sexta-feira, 19 de março de 2010

Marca Coletiva ACAVITIS para vinhos de altitude


Meninas e meninos,
Recebi do amigo João Lombardo, assessor da importadora Decanter, onde todos que lá trabalham são conhecedores dos vinhos, a notícia de que a ACAVITIS- Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude de Santa Catarina pretende qualificar e avaliar sensorialmente seus vinhos.
Alô Acari e Itália, vamos aos vinhos.
Leiam:

A Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude de Santa Catarina – ACAVITIS realiza, nos dias 19 e 20 de março, em Florianópolis, a primeira avaliação sensorial para qualificação dos vinhos de altitude que receberão o selo da Marca Coletiva ACAVITIS. A avaliação será feita pelos membros do Conselho Regulador e do Grupo de Degustação, eleitos pela diretoria da ACAVITIS para estabelecer os critérios técnicos e procedimentos operacionais que balizarão a certificação dos vinhos. A avaliação sensorial dos vinhos é um passo fundamental para a consolidação da Marca Coletiva ACAVITIS, um passo importante para a vitivinicultura de Santa Catarina.
“O objetivo da marca coletiva é garantir aos consumidores dos vinhos finos de altitude de Santa Catarina um padrão de qualidade, referendado por seus associados”, afirma o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e assessor da diretoria da Epagri, José Fernando Protas. O pesquisador vem trabalhando há dois anos no projeto da marca coletiva, cujo pedido de reconhecimento foi protocolado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, em dezembro de 2008.
Os vinhos avaliados e classificados no evento serão apresentados pela associação em eventos e mostras de vinhos, ao longo do ano. “Os vinhos certificados atenderão aos padrões de qualidade estabelecidos pelas normas encaminhadas ao INPI” esclarece Protas. “Esses padrões foram fixados com base nas nossas realidades e possibilidades. São padrões tecnicamente possíveis de serem obtidos dado o alto nível dos produtores associados da ACAVITIS”, acrescenta.
As normas fixam, por exemplo, parâmetros para a produção, como a altitude mínima para os vinhedos, de 900 metros com relação ao nível do mar; estabelecem também a produção máxima de 6 mil litros de vinhos por hectare de uvas, e a proibição da adição de açúcar ao mosto (chaptalização) para elevar o teor alcoólicos dos vinhos tranquilos. Os vinhos deverão estar dentro de padrões organolépticos (cor, leque aromático etc) fixados pelo Conselho Regulador e Grupo de Degustação.
Fazem parte do Conselho Regulador nove pessoas, representantes da ACAVITIS, da UFSC, da Embrapa, Epagri e dos consumidores. O Grupo de Degustação é integrado por sete pessoas, representantes da Embrapa, Epagri, ACAVITIS, dos consumidores e da Associação Brasileira de Enologia – ABE.
A certificação não é um concurso, uma competição para escolher o melhor vinho. Todas as amostras encaminhadas serão avaliadas. As amostras serão encaminhadas pelos produtores que querem utilizar o selo. Apenas os vinhos que atenderem aos padrões fixados receberão a certificação da Marca Coletiva ACAVITIS. Quanto aos possíveis vinhos não certificados, isso não significa uma condenação ou atestado de baixa qualidade. Significa apenas que eles não atenderam aos padrões estabelecidos para a obtenção da Marca Coletiva ACAVITIS.
Sob o ponto de vista conceitual, a Marca Coletiva ACAVITIS funciona como os consórcios reguladores europeus. É uma iniciativa a favor do consumidor e da produção de vinhos de qualidade. Um marco na nova fase do vinho catarinense.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cezar Galvão

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