terça-feira, 14 de agosto de 2012

Com o sugestivo nome de Sicília Wine Odyssey, uma grande prova de vinhos trouxe vários produtores pela primeira vez ao Brasil.

Meninas e meninos,
Em Junho deste ano, esta prova, com o auxilio e assessoramento da sempre eficiente Cristina Neves e sua fiel escudeira Ariana, tive a oportunidade de comprovar a qualidade dos vinhos da Sicília, esta região emblemática da bota.
Com sua cultura vínica remontando aos gregos como iniciadores do processo, a mais ou menos 4000 anos, tudo começa com a fundação das cidades de Siracusa e Agrigento.
Depois vem o famoso vinho Marsala, um fortificado que os ingleses criaram no séc.XVIII, hoje vemos um movimento que trata de restabelecer a importância histórica desta região, com muita tecnologia aliada à tradição e ao enorme patrimônio de cepas autóctones que a ilha possui.
Nomes como Pantellleria DOC, Marsala DOC E Etna DOC são bem conhecidos, mas outras denominações como Cerasuolo di Vittoria DOCG, Noto DOC, Mamertino DOC, só para citar alguns, já são hoje procurados pela excelência de seus vinhos.
Cepas autóctones como Catarrato Bianco, Insolia (B), Grillo (B), Nero d’Avola(T), Nerello Mascalese (T) são mais comuns aos nossos ouvidos, mas Albanello(B), Carricante(B), Damaschino(B), Frappato(T) a Zibibbo, nome local para a Moscato d’Alessandria(B), Nerello Cappucio(T) e Perricone(T) são algumas das muitas outras cepas autóctones regionais e que dão bons vinhos, ainda menos conhecidos.
Em um masterclass dos mais concorridos, sob a condução da jornalista Michele Shah e comentários de Arthur Azevedo, degustei vinhos selecionados dentre os expositores, muitos deles sem representação no Brasil, e outros já nossos conhecidos como Cusumano, da Inovini; Feudo Macari da Grand Cru; Geraci Azienda Agricola da Sicília Ness; Morgante da Ravin; Planeta da Interfood; Grafetta da Vinho Sul; Tasca D’Almerita da Mistral; Vale Dell’Acate da Vinea; Cantine Cellaro da Casa Flora.
Outras ainda sem importação por aqui, como Abraxas; Alessandro di Camporeale; Baglio dei Fenicotteri; Baglio di Pianetto; Benanti; Cambria; Cantina Corbera; Antonello Cassarà e Nicosia.
Como gosto pessoal, degustei toda a linha e todos os vinhos me agradaram escolhi a Abraxas Vigne Di Pantelleria, ainda sem importador, cultivando as cepas Zibibbo; Nero d’Ávola; Viognier; Syrah; Cab. Franc; Granache e Carignano.
O Scirafi Passito di Pantelleria DOC 2007, da cepa Zibibbo ou Moscato D’Alessandria, espetacular, mineral, doce, porém com acidez, que não o torna enjoativo.
O Kuddia Del Gallo IGT Sicilia 2010cepas Zibibbo e Viognier
O Kuddia delle Ginestre Pantelleria Bianco DOC 2010 um Zibibbo maravilhoso, aromático, mentolado, com aniz em boca, refrescante.
O Sidereus IGT Sicília 2009, com Nerello Mascalese, Nero D’ávola e Cab Franc.
O Kuddia Di Zé IGT Sicília 2008, um Syrah; Granache e Carignano, frutado, floral, mineral, algo de especiarias, confirmando em boca a mineralidade, as frutas e especiarias, com preço posto cantina de EU$ 8,00, vejam que maravilha!
Para quem se interessar, procurem o Mannino.
Abraxas
www.abraxasvini.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

Nenhum comentário: