terça-feira, 30 de novembro de 2010

Guillermo Barzi Canale apresenta seus vinhos da bodega Humberto Canale

Meninas e meninos,
Em recente degustação na Grand Cru, tive o prazer de conhecer Guillermo Barzi, da família Canale, e diretor da importante bodega Patagônica Humberto Canale.
Assim que conheci a Grand Cru, há alguns anos atrás, degustei o Merlot da Humberto Canale, e fiquei surpreso com seu caráter nervoso e diferente, tornando-me apreciador dos vinhos desta bodega.
Mas, na companhia de Guillermo, degustamos alguns vinhos que para mim não eram conhecidos, visto que conhecia a linha de tintos, mas não a de brancos.
Começamos com o íntimo Sauvignon Blanc/ Semillion 2009, um corte destas uvas na proporção de 60/40, como o próprio nome diz.
Cerca de 3% do vinho passa por um estágio em madeira de 4 meses, deixando um abaunilhado e dando corpo ao corte.
Depois deste, degustei o que viria a ser a grande surpresa para mim, o Estate Viognier 2008, que parecia pela sua cor clarinha, ter sido vinificado em 2010.
Não é daqueles que tem uma acidez acentuada, mas esta uva não é mesmo marcada por este detalhe, mas tem um floral gostoso, especiarias, algo como anis, frutas e também um toque amanteigado, apesar de não passar por madeira.
Não é daqueles enjoativos em perfume, bom vinho para aperitivar queijos de massa mole e mofo branco.
Fomos aos tintos, começando com o Estate Malbec 2009, este passa por barril, mas apenas cerca de 14% do vinho. Vinho fácil de gostar, redondo e macio, bem equilibrado.
Depois o Íntimo Family Reserve 2008, um belo corte bordalês, de Cab Franc(20%); Cab Sauvignon(20%) e Malbec, este também com passagem de 12 meses em madeira.
Outra boa surpresa é o Gran Reserva Pinot Noir 2008, com passagem de 10 meses em barril, cor típica dos Pinot, floral e frutas no nariz e em boca, e com especiarias marcadas.
Claro que não poderíamos deixar de degustar algum dos famosos Merlot da Humberto Canale, e o escolhido foi o Gran Recerva Merlot 2006, com passagem de 14 meses por barril, frutas abundantes no nariz, com alguma evolução na cor, em boca mostrava frutas cozidas, confitadas, generoso e do jeito que gosto dos taninos, presentes, dizendo que ali estavam, mas finos, macios e aveludados.
Para mim o tinto da mostra, fazendo companhia com o branco de Viognier, que até pelo inédito e pelo nosso clima, escolhi como o motivo deste post.
Uma curiosa constatação de Guillermo é que ao contrário de outras regiões, onde se procuram rendimentos pequenos para expressão das uvas, nesta agreste região de Rio Negro, quanto menor a produção, mais rústicos os vinhos, menos delicados, portanto ficam em torno dos 7000 a 8000 kg.
Vivendo e aprendendo!
Grand Cru
www.grandcru.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Prosecco Di Bacco é na Bacco’s é claro


Meninas e meninos,
Em meu entendimento, se há uma coisa que gosto que aconteça é a que experimentei ontem, Domingão.
Explico: sempre que vou degustar um vinho, seja ele qual seja, e de qual origem for, sempre me ponho em alerta de sentidos, mesmo sendo um dos vinhos que já conheça, pois mesmo estes, são diferentes de garrafa para garrafa, safra para safra.
Mas quando vou degustar um vinho que ainda não conheço, minha concentração parece aumentar, na mesma proporção da ansiedade por descobrir novas sensações, e que, diga-se de passagem, nem sempre se confirmam depois.
Mas como vocês que me acompanham sabem, só posto aqui sobre os vinhos dos quais, além de terem a meu ver, as qualidades técnicas necessárias, são também do meu agrado pessoal, pois não sou daqueles que tem a pretensão de alijar deste processo de apuração o que mais prezo, o famoso GOSTO OU NÃO GOSTO, que é pessoal e intransferível!
Voltando ao Domingão, ensolarado, quente e abafado, ao menos em meu bairro, executei uma tarefa das mais agradáveis, e digo sem medo, a concluí com louvor.
Degustei um Prosecco que recebi da Bacco’s, tradicional loja de importados, e que é o Prosecco que leva seu nome, daí a importância de se ter um ótimo produto.
Proveniente da província de Treviso, entre as cidades de Conegliano e Valdobbiadene, no Vêneto, tenho que mais uma vez dizer que Prosecco é o nome de uma cepa vinífera, e não de um vinho.
Prosecco Di Bacco DOC Extra Dry e com apenas 11% em álcool.
Perlage surpreendentemente abundante e duradouro para este tipo de espumante, borbulhas finas e regulares, formando uma coroa persistente e anelada.
Cor bem clara, quase um papel palha, brilhante, límpido e totalmente transparente.
Aromas mais para o cítrico que para o floral, e quando em boca, explode em sabores, confirmando os cítricos e aparecendo frutas brancas mais maduras como pêras e sutil abricó.
Como disse antes, com apenas 11% de álcool, se torna prefeito para aperitivar em dias quentes, mas como sou sempre a favor da dupla vinhos e gastronomia, fiz algumas experimentações.
Primeiro com queijos, e o de cabra se saiu perfeito, combinando a acidez deste queijo com a acidez do vinho, o salgado do queijo e o dulçor do vinho vindo das frutas brancas maduras sentidas em boca e de seu açúcar residual que apesar do nome, é maior que os Brut.
Já com queijo brie, o teor de álcool não segurou o amanteigado e a cremosidade do queijo tão bem, apesar de não ficar de todo mau.
Parti para uma ousadia maior, um refogado com lascas de bacalhau ao azeite extra virgem, com cebolas e alho, sem muitos temperos mais, e sem carregar no alho e no azeite, e acreditem, ficou espetacular, só parei quando acabou o vinho, deixando aquele gostinho de quero mais...
Também provei com uma peixada à lá DivinoGuia, com Meca e Cação, pimenta do reino, limão, pouco pimentão(uso a pimenta Cambuci), alho, cebola, tomates e azeite.
Ficou muito bom segurando os temperos, os peixes, cuja textura é leve e macia, e o cítrico picante dos tomates, limão e Cambuci fez o contraponto, eu recomendo a prova!
Bacco’s
www.baccos.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão

sábado, 27 de novembro de 2010

Sbav-Rio e Ibravin promovem degustação inédita de vinhos em bag-in-box


Meninas e meninos,
Tenho falado desde há muito das qualidades e praticidade da embalagem conhecida pela sigla BIB-Bag In Box, literalmente, sacola na caixa!
Pois bem, sem entrar novamente na discussão teórica, explicativa ou mais técnica, quero aqui relatar a experiência que o IBRAVIN-Instituto Brasileiro do Vinho, fez recentemente, colocando à prova, e às cegas, na SBAV-RJ-Sociedade dos Amigos do Vinho, seção RJ.
Como verão abaixo, o vinho branco foi o mais cotejado, até pela explicação que tenho sempre mencionado, de que se há um tipo de vinho que se beneficia desta embalagem, é o branco, pois não sofre com os efeitos danosos da luz e do oxigênio, muito mais prejudiciais aos brancos que aos tintos, que têm taninos a protegê-los, sem contar que normalmente as garrafas de tintos são escuras, e a dos brancos, transparentes em sua maioria.
Na foto, com crédito de Orestes de Andrade Jr, vemos Diego Bertolini, gerente de Promoção e Marketing do IBRAVIN.
Mas vamos ao relato:
Vinte convidados da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (Sbav-Rio) apreciaram sete vinhos brasileiros e um português, embalados na caixinha. Qualidade surpreendeu os enófilos cariocas.
Uma degustação inédita de vinhos em bag-in-box (Bib) foi realizada pela Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (Sbav-Rio) nesta segunda-feira (22) à noite, no Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Para evitar o preconceito contra esta nova embalagem, o convite enviado pela Sbav-Rio chamava para uma degustação às cegas (sem mostrar os rótulos) de “vinhos descomplicados para o sua dia-a-dia”. Ao todo, 20 enófilos compareceram, lotando a sala de degustação da entidade. Foram servidos oito vinhos, sendo sete brasileiros, enviados pelo Ibravin, que, por sua vez, possibilitou a participação de todas as vinícolas interessadas.

"A despeito do preconceito reinante, a embalagem bag-in-box ganha espaço crescente no cenário internacional, pois permite ganho de escala na distribuição e comercialização de vinhos jovens", afirma o jornalista Affonso Nunes, sócio da Sbav-Rio. "É uma boa opção para quem deseja beber uma ou duas taças de vinho ao dia e não precisa se preocupar em ter de dar fim a uma garrafa aberta na véspera - o vinho em bag-in-box conserva-se com qualidade por mais de um mês depois de aberto", acrescenta Nunes. "É, portanto, uma importante ferramenta na política de popularização do consumo de vinho no Brasil porque alavanca sua disseminação no mercado”.

Além dos rótulos nacionais, três brancos e quatro tintos, em embalagens bag-in-box de 3 e 5 litros, integrou a degustação um vinho português. Na apresentação inicial, o consultor Homero Sodré disse que uma degustação às cegas é um exercício de humildade, pois obriga o degustador a usar os seus sentidos e o seu conhecimento sem qualquer informação preliminar, despindo a análise de preconceitos. Sodré ainda ressaltou que os vinhos que seriam apreciados tinham propostas despretensiosas e eram voltados para o consumo cotidiano, sem pretensões de guarda ou evolução. “São vinhos talhados para o dia a dia”, avisou.

A degustação foi aberta com três vinhos brancos. Os enófilos apostaram que estavam provando vinhos gregos, chilenos e até neozelandeses. Uma participante garantiu que havia vinhos tops brasileiros, acima de R$ 150. Outro degustador cogitou ter ingerido um vinho da casta torrontés, típica da Argentina. No final – para surpresa de todos – foram revelados os rótulos oferecidos: o moscato Jota Pe, da Perini; o chardonnay Marcus James, da Aurora; e o Miolo Seleção, um corte de chardonnay com viognier cultivadas na Campanha Gaúcha. Os três vinhos foram aprovados pelos degustadores, que exaltaram a diversidade e qualidade dos produtos. “Foi de cair o queixo. Amei. Estou completamente surpresa. Tenho muito preconceito contra o bag-in-box, porque acho uma embalagem sem glamour. Aliás, se soubesse que era uma degustação de vinhos em bag não teria vindo. Mas saí da degustação renovada e despida de preconceito”, confessou Ana Maria Brandão Magalhães.

Nos tintos, a qualidade média se manteve, apesar da reação ter sido menos empolgante do que com os brancos. A não ser no momento em que foi informada a origem da embalagem dos vinhos, em bag-in-box, quando muitos chegaram a aplaudir. De novo as opiniões ouvidas sobre a origem dos vinhos foi ampla, com citações do Chile, Argentina, Itália, Austrália e África do Sul. Os destaques foram o Dom Cândido Cabernet Sauvignon 2006; o Alto Vale Cabernet Sauvignon 2009 (Domno) e o Do Lugar Merlot-Cabernet Sauvignon (Dal Pizzol). Também foram servidos os vinhos Tre Fradéi Cabernet Sauvignon e o português Redondo, do Alentejo. “Foi uma experiência espetacular. A vitivinicultura brasileira me surpreende a cada dia”, disse Carlos Henrique Berendonk. “Achei este exercício sensacional. Foi muito bom ter participado. Foi esclarecedor. Confesso que tinha preconceito contra a caixinha. E agora não tenho mais, inclusive vou procurar conhecer outros vinhos”, comentou Bernardo Soares. “O resultado foi impressionante, os participantes deixaram o evento dizendo terem perdido o preconceito contra os vinhos bag-in-box”, avalia o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

Democratização do consumo
No encerramento do encontro, o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini, destacou que, “pela praticidade, economia e segurança, a embalagem bag-in-box desempenha um papel importante na democratização do consumo de vinho no Brasil”. Segundo ele, as vendas de vinhos brasileiros em embalagens bag-in-box (bolsa na caixa, em tradução livre) aumentaram mais de 11 vezes em apenas um ano. Em 2008, foram comercializados apenas 85,29 mil litros de vinho em bag-in-box (Bib). No ano passado, o volume saltou para 976,43 mil litros, segundo dados apurados pelo Ibravin. “Atualmente, temos 56 vinícolas brasileiras vendendo vinho em bag-in-box”.

No Brasil, a bag-in-box tem uma história recente, de apenas cinco anos. As estatísticas oficiais, porém, só começaram a ser feitas em 2008. “Estimamos que, atualmente, já sejam produzidos pelo menos 2 milhões de litros de vinho em bag”, calculou Bertolini. “As empresas ainda não se acostumaram a informar esta nova modalidade de envase. Estamos apenas começando, tendo um futuro promissor pela frente”. Hoje, cerca de 1% do total de vinho engarrafado no Brasil é em Bib. Noruega, Suécia e Austrália embalam mais de 50% de seus vinhos em bags. Nos Estados Unidos, este índice chega a 20%.

Saiba mais
O grande benefício da Bib é conservar o sabor do vinho mesmo após aberto, por um período que varia de três (embalagens de três litros) a cinco semanas (cinco litros). A embalagem bag-in-box é feita de um saco de filme-plástico (poliéster flexível), acondicionado numa caixa de papelão, com uma torneira lateral. À medida que o vinho é retirado, no volume que o consumidor desejar, há uma retração natural do saco plástico atóxico, impedindo a entrada de ar, o que garante sua perfeita conservação até o consumo total.

Confira as opiniões de alguns dos enófilos que estiveram na degustação abaixo:

Carlos Henrique Berendonk, engenheiro, gerente geral de planejamento de redes da Embratel.
“Foi uma experiência espetacular. A vitivinicultura brasileira me surpreende a cada dia. Há pouco tivemos uma degustação exclusiva de vinhos sauvignon blanc, vencida por um rótulo brasileiro. Agora, somos surpreendidos por vinhos de boa qualidade em embalagem bag-in-box, o que jamais esperaríamos. Agradeço a oportunidade de aprender mais e conhecer novas possibilidades”.

Anselmo Carneiro, gerente comercial da importadora Paralelo.
“Que degustação fantástica. Só assim vamos aumentar o consumo de vinhos no Brasil. Precisamos divulgar mais a embalagem bag-in-box.”

Bernardo Soares, sócio da Sbav-Rio.
“Achei este exercício sensacional. Foi muito bom ter participado. Foi esclarecedor. Confesso que tinha preconceito contra a caixinha. E agora não tenho mais, inclusive vou procurar conhecer outros vinhos.”

Ana Maria Brandão Magalhães, assessora do Departamento de Operações do Banco Central do Brasil.
“Foi de cair o queixo. Amei. Estou completamente surpresa. Tenho muito preconceito contra o bag-in-box, porque acho uma embalagem sem glamour. Aliás, se soubesse que era uma degustação de vinhos em bag não teria vindo. Mas saí da degustação renovada e despida de preconceito.”

Clara Regina Tenrreiro.
“Foi uma proposta super original, cheia de surpresas boas. Como morei na Itália, não tinha preconceito. Adoro vinho. Não tomo refrigerante. Foi uma ótima oportunidade de adquirir mais conhecimento sobre este maravilhoso mundo do vinho.”
Parabéns a SBAV-RJ, ao IBRAVIN, que já havia quebrado paradigmas com o teste cego feito por ocasião da EXPOVIS 2010, inovando e renovando conceitos.
IBRAVIN
www.ibravin.org.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Marcello Zaccagnini chega ao Brasil e apresenta as tradições dos vinhos de Abruzzo, na Itália

Meninas e meninos,
Em mais uma ocasião de festa para a Ravin, pois estava recebendo Marcello Zaccagnini, “Il vignaiolo” da Azienda Agrícola Ciccio Zaccagnini, que veio ao Brasil pela primeira vez, e para apresentar seu rótulo Montepulciano D’Abruzzo Kasaura DOC 2009.
Como é costume na importadora, fizeram questão de dividir esta alegria e ocasião, com alguns convidados para um almoço, tendo a companhia também do Ângelo Ruzzi, o Sales manager da Zaccagnini, e já meu conhecido desde a inesquecível convenção “Identidade” promovida pela Ravin no primeiro semestre, na qual, não me canso em dizer, foi dada uma verdadeira aula de competência e motivação, em vendas e integração, dos que dela participaram.
O almoço foi na Vino, um restaurante, loja de vinhos, que recebe a todos com a gastronomia do Rodrigo Martins e em grande estilo.
Marcello nos apresentou o novo rótulo e outros que aqui já estavam trazidos pela Ravin:
Degustamos o Montepulciano D’Abruzzo Tralcetto Cerasuolo DOC 2008, um rosado 100% de uvas Montepulciano, elegante e firme, frutado no olfato e em boca, com ótima acidez para acompanhar gastronomias várias, com 12% de álcool.
O Montepulciano D’Abruzzo Kasaura DOC 2009, outro 100% uvas Montepulciano, um tinto sem passagem por madeira, fresco e equilibrado, com toques florais, longo em boca, com 12,5% álcool, que o torna ainda mais fácil de beber e gostar.
O próximo vinho, Montepulciano D’Abruzzo Tralcetto DOC 2007, 12,5% de álcool, não era ainda o top da linha trazida para o almoço, mas tenho que admitir, é espetacular! Aqui cabe um aparte: Quando digo que gosto, é claro que além dos parâmetros técnicos, estou levando em conta meu paladar, meu gosto pessoal, e vejam, não quero ser unanimidade, apenas digo do que gostei.
Com pequena passagem por madeira, 4 meses, mas que o torna mais equilibrado em taninos, que presentes, como gosto, mas sem exageros e rusticidade, são finos, elegantes, aveludados, bem definidos, daqueles que auxiliam na harmonização de pratos mais suculentos, pois como o álcool é bem moderado, os taninos fazem o papel hidrófilo, ajudando com carnes em molhos, braseadas, e grelhadas, como a costela bovina, que tem algo de gorduras, outro elemento que os taninos ajudam.
Especiarias aparecem ao olfato, toque de baunilha bem leve, senti também um frutado lembrando azeitonas, e frutas outras mais vermelhas.
Em boca confirma as frutas e especiarias.
O Montepulciano D’Abruzzo Chronicon Reserve DOC 2006, com 13% de álcool, é o vinho que tem passagem mais demorada por madeira, 12 meses, mais austero e encorpado, já apresenta certa evolução na cor, mas é fresco e agradável.
Importante lembrar que todos os vinhos, são de uvas colhidas manualmente.
Um pouco da vinícola:
Há mais de 80 anos a vinícola Zaccagnini, localizada em Bolognano, um vilarejo da província de Pescara, se preocupa em manter as tradições nos métodos de cultivo, aliados aos mais modernos processos de vinificação.
Considerada a maior e mais premiada vinícola da região de Abruzzo, a Zaccagnini possui 80 hectares compostos de variedades locais e cepas internacionais.
Marcello Zaccagnini, nascido em Tocco Casauria, um pequeno vilarejo próximo a Pescara, começou a lidar com uvas desde muito cedo. Uma tradição familiar, pois seu pai Ciccio Zaccagnini possuía uma propriedade de quatro hectares de vinhas, que usava para vender aos comerciantes locais.
Em 1978, pai e filho fundaram a primeira empresa – Fattoria Zaccagnini – e iniciaram a produção de seu próprio vinho. A paixão pelo trabalho sempre venceu os sacrifícios e logo seu “vinho Cerasuolo” alcançou um sucesso inesperado.
Hoje, referência mundial, a vinícola preza por demonstrar em cada garrafa sua filosofia de qualidade total.
Como resultado do trabalho duro, apaixonado e sacrificante, os vinhos Zaccagnini conquistaram vários prêmios e prestígio. Todos com objetivo único de alcançar a melhor qualidade ao melhor preço. Entre os prêmios, podemos citar os 5 globos atribuído o Clematis, por "Guida ai vini passiti d'Italia 2009" ou as 5 uvas atribuído a São Clemente Montepulciano DOC pelo guia sommelier italiano "Duemilavini 2008". Finalmente, Montepulciano d'Abruzzo Tralcetto foi classificado entre os 250 melhores vinhos segundo Wine Spectator.
Mia uma vez me vem à mente o motivo do sucesso da Ravi:
IDENTIDADE!
Ravin
www.ravin.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TAYLOR’S Lança um Vinho do Porto 1855 pré filoxéra

Meninas e meninos,
Quando recebi este recado da linda amiga Denise Cavalcante, assessora das mais competentes, de pronto fiquei intrigado e com água na boca, é claro.
Degustar um vinho com idade é uma das coisas mais misteriosas e belas que a vinicultura pode fazer conosco, apaixonados pelos vinhos.
Mas degustar um vinho com idade e ainda pré filoxéra e do Porto? Como descrever?
Claro que ainda não o degustei, mas deixo aqui meu pleito incondicional, que para ao menos um calicezinho deste néctar, tenha eu, a honra de provar.
Como sempre digo, parafraseando meu saudoso primo e expert nos vinhos e na vida, Saul Galvão, “prefiro guardar os vinhos na memória do que na adega”, por isso já me candidatei a prova-lo!
Vejam o release:

Em Dezembro próximo um dos vinhos mais velhos e raros do mundo será posto a venda para alegria de colecionadores e apreciadores de Vinho do Porto do mundo inteiro.
Taylor’s SCION é um Vinho do Porto pré-filoxérico produzido em meados do século XIX, notável não só pela sua raridade e importância histórica, mas também pelo fato de, após 155 anos de envelhecimento em casco, o vinho estar em perfeitas condições. A equipe de provadores do Robert Parker atribuiu 100 pontos ao SCION o que atesta bem a qualidade deste vinho.
A admirável forma como enfrentou a passagem do tempo faz da sua descoberta, um marco na história do vinho. O SCION é um dos raros sobreviventes do período pré-filoxérico, é um monumento a uma era perdida. Vinhos como o SCION nunca mais serão feitos.

Foi em 2008 que David Guimaraens, enólogo da Taylor’s, provou este vinho que repousava num armazém de uma distinta família do Douro que o mantinha como reserva privada, com a exceção de um casco que dizem ter sido adquirido por Winston Churchill.
Em 2009, o único descendente direto da família morreu sem deixar filhos, tendo os herdeiros decidido vender o vinho. A Taylor's adquiriu amostras dos dois cascos e constatou que as quinze décadas de envelhecimento em madeira tinham-no concentrado e conferido complexidade mágica. Tornara-se uma essência sublime.
Perante tal valor em mãos, a Taylor’s teve de decidir entre reservá-lo para abrilhantar os lotes de vinhos mais velhos da casa ou engarrafá-lo em separado, oferecendo ao mundo um Porto de 155 anos, nunca antes engarrafado. Como se percebe, a casa decidiu-se pela última opção, engarrafando um número exclusivo de garrafas que, como não podia deixar de ser, serão vendidas numa embalagem luxuosa, a preços bem extravagantes. No total foram produzidas 1000 garrafas, todas vendidas, sendo algumas poucas reservadas para o Brasil.
“A Taylor’s reconheceu de imediato a qualidade absolutamente notável deste vinho e a sua importância histórica pelo que decidiu não o lotar, mas lançá-lo como um vinho de coleção”, declara Adrian Bridge, Diretor-Geral da Taylor's. “No vinho, como em outros campos de atividade, é uma vantagem reconhecer o sucesso de outros, bem como o é alcançá-lo, acrescentou.
Embalagem Única
Taylor’s SCION é apresentado numa embalagem especial que recorda o período em que este Porto de 155 anos foi feito. Inspirado numa caixa de instrumentos do século XIX, a embalagem tem detalhes artísticos que muito enobrecem o produto. O decanter que o contém, é de cristal soprado.
Na tampa desta elegante caixa encontra-se uma edição limitada de um livro que conta a história do SCION e da sua fantástica viagem através do tempo. Ilustrado com desenhos originais da reconhecida ilustradora Sarah Coleman, livro este que, por si só, é um objeto de coleção. A capa ostenta a gravação a ouro da palavra SCION numa fonte histórica Portuguesa de 1874. Outros detalhes tais como dourados, guardas em papel marmoreado e fita marcadora típicos da época, não foram esquecidos.
A palavra SCION tem dois significados: o descendente ou herdeiro de uma família nobre, e garfo de uma planta, especialmente utilizado para a enxertia.
O Scion pode ter preço muito elevado, mas enfim, quantas gerações foram necessárias para tomar conta deste Porto e trazê-lo até aos nossos dias? Para quem estiver interessado, o preço recomendado em Portugal é de 2.500€. (valor em reais ainda não definido)

Notas de Prova
De cor mogno profundo apresenta uma auréola âmbar pálida com subtis reflexos azeitona. O vinho envolve o nariz com uma sublime e arrebatadora fusão de opulentos e sedutores aromas. Intenso perfume de melaço e figo envolvido por complexas notas de café torrado, folha de charuto, pimenta preta e cedro combinadas num arrebatador, mas discreto odor de madeira de carvalho.
Concentrado a uma quinta-essência mágica, o vinho envolve o palato com opulentos e deliciosos sabores, entrelaçados com uma acidez vibrante. Ricos e suaves sabores de uma intensidade surpreendente persistem num fim de boca interminável.
O vinho pode ser encomendado na Portus Cale, representante exclusivo da Taylor´s no Brasil, e com sede em SP.
Portus Cale
11 3675-5199
www.portuscale.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Que tal, agora, falarmos um pouco sobre esses Homens maravilhosos que hoje estão na faixa de 40/50/60 anos de idade?


Meninas e meninos,
Recebi tantas mensagens de feliz aniversário, que resolvi postar algo que recebi de uma amiga, faz uns cinco anos.
Também amigos fizeram postagens, única e exclusivamente para lembrar esta data. “Ó quão bom e quão sublime é que os amigos vivam em união”( parafraseando o salmo 33).
Faça uma lista de grandes amigos....,já dizia a letra de Oswaldo Montenegro!
Então agradecido e um pouco enlevado, segue o texto apropriado não a mim, mas a todos os homens maduros de bom senso e respeitosos para com as mulheres, que Lisiê Silva assina.

"Muito já se falou sobre a mulher madura, mulher de 40, idade da Loba....
Que tal, agora, falarmos um pouco sobre esses Homens maravilhosos que hoje
estão na faixa de 40/50/60 anos de idade?
Há uma indisfarçável e sedutora beleza na personalidade de muitos Homens que hoje estão na idade madura.
É claro que toda regra tem suas exceções, e cada idade tem o seu próprio valor.
Porém, com toda a consideração e respeito às demais idades, destacaremos aqui uma classe de Homens que são companhias agradabilíssimas: Os que hoje são quarentões, cinquentões e sessentões.
Percebe-se com uma certa facilidade, a sensibilidade de seus corações, a devoção que eles tem pelo que há de mais belo: O sentimentalismo.
Eles são mais inteligentes, vividos, charmosos, eloqüentes. Sabem o que falam, e sabem falar na hora certa. São cativantes, sabem se fazer presentes, sem incomodar. sabem conquistar uma boa amizade.
Em termos de relacionamentos, trocam a quantidade pela qualidade, visão aguçada sobre os valores da vida, sabem tratar uma mulher com respeito e carinho.
São Homens especiais, românticos, interessantes e atraentes pelo que possuem na sua forma de ser, de pensar, e de viver. Na forma de encarar a vida, são mais poéticos, mais sentimentais, mais emocionais e mais emocionantes.
Homens mais amadurecidos têm maior desenvoltura no trato com as mulheres, sabem reconhecer suas qualidades, são mais espirituosos, discretos, compreensivos e mais educados.
A razão pela qual muitos Homens maduros possuem estas qualidades maravilhosas se deve a vários fatores: a opção de ser e de viver de cada um, suas personalidades, formação própria e familiar, suas raízes, sabedoria, gostos individuais, etc... mas eu creio que em parte, há uma boa parcela de influencia nos modos de viver de uma época, filmes e músicas ouvidas e curtidas deixaram boas recordações de sua juventude, um tempo não tão remoto, mas que com certeza, não volta mais.
Viveram sua mocidade (época que marca a vida de todos nós) em um dos melhores períodos do nosso tempo: Os anos 60/70. Considerados as "décadas de ouro" da juventude, quando o romantismo foi vivido e cantado em verso e prosa.
A saudável influência de uma época, provocada por tantos acontecimentos importantes, que hoje permanecem na memória e que mudaram a vida de muitos.
Uma época em que o melhor da festa era dançar coladinho e namorar ao ritmo suave das baladas românticas. O luar era inspirador, os domingos de sol eram só alegrias.
Ouviam Beatles, Johnny Mathis, Roberto Carlos, Antônio Marcos, The Fevers, Golden Boys, Bossa Nova, Morris Albert, Jovem guarda e muitos outros que embalaram suas "Jovens tardes de domingo, quantas alegrias! Velhos tempos, belos dias."
Foram e ainda são os Homens que mais souberam namorar:
Namoro no portão, aperto de mão, abraços apertadinhos, com respeito e com carinho, olhos nos olhos tinham mais valor...
A moda era amar ou sofrer de amor.
Muitos viveram de amor... Outros morreram de amor...
Estes Homens maduros de hoje, nunca foram Homens de "ficar".
Ou eles estavam namorando firme, ou estavam na "fossa", ou estavam sozinhos.
Se eles "ficassem", ficariam para sempre... ao trocar alianças com suas amadas.
Junto com Benito de Paula, eles cantaram a "Mulher Brasileira, em primeiro lugar!"
A paixão pelo nosso país, era evidente quando cantavam:
" As praias do Brasil, ensolaradas, no céu do meu Brasil, mais esplendor... A mão de Deus, abençoou,
Mulher que nasce aqui, tem muito mais Amor...
Eu te amo, meu Brasil, Eu te amo...
Ninguém segura a juventude do Brasil... sil... sil... sil..."
A juventude passou, mas deixou "gravado" neles, a forma mais sublime e romântica de viver.
Hoje eles possuem uma "bagagem" de conhecimentos, experiências, maturidade e inteligência que foram acumulando com o passar dos anos. O tempo se encarregou de distingui-los dos demais: Deixando os seus cabelos cor-de-prata, os movimentos mais suaves, a voz pausada, porém mais sonora, hoje eles são Homens que marcaram uma época.
Eu tenho a felicidade de ter alguns deles como amigos virtuais, mesmo não os vendo pessoalmente, percebo estas características através de suas palavras e gestos.
Muitos deles hoje "dominam" com habilidade e destreza essas máquinas virtuais, comprovando que nem o avanço da tecnologia lhes esfriou os sentimentos pois ainda se encantam com versos, rimas, músicas e palavras de amor, nem lhes diminuiu a grande capacidade de amar, sentir e expressar seus sentimentos.
Muitos tornaram-se poetas, outros amam a poesia.
Por que o mais importante não é a idade denunciada nos detalhes de suas fisionomias e sim os raros valores de suas personalidades.
O importante é perceber que seus corações permanecem jovens...
São homens maduros, e que nós, mulheres de hoje, temos o privilégio de poder admirá-los."
Autoria: Lisiê Silva
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Casa Cor-Casa Boa Mesa


Meninas e meninos,
Estou na Casa Cor, onde a convite da curadora Luiza Estima, irei participar logo mais do Comida de Bistrô, onde quem escreve sobre gastronomia, enogastronomia e correlatos, passará por experiência inédita conduzidas pela Estácio de Sá e pela ADF-Alain Ducasse Formacion, representado pelo chef Silvain Dalle.
Garanto que será uma oportunidade única, para aqueles que como eu, gostam de cozinhar.
Dia 23 de Novembro as 19 hs, na Cozinha Gourmet no Casa Cor-Casa Boa Mesa
Jockey Club de São Paulo,
Av. Lineu de Paula Machado, 1075
Casa Cor-Casa Boa Mesa
www.casacor.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vinhos do Tejo, Degustação e organização primorosas

Meninas e meninos,
Em recente degustação promovida pelos organizadores para mostrar os belos vinhos que são feitos na região do Tejo em Portugal, me deparei com alguns exemplares que apesar de ainda não estarem aqui representados, creio que não demorará muito, pois são muito bons e de ótima relação qualidade x preço.
Tejo é o principal rio português, e a região ribeirinha tem sido reconhecida como produtora de vinhos desde a idade média.Ribatejo, ou seja, às margens do Tejo ou ribeirinha, é o nome da província, e por isso, há 15 anos foi escolhida para designar a nova região vitivinícola que acabava de ser criada, com a junção de várias sub-regiões.
Mias modernamente, decidiu-se voltar a usar o nome original Tejo, para designar a região, em virtude da tradição e da importância do rio para a Portugal.
A região é marcada por 3 zonas vitivinícolas distintas.
Bairro, situado na margem direita do rio, com solos argilo-calcáreos, com vinhas e oliveiras, e solos xistosos ao norte de Tomar.
Charneca, à margem esquerda do rio, com solos arenosos, pouco produtivos, mas por isso mesmo muito expressivos, principalmente os vinhos brancos.
Leziria, com extensas planícies adjacentes ao rio, sujeita a inundações e com a maior fertilidade, com solos de aluvião.
Degustei entre outros os vinhos da Quinta do Casal Monteiro, e vejam um pouco de história:

Quinta do Casal Monteiro, S.A. antiga Casa Agrícola Herdeiros de Dom Luís de Margaride, S.A., foi fundada pelos herdeiros de Luís José Bramcamp de Mello Breyner Cardoso de Menezes, comumente conhecido por Dom Luís de Margaride, descendente paterno dos Condes de Margaride e materno dos Condes de Sobral, nascido em Santarém no ano de 1903.
Em 1928, Dom Luís assumiu a direção das atividades agrovinícolas nas propriedades familiares, herdadas e também adquiridas, às quais dedicou mais de cinquenta anos de estudo, trabalho de investigação e prática no cultivo da vinha e nas técnicas enológicas.
Dom Luís deixou vasta obra e escritos, pelos quais foi galardoado com vários prêmios e consagrações, tais como a de sócio de honra do Office International du Vin , sendo ainda membro de diversas instituições científicas, bem como de diversas confrarias nacionais e internacionais.
A antiga Casa Margaride's e os seus descendentes e antigos proprietários, irmãos Luís Manoel Cardoso de Meneses e Hermano Cardoso de Meneses, deixaram no patrimônio da Sociedade, uma tradição familiar de mais de 150 anos, nos quais, as gerações foram sucessivamente passando o testemunho, no respeito pelo ancestral, mas com ambição de progresso, inovação e vontade de modernidade, conseguindo para os seus vinhos a permanência e a expansão nos mercados nacional e internacional.

Dentre os rótulos que mais gostei estão o branco Dom Hermano Clássico Branco 2009 DOC Tejo, um corte de 33% de cada uma das uvas: Arinto. Fernão Pires e Chardonnay, ótimo e refrescante, com seus 12,5% de álcool.
Mas o que me encantou depois de degustar os vários vinhos foi o Forma de Arte tinto Reserva 2009, um corte de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignos, 50% de cada.
Expressivo, frutado e algo de tostado leve, taninos presentes, mas macios e mostrando sua força de guarda, equlibrado, ideal a meu ver para caças, carnes vermelhas em cocções suculentas e queijos curados.
Além de tudo o rótulo é realmente uma forma de arte, moderno e delicado.
Quinta do Casal Monteiro
http://www.casalmonteiro.pt/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vinea mostra os vinhos Fiúza & Bright com a presença de sua export Manger Rita Martins


Meninas e meninos,
Convidado pela Vinea, a importadora que é também loja e bistrot, para conhecer os vinhos da linha Fiúza & Bright que acabaram de aportar ao Brasil, tivemos a grata satisfação de degustarmos os vinhos, em companhia, além dos amigos da área e da própria Vinea, da dinâmica diretora de exportações da vinícola, a linda Rita Martins.
A FIUZA & BRIGHT nasceu em 1985 da parceria entre a família FIUZA, com tradição secular na viticultura e o enólogo australiano de renome internacional PETER BRIGHT.

Pioneira no estudo das castas internacionais em solos portugueses desenvolveu uma gama de vinhos monovarietais, ou seja, monocastas, ou seja, de uma única uva, varietais como os chamamos. Hoje, associa também estas castas às melhores uvas nativas criando vinhos de caráter único.
A Família Fiuza é detentora de quatro quintas, todas situadas na zona geográfica do Ribatejo, possui uma área de produção de 120 hectares de vinhas, distribuídos pelas zonas de Almeirim, Alcanhões, Romeira e Azambuja. Estas quintas são dotadas de excelentes infra-estruturas desde os tempos em que os grandes ranchos se deslocavam e ali permaneciam durante as campanhas.
As vinhas novas em conjunto com as vinhas de 30 anos, na proporção de 50%, estão plantadas aproximadamente em igual quantidade entre variedades brancas e tintas.
A FIUZA & BRIGHT produz os seus vinhos com as uvas provenientes das suas quintas, e sua produção anual ronda entre 600 000 litros e 700 000 litros.
Também entre castas francesas e portuguesas a proporção é de cerca de 50%.
No almoço, servido pelo chef Arturo Frank, do Fulana Restaurante, pudemos harmonizar com a entrada, uma salada Fulana, com jamón, folhas verdes e figo ao molho de tomilho e mel, o vinho Fiuza Três Castas Branco 2009, um corte de Chardonnay, Arinto e Vidal, na proporção de 1/3 para cada uma.
Combinação perfeita, com os cítricos da Chardonnay e a vivacidade e acidez refrescante da Arinto.
Para o prato principal, bacalhau da Fulana, onde o lombo do bacalhau levemente empanado, batatas assadas no azeite extravirgem com alho e alecrim, foram submetidos aos testes variados de 5 vinhos tintos, sem contar com o branco que eu também fiz prova conjunta, e saiu-se muito bem.
Degustamos os tintos:
-Fiúza Oceanus 2008, uma mescla de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, muito equilibrado em frutas, floral e algo balsâmico. Boa acidez, e persistência, além de bons 13,5% de álcool.
Para meu paladar o melhor dos tintos na harmonização, além do branco que novamente não se fez de apagado.
-Fiuza Merlot 2009, com 14% de álcool e bem equilibrado.
-Fiuza Três Castas Tinto 2009, novamente uma mescla de 1/3 de cada para Syrah; Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional, o menos alcoólico, com 12,5% muita fruta, leve passagem por madeira.
-Fiuza Premiun 2008, um corte de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, metade de cada uva, mas com passagem por carvalho francês em torno de 8 meses. ESPETACULAR, o segundo em harmonização com o bacalhau, mas o primeiríssimo em vinho solo e para outras gastronomias. Aveludado, frutado, com frutas já mais negras e maduras, e floral, comprovando em boca o que se sente no olfato, leve chocolate e café solúvel.
-Fiuza Ikon DOC 2007, um monocasta Touriga Nacional com passagem por carvalho francês de 8 meses.
Equilibrado e austero, taninos presentes e macios, 13,5% de álcool, que não se mostra por estar bem equilibrado no comjunto.
Finalizando a experiência enogastronômica, a sobremesa, Um Canto a Galiza, foi uma torta de amêndoas com sorvete artesanal(Tarta de Santiago).
Esse Walter da Vinea e seus excelentes colaboradores não perdem uma, acertam todas.
Parabéns a todos da Vinea, ao chef Arturo e à Rita que nos encantou com suas explanações.
Fulana
www.fulanarestaurante.com.br
Vinea
11 3059-5200
www.vinea.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Herdade Paço do Conde, vinhos em harmonia e Porto Mediterraneo, bom gosto em todos os sentidos.

Meninas e meninos,
Em recente e concorrido almoço no ótimo Dui, onde a Porto Mediterrâneo, assessorada pela sempre competente e linda Cristina Neves, nos brindou com a presença do simpático e bem humorado José António Ferrão Castelo Branco, sócio da S.A Encosta da Guadiana, no Alentejo, ficamos conhecendo um pouco dos vinhos e da história desta sociedade vitivinícola, que tem como enólogo um dos mais laureados e reconhecidos profissionais da Europa, Rui Reguinga.
Castelo Branco nos contou que sua filosofia é a de procurar nichos de mercado onde possa colocar seus vinhos, que estão situados no patamar de pequenas produções, e esclarece que para estes o produtor médio a pequeno, não tem mercado para os vinhos que sejam caros!
Perguntei o que ele classificava como caros, e me disse que para Europa, ou mais especificamente Portugal, o valor médio seria em torno dos E$ 15,00. Passando disso seriam caros.
O cardápio estava muito adequado ao que se iria degustar, a chef Bel Coelho, além de ser ótima profissional, ainda é uma linda mulher, pode?
Começamos por degustar uma novidade da sociedade, que é o seu azeite extra virgem Paço do Conde, extraído das variedades Frantoio, Cobrançosa e Picual, muito equilibrado e de sabor levemente picante, característica da Picual.
Antes do almoço, para nosso conhecimento, foi servido um tinto que chega até nós com preço que realmente chegamos a duvidar pela sua boa qualidade, por volta dos R$ 29,00, quem disse que não podemos ter bons vinhos sendo mais baratos?
Repararam que coloquei o preço antes até de mencionar o vinho? Pois era o Herdade das Albernoas tinto 2008, corte da uvas Trincadeira, Castelão e Aragonez, muito equilibrado e macio.
Para a 1ª entrada, um creme de batatas trufado e com crispy de Jamón Serrano, foi-nos servido o Herdade Paço do Conde branco 2008, um corte de Antão Vaz e Arinto.
Harmonia impecável, mas sem sustos, o tinto anterior não fez feio, já que tinha ótima acidez e pegada para a batata(amido) e o jamón.
Para a salada, que levava macadâmias(fruta seca), figos, Saint Agur e vinagrete de mostarda e limão Siciliano, outra vez vemos o Herdade das Albernoas se saindo bem, de novo pela sua boa acidez.
1º prato Carré de cordeiro ao molho de mostarda Dijon, com riso al salto de mandioquinha, e para acompanhar o Herdade Paço do Conde tinto 2007, corte de Aragonez(40%); Trincadeira(40%); Alicante Bouchet(10%) e Cabernet Sauvignon, que apesar dos seus 14,5% de álcool, este não aparece em demasia, equilibrado e com frutas no olfato, confirmadas em boca, que leva um pequeno toque de madeira, 3 meses, em barricas velas e só parte do vinho.
2º prato Costela de porco ao molho de mel do engenho e gengibre, purê de abóbora e quiabos crocantes no fubá, e para harmonizar, o que em minha opinião foi o achado do encontro, o Herdade Paço do Conde Colheita Selecionada 2007, corte de Touriga Nacional e Syrah, com 14,5% de álcool, muito bem equilibrado com acidez e taninos, que estão presentes, mas do jeito que gosto, sem “rancor”, sem amargar e amarrar demasiado, estão ali, dando complexidade e mostrando sua capacidade de guarda, aliada aos dois fatores anteriores.
Muita fruta, jabuticaba recém colhida, um sutil toque de melaço de engenho, o floral característico da Touriga, macio e aveludado, e foi uma harmonia total com o prato, até por causa do mel de engenho, não é um espetáculo esta arte de harmonizar?
Como diz Castelo Branco, “a melhor crítica aos vinhos é o mercado quem faz!”
A sobremesa, um suflê de chocolate belga, e sorvete de avelãs, se eu disser que comi, minha endócrina, médica que cuida da diabetes me mata, mas ficou ótima com a sugestão do Julio de colocar o Herdade Paço do Conde tinto Reserva 2006, corte de Syrah, Touriga Naciona, Aragonez e Alicante Bouchet.
Dui Restaurante
http://www.duirestaurante.com.br
Porto Mediterraneo
www.portomediterraneo.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Workshop técnico marca lançamento da “Dunamis, Vinhos e Vinhedos” em Dom Pedrito


Meninas e meninos,
Recebi do amigos da Texto Sul, empresa que assessora, algumas das mais importantes vinícolas Brsileiras, esta notícia, que o release abaixo descreve, sobre o nascimento de mais uma vinícola Brasileira, a DUNAMIS, VINHOS E VINHEDOS, situada em Dom Pedrito.
Eu, que acredito muito nos vinhos Brasileiros, e escrevo sempre que posso sobre eles, apesar de ainda não tê-lo provado, fico na expectativa de mais um bom vinho para nossa ainda jovem indústria vitivinícola.
Sucesso e contem comigo, desde que os vinhos sejam tecnicamente bons é claro!

Novo projeto de vinhos de qualidade no Rio Grande do Sul, com a proposta sofisticada de simplificar o consumo, nasce de uma maneira diferente: valorizando o prazer de degustar a bebida de Baco.
Para um vinho diferente, um lançamento único. A “Dunamis, Vinhos e Vinhedos”, novo empreendimento do agropecuarista gaúcho José Antônio Peterle, apresenta no dia 26 de novembro, em Dom Pedrito, os seus dois primeiros vinhos: Dunamis Cor Merlot/Cabernet, safra 2008, e Dunamis Ser Sauvignon/Chardonnay, safra 2010. O lançamento, porém, será inusitado – um workshop técnico reunindo os profissionais envolvidos com o projeto, cujo objetivo é “simplificar a experiência de consumo de vinhos no Brasil”.
A abertura do evento será feita pelo diretor-executivo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Raimundo Paviani, e pelo diretor-presidente da Dumanis, José Antônio Peterle. Depois, os engenheiros agrônomos Carlos Alberto Flores, Enrique Mirazo e Mario Geisse, também enólogo, todos consultores da Dunamis, farão palestras técnicas sobre o projeto, englobando a vitivinicultura na Campanha Gaúcha e no Brasil. Só após o workshop, às 19h, acontecerá o coquetel de lançamento dos vinhos Dunamis, com a participação especial do cantor Paulo Siqueira, da banda de jazz Mahabharata e do grupo Mulheres Pampeanas.
O workshop “Expressões do Vinho – a Campanha Gaúcha”, no Dom Pedrito Country Clube (Avenida Rio Branco, 1947), com abertura marcada para as 14h, terá como primeiro palestrante o engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), Carlos Alberto Flores, especialista em solos, que falará sobre o vinhedo de “Três Cerros”, onde foram mapeadas as melhores áreas para o cultivo de uvas Vitis vinífera de qualidade. Em seguida, às 15h30, o engenheiro agrônomo uruguaio Enrique Mirazo abordará o tema “Vinhedos e terroir: maximização da qualidade através da escolha correta de variedades”. Às 16h45, o engenheiro agrônomo e enólogo chileno Mario Geisse tratará do tema “O potencial dos vinhos da Campanha e a aplicação de tecnologias ambientalmente corretas”.

“Estamos desenvolvendo este projeto há oito anos. Ele não surgiu do acaso. Ao contrário, teve a participação dos melhores profissionais em vitivinicultura da América do Sul para desenvolver um vinho único, com personalidade”, afirma Peterle. “A ideia do workshop é aproveitar o conhecimento dos nossos consultores para contextualizar a criação de mais uma marca de vinho na imensidão de rótulos existentes hoje em dia”, diz Peterle, acrescentando que “a Dunamis surge com uma filosofia insólita e necessária ao mercado”.
Segundo o CEO da Dunamis, Júlio César Kunz, o novo projeto de vinhos de qualidade que nasce no Rio Grande do Sul tem a proposta sofisticada de simplificar o consumo. “Antes de qualquer coisa, queremos valorizar o prazer de beber vinhos, independentemente de regras pré-estabelecidas”, explica.
Serviço
- As vagas para o workshop são limitadas.
- As inscrições, ao preço de R$ 30 (profissionais) e R$ 20 (estudantes) devem ser feitas pelo e-mail gabriela@dunamisvinhos.com.br
- A arrecadação será doada integralmente para a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Dom Pedrito.
Conheça os profissionais da Dunamis:

- José Antônio Peterle nasceu e cresceu em Cotiporã, município de Veranópolis na época. Após a sua formação em Agronomia na UFPEL (Universidade Federal de Pelotas) em 1980, em 1981 passou a atuar na área de planejamento agrícola em Dom Pedrito e em 1983 inaugurou a sua carreira como produtor rural cultivando 70 hectares (ha) de soja. As áreas aumentaram, com a parceria dos irmãos Paulo e Gilmar Peterle, e as culturas diversificaram-se: hoje são mais de 2.500 ha de arroz; 1.500 ha de soja; e comercializa 2.000 cabeças de gado anualmente em Dom Pedrito; além de um pomar 90 ha de maçã nos estados de Santa Catarina e Paraná. A sua importância como produtor rural se destaca também na sua atuação na Cotrijuí e no IRGA (Instituto Riograndense do Arroz). Em 2002 iniciou um novo projeto para a produção de uvas viníferas de qualidade em Dom Pedrito com 15 ha e em Cotiporã com 10 ha: desse projeto nascem os vinhos Dunamis.

- Thiago Salvadori Peterle é Técnico em Enologia pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus de Bento Gonçalves, e hoje cursa Engenharia de Produção na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Como enólogo da família, está se preparando para perpetuar a qualidade dos vinhos e vinhedos e transmitir para as próximas gerações o espírito da Dunamis, acompanhando todos os processos de produção das uvas e de elaboração dos vinhos.

- Javier Gonzalez Michelena é técnico em Vitivinicultura, formado na Escola de Viticultura e Enologia Presidente Tomas Berreta do Uruguai. Tem uma vasta formação complementar em temas que dizem respeito à viticultura e técnicas enológicas e se dedica a uma intensa pesquisa científica para a melhor adaptação da vinha ao terroir. Passou por grandes experiências profissionais em vinícolas e vinhedos tanto no Uruguai como no Brasil, tendo sido indicado para o prêmio enólogo revelação do ano pela revista Placer em 2006. Hoje é responsável pelos vinhedos da Dunamis em Dom Pedrito e Cotiporã e colabora na vinificação dos seus vinhos.

- Gabriela Fontoura Brasil é graduada em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pós-graduada em Marketing e tem curso de aperfeiçoamento em Trade Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Exerceu diversas atividades profissionais sempre relacionadas à área comercial, gestão de contas e formação de equipes desde 1996, tendo trabalhado em empresas nacionais e multinacionais de grande importância. Atualmente, Gabriela é a gerente de contas da Dunamis Vinhos e Vinhedos, sendo responsável por suas relações comerciais.

Júlio César Kunz é engenheiro de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Administração do Setor Vitivinícola pela Université Paris-Ouest (Nanterre – La Défense). Ao longo do curso, coordenado pela Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV), teve a oportunidade de conhecer as principais regiões produtoras e mercados vitivinícolas do mundo. Tem experiência na área de marketing internacional e estratégico, especialmente na exportação de vinhos e destilados, elaboração e execução de planos estratégicos e de marketing como executivo e consultor, além de ministrar diversos cursos em gestão para o setor vitivinícola. Atualmente, é CEO da Dunamis Vinhos e Vinhedos.
Crédito das fotos dos vinhedos: Alexandre Teixeira
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lagar de Bezana e sua produção, arte em vinhos e rótulos.


Meninas e meninos,
Estive na semana passada em mais um evento ProChile, cuja uma das principais metas, é mostrar os produtos chilenos, que tenham, e os que ainda não tenham importação aqui para o Brasil.
Vinhos, azeites, produtos gourmet, destilados e até água, nesta edição estiveram presentes.
Com a preciosa ajuda do escritório do ProChile em São Paulo, habilmente administrado por Andrés Prado e sua turminha de ótimos profissionais, a mostra deste ano trouxe até nós muitos bons vinhos que aguardam um importador para fazerem negócios.
Um destes, a Viña Lagar de Bezana denominada Cult Wine, não sem motivos, agradou em cheio, aos olhos e ao paladar.
Seus rótulos são verdadeiras obras de arte, e seus vinhos, também.
Falando com Francisco Bello, winemaker da vinícola, fiquei sabendo do cuidado que dedicam às suas plantações.
Situada aos pés da cordilheira do Andes, no vale do alto Cachapoal, rodeada pelo rio do mesmo nome, seus vinhedos, sua vinificação e até a rotulagem é toda manual.
São produzidos 130.000 litros anualmente, produção das menores quando falamos do Chile, em sua propriedade de 57 ha, sendo distribuídos em parcelas específicas para que as melhores condições para cada cepa existam.
São 41 ha de Cabenet Sauvignon, 15 ha de Syrah, com 4 clones distintos, e ainda uma pequena área com Petit Verdot, Carmenère, Tintorera, Grenache, Mouvedre e Viognier.
Sua linha contempla três rótulos:
-O Cabernet Sauvignon Reserva 2007 que leva pequena quantidade de Syrah, aromas de frutas e algo adocicado.
-O Aluvión Gran Reserva Ensanblage 2007, como o nome diz, um corte das uvas Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot, Grenache e Mouvedre que variam de safra para safra, que para meu paladar foi o mais interessante até pela s variedades do corte, que lhe dão complexidade de aromas e paladar, ótima acidez e equilíbrio.
-O Syrah Limited Edition 2007, que também é um corte, mas dos 4 clones da Syrah que cultivam, forte, opulento, elegante, equlibrado.
Espero que os importadores que passaram pela mesa do Lagar de Bezana venham logo a trazê-lo para nosso deleite e gáudio, pois os vinhos são realmente muito bons e trazem o apelo dos belíssimos rótulos.
Viña Lagar de Bezana
http://www.lagardebezana.cl/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo


Meninas e meninos,
Quando recebi este lindo texto extraído do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo, imediatamente resolvi dividi-lo com vocês.
Ele expressa de forma bastante direta e simples o que creio seja o pensar da maioria dos que amam.

"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida - azeitona verde no palito - sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano - quem diria? - solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias - que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar - tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe “Família à Oswaldo Aranha”, “Família à Rossini”, Família à “Belle Meunière” ou “Família ao Molho Pardo” - em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada - seriam assim um tipo de “Família Diet”, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Há famílias, por exemplo, que levam muito tempo para serem preparadas. Fica aquela receita cheia de recomendações de se fazer assim ou assado - uma chatice! Outras, ao contrário, se fazem de repente, de uma hora para outra, por atração física incontrolável - quase sempre de noite. Você acorda de manhã, feliz da vida, e quando vai ver já está com a família feita. Por isso é bom saber a hora certa de abaixar o fogo. Já vi famílias inteiras abortadas por causa de fogo alto.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete".

Texto do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo (Editora Record, 2008)
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Muga Branco, vinho para o dia a dia e para as festas de final de ano.


Meninas e meninos,
Tenho sempre alertado para que nossa atenção de direcione para o consumo maior de vinhos brancos, espumantes e rosados devido ao nosso clima tropical.
No Brasil, infelizmente quase não se consomem vinhos, e pior, desta quase nula indicação de consumo, os vinhos brancos, não passam de meras estatísticas nas casas centesimais, já que patinamos há anos nos 2 litros/hab/ano, e que deste índice insignificante, mais de 80% é de consumo de vinhos com uvas não viníferas, o famoso “vinho de garrafão”.
Aqui neste espaço, sempre que degusto um vinho branco, rosado ou espumante digno de nota, lá está ele sendo mostrado.
Em degustação recente com os vinhos da Épice, uma das boas importadoras que temos, as minhas eficientes e lindas amigas, Regiane Nogueira e Patrícia Jota, me chamaram para me mostrar e degustar um ótimo vinho espanhol, de uma uva fantástica a Viura, também conhecida como Macabeo; estou falando do Muga Branco da Bodegas Muga.
É um belo exemplar de Rioja, e que leva no corte algo como 10% de Malvasia, uva aromática, que lhe dá uma complexidade olfativa muito interessante.
Safra 2009 é jovial, refrescante para nossos dias de calor, leve amadeirado, pois fermenta em barricas novas de carvalho francês, e depois permanece sobre as borras das leveduras por cerca de três meses, ganhando complexidades aromática e gustativas.
Muita fruta e floral se sobressaem, mas o fundo amanteigado do carvalho, completa o leque de aromas.
Em boca, ótima acidez, indicando ser ele um bom acompanhamento de gastronomias várias, como frutos do mar, algumas preparações com aves, molhos mais suaves à base de lácteos, queijos de mofo branco, porco assado, e para mim, uma dupla perfeita para as deliciosas e aromáticas morcillas espanholas, pois tem também sutil toque de ervas aromáticas no olfato, assim como as morcillas.
Com 13% de álcool bem equilibrado, só não se deve degustá-lo acima dos 10º/11º C, pois perderá seu frescor, jovialidade e acidez.
Épice
http://www.epice.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Convite para a Degustação de Vinhos, Azeites de Oliva e Produtos Gourmet Chilenos 2010


Meninas e meninos,
Amanhã teremos mais um evento ProChile acontecendo em São Paulo, o primeiro desde que Andrés Prado assumiu a missão de dar continuidade ao trabalho do Ricardo Moyano.
Creio que até meu amigo e xará Álvaro deverá vir da Bahia, onde se instalou no escritório regional.
São imperdíveis estes encontros, onde já descobri muitos vinhos e azeites de primeiríssima qualidade.
Só como exemplo, em um ProChile, creio que há quatro anos atrás, devido à quantidade de bons vinhos com a uva Syrah, apostei e escrevi que esta seria em pouco tempo a nova uva emblemática do Chile, e hoje vemos ser verdade.
Para maiores informações e cadastro, contatem a linda Lays Yamamoto.
lyamamoto@prochile.com.br
ou
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

1900 Pizzeria realiza Pizza do Bem com apoio de Regina Duarte


Meninas e meninos,
Vocês gostam de pizza?
E de ajudar a quem mais precisa, mesmo que não goste de pizza?
Eu, de minha parte, sempre que posso, ajudo das mais diversas maneiras, pois sei que sou abençoado com paz, saúde e prosperidade, e por si só isto já basta, sem contar que sempre vivo rodeado de amigos, e dos bons, e a felicidade se não é total, pois todos temos nossos dias de “baixo astral”, tenho que confessar que recebo mais do que dou.
Por isso, mais uma vez, posto aqui neste espaço, que como se descreve “Um novo olhar sobre tudo o que lhe proporcione prazer”, com muito prazer, este convite que minha eficiente e linda amiga, Reila, assessora das mais competentes me mandou.

A 1900 Pizzeria promoverá no dia 22 de novembro, mais uma edição da noite filantrópica Pizza do Bem. Durante a ação, a cada pizza grande vendida, R$ 20,00 de seu valor serão convertidos para doações.
A atriz Regina Duarte apóia e estrela a campanha concedendo sua imagem para todos os anúncios do evento, que beneficiará quatro instituições: Abre-te - Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo, que atende a crianças acometidas pela síndrome; ICRIM - Instituto de Apoio à Criança e ao Adolescente com Doenças Renais; e as associações Open Door, que dá aulas de informática e inglês para deficientes, e Cruz Verde, que assiste a crianças com paralisia cerebral grave.
Este ano, a 1900 doará 1.000 vales-pizzas para cada entidade para que elas possam efetuar a venda antecipada a seus colaboradores. A receita da venda dos vales-pizzas já ficará com cada instituição e a vantagem para os colaboradores é comprar a pizza por R$20,00 e poder escolher qualquer sabor do cardápio no dia 22/11 (válido apenas para consumo no salão).
Na ação os clientes diretos da 1900 Pizzeria serão os benfeitores da Pizza do Bem, a cada pizza grande consumida, R$20,00 serão revertidos às Instituições mencionadas acima; a ação é válida também para as pizzas entregues em domicílio.
A rede de pizzarias 1900 sempre se destacou pelo seu pioneirismo em patrocínios culturais e pelo apoio a entidades de terceiro setor.
Além das atividades beneficentes, também se preocupa com o bem estar de seus clientes. A rede foi a primeira do setor a operar sem nenhum uso do cigarro em seus ambientes, adquirindo, assim, o Selo Ouro da Secretaria de Saúde de São Paulo.

-1900 Perdizes
Rua Cotoxó, 944
Fones: (11) 3868-1900
-1900 Vila Mariana
Rua Estado de Israel, 240
(11) 5575-1900 / 5572-9763 / 5572-9108 / 5573-5809
-1900 Moema
Alameda dos Nhambiquaras, 573
(11) 5072-7964 / 5051-1959 / 5051-9983
-1900 Jardins
Rua Barão de Capanema, 348
(11) 3061-3123 3061-3125 / 3061-3126
-1900 Chácara Flora Rua Sócrates, 598
(11) 5522-9246 / 5522-5591 / 5522-8253
Mais informações podem ser obtidas no site
http://www.1900.com.br/.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sebastiano Rosa da Agrícola Punica, nos apresenta vinhos da Sardegna e da Tenuta San Guido.


Meninas e meninos,
Em mais um encontro daqueles que sempre nos ficam na memória, por causa dos vinhos, das pessoas, e da harmonia reinante, fiquei conhecendo em um almoço patrocinado pela Ravin, para que pudéssemos conhecer Sebastiano Rosa, enólogo da Agrícola Punica que é resultante da associação de Sebastiano, com Antonello Pilloni da Tenuta San Guido e de Giacomo Tachis, renomado expert em supertoscanos.
A Agricola Punica, fica na Sardegna, e a Ravin está trazendo os vinhos Montessu IGT 2006, um corte de Carignano(60%); Syrah; Cabernet Franc; Cabernet Sauvignon e Merlot, todas estas com 10% cada.
Vinho generoso e amplo, com passagem em carvalho de 15 meses, é macio e aveludado, com aromas frutados e confirmado em boca, aparecem especiarias, e algo floral.
Traz também o Barrua IGT 2005, com Carignano(85%); Cabernet Sauvignon(10%) e Merlot, um vinho extraordinário em força e equilíbrio, com 14% de álcool, jamais de mostrou alcoólico, com frutas mais para as maceradas em geléias, passa 18 meses em carvalho, seguido de 12 meses de descanso em garrafa.
Sebastiano, até parece brasileiro, tal a alegria com que fala de seus vinhos, da região, e conta estórias e histórias das vinícolas, e disse algo em que eu nunca havia pensado:” OS VINHOS SÃO DEPOIS DE ALGUM TEMPO, FILHOS DA BODEGA E NÃO DO ENÓLOGO”. Bravíssimo Sebastiano, é isto mesmo, se paramos para pensar, tão simples e tão distante ao mesmo tempo de alguns enólogos de nariz empinado...
Claro que o Rogério e a Viviane não nos deixariam sem os vinhos da Tenuta San Guido, e provamos, e sem misérias, os emblemáticos Sassicaia Bolgheri D.O.C 2007, um corte de 85% Cab Sauvig e 15% Cab Franc, que estagia em carvalho por 24 meses.
Se não fosse por Mario Incisa della Rocchetta, nos anos 20, e sua adoração pelos Cabernets, não os teríamos como hoje, na Toscana, pois numa época impensável em produzir vinhos na Itália com uvas francesas, o que fez com que os primeiros Sassicaias fossem totalmente consumidos na bodega.Hoje é o único vinho que tem direito à uma D.O.C, fora dos padrões italianos.
Degustamos também o Guidalberto IGT 2007, corte de Cab Sauvig(60%) e Merlot, macio e com aromas florais e de geléias, com toques animais terciários dos empireumáticos e do envelhecimento.
Mas um vinho que me deixou espantado com a sua facilidade de harmonizar com diversos alimentos e foi para mim, o eleito do almoço, o Lê Difese IGT 2008.
Corte de Cab Sauvig(70%) E Sangiovese, que explica sua ótima acidez e aptidão para harmonizar-se.
Passa por barril um período de 12 meses e mais 3 em garrafa antes de sair ao mercado.
14% de álcool muito afinados com sua acidez e tanino, que embora presentes, são macios e denotam que ainda vão alavancar este vinho por muitos anos.
Auguri Sebastiano
Auguri Ravin
Habemos Lê Difese!
Ravin
http://www.ravin.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

I XORNADA DE INTERNACIONALIZACIÓN GALICIA-BRASIL


Meninas e meninos,
De volta da Espanha, mais precisamente da Galícia e na localidade de Chantada-Lugo, onde juntamente com um grupo seleto de convidados, fomos conhecer de perto os vinhos da D.O Ribeira Sacra.
Para inicio de trabalhos, ao chegarmos após cansativa e longa viagem, fomos recebidos na pousada onde ficamos, uma fortificação edificada no séc XVI, com um almoço típico da região.
Primeiro as tapas, depois o primeiro prato, depois o segundo depois o terceiro depois.....
Bem, agora cinco quilos mais gordo, ganhos em apenas 5 dias, devo admitir que minha silhueta de bailarino espanhol se conserva em forma.... de bola bem cheia!
Ao almoçarmos no primeiro dia, recepcionados pelo gentleman Don Alfonso Regal Teijeiro, que organizou a I Xornada De Internacionalización Gália-Brasil, onde ficamos conhecendo a ASOCIACION DE ADEGUEIROS E TRANSFORMADORES DO MIÑO, que foi a responsável pelo brilhantismo do evento, com seus vinhos, licores, queijos e demias produtos.
Por hora é um pouco do que virá mais adiante, e quero agradecer em nome dos amigos do Brasil que lá estiveram e em meu nome, a acolhida e fidalguia.
A foto é do antepenúltimo terceiro prato, uma posta de Merluza à Galega, e o vinho é o Pincelo 2009, da Bodega Pincelo, do querido amigo Don Alfonso, da uva Mencia, como todos os tintos, co 12,5% de álcool, com acidez bem marcada, alíás, típica dos vinhos desta denominação de origem, e muita fruta.
Quase nenhum vinho passa por madeira, e este não é exceção.
Bodega Pincelo
http://www.bodegapincelo.com/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Merlot Reserva 2006' PIZZATO


Meninas e meninos,
A Pizzato acaba de colocar no mercado um dos vinos mais emblemáticos da vnicultura Brasileira, seu varietal Merlot.
Gostaria de comentar e compartilhar algo com vocês, uma teoría que divido com mais alguns amigos que fazem dos vinos o seu dia-a dia.
Vinho é um ser vivo, que pode ter sido oriundo de uma ótima safra e mesmo assim, ser considerado de menor “expressividade” do que outro da mesma empresa, porém de outra safra.
Mas com certeza teremos vinhos singulares em ambos os casos.
Para quem se lembra do Merlot Pizzato, 1999 que chegou quebrando paradigmas, pense que estamos em uma nova etapa e com prováveis novas propostas.
Viver comparando as propostas novas e diferentes, com as que, na maioria das vezes, temos guardadas na memoria, nem sempre se fará justiça.
Quando temo suma vertical de determinado vinho, quando os estamos provando e comparando nesta hora, até compreendo, mas via de regra, a “vantagem” do vinho que guardamos na memoria, existe, até porque , se o guardamos, era de fato digno disso.
Mas temos que pensar que poderemos ter o mesmo prazer em novas safras, e quem sabe até achar uma outra maravilha que ocupe o lugar do outrora emblemático.
O que quero dizer com isso?
Gostaria simplesmente que ao degustarem o Pizzato 2006, o façam isentos da lembrança memorável anterior, ao menos , deixem-se envolver pelo novo, e tenho a certeza de que novas fronteiras deliciosas e justas serao a recompensa.
Vejam o release, e claro, as suas descriçoes em termos de aromas e sabores podem ser diferentes e quase certo o serao.



Safra 2006 é considerada de expressão para o RS

PIZZATO Vinhas e Vinhos apresenta o Merlot Reserva 2006, safra considerada de
expressão na produção viti-vinícola do estado do RS, destacada pelas condições
meteorológicas da vindima, que favoreceu as plantações das uvas Merlot e
Riesling.

O Merlot é um ícone da PIZZATO, e coleciona vários destaques em concursos
oficiais e em painéis realizados pela imprensa especializada. A primeira safra, de
1999, passou a ser referência para o potencial da varietal Merlot no Vale dos
Vinhedos, na Serra Gaúcha (RS).

Amadurecido por sete meses em barris de carvalho, o Pizzato Reserva Merlot 2006
é límpido, brilhante, de intensa coloração rubi e reflexos violáceos. Seu aroma traz
frutas vermelhas maduras, calda de cereja, ameixa preta, especiarias (baunilha),
anis, levemente achocolatado. Na boca é equilibrado, de bom corpo, com taninos
macios.

Harmoniza com aves e carnes vermelhas elegantemente temperadas, carnes de
caça, queijos pouco gordurosos, massas e risotos à base de funghi. Nesta safra,
foram produzidas 10.700 garrafas de 750 ml e 9.900 garrafas de 375 ml, todas
numeradas, lote único, com Selo de Indicação de Procedência do Vale dos
Vinhedos (RS). Graduação alcoólica: 13,8%.
PIZZATO Vinhas e Vinhos
www.pizzato.net
pizzato@pizzato.net
São Paulo- SP
Fone/Fax: (11) 5536 5265
Como estou na Espanha, e uso um teclado com acentos e sinais diferentes, podem acontecer deslises no texto, devido à autocorreçao e/ou ausencia de caracteres.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvao

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Direto da Espanha para o DivinoGuia


Meninas e meninos,
Direto de Santiago de Compostela-Chantada-Galicia-Espanha; em uma pousada rural medieval , sem muitos recursos de web, segue uma importante prova que todos nòs amantes dos vinhos esperamos com ansiedadade
Especialistas elegem os “50 Melhores Vinhos Portugueses para o Brasil”
Lançamento acontecerá nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro

Dois dos principais jornalistas especializados em vinhos, o brasileiro Marcelo Copello e o inglês Charles Metcalfe, percorreram diversas vinícolas portuguesas com o objetivo de eleger os 50 melhores vinhos de Portugal para o público brasileiro. O projeto foi desenvolvido pela ViniPortugal, maior entidade representativa dos produtores de vinhos portugueses e seu lançamento está marcado para às 16h30m, do próximo dia 09, no Iate Clube, em Higienópolis, São Paulo. No dia 11 será a vez do público carioca conhecer a lista de vinhos, no mesmo horário, no Iate Clube, na Urca.
Segundo o presidente da ViniPortugal, Francisco Borba, a iniciativa pretende mostrar ao consumidor brasileiro a multiplicidade das castas, a excelência e diversidade dos vinhos produzidos em terras portuguesas. “Queremos conquistar mais espaço no mercado brasileiro, que tem demonstrado muita sofisticação na relação com os vinhos”, afirma e informa que os 50 melhores vinhos portugueses para o mercado brasileiro estarão registrados em edição especial que será presenteada aos participantes do evento.

Marcelo Copello e Charles Metcalfe degustaram 1.500 vinhos de dez regiões, num percurso de dois mil quilômetros, em quatro visitas a Portugal, com o objetivo de eleger os 50 que na opinião dos especialistas são os melhores. Para estabelecer essa lista eles seguiram alguns critérios como a representatividade regional do vinho, por exemplo. Dos 50 vinhos eleitos, 36 são tintos, 11 são brancos, dois são doces e um é espumante. “São 40 tops e dez melhores compras. Chegamos a fazer 100 provas por dia e a maior dificuldade foi escolher apenas um vinho de produtores que tinham ótimas opções. A grande surpresa ficou por conta da excelente qualidade dos vinhos brancos”, conta Marcelo Copello.

Na opinião de Charles Metcalfe, que já havia escolhido os melhores vinhos portugueses para o Reino Unidos, o projeto 50 Melhores Vinhos Portugueses para o mercado brasileiro foi uma brilhante ideia. “Faço provas de vinhos portugueses há quase 30 anos e nesse trabalho alguns vinhos me surpreenderam de uma forma especial, mas só vou revelar o nome deles no dia do evento”, afirma o jornalista inglês fazendo suspense.

Programação

Tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro os 50 vinhos serão apresentados por Marcelo Copello e Charles Metcalfe. Para os mais curiosos os especialistas irão apresentar alguns dos 50 em “provas às cegas” nas seguintes palestras:

1. Brancos - das 17h15m às 18 horas.
2. Douro vs Alentejo - das 19 horas às 19h45m
3. Novidades! - das 20h15m às 21 horas.

Os jurados

Marcelo Copello é um dos principais formadores de opinião da indústria do vinho no Brasil. Eleito em 2009 como “best journalist” e “the most influential wine journalist” pela revista Meininger´s Wine Business International, a mais respeitada publicação mundial dedicada aos negócios do vinho. Colaborador de diversos veículos de imprensa, autor de quatro livros de sucesso e palestrante requisitado, Copello é totalmente isento, não mantendo relação comercial com importadoras, vinícolas, lojas ou quaisquer empresas que comercializem vinhos.

Charles Metcalfe é um dos críticos de vinhos mais conhecidos da Grã-Bretanha. Durante 12 anos foi apresentador de bebidas em "This Morning", com Richard e Judy o que o tornou popular no país. É co-autor, junto com a esposa Kathryn McWhirter, do guia 'The Wine & Food Lover's Guide to Portugal", que conquistou em 2008 o título “Louis Roederer International Wine Book of the Year Award”. Charles acumula o cargo de co-presidente do International Wine Challenge, principal entidade mundial promotora de concursos de vinhos.

A ViniPortugal
Fundada em 1997, a ViniPortugal é uma associação interprofissional, sem fins lucrativos, que tem como objetivo a promoção da imagem dos vinhos, aguardentes e vinagres portugueses no mercado interno e nos mercados externos definidos como prioritários – a exemplo do Brasil. A entidade agrupa estruturas associadas e organizações ligadas ao comércio, à produção, cooperativas, destiladores, agricultores, regiões demarcadas e ao Estado
DSECULPEM A PONTUAÇAO, ESTPU NUM TECLADO GALEGO!
Até o próximo brinde!

Alvaro Cezar Galvao.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Viagem à Espanha me faz ficar afastado por alguns dias


Meninas e meninos,
Estou quase embarcando para a Espanha, e devo ficar meio ‘fora do ar’ por alguns dias, já que no hotel onde ficarei, em Chantada, perto de Santiago de Compostela, não tem web
A falta de tempo para cumprir o programa da feira, de visitas e tudo o mais, provavelmente me impedirá de postar novidades.
Mas na volta, conto como foi.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

Dominio Vicari Merlot Reserva 2008


Meninas e meninos,
Depois de algum tempo descansando em minha adega, finalmente degustei o Merlot da Domínio Vicari.
Assim com o seu Riesling, são vinificadas quantidades pequenas, o suficiente para mil garrafas aproximadamente.
Diferentemente do que eu imaginava, o Merlot não é por pisa à pé como o Riesling, mas sim, é prensado por uma desengaçadeira com pás de madeira, que tem mais de cem anos, e feita para o uso do vinho da família pelo avô da Lisete Vicari.
As uvas vêm de Monte Belo do Sul, Vale dos Vinhedos, como as Riesling, onde a família mantém uma produção de uvas, e são vinificadas na Praia do Rosa, litoral Catarinense.
Este vinho foi elaborado sem passagem por madeira e sem aditivos para que a uva expresse todo seu potencial, e descansa em barris de polipropileno, e antes de ir para a garrafa, passa por três decantações.
Ao degusta-lo, percebi logo no olfato que o vinho é bem ácido, e que só com o passar do tempo na taça, foi abrindo muitas frutas.
Creio mesmo que a recomendação de coloca-lo em decanter para acelerar o processo de aeração, seja conveniente, assim como descrito em seu contra-rótulo.
Aromas de geléias surgem, mas não de frutas muito maduras, mais de frutas silvestres e para minha memória olfativa, invocou a pitangas.
Cor bem viva e brilhante, em boca se nota sua acidez marcada, boa persistência.
Não senti floral, mas de novo tenho que lembrar que o modo natural e sem conservantes de vinificar, transformam em novidades, os parâmetros mais conhecidos e usuais de cada uva.
Senti após algum tempo um certo animal no aroma, e como sei que não usam madeira, fiquei intrigado, mas creio que possa vir do contato, ainda que pequeno das pás de madeira usadas para esmagar a uvas.
Em boca, confirma frutas silvestres, e como também tem uma graduação alcoólica mais baixa, assim como o Riesling(11%), o torna agradável para bebericar, solo ou em dueto com a gastronomia, mas para esta harmonização, o que mais vai ser levado em conta é sua acidez!
Até perguntei se a fermentação malolática teria acontecido, o que me foi respondido que sim.
Uma coisa importante de mencionar, é as uvas chegaram à Praia do Rosa com 18 graus Babo, que segundo o enólogo, José Augusto Vicari Fasolo, se torna menos arriscado, já que as uvas têm que ser transportadas.
Colhe-las com maior graduação, as uvas chegariam feridas e entrariam em fermentação.
De qualquer modo, sendo sua preferência ou não, os vinhos naturais, advindos de uvas orgânicas ou biodinâmicas, é mister degustar este vinho.
Eu gosto de novas sensações, claro que no meio a tantos vinhos desenvolvidos com leveduras das mais caprichosamente selecionadas em laboratório e com métodos globalizados, não que os vinhos da Domínio Vicari não se utilizem das mais modernas técnicas de vinificação, quando degustamos um vinho feito como “antigamente”, às vezes ficamos sem parâmetros de comparação.
Marcel Lapierre, o mago dos vinhos naturais, e com seus maravilhosos Morgon e Beaujolais e precocemente falecido, que o diga dos vinhedos aonde estiver.
Domínio Vicari
48 3355-6165
http://www.dominiovicari.blogspot.com/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão