quinta-feira, 5 de abril de 2012

Hannover Vinhos apresenta o winemaker Rui Reguinga com seu belos vinhos.


Meninas e meninos,
O amigo Niels Bosner da Hannover Vinhos, que, aliás, não pôde comparecer ao almoço degustação por estar recém-operado, e desde já ficam meus votos de presto restabelecimento, enviou ao nosso encontro a linda e competente Paula Ramalho e o incansável Luciano Judice para que nos apresentassem o enólogo Rui Reguinga, considerado por muitos críticos portugueses e estrangeiros como um dos melhores representantes da enologia de Portugal, pais este que lhe conferiu em 2009 o título de “melhor enólogo”, através da Revista de Vinhos.
De seus vinhos, admito, gostei de todos, sempre com ótima acidez e equilíbrio entre taninos e álcool.
Seus vinhos do Alentejo são provenientes de vinhedos muito antigos aonde algumas cepas chegam a 100 anos, 90 anos e sempre recebem o nome de Terrenus.
Seu branco Terrenus 2010 é um “field blend” como chamou o corte, por ser proveniente de vinhedo com vinhas velhas(as castas todas juntas na mesma parcela) bem ao norte do Alentejo, na Serra de São Mamede, com alturas entre as parcelas que variam de 600m a 750 m, ter 8 castas colhidas juntas na mesma parcela, onde aparecem dentre outras a Malvasia, Bical, Arinto e Fernão Pires.
Tem 13% de álcool, muito bem integrado, uma mineralidade sensível ao olfato e ao palato, muito interessante e gostosa, além de floral e frutas, leve amanteigado decorrente de passagem por madeira durante 6 meses.
Além deste Terrenus Branco, provamos o Terrenus Tinto 2009, nos mesmos moldes, tem seu “field blend” com 10 castas, dentre elas, Aragonês, Trincadeira, Baga e Alfrocheiro.
Todos os seus tintos, mesmo o TN Touriga Nacional, um Dão varietal ou monocasta como dizem os portugueses têm um delicioso olfato, onde especiarias diversas aparecem.
Este TN safra 2009, também mostra um sutil cítrico que parece o de cascas de laranja, assim como o Terrassus 2009, do Douro, um dos vinhos que mais gostei, corte de Tourigas Nacional(40%),Franca(40%) e Tinta Roriz, com passagem em barris por 16 meses, sendo 40% deles novos.
Ainda da linha Terrenus, o seu Reserva 2009 com vinhas de 100 anos, que não produzem mais do que 3.000 garrafas/ano tem pisa a pé, nos moldes tradicionais, não filtrado, ficando 24 meses em barris novos de carvalho francês. Este vinho só é vinificado em anos excepcionais, outro vinho que me agradou muito!.
Mas um de seus vinhos, cujo rótulo leva o nome da localidade de onde provém, o Pedra Basta 2008, me chamou a atenção. Leva corte onde Aragones(30%); Alicante Bouchet(30%); Trincadeira(30%) e Cabernet Sauvignon são provenientes de vinhas com idade entre 10 e 30 anos. Passa por barricas durante 12 meses, sendo 33% novas, com um delicioso floral, frutas maduras, novamente as especiarias, com cravo e canela, e de pronto um tostado que lembra café, e que depois se abre em bala toffe e caramelo, todos confirmados em boca, com ótima acidez e integração entre taninos e álcool, na casa dos 13,5%.
Belos vinhos os do Rui, e que acompanhados do almoço que o Chef Rezende do Aguzzo nos preparou, finalizou com chave de ouro esta apresentação da Hannover.
Aguzzo
http://www.aguzzo.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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