas, sendo argila; areia grossa e pequenas pedras; granito; argila, e areia e pequenos cascalhos.
5- Grey Carmenère 2010, Maipo.
Solo com seis camadas, sendo: argila; areia grossa e pequenas pedras; granito; argila; granito e pequenas pedras e areia e pequenos cascalhos.
Analisando os Pinot, as variações por vezes sutis, outras nem tanto, o Leyda chegou aberto, exuberante, pimenta e especiarias no olfato, floral a rosas, e frutas mais maduras. Em boca, mais carnudo, confirma frutas e especiarias.
Já o Pinot Huasco, sua cor mais esmaecida, aromas de salumeria e especiarias, boca com boa acidez e frutados, chegou tímido, mas com o passar do tempo em taça foi se tornando tão exuberante que resolvi empatar os dois em primeiro lugar.
Para os Carmenères, o Lolol ganhou de Apalta, pois ambos no olfato se parecem, com frutado elegante e mineralidade, mas em boca o primeiro é exuberante, complexo, e o segundo com ligeiro amargor de final de boca, mas que não chega a comprometer, o fez perder para o de Lolol.
Tanto o Herú como o Grey são de linha, e quem sabe tenhamos novidades como o Huasco e Leyda para Pinot em breve.
Estes estudos que procuram compreender mais detalhadamente as características de cada solo, e ainda não completamente terminados, só o foram mostrados a alguns especialistas, pois sabemos avalia-los, e tendo em vista o Brasil, um mercado prioritário para exportações.
Não tenho como descrever a experiência vivida senão como uma das mais significativas e esclarecedoras, pelas quais passei, e de quebra com as explicações técnicas do Felipe Tosso, expostas de maneira que as torna simples de compreender, mesmo para quem não é enólogo.
Na foto Felipe Tosso com pedaços de solos nas mãos.
Quem importa os vinhos da Ventisquero é a Cantu
www.cantu.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Com o sugestivo nome de Sicília Wine Odyssey, uma grande prova de vinhos trouxe vários produtores pela primeira vez ao Brasil.

Meninas e meninos,
Em Junho deste ano, esta prova, com o auxilio e assessoramento da sempre eficiente Cristina Neves e sua fiel escudeira Ariana, tive a oportunidade de comprovar a qualidade dos vinhos da Sicília, esta região emblemática da bota.
Com sua cultura vínica remontando aos gregos como iniciadores do processo, a mais ou menos 4000 anos, tudo começa com a fundação das cidades de Siracusa e Agrigento.
Depois vem o famoso vinho Marsala, um fortificado que os ingleses criaram no séc.XVIII, hoje vemos um movimento que trata de restabelecer a importância histórica desta região, com muita tecnologia aliada à tradição e ao enorme patrimônio de cepas autóctones que a ilha possui.
Nomes como Pantellleria DOC, Marsala DOC E Etna DOC são bem conhecidos, mas outras denominações como Cerasuolo di Vittoria DOCG, Noto DOC, Mamertino DOC, só para citar alguns, já são hoje procurados pela excelência de seus vinhos.
Cepas autóctones como Catarrato Bianco, Insolia (B), Grillo (B), Nero d’Avola(T), Nerello Mascalese (T) são mais comuns aos nossos ouvidos, mas Albanello(B), Carricante(B), Damaschino(B), Frappato(T) a Zibibbo, nome local para a Moscato d’Alessandria(B), Nerello Cappucio(T) e Perricone(T) são algumas das muitas outras cepas autóctones regionais e que dão bons vinhos, ainda menos conhecidos.
Em um masterclass dos mais concorridos, sob a condução da jornalista Michele Shah e comentários de Arthur Azevedo, degustei vinhos selecionados dentre os expositores, muitos deles sem representação no Brasil, e outros já nossos conhecidos como Cusumano, da Inovini; Feudo Macari da Grand Cru; Geraci Azienda Agricola da Sicília Ness; Morgante da Ravin; Planeta da Interfood; Grafetta da Vinho Sul; Tasca D’Almerita da Mistral; Vale Dell’Acate da Vinea; Cantine Cellaro da Casa Flora.
Outras ainda sem importação por aqui, como Abraxas; Alessandro di Camporeale; Baglio dei Fenicotteri; Baglio di Pianetto; Benanti; Cambria; Cantina Corbera; Antonello Cassarà e Nicosia.
Como gosto pessoal, degustei toda a linha e todos os vinhos me agradaram escolhi a Abraxas Vigne Di Pantelleria, ainda sem importador, cultivando as cepas Zibibbo; Nero d’Ávola; Viognier; Syrah; Cab. Franc; Granache e Carignano.
O Scirafi Passito di Pantelleria DOC 2007, da cepa Zibibbo ou Moscato D’Alessandria, espetacular, mineral, doce, porém com acidez, que não o torna enjoativo.
O Kuddia Del Gallo IGT Sicilia 2010cepas Zibibbo e Viognier
O Kuddia delle Ginestre Pantelleria Bianco DOC 2010 um Zibibbo maravilhoso, aromático, mentolado, com aniz em boca, refrescante.
O Sidereus IGT Sicília 2009, com Nerello Mascalese, Nero D’ávola e Cab Franc.
O Kuddia Di Zé IGT Sicília 2008, um Syrah; Granache e Carignano, frutado, floral, mineral, algo de especiarias, confirmando em boca a mineralidade, as frutas e especiarias, com preço posto cantina de EU$ 8,00, vejam que maravilha!
Para quem se interessar, procurem o Mannino.
Abraxas
www.abraxasvini.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

AP Magazine, uma visão moderna sobre decoração de interiores e estilo de vida, pra quem mora ou pretende morar em apartamentos.

Meninas e meninos,
Gostaria de apresentar esta revista digital, a AP Magazine, uma publicação bimensal, gratuita, dirigida a todos, e que tem este “Engenheiro que Virou Vinho”, como seu colunista convidado para bebidas, e harmonizações gastronômicas.
Também em estilo de vida, sempre ligado ao que me fascina, dentro da gastronomia e das bebidas Premium, terei assuntos para tratar com o público que não me é desconhecido, posto ser engenheiro por formação acadêmica, e ter militado na área por anos.
Trata-se de um novo veículo, com enfoque dinâmico, uma revista feita por pessoas preocupadas em informar com qualidade e exatidão e que acreditam que morar não é o bastante, há de se ter um lar, e viver bem.
Nossa revista, permitam-me assim falar, posto que ainda não publicamos meus textos, foi criada para quem tem um Apple iPad e, também, para aqueles que possuem outros modelos de tablets, ou computadores de mesa (desktops), ou Notebooks. AP Magazine pode ser acessada através do link Pegue seu exemplar, neste site, e ser lida no formato APP (iPad e outros tablets), ou PDF (em qualquer tipo de computador).´
Leia AP Magazine e torne-se um dos nossos leitores, aliás, já com o segundo número na websfera, sorteando um iPad, entre os que se cadastrarem.
www.apmagazine.com.br
contato@apmagazine.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O escocês William Grant & Sons junta-se ao churrasco Brasileiro


Meninas e meninos,
Uma experiência diferente, que vez ou outra, qualquer um de nós faz, é escolher um destilado para aperitivo antes, durante ou depois.
Claro que estou falando de churrasco, como diz o título, e não do amor, que este, havendo harmonia, qualquer das bebidas existentes no mercado, fará companhia das mais agradáveis!
Convidado pelas minhas queridas amigas da Tema Assessoria, time de eficientes e lindas meninas, capitaneadas pela Silvana Giangrande,
Marcos Bassi, o artesão da carne, brindou a mim e outros colegas jornalistas com seus feitos, que, juntamente com o André Duarte, business manager da Grant’s, e que sabe tudo da história desta tradicional casa, nos convidou à experiência do par whisky e churrasco.
Degustei os dois tipos apresentados, o Grant’s Family Reserve, criado originalmente em 1898, onde seu atual máster blender, Brian Kinsman mistura cerca de 25 dos melhores whiskies escoceses de single malte e de grão, quando em sua base se encontra o famoso e reconhecido whisky de grão Girvan, a única destilaria que usa a destilação por vácuo à baixa temperatura. Achei-o leve, e adocicado, provavelmente pela passagem em madeira.
Também degustei o Grant’s 12 Year Old, blend de singles malt e de grãos, que passam ao menos 12 anos em barricas, que ainda após este, finaliza o blend com o whisky americano “first-fill”, aqueles quando os barris são usados pela primeira vez para maturas os blends.
Achei-o mais tostado, nuances defumadas e um doce-amargo que combinou melhor com o churrasco.

Devo lembrar mais uma vez que a campanha Reviva sua história com o whisky Grant’s ainda vigora, vai até 14 de Setembro, e para participar, além de ter mais de 18 anos, é acessar a página do whisky Grant’s no facebook, http://www.facebook.com/grantsbrasil, e contar em no máximo mil caracteres a história do churrasco que marcou sua vida. As dez melhores serão selecionadas e votadas pelos usuários do próprio facebook, onde a história vencedora ganhará um churrasco no valor aproximado de R$ 5.000,00, para reviver a história contada.
No Brasil, os whikies Grant’s são distribuídos pela Bacardi Brasil.
Willian Grant & Sons
www.williangrant.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão




quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Conceito, tecnologia e trabalho levam Grupo Decima ao sucesso.

Meninas e meninos,
Falar de amigos é coisa complicada, pois temo que na exata medida do profissionalismo, eximir de nosso texto o sentimento.
Falar de tecnologia, da busca contínua por novos desafios dentro da técnica é fácil, difícil é encontrar quem queira correr o risco da inovação e tentar.
Falar dos resultados obtidos após árdua luta, também é fácil, quando estes resultados são bons.
Mas e juntar todas estas afirmações em um único texto, será tão fácil?
Pois assim começo descrevendo as sensações obtidas na degustação dos vinhos da Décima Vinhos & Espumantes, já minha conhecida desde há muito, mas agora, sob novos conceitos, uma nova empresa vinícola.
Conheci o enólogo Alejandro Cardoso, um Uruguaio de alma Brasileira, profissional sério e competente, trabalhando para a Piagentini, e gostei do que degustei.
Daí em diante, seguiu-se uma amizade franca, desinteressada, onde o amor aos vinhos, a busca de novas tecnologias, lembrem-se que sou engenheiro por formação acadêmica, e a luta pelo engrandecimento dos vinhos Brasileiros, nos uniu em várias oportunidades.
Conheci vários de seus vinhos, frutos de seu trabalho dentro e fora do Brasil, sempre conquistando prêmios pelos resultados magníficos.
Mas agora, que tive o prazer de degustar alguns dos novos produtos da linha Decima, e vou ater-me a eles.
Convidado pela Adriana, da Décima, fui à loja 2 da Beale Bebidas para uma degustação onde Alejandro, exporia seu trabalho, e gostei do que vi e degustei.
Foram vinhos da Linha Luxo, como o Toro Branco Chardonnay.
Da Linha Premium, onde os espumantes são método Charmat, e fermentam em barricas 20% dos vinhos, o Prosecco, o Brut( Chardonnay, Viognier e Riesling), o Brut Rose(Rieling e Pinot Noir) e um tranquilo de Tannat, o Leone 2009.
Da linha Gran Reserva, onde os espumantes são método Clássico, e fermentam em barricas 50% do vinho, e os vinhos tranquilos, estagiam em barricas de carvalho americano por 24 meses degustei:
Brut 2008(Viognier, Chardonnay), já meu conhecido, e um dos melhores espumantes Brasileiros, onde em várias palestras/degustações que fiz, sempre se destacou. O Brut Rose 2008(Pinot Noir), conheci agora, mas segue o caminho do irmão branco acima.
Mas quero dar destaque para os tranquilos que degustei, o Gran Reserva Tannat 2005, que acabou de ganhar a medalha de Ouro no VI Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, onde participaram 17 paises com 519 amostras, e um outro vinho, este me encantou mesmo, o Décima Gran Reserva 2005.
Corte de 5 uvas, Cab. Sauvignon, Tannat, Merlot, Pinotage e Cab.Franc, aliás, Pinotage a Piagentini já vinificava anos atrás, creio mesmo que tenha sido pioneira no Brasil a faze-lo.
No olfato é frutado, algo mineral, um tostado que não é de madeira, mas creio que do aporte da Pinotage, sutil floral. Em boca confirma as frutas vermelhas maduras, amanteigado, acidez privilegiada, longo, exuberante, tornado-o ótimo para harmonizações gastronômicas como os guisados e ensopados, pois seu álcool na casa dos 14% ajuda a contrapor a suculência, carnes grelhadas e assadas mais graxas como a costela bovina, uma rabada, enfim, variadas combinações.
Precisamos incentivar o consumo de bons vinhos sempre, e se forem vinhos Brasileiros, melhor. Estes são exemplos disto.
Para saber mais sobre linha Décima.
Beale
www.beale.com.br
Decima Vinhos & Espumantes
www.decimavinhos.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Empório Santa Maria faz um Wine Party, apresentando novos rótulos de importação própria.



Meninas e meninos,
Faz algum tempo que tenho dito e escrito que o grupo St Marche, com várias lojas, do qual faz parte o Empório Santa Maria, está se dedicando muito aos bons vinhos com preços adequados em sua importação e distribuição direta.
Ano passado, fiquei conhecendo a Bodegas Pinuaga, e sua enóloga a linda Esther Pinuaga
Neste ano, repetindo a dose, o Empório Santa Maria organizou o que chamou de Wine Party, traduzindo fielmente a alegria desta festa vínica, contando é claro com suas máquinas Enomatic que já foram motivos de muitos textos meus.
Claro que comecei indo direto aos Pinuaga que me agradaram tanto ano passado, e lá estava mais um rótulo o 200 Cepas 2008, aliás, preciso perguntar a Esther o porque deste nome!
O vinho provém daqueles pés francos de Tempranillo com mais de 40 anos, plantados em vaso, com rendimentos baixíssimos, ao redor de 1.500 Kg/ha, já descritos na postagem anterior.Estagia por 14 meses em barricas de carvalho Francês e Americanos, sendo 1/3 novas; 1/3 segundo uso e 1/3 terceiro uso.Álcool 13,8%, com olfato frutado, especiarias, algo de tostados leves.Em boca confirma o frutado, as especiarias, aparecem sutis canforados, acidez muito boa, taninos vivos, porém macios, indicando que em conjunto com o álcool e acidez, este vinho deve ir bem mais longe.Bom para carnes vermelhas ensopadas, quem sabe um cabrito, cordeiros, queijos mais curados, embutidos, caças de pelo e pena.
Novamente sua relação preço X qualidade agrada, deve girar ao redor dos R$ 125,00.
Outro dos vinhos que me chamou a atenção e pela quantidade de rótulos, todos muito bons, os Borgonha da Maison de la Cabotte, com seu Nuits-Saint Georges; Côte de Nuits- Village em especial e tendo sido para mim o mais espetacular, o Gecrey-Chambertin 2009, que, aliás, ganhou como o melhor exemplar da mostra em meu parecer.
Aromas definidos de especiarias, uma pimenta do reino gostosa, noz-moscada, bem floral, fruta composta de morangos e amoras, mais para maduras, em boca ótima acidez, confirma frutas e especiarias, sua madeira leve não atrapalha, bom para gastronomias mais leves e sutis, queijos variados, quem sabe um arroz de pato?
Os Borgonha devem girar ao redor de R$ 200,00, o mais caro, bom preço pela qualidade que ofertam.
Mas voltando às novidades, estavam lá para meu deleite os seguintes rótulos e vinhos:
Vinhos brancos:
Windy Peak Chardonnay 2010
Maison de La Cabotte: Borgogne Branco 2009 e Montagny Premier Cru 2010 Meursault 2009
Vinhos tintos:
Botalcura: El Delirio Merlot 2010, El Delirio Carmenere-Merlot 2010, El Delirio Syrah/Malbec 2009, La Porfia Gran Reserva Malbec 2010, La Porfia Gran Reserva Carmenere 2009 e Nebbiolo 2006
Windy Peak: Pinot Noir 2010, Cabernet/Merlot 2009 e Shiraz 2008
De Bortoli: Shiraz/Viognier 2007, Pinot Noir 2010, Melba Reserve 2008 e Melba Lucia Cabernet/Sangiovese 2007
Maison La Cabotte: Borgogne Tinto 2009, Marsannay, 2009, Savigny-Les-Beaune 2010, Côte-de-Nuits Villages 2009, Gevrey Chambertin 2009 e Nuits-Saint-Georges 2009
Vinhos de sobremesa:
De Bortoli: Deen de Bortoli 2007 e Noble One Vintage 2008
St Marche
http://www.marche.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Douro Boys revisitam o Brasil e mostram para São Paulo seus vinhos no Consulado de Portugal.


Meninas e meninos,
Ano passado estive em um máster class dos mais disputados, onde os Douro Boys, representantes das vinícolas Quinta do Vallado, Quinta do Crasto, Quinta do Vale Dona Maria, Quinta do Vale Meão e Niepoort se apresentaram e nos mostraram seus preciosos vinhos.
Agora, mês passado os integrantes da família Douro Boys nos visitaram outra vez em São Paulo, capital.
Deixei este intervalo entre a degustação e a postagem decorrer estes dias de propósito, já que muitos foram os textos e postagens sobre o evento, e queria que meu texto fosse lido não como mais um dos que escreveram sobre a mostra, mas com a atenção devida aos Douro Boys, que pela filosofia da formação do grupo, merecem destaque.
Juntaram-se em 2002 para tornar o Douro, região famosa de Portugal, conhecida, não só pelos seus vinhos do Porto, mas também por seus vinhos de mesa, cujos representantes citados acima, são pioneiros nesta produção.
Portugal prima pela grande quantidade de uvas autóctones, diversos terroirs, maneiras clássicas de vinificação, aliados é claro aos mais modernos conceitos disponíveis, o que torna seus vinhos, especialmente os do Douro, a primeira região demarcada do mundo, singulares, e veja bem, torno a frisar, estou falando apenas dos vinhos de mesa, porquanto os fortificados vinhos do Porto, já são sobejamente conhecidos e respeitados desde há muito.
Mas por falas em vinhos, só para citar os que mais gostei pessoalmente neste novo encontro, começo pelo Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2009, que ano passado já estava ótimo, e confirma sua exuberância.
O VZ Douro Branco 2010 e o Quinta do Vale D.Maria Douro Tinto 2008 fantásticos.
O Quinta do Vale Meão 2009 merece destaque.
Da Niepoort, este ano, gostei muito do Tiara 2010, branco elegante e adequado ao nosso clima, além deste o Batuta 2008 sempre presente entre os melhores, e o Charme 2007 completíssimo.
Vejam também
Outro branco excepcional é o Vallado Moscatel Galego Branco 2010, e o não menos espetacular Vallado Reserva Branco 2010.
Falar individualmente dos vinhos apresentados, falarei em outras postagens, pois todos os Douro Boys, têm seus vinhos aqui representados, e para conhecimento geral segue abaixo a relação:
-Quinta do Crasto importado por Qualimpor;
www.qualimpor.com.br
-Quinta Cale D.Maria importado por Vinho Sul:
www.vinhosul.com
-Quinta do Vale Meão e Niepoort importados pela Mistral:
www.mistral.com.br
-Quinta do Vallado importado pela Cantu:
www.cantu.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Vinho em lata com a marca Ciao chega trazendo novo conceito.


Meninas e meninos,

Vinhos em latinhas não são novidades para mim, pois aqueles que acompanham minhas postagens e artigos nos diversos meios de comunicação onde atuo, sabem disso.
Novamente, como já fiz em outras oportunidades, não quero e não vou entrar no mérito do que seja estranho, diferente ou bizarro, apenas chamo a atenção que os tempos estão mudando, as condições climáticas estão mudando, os costumes estão mudando, então a mentalidade precisa acompanhar estas mudanças.
Gostar ou não gostar é um direito individual de cada um, mas peço que os que se manifestem, ao menos, se dignem à experimentação, pois assim podem com conhecimento de causa se manifestar, contra ou a favor.
Foi assim com o surgimento, por exemplo, da moda da tatuagem, que nos dias de hoje, deixou de ser exclusividade de presidiários e marginais, para se fixar nos corpos mais diversos e de diferentes sexos.
Foi assim com a rolha sintética no caso dos vinhos.
Também foi assim com o surgimento dos ótimos Bag In Box(BIB), que em minha opinião, várias vezes externadas, são excelentes para nosso vinhos em taças diárias, principalmente para os brancos.
Nesta discussão cabe uma observação: combater a inovação pelo simples fato da diferença está tão errado quanto combate-la pela má qualidade do que a embalagem contém.
A má qualidade do conteúdo, não deveria, ao menos eu penso assim, desqualificar a embalagem, temos mais é que lutar pela melhoria da qualidade de modo geral, incluindo-se aí também, os vinhos em garrafas.
Mas completando a postagem, degustei dois vinhos em latinhas de 200 ml, com a marca Ciao, da Ciao Brasil, empresa do grupo IB Trading, de Santa Catarina, empresa é representante exclusivo da Cantine Sgarzi Luigi no Brasil, a produtora dos vinhos.
O Ciao Bianco, frisante de uva Glera, isto mesmo, as uvas do Prosecco, muito aromático, com floral e frutado no nariz, cor amarelo palha claro, é leve, refrescante, não é muito longo em boca, acidez boa, confirma o frutado, com 10,5% de álcool.
O Ciao Moscato, um IGT Puglia, com cor um pouco mais acentuada, mas ainda bem clarinho, mais aromático, como devem ser as Moscatos, frutado, floral, em boca boa acidez, seu frisante se faz sentir mais que o anterior, por certo tem um percentual de açúcar residual maior, que o aproxima mesmo de um Moscatel espumante, mesmo tendo menor quantidade de gás. Este vinho se degustado bem refrescado, e pelo seu teor de álcool de 8%, deve agradar muito aos baladeiros de plantão.
Permitam-me reproduzir aqui, o início de meu texto anterior, para que vejam que não é de hoje que falo dos vinhos em lata:
Eu, atento que sou ao mundo que trata da bebidas, e dos vinhos em particular, um pouco por oficio, e muito por prazer, procuro conhecer, apreciar quando possível, e apreender novidades que surgem, mesmo aquelas que nos pareçam bizzaras em princípio....veja mais
Para saber mais sobre a Ciao
www.ciaobrasil.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cavas Canals & Munné chegam ao Brasil com o compromisso de qualidade e preço.

Meninas e meninos,
Convidado pela linda amiga Arlene, fui conhecer e degustar quatro Cavas da bodega Caves Canals & Munné, que aproveitando a visita de seu enólogo, Òscar Canals, nos mostrou seus belos espumantes, todos com tiragens muito pequenas, só para se ter uma idéia, dos degustados, o de maior produção beira as 40.000 garrafas/ano, sendo os outros com cerca de 2.000/3.500/5.000 garrafas/ano.
Junto ao Òscar estava o Leonardo, executivo da importadora QX, responsável por trazer estes Cavas.
Degustamos dois Cavas Reserva e dois Gran Reserva, começando pelo belo exemplar de Pinot Noir.
-Cava Canals & Munné Rosé Pinot Noir 2010 Brut Reserva.
Cor cereja mais escuro, brilhante, com perlage finíssimo e abundante, nariz floral, frutas vermelhas como cerejas, morangos e amoras, todas muito maduras (há algo de doce no olfato que se confirma em boca, apesar de ser Brut). Uma característica que me chamou a atenção em todos os Cavas degustados, é a acidez, marcada, dando frescor e jovialidade, facilitando a harmonização gastronômica.Este exemplar por exemplo, me veio de pronto o salmão, mesmo cru, gastronomias asiáticas, lulas à doré e polvo grelhado.
-Cava Canals & Munné Dionysus 2009, corte de Xarel-lo(60%); Chardonnay(30%) e Macabeo, com elaboração ecológica.
Perlage fino e abundante, cor bem clarinha, olfato cítrico, tostados sutis, floral se abre, confirma em boca os cítricos lembrando lima da Pérsia, e Cidra.
-Cava Canals & Munné Insuperable 2006 Brut Gran Reserva, corte tradicional com Macabeo(40%); Xarel-lo(30%) e Parellada. Deste Cava foram engarrafadas 40.000 unidades, o que ajudou muito a equilibrar seu preço ótimo de R$ 67,00.
Cor mais amarelada que o anterior, bom perlage, nariz frutado cítrico lembrando lima da Pérsia. Floral marcado, frutas brancas bem maduras (como o doce no fundo do tacho), acidez ótima, e final de boca com leve amargor, confirmando a lima da Pérsia, mas que em nada prejudica.. Vinho apropriado para gastronomias mais graxas, fresco e com a virtude de limpar as papilas, lembrei de pronto de uma feijoada para harmonizar.
-Cava1915 by C & M 2006 Brut Nature Gran Reserva, um Cava comemorativo da data da fundação da bodega, que logo mais fará cem anos de existência.
Corte de Pinot Noir(40%); Chardonnay(30%); Xarel-lo(20%) e Macabeo, com 55 meses em garrafa sobre as lias. Mais dourado, perlage fino, abundante, olfato com floral acentuado, cítrico(lembra o limão galego), frutas brancas super-maduras e doces( pêra em calda), em boca confirma as frutas maduras, sutil tostado, acidez marcada, bem longo e fresco, Somente 2.000 garrafas foram vinificadas, austero e o que mais se aproxima de um bom Champagne. Gostei muito, mas ainda fico com o Insuperable, pois seu preço é muito adequado em relação à qualidade, insuperável como o próprio nome!
QualityXport
www.qualityxport.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Um encontro com Pablo Morandé



Meninas e meninos,
Pablo Morandé é um dos icônicos enólogos chilenos, reconhecido mundialmente pela sua capacidade técnica e inovações no mundo vitivinícola.
Estive com Morandé em uma degustação muito elucidativa, que o amigo Otávio Piva, da Expand, a importadora que trás os vinhos Morandé, proporcionou, onde degustei em uma vertical(a seqüência de várias safras de um mesmo vinho) os vinhos House of Morandé.
Como diferencial, todas as 5 safras desde a 1ª em 1999, até a penúltima engarrafada, a de 2005, pois a última, a de 2006, veio em garrafas de 750 ml, vieram em frascos doble magnun, aquelas com conteúdo em dobro da magnun que é de 1,5litros, ou seja contêm 3 litros.
Porque assim engarrafadas, creio que seja mais um toque de expertise do Morandé, pois é sabido que quanto maior for o conteúdo do frasco de guarda do vinho, este tende, via de regra, a evolucionar melhor, do que os engarrafados em frascos normais, de 750 ml ou menos.
A linha House of Morandé, é basicamente Cabernet Sauvignon, e começou com a safra de 1999, que, aliás, foi vinificada com uvas compradas de vinhedos velhos, com mais de 30 anos à época. Daí em diante, todos os demais provêm do vinhedo San Bernardo, com 46 ha no Maipo, plantado em 1998, onde o solo tem gama variada de sedimentos vulcânicos, marinhos, rochas graníticas, mesclado de argilas e areias cobertas de sedimentos aluviais.
Os vinhos da linha House of Morandé, só são vinificados em safras especiais, que atinjam o padrão mínimo requerido, e curiosamente também, a 1ª safra comercial, a de 2001, foi obtida com rendimentos de 12.000 Kg/ha, considerado muito alto para os padrões modernos, que estima em 7.000 a 8.000 Kg/ha como ideal. Rendeu um vinho muito especial, frutado, elegante, com acidez muito notada, abrindo um mentolado com o tempo em taça. Seu corte é 68% Cab.Sauvignon; 19% Cab.Franc; 6% Carignan e 3% Carmenére, 14% de álcool. Foi o meu segundo melhor vinho da série, só perdendo para o 2005.
House of Morandé 1999 é o único varietal Cab.Sauvignon, 13% de álcool, na cor não aparenta a idade que já tem, nariz mais balsâmico, terroso, com frutas maduras, fumo de corda. Em boca confirma as frutas, algo animal, acidez notável ainda, e taninos bem resolvidos.
House of Morandé 2003, corte de 67% Cab.Sauvignon; 17% Cab. Franc; 10% Carmenére e 6% Carignan, 13,7% de álcool, mais floral que os anteriores, frutado, toque animal, em boca confirma o frutado, algo vegetal que não consegui definir muito bem.
House of Morandé 2004, corte de 76% Cab.Sauvignon; 19% Cab.Franc; 5% Carmenére, 13,5% de álcool, este parece mais evoluído na cor que os anteriores, nariz frutado, animal, e balsâmico.Em boca confirma o balsâmico, as frutas, bem lácteo e equilibrado.
House of Morandé 2005, corte de Cab.Sauvignon 91%; Cab.Franc 7% e Merlot, com 13,7% de álcool. Frutas mais maduras, abundantes no nariz e em boca, sutil floral, especiarias também tanto no nariz como em boca, com um cravo delicioso dando certo ardor em ponta de língua, taninos firmes, acidez, como nos outros da linha, espetacular, e com leques aromático e gustativo complexos, que vão se abrindo à medida que o vinho se abre em taça. Foi o meu preferido. Apesar de ter estilo mais novo mundo do que os meus preferidos do velho mundo, está muito bem equilibrado, gostoso e pronto. Muito adequado a gastronomias suculentas e graxas, em virtude de seu álcool e seus taninos, além da acidez marcante.
House of Morandé 2006, corte de 89% Cab.Sauvignon; 4% Merlot; 4% Carignan e 3% Carmenére, com 14,2% de álcool. O único que veio em garrafa de 750 ml, o mais mineral de todos, frutado, floral, algo de embutidos, em boca confirma o frutado, boa acidez, taninos ainda vivos, café e tostados, e um ligeiro amargor no final de boca, que em nada compromete o vinho.
Todas as uvas dos vinhos House of Morandé são de cultivo orgânico, passam por barricas francesas mescladas de vários usos por 18 meses, e descansam em garrafas por mais 24 meses.
Vale a pena experimentar esta linha, e disse o Otávio Piva, que a linha 2006 está disponível, e que tentaria trazer algumas garrafas de 2005, será que vai conseguir? Se afirmativo, já deixo reservadas algumas para mim.
Expand
www.expand.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão