terça-feira, 31 de março de 2009

A gastronomia Indiana e os vinhos sob o olhar da Deusa Lakshmi

Meninas e meninos,
Tenho feito palestras desde o ano passado, com a gastronomia indiana harmonizada aos vinhos.
Claro que este ano, o tema Índia ficou exacerbado pela novela da rede Globo.
A harmonia entre a gastronomia e os vinhos, começa com este nome: HARMONIA.
E não estou falando só da gastronomia e os vinhos, a harmonia sendo completa e o mais perfeita possível, tudo e todos em volta se sentem mais equilibrados e completos, aliás, uma das regras da harmonização.
Há algumas regras básicas para termos uma harmonização com menor risco de erros, e duas delas, no caso da gastronomia indiana, falam muito alto.
A primeira seria que devemos procurar harmonizar gastronomia e vinhos por afinidades aromáticos, pois com aromas, não podemos tê-los harmonizados por contraste.
A segunda, que devemos harmonizar a gastronomia e os vinhos com pesos iguais. Pratos pesados vinhos pesados, pratos leves, vinhos mais leves.
O conceito de peso ou corpo em gastronomia é mais fácil de se entender: todos nós sabemos que uma feijoada tem mais corpo e peso que uma salada de folhas.
Para peso ou corpo dos vinhos, uso sempre a imaginação, e peço que as pessoas imaginem-se “mastigando seda ou veludo”, fica claro que a seda é mais leve, tem menos peso e corpo, pois assim é com os vinhos, na sensação táctil em nossa boca.

Podemos harmonizar gastronomia e bebidas tanto por afinidade, ou seja, iguais com iguais, como por contraste, ou seja, diferentes entre si.
Exemplo clássico de iguais é a gastronomia doce e os vinhos de sobremesa. Para o exemplo de contraste, o salgado dos queijos azuis, e os vinhos doces.
Em se tratando de gastronomia indiana, em virtude da maioria dos pratos serem bastante aromáticos, cheios de especiarias, devemos procuras estas nos vinhos, já começando pelos aromas e seguindo pelo paladar.
Quanto ao peso e corpo, basta sabermos quais ingredientes foram usados, por exemplo, um cordeiro com leite de coco e iogurte, é mais “pesado”, que um com gengibre e cardamomo.
Também há de se levar em conta, as regras que podemos utilizar tanto pela afinidade como por contraste.Todos nós já pingamos gotas de limão (ácido) em uma leitoa (gordura) que por contraste diminui a sensação de amanteigado no céu da boca, então para gastronomia mais gorda, devemos ter vinhos mais ácidos, por exemplo.
Ou por outro lado, a mesma leitoa acompanhada de hidratos de carbono (açúcares), como batatas, purês de mandioquinha ou cará, neste caso o vinho deverá ter uma boa dose de taninos (a substância que nos dá a sensação de enxugamento de saliva, por exemplo, uma banana verde) combatendo o amanteigado no céu da boca.
De todo o modo, o importante é que se goste da gastronomia e do vinho, sendo essa a regra maior, por isso comecei falando em harmonia geral, pois tudo fica mais gostoso, mesmo que a harmonização entre a gastronomia e o vinho não seja a mais adequada.
Não podemos esquecer jamais que a companhia adequada, o lugar e o momento ideais faz com que a enogastronomia seja a mais acertada e lembrada com saudades.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 30 de março de 2009

PÓS-GRADUÇÃO LATO SENSU EM VINHO E CULTURA


Meninas e meninos,
Recebi a informação e a repasso à vocês.
Para quem tiver interesse, parece ser muito bom.

A Universidade da Borgonha - em Dijon, na França, que integra a cátedra da UNESCO “Cultura e Tradição do Vinho”, do Institut Jules Guyot – está com as inscrições abertas para o curso de pós-graduação lato sensu em Vinho e Cultura. As aulas, dessa segunda turma, terão início na 2ª quinzena de maio e acontecerão na Universidade Candido Mendes, que é conveniada à instituição francesa.
A pós-graduação abordará disciplinas de diversas esferas, como cultura, ciência, arte e mundo dos negócios, enfocando o universo do vinho em seus aspectos históricos, mitológicos, geográficos, sensoriais e mercadológicos. O curso atenderá a demanda dos mais variados serviços da indústria gastronômica.
Todo o conteúdo assim como as disciplinas foram elaborados de acordo com a diretriz da cátedra da Unesco. O programa pretende estimular a pesquisa e difundir a valorização da cultura do vinho e seu mercado em expansão mundial, ampliando o conhecimento e a técnica da bebida como patrimônio cultural da humanidade.
O curso tem como público-alvo empresários, produtores, garçons, sommeliers, chefs de cuisine, maîtres, importadores, autônomos, profissionais das áreas de Comunicação, Economia, Administração, Ciências Sociais, História, Direito, Gastronomia, Hotelaria, entre outras, que buscam aprofundamento técnico e cultural no campo do vinho , além de gestores, assessores e técnicos de empresas produtoras, importadoras, ou que comercializem vinho e produtos correlacionados. A pós-graduação se divide em cinco módulos:

História do Vinho
- Dos Primórdios ao Renascimento;
- A Revolução Industrial e a era Moderna;
- Guerras, Conflitos e Preservação Cultural;
- História Contemporânea do Vinho

Geografia do Vinho
- As Rotas do Vinho no Velho Mundo;
- As Rotas do Vinho no Novo Mundo;
- Viticultura, Climatologia e Terroir;
- Vinho, Cultura e Globalização

Ciência e Perspectivas do Vinho
- O Universo da Enologia;
- A Ciência a Serviço da Enogastronomia;
- Vinho e Saúde;
- Atualidades e Perspectivas em Enologia

Arte e Imaginário do Vinho
- Os Sentidos Organolépticos;
- Degustação e Percepção Sensorial;
- Enogastronomia;
- Enoturismo e Difusão do Vinho

Gestão e Negócios do Vinho
- Mercado e Economia do Vinho;
- Aspectos Jurídicos e Institucionais;
- Gestão, Marketing e Planejamento Estratégico;
- Recursos Humanos e Profissionalização de Serviços
- Metodologia de Pesquisa

* Vale salientar que os módulos e as disciplinas poderão ser cursados separadamente como cursos de extensão universitária. O programa promove também turmas exclusivas para instituições e corporações com conteúdos adaptados ao universo de interesse.

O curso recebe a chancela da Universidade da Borgonha

Serviço:
Pós-graduação lato sensu em Vinho e Cultura
Carga horária – 372 horas
Duração – 16 meses
Local - Universidade Candido Mendes – Centro-RJ - Rua da Assembléia, 10
Inscrições e informações – (21) 9972-7693
e-mail: pecs@candidomendes.edu.br
As aulas serão realizadas à noite, sempre, às terças e quintas-feiras
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão



domingo, 29 de março de 2009

Zahil trás ao Brasil diretor da “Bodegas Carrau” para divulgação de novos rótulos da bodega Uruguaia


Meninas e meninos,
Estive a convite na Zahil, uma importadora das mais conceituadas, que trás vinhos diferenciados e com boa relação preço x qualidade, para mais uma vez, ter o prazer de degustar vinhos Uruguaios, sendo desta vez, os da Bodega Carrau, agora aportando por aqui pela Zahil.
Nicolás Neme, diretor comercial da “Bodegas Carrau” fundada em 1752, na Catalunha, Espanha e que desde 1930 produz vinhos no Uruguai, desembarcou no Brasil no dia 23 deste mês com a missão de divulgar os vinhos da região do Cerro Chapéu.
Degustei os Cepas Nobles Tannat 2006 e o Cepas Nobles Cabernet Sauvignon 2007, com ótima relação de preço, mas dentre todos, excluindo é claro o ícone Amat, o que mais me chamou a atenção foi o Juan Carrau Pujol Gran Tradición 1752 safra 2004.
Não é Tannat 100%, se une às uvas clássicas bordalesas (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, e Merlot), resultando num vinho intenso, com nariz talvez menos exuberante que a boca, mas se faz sentir super redondo e macio, com toques florais e chocolate, algumas especiarias e café completam um leque grande de retro-olfato e gosto.
A Importadora completará 23 anos em maio de 2009 e tem como proprietários os irmãos Antoine e Serge, com o amigo Jorge Lucki atuando como consultor da Zahil desde 1999, desenvolvendo uma rigorosa seleção de cerca de 300 rótulos importados de 10 países.
Zahil – Loja em São Paulo - R. Manoel Guedes, 294 - Itaim.
11 3071-2900.
http://www.zahil.com.br/
Até o próximo brinde!

sábado, 28 de março de 2009

Sabores do Chile trás cervejas Premium

Meninas e meninos,
Fui procurado pelo importador das cervejas Kunstmann, que são Chilenas, para que eu as provasse e dessa minha opinião.
São cervejas elaboradas seguindo a lei de pureza alemã “REINHEITSGEBOT” e todas elas utilizam as famosas águas de Valdívia consideradas super macias, na sua composição, o que lhes dá um caráter de leveza.
Pois bem, dos tipos que eu pude degustar, uma Ale (alta fermentação, aquelas onde os levedos fermentam na parte superior do mosto), uma Bock e uma Lager (ambas de baixa fermentação, que ao contrário das de alta, seus levedos fermentam na parte mais baixa do mosto), a Ale Torobayo, mesmo não sendo uma Pilsen, pois estas são de baixa fermentação, creio que agradará aos admiradores das loiras geladas, apesar desta ser mais para ruivinha. Leve e aromática, sua espuma é densa e duradoura.
Para meu paladar, a Lager, a de menor teor de álcool, agradou muito, com toques florais e de fermentos no aroma, super refrescante, com um amargor discreto delicioso, e tem uma consistência ótima de espuma, ideal para nosso clima.
A Bock, potente e aromática, rica em tostados, precisa ser servida à temperatura recomendada em torno dos 8ºC, pois mais gelada perde muito das suas nobres características.
Vocês podem conhecer mais sobre as cervejas Kunstmann no site:
http://www.saboresdochile.com.br/

11 3675-4826
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 26 de março de 2009

Com mais de 250 empresas do Brasil e exterior, Expovinis Brasil 2009 concretiza bom momento do vinho no País.

Meninas e meninos,

Recebi da minha amiga Alessandra, assessora competente e linda, o release da maior feira de vinhos da América Latina.
Além de contar com a participação das principais vinícolas nacionais, evento confirma importantes presenças internacionais como o Pavilhão Francês organizado pela Embaixada da França que vem com uma delegação de 28 empresas de regiões como Bordeaux, Bourgogne e Champagne
Apesar da crise mundial, o setor vitivinícola continua em expansão no Brasil. Os rótulos importados estão entre os preferidos, mas a produção de vinhos e espumantes nacionais vem apresentando bons resultados beneficiada pela melhoria da qualidade, reconhecida em concursos internacionais e pela alta do dólar.
Além de promover investimentos no mercado nacional, fomentar a exportação, importação e geração de renda e empregos, o Expovinis Brasil – maior encontro de winebusiness da América Latina – se tornou foco estratégico de grandes players deste setor, criando efetivas oportunidades de novos negócios aos seus expositores, apresentando aos visitantes as principais novidades do setor.
Promovida pela Exponor Brasil, uma das principais empresas organizadoras de eventos do País, a 13ª edição do Expovinis Brasil ocorre pelo segundo ano consecutivo no Transamerica Expo Center entre os dias 05 e 07 de maio de 2009.

Além da França, o Expovinis Brasil atraiu ainda o interesse de importantes investidores estrangeiros como os grupos de vinícolas da Alemanha (Weinexportkontor Baden Wurttemberg), que participa pela primeira vez do evento, da Espanha (região de Castilla La Mancha) e dos EUA (representados pela A & M International Wine & Spirits) ao lado dos já tradicionais grupos Pro Mendoza (Argentina) e Vins de Provence (França), e de produtores vindos da Itália, Portugal e África do Sul.
Este ano o Expovinis Brasil recebe também uma das maiores empresas mundiais do setor – a chilena Concha y Toro – que pela primeira vez prestigiará o evento participando como expositora direta.
“A cada edição o Expovinis Brasil se firma não só como o elo entre produtores e seus canais de distribuição, mas também como o principal precursor de importantes negociações com países internacionais", ressalta Domingos Meirelles, diretor geral da Exponor Brasil.

Com um dos maiores stands do evento, o IBRAVIN - Instituto Brasileiro do Vinho - reúne produtores brasileiros no Expovinis Brasil para mostrar a força do trabalho que vem desenvolvendo e seus bons vinhos. Em paralelo estarão o Acavitis - Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude - Sebrae SC e alguns grandes nomes do vinho nacional como Miolo, Salton, Lídio Carraro e Casa Valduga, entre outros grupos menores que vêm ganhando notoriedade a cada edição.
O evento conta com mais de 250 vinícolas confirmadas, incluindo também importadoras consagradas como Cantu, Costazzurra, Decanter, Interfood, KMM Vinhos, Magna Import, Malbec, Vinea Store e Zahil, entre outras.
E, repetindo a fórmula de sucesso das últimas edições, o público poderá ainda conhecer as principais novidades e lançamentos apresentados pela Brasil Cachaça e Epicure, feiras dedicadas a mais brasileira das bebidas e ao charuto e presentes finos, respectivamente, que ocorrem paralelamente ao Expovinis Brasil.
O Expovinis Brasil 2008 recebeu mais de 15.000 pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer rótulos dos quatro cantos do mundo, apresentados por mais de 260 expositores.
Expovinis Brasil 2009
Salão Internacional do Vinho
05 a 07 de maio de 2009
Transamerica Expo Center – Santo Amaro – São Paulo
Informações e credenciamento visitantes:
http://www.expovinisbrasil.com.br/
Exponor Brasil tel. (11) 3141.9444
NOVIDADE: Aqueles que efetuarem o credenciamento antecipado pelo site concorrerão a uma Adega climatizada .

Horário: das 14h às 19h para profissionais do setor. Das 19h às 22h para profissionais e consumidor final.
O primeiro dia de evento será reservado exclusivamente para profissionais do setor.
Ingressos (Consumidor Final): R$ 40,00 incluindo taça para degustação ou R$ 30,00 sem taça. Estudantes de Hotelaria, Nutrição, Gastronomia, Enologia e Turismo pagam R$ 15,00 não inclui taça (necessário apresentar identidade e comprovante do curso que não seja carteirinha de estudante).
Entrada franca para profissionais do setor (necessário apresentar identidade ou CPF e comprovante profissional). Não é permitida a entrada de menores de 18 anos. Necessário apresentar carteira de identidade.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

Meninas, o vinho tinto melhora o sexo!

Meninas e meninos,
Esta eu não posso deixar de postar.
Depois que vi as postagens do Roberto Gerosa

http://www.umpaposobrevinhos.com.br/
não tenho muito que falar, só que chamo a atenção para o assunto, pois várias vezes em palestras, falando sobre os antioxidantes contidos nos polifenóis do vinho, por minha conta e risco disse que se a circulação é melhorada, também o processo mecânico sexual, tanto no homem como na mulher, devam ser beneficiados.
Apresentado em março na IX Semana da Prevenção Andrológica, promovida pela Società Italiana di Andrologia (SIA), o estudo foi baseado no questionário Fsfi - Female sexual function índex -, que avalia a sexualidade feminina por dezenove questões distribuídas nos seguintes critérios: do desejo ao interesse, da lubrificação ao orgasmo e da satisfação à dor. Como se trata de vinhos, a revista Decanter, publicou uma matéria, mostrando o estudo realizado pelo hospital Santa Maria, em Florença, na Itália, que o consumo moderado de vinho tinto aumenta a libido feminina. Foram pesquisadas 789 mulheres entre 18 e 50 anos, que adotaram o hábito de beber de uma a duas taças diariamente.
Agora, vejamos: O chocolate com ao menos 50% de cacau é afrodisíaco, e possui muitos polifenóis, então se juntarmos estes dois, teremos na certa uma conexão segura para a libido e o sexo.
Meninas, com a Páscoa se aproximando.......
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 25 de março de 2009

Cuvée Le Vin-Chateau Pesquiée 2006. Experimente!

Meninas e meninos,
Estive a convite no Le Vin dos jardins, um dos lugares especiais da capital, onde se podem degustar um bom vinho e saborear uma gastronomia impecável.
O motivo deste jantar para nós da área de enogastronomia era apresentar o menu homenageando o ano da França no Brasil, e o segundo vinho próprio da casa, o Cuvée Le Vin-Chateau Pesquié 2006.
O Menu, elaborado pelo competente Marcílio Araújo, fundiu a gastronomia francesa aos sabores regionais da nossa cozinha, e o resultado foi espetacular.
Criado em 2000 pelos restauranters Nancy Mattos e Francisco Barroso, o Le Vin é uma combinação de bistrô com ambientação descontraída, e bar au vin, com uma carta vasta e representativa, e com muitos vinhos em taça.
O menu em homenagem ao ano da França no Brasil foi harmonizado com o Cuvée Le Vin-Chateau Pesquié e este se saiu muito bem.
Entrada de camarão no vapor com galette de mandioca e leite de coco, que harmonizou muito bem com o vinho.
Como prato principal, um confit de pato com pure de batata doce, e para a sobremesa, uma sopa de morangos com sorvete de baunilha.
O vinho, que, aliás, recebeu nesta safra 2006- 90 pontos de R.Parker é um Côte du Ventoux, Rhone, assemblage de Grenache (70%) com vinhas de 60 anos e Syrah, sendo estas provenientes de vinhas com 30 anos.
Aromas predominantes de Syrah, mas o frescor frutado da Grenache após algum tempo de taça, se abre.
Toques de ameixas e jabuticabas maduras, e o álcool que de início era perceptível, afinal tem potentes 14%, se harmoniza após alguns minutos em descanso.
Para mim, creio que este vinho deva ser degustado um pouco mais resfriado que o normal, perto dos 14º, onde sua acidez possa ser evidenciada, pedindo gastronomia.
Não percebi madeira acentuada, talvez a Syrah tenha estagiado algum tempo em madeiras de segundo uso, e pelo toque de taninos ainda presentes, me leva a supor, que em uns dois ou três anos, será o melhor período e o mais ideal para degustá-lo.
Le Vin Bistrô
11 3081-3924
http://www.levin.com.br/

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

Casa Venturini Chardonnay Reserva 2007 recebe mais uma medalha de prata

Meninas e meninos,

Quando finalmente visitei a Vinícola Góes em São Roque-SP, realmente não sabia do potencial de seus vinhos finos, que em parceria com a Venturini, são elaborados em Flores da Cunha-RS. Pensei que estivesse diante de uma promissora vinícola sim, mas como fazia tempo que não degustava seus vinhos, fiquei impressionado com a qualidade já obtida pela Góes & Venturini.
O Chardonnay que mencionei na matéria anterior, e que me agradou bastante, já era possuidor do título de melhor pontuação entre os Chardonnay Brasileiros do ano de 2007, e havia ficado entre os 16 melhores da safra, tendo isto ocorrido na XV Avaliação Nacional de Vinhos em 2007. Agora, recebo a informação que este mesmo vinho, o Casa Venturini Chardonnay Reserva 2007, saiu premiado com a medalha de prata na 16ª edição do concurso Chardonnay du Monde, realizado entre 11 e 14 de março no Château des Ravatys, em Saint-Lager, na França.
O evento contou com 923 amostras provenientes de 37 países e, apesar da disputa acirrada, mais uma vez este vinho, elaborado em Flores da Cunha pela Vinícola Góes & Venturini, saiu coroado com uma medalha de prata, em um dos concursos mais importantes do segmento. Na XVI avaliação Nacional, em 2008, pontuou para estar na lista dos 30% mais significativos da safra. Recebeu também medalha de prata, no Concurso Internacional de Vinhos Bacchus 2008, em Madri. Medalha de bronze no Challenge Internacional Du Vin e menção de bronze no Concurso Chardonnay Du Monde, ambos na França. Já em Israel, no Concurso Mediterranean International Wine & Spirits Challenge -Terravino 2008, o vinho recebeu medalha de ouro. A mesma condecoração foi laureada no 7º Concurso dos Melhores Vinhos de Flores da Cunha.

Pois então, acredito que os vinhos da Góes & Venturini, assim como seu Chardonnay, o bom Cabernet Sauvignon, passarão a ser mais degustados por nós Brasileiros, sem preconceitos. Gosto não se discute nunca, muito menos em se tratando de vinhos e gastronomia. Não podemos e não devemos compará-los com outros terroirs, como já emiti minha opinião em matéria publicada em outras mídias, para os vinhos brasileiros, mas é certo que temos ao menos que provar nossos produtos para podermos criticar ou aplaudir os mesmos.
Eu provei e gostei.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 24 de março de 2009

Matéria da Revista Divino 4ª edição


Meninas e meninos,
Permitam-me postar uma entrevista em que fui partícipe juntamente com meus amigos Didú e Pagliari para a revista Divino, ótima publição por sinal, e que me permitiu esta reprodução.
Esta foto não é a que foi publicada, e é de meu acervo pessoal.
Procurem nas bancas.


Revista diVino
Edição 4_Fevereiro/Março – 2009
Conversa de confrades
Compra na adega ou no supermercado?
A presença dos vinhos nas gôndolas ainda divide opiniões. Veja o que os especialistas destacaram sobre essa questão.
Por Claudia Zani
Fotos: Paulo Uras

De um lado, prateleiras muito iluminadas, uma refrigeração inadequada e garrafas expostas em pé (ato condenável para um vinho). Do outro, produtos de qualidade a preços convidativos. São duas realidades que os supermercados enfrentam desde o momento em que decidiram expor em suas gôndolas vinhos nacionais e importados. Mesmo diante de uma situação tão controversa, a aposta dos supermercadistas vem trazendo bons resultados. Dos 100 milhões de garrafas de vinhos finos consumidos anualmente, os supermercados lideram o ranking de vendas ao consumidor com quase 50%, segundo os dados da International Consulting. As lojas especializadas representam 23% das vendas, seguidas pelos restaurantes, que respondem por 16% delas, e pelas vendas diretas, que totalizam 12%. Mas então por que comprar vinhos em supermercados ainda causa polêmica? Quais suas vantagens e suas desvantagens? Para ajudar a entender um pouco mais sobre o assunto, a diVino conversou com o enófilo Didu Russo, membro-fundador da Confraria dos Sommeliers, e o consultor de vinhos José Luiz Giorgi Pagliari, da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (SBAV-SP), ambos a favor da comercialização de vinhos nas gôndolas. E ainda Álvaro Cézar Galvão, consultor de enogastronomia, que acredita que o supermercado seja um mal necessário para o comércio do vinho no Brasil.
Por que existem tantas críticas à venda de vinhos em supermercados?
Russo: A crítica principal recai sobre o modo como os vinhos são armazenados. Ficam em pé, geralmente a refrigeração não é a mais adequada e o critério de oferta também não é muito vantajoso para o consumidor. Além disso, as vendas para os supermercados podem gerar certo prejuízo para as importadoras, pois é repassado a elas, muitas vezes, o custo de exposição, acarretando a baixa qualidade dos vinhos que são oferecidos nas gôndolas.
Pagliari: No mundo do vinho, existem diversos canais de comercialização e cada um tem a sua função. Os supermercados estão aí com um papel importante para o crescimento do consumo do vinho no país. Acho que a crítica maior advém mesmo desses fatores que o Didu (Russo) comentou.
Galvão: O supermercado é um mal necessário porque é inegável sua contribuição para impulsionar as vendas do produto no Brasil. Além disso, esse estabelecimento é uma vitrine do vinho, ajudando na sua divulgação e comercialização na sociedade. Porém o tipo de armazenamento e a qualidade que se encontra nessas lojas ainda deixam muito a desejar. Os vinhos são maltratados já no recebimento, quando as garrafas são manipuladas de maneira inadequada. Isso sem contar com a exposição em pé e a excessiva iluminação. É esse seu lado ruim.
Mas a venda de vinhos em supermercados tem as suas vantagens, não?
Russo: Sim, é claro. Eu acho que o vinho deveria ser vendido até na praia. Adoraria estar sentado sob um guarda-sol e alguém vir oferecer-me um vinho. Acho que o supermercado tem essa função de contribuir para o aumento do consumo da bebida na sociedade, que ainda crê que o vinho seja só para ricos, o que não é verdade. E acho mais: a força dos supermercados para comprar das importadoras, negociando preços mais acessíveis, faz deles uma ótima opção para quem deseja realizar boas compras. O Pão de Açúcar sozinho pretende vender neste ano 16 milhões de garrafas! É muita coisa.
Pagliari: Também acho que os supermercados sejam um bom lugar para comprar vinhos. E com preços atrativos. No caso de São Paulo, existem vários supermercados que podem atender a diversos estilos de consumidor com muita qualidade, onde se encontram bons rótulos. Eu mesmo tenho o costume de ir ao supermercado para pesquisar. Vou com o meu caderninho de anotações e, às vezes, outros consumidores, por me verem escrevendo, pedem ajuda. Nessas situações, vejo que o vinho vem despertando o interesse das pessoas.
Galvão: Destacaria o nível dos atendentes que as lojas de supermercados disponibilizam para os consumidores. As grandes redes estão investindo em treinamentos, levando esses profissionais para visitar as vinícolas, promovendo cursos e discussões. Isso realmente é muito interessante para os consumidores que ainda têm dúvidas sobre o assunto.
Vocês acham que as lojas especializadas amedontram os consumidores menos experientes? Isso é algo que, nos supermercados, não acontece, pois a garimpagem nas prateleiras é muito mais à vontade.
Russo: O vinho no Brasil tem uma imagem excessivamente rebuscada. No imaginário da população, só a elite pode consumir vinhos. O que ajudou na construção dessa imagem foi também o ato de as lojas terem abusado na decoração suntuosa e requintada. Isso realmente deixa o consumidor mais retraído.
Pagliari: Existem lojas sofisticadas em que certas pessoas podem não se sentir à vontade, mas a questão de se intimidar por não conhecer é bobagem: quando vou a uma loja de ferragens para comprar uma maçaneta, peço ao vendedor orientação sobre o material e a qualidade do fabricante da peça, mas o design sou eu que tenho de escolher baseado no meu gosto. É a mesma coisa com relação ao vinho.
Galvão: É que, no supermercado, você fica muito mais à vontade, porque a sobrevivência financeira não está vinculada ao vinho. Se você não levar o vinho, você pode comprar qualquer outro produto. Já na loja, que tem toda uma estrutura – vendedores, armazenamento, aluguel, luz – vinculada à venda do vinho, essa pressão de ter de comprar pode intimidar os consumidores iniciantes, que, muitas vezes, só querem pesquisar e anotar informações sobre alguns rótulos. Penso também que, se as lojas expusessem mais os vinhos nacionais, a preços mais compensadores, as visitas seriam mais frequentes, mas isso não ocorre e quem tem feito isso são os supermercados. Por isso afirmo serem eles um mal necessário.
E como quebrar esse paradigma de que tudo o que é bom é caro, de que vinhos de boa qualidade têm de custar necessariamente acima de R$100, por exemplo?
Russo: É uma questão cultural do Brasil. Para alcançarmos esse patamar de conhecimento, vai levar um tempo ainda, porque o vinho ainda não foi para a cozinha. O que eu quero dizer é que muitos ainda não pensam “hoje vou tomar um vinho” em vez da cerveja, por exemplo. E superar isso requer um longo caminho, principalmente com relação ao preço. Na Europa, um vinho do dia-a-dia custa cerca de três euros (quase R$ 9). Quando o preço também for mais acessível para a população, o consumo do vinho com certeza será maior.
Pagliari: Uma maneira de quebrar essa afirmação de que “o que é bom é caro” se faz com a prova do vinho, que pode ser às cegas. Tanto em lojas como em algumas importadoras, isso é um instrumento de marketing muito recorrente. Avaliar o vinho antes de saber seu preço é muito útil. Essa questão do que é bom é outro ponto sobre o qual não existe unanimidade, pois depende da pessoa, do momento, de o vinho estar acompanhando a comida ou não, por exemplo.
Galvão: No Brasil, temos esse hábito de achar que o caro é bom e o barato não tem qualidade. O iniciante no consumo de vinho deveria, pelo menos, começar com um vinho de qualidade mediana, que não custa tão caro. Muitos acreditam que um vinho de R$ 30 não seja muito bacana, mas podemos encontrar isso facilmente, seja em supermercados, seja em lojas especializadas.
Enfim, qual é o melhor lugar para comprar um vinho e o que se deve levar em conta para escolher o local?
Russo: Se você preferir ir a um supermercado, vá até o lugar mais perto da sua casa e invista em vinhos brasileiros e uruguaios. Não há como errar, porque você vai pagar barato e beber vinhos de ótima qualidade. Além disso, também importante avaliar como o vinho é tratado no lugar. Sabendo desses detalhes, é só se aventurar no mundo do vinho.
Pagliari: Deve-se levar em conta a boa armazenagem. Um local fresco, com uma iluminação discreta, já que o calor e a luz aceleram a degradação da bebida. Caso você decida comprar em supermercados, é importante prestar atenção à rotatividade do estoque, pois, se ela for grande, isso será um sinal de que as garrafas, mesmo as colocadas em pé, não ficam por muito tempo em um ambiente fora do ideal. Vale experimentar também a compra direta do produtor ou do importador, prática que pode diminuir o risco de comprar garrafas malconservadas. A presença de pessoas para orientar sua compra, uma boa sinalização dos tipos de bebida (separação por países, por exemplo) indica a preocupação com o que está sendo vendido. Vale prestar atenção a esses detalhes.
Galvão: Quanto aos supermercados, sugiro que desconfiem das promoções, nas quais, em geral, há vinhos cuja qualidade já está comprometida. Nas lojas, também existem as promoções, mas, como nelas o armazenamento é muito controlado e o cuidado com o vinho é mais rigoroso, os preços podem ficar mais baixos para uma substituição de safra ou troca de estoque. Comprar um vinho estragado pode acontecer em qualquer lugar, mas, nas lojas, o processo de troca é mais fácil. No supermercado, isso já é muito mais complicado. Mas também é preciso entender que o “não estar bom” depende de várias provas e de uma “memória” do sabor do vinho. É importante experimentar o vinho várias vezes; é preciso conhecê-lo para afirmar que ele não está bom. Às vezes, o vinho é bom, está bom, mas suas características não agradam ao paladar da pessoa.
Pagliari: É essa a beleza desse universo, pois a degustação de um mesmo vinho pode ser diferente dependendo da ocasião.
Boxe - O consumo no Brasil
Os dados do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) mostram que, em 2007, o brasileiro consumiu 1,5 litro per capita/ano e a previsão é que, em 15 anos, esse número passe para 9 litros per capita/ano.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 23 de março de 2009

Risotos e Vinhos na Blue Ville Espaço Gourmet


Meninas e meninos,
Mais uma vez estive no espaço gourmet Blue Ville, harmonizando os vinhos em jantar perpetrado (como diria meu amigo e padrinho Silvio Lancellotti) pelo chef Felipe Cilli, para convidados ilustres, organizado em conjunto com o Jr da revista Viva Alphaville.
Os vinhos maravilhosos, oferecidos pela Cantu Importadora, harmonizaram-se perfeitamente com os risotos e a sobremesa.
Na foto do Henrique Vilela, estamos juntos, da esquerda para a direita, a Luciane do mkt; Silmar, diretor da Blue Ville; Silvio Lancellotti; Felipe Cilli e Eu.
O jantar transcorreu em clima de amizade e descontração, com cerca de 50 executivos da mais alta gama (como diríamos nós do vinho) representando a sociedade comercial de Alphaville. Dentre os vinhos que harmonizei, todos oferecidos pela Cantu Importadora, o Famiglia Fornari Espumante Brut, da região de Mendoza, agradou muito pelo conjunto harmonioso entre acidez e alcool, oferecendo um leque de aromas fantástico para a noite quente, para abrir o apetite com a salada e para o que viria mais tarde.
O Sauvignon Blanc da linha Queulat da bodega Ventisqueiro para o risoto mais leve, que levava tomates frescos e rúcula, caiu como uma luva, pois o servi um pouco mais gelado que o normal, e ele não chegava a esquentar na taça, dando um frescor impecável em harmonia com o tomate e as folhas.
Para o risoto mais forte, o de lingüiça toscana, usei um vinho da vinícola Domínio del Plata da Susana Balbo, o Bem Marco Cabernet Sauvignon, que tem na composição também10% Malbec e 5% Cabernet Franc.
Ficou impecável, se me permitem dizer sem falsa modéstia.
Para o término da noitada, a Cantú nos brindou com um vinho do Porto, o Quinta do Ventozelo Reserva, que também servi refrescado para realçar sua acidez em conjunto com o dulçor maravilhoso e nada enjoativo.
O espaço gourmet que a Blue Ville nos oferece em Alphaville é muito bem equipado e favorece nossas palestras e cursos.
http://www.blueville.com.br/
http://www.cantu.com.br/
http://www.henriquevilela.wordpress.com
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 20 de março de 2009

Concordem ou não com o tema, o vinho é especial e merece respeito!


Meninas e meninos,
O vinho é uma das minhas paixões, e tenho feito o máximo para informar os também apaixonados como eu, e aos que queiram se inteirar sobre o assunto, à respeito das decisões e medidas que possam afetar, seja para o lado bom, ou nem tanto, esta maravilha líquida.
Segue abaixo um artigo de opinião de Hermes Zaneti na íntegra como o recebi.
O VINHO E A POLÍTICA
Hermes Zaneti, professor e advogado, é Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados.

"Tenho ouvido, com frequência, a afirmação de que é preciso encontrar, tecnicamente, as soluções para o grave problema que vive o setor vitivinícola. Os excedentes de estoque, que se avolumam a mais de cem milhões de litros, são sua ponta visível. O setor vitivinícola, por suas próprias forças, se habilitou a utilizar tecnologia de ponta com volumosos investimentos, conquistou avanços importantes do ponto de vista da qualidade, conquistas estas ratificadas e reconhecidas nos principais concursos mundiais, com expressivo destaque na área dos espumantes. É certo que ainda há muito por fazer na, assim chamada, lição de casa, como, por exemplo, promover um grande programa de modernização/reconversão da matriz produtiva orientando o produtor no sentido de plantar as variedades de maior interesse comercial e melhor adaptadas às condições ambientais de cada localidade, melhoria nos sistemas de produção dos parreirais e assim por diante.
O objetivo aqui, no entanto, é mostrar a vinculação umbilical que existe entre a política e a vitivinicultura. Começamos por apontar o fato de que o vinho tem cidadania. É vinho Francês, Italiano, Espanhol, Argentino, Chileno, BRASILEIRO, dentre outros, todos nominados por seu país de origem. É, portanto, o vinho um importante veículo de formação de imagem do país que o produz. Uma espécie de embaixador. A compreensão e consolidação da importância econômica e social, no Brasil, de forma consistente, está diretamente relacionada com a chegada dos colonos italianos à Serra Gaúcha a partir de 1875. O trabalho, a dedicação e a garra com que se dedicaram a essa cultura durante muitos anos possibilitou que chegássemos à expressão que tem hoje. A importância desse cultivo colocou-o na agenda do interesse coletivo e, portanto, da política.
Quando as lideranças empresariais e políticas viabilizaram, junto ao Governo do Rio Grande do Sul, a criação do Ibravin, em 1998, e depois apoiar seu fortalecimento, em 2008, foi uma decisão política. Quando o Governo do Paraná decidiu criar condições para fortalecer a vitivinicultura no estado, foi decisão política. Assim em São Paulo, Bahia, Pernambuco e em outros estados. É no Governo Federal, porém, que estão vinculadas as decisões de maior repercussão para o setor. É nele que se fundam as grandes linhas que orientam – para o bem ou para o mal – os caminhos para a vitivinicultura.
A Lei do Vinho dá as linhas gerais e é federal. A Lei do Preço Mínimo da uva é federal. A Lei que permitiu o conhaque e o vinagre sem vinho é federal. O descongelamento do preço do vinho, em 1986, essencial para evitar a quebra do setor na época, foi decisão política federal. A carga tributária desproporcional comparativamente aos demais países produtores e consumidores tem forte influência federal. O contrabando (descaminho) que compromete o desempenho do setor só existe pela ausência do governo em seu controle. O ingresso legal dos vinhos importados sem as exigências que outros países civilizados impõem, promove um descontrole que prejudica a produção nacional. O que dizer do Acordo Bilateral Brasil/Chile, que permitiu a troca do trabalho de 20.000 famílias de agricultores familiares (minifundiários) pelo produto de indústrias de ônibus e autopeças, se não que foi uma decisão política. E o Mercosul, que abriu as portas do Brasil aos demais países membros, especialmente à Argentina, não foi uma decisão política? Agora querem argumentos técnicos para desfazer aquilo que fizeram apenas como decisão política? Onde estão as políticas compensatórias para estabelecer o equilíbrio entre os interesses nacionais e os prejuízos causados a setores específicos da produção diretamente atingidos e prejudicados pelos acordos?

A maior violência contra o setor vitivinícola, no entanto, foi praticada por órgão do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com a edição de um Fax Circular Interno* permitindo registro precário de produtos que imitam o vinho e que são os responsáveis por grande parte da crise que o setor vive. Esses registros atingem, hoje, cerca de 130 produtos num volume estimado para o mercado de 130.000.000 (cento e trinta milhões) de litros ano. Esse problema, atualmente, está sendo analisado pelo Ministério Público Federal. O Presidente Lula remeteu ao Congresso Nacional, em 3 de janeiro de 2008, a MP 413, que previa o imposto AD Rem** para o vinho, entre outros produtos. O Parlamento a transformou em Lei retirando a citação específica, mas mantendo a possibilidade daquela instituição. Até hoje, o governo, dividido entre a posição de diferentes ministérios, não fez a regulamentação necessária à sua vigência. Tivemos conquistas, também por decisões políticas, é verdade. A criação da Câmara Setorial que possibilita a discussão e o encaminhamento das questões específicas entre setor privado e governo foi importante. É preciso que o governo viabilize com mais eficácia e urgência suas decisões. A instituição do selo para as sangrias e bebidas alcoólicas mistas, que precisa ser bem fiscalizado em sua adoção e os leilões de vinho praticados pela Conab, com o objetivo de redução dos estoques, tem sido importantes. Poderíamos elencar uma série de outras medidas que justificam nossa afirmação de que há uma vinculação umbilical entre vinho e política. O objetivo aqui não é o de uma análise exaustiva, mas o de uma reflexão necessária e talvez suficiente para fundamentar tal assertiva. Sendo a afirmação verdadeira, e estou convencido que o é, nos resta inserir-nos mais e mais no processo político propondo, debatendo e encaminhando pleitos até obtermos as soluções que buscamos.
É aí que pretendemos defender o quanto importante foi o Movimento em Defesa da Uva e dos Vinhos do Brasil, ocorrido no ano passado. A pressão foi a arma para as conquistas que obtivemos, mas ela é imprescindível para conquistarmos o que ainda falta e é muito. Se, na união, a vitória é difícil, na divisão a derrota é certa. A vitória vem da luta, a luta vem da força e a força vem da união".
*Fax Circular 52, CIV/DDIV, de 27/11/2000.
** Imposto de Importação de valor fixo.
Contato com o autor: zzaneti@terra.com.br
IBRAVIN
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 19 de março de 2009

Vinícola Góes, parreiral para experiências é vital!


Meninas e meninos,
Estive em São Roque, mais precisamente nas instalações e no parreiral da Vinícola Góes, que há 67 anos começou no Vale das Adegas, interior de São Paulo, mais precisamente, como disse antes, em São Roque-SP, e já chegou à Serra Gaúcha.
Em companhia de Cláudio Góes, 4ª geração desde o fundador, e um apaixonado pela vitivinicultura, verifiquei com muita alegria e por que não, certa surpresa, que a vinícola está desenvolvendo projetos pioneiros de adaptação de cepas e clones de vitis-viníferas para a região.
Surpresa, pois tenho me dedicado aos vinhos brasileiros, e confesso: foi preciso o contato do Cláudio, para me inteirar mais desta vinícola de tradição paulista.
São Roque tem altitude, e clima com variação térmica importante, mas chove na época da colheita, o que levou a Góes a estudar e plantar uma área de manejo, para empiricamente desenvolver as melhores e mais resistentes variedades para o terroir de São Roque.
Para citar alguns dos vinhos que degustei, me chamou a atenção, o Casa Venturini Chardonnay 2007, que permanece 30 dias macerando em madeira, jovem e frutado, com boa acidez.

O Casa Venturini Reserva Cab Sauvignon 2005, que me pareceu ainda jovem, cheio de aromas secundários, potente e gastronômico, que acredito ainda levar uns três anos para seu apogeu, e um representante da nova linha que leva o nome de Tempos, em homenagem aos novos rumos e tempos da Góes, o Tempos Góes Lorena, uva híbrida desenvolvida pela Embrapa, poderosa auxiliar técnica da vinícola, com floral intenso, certo dulçor no aroma e retro-olfato, com 11,9% de álcool, elegante e gastronômico, fácil de beber e de gostar.
Segue um relato sobre a Góes:

Desde sua fundação fabricando vinhos, a Vinícola Góes hoje possui uma produção em torno de 10 milhões de litros ao ano. Fundada por Gumercindo de Góes e Maria Camargo de Góes, – descendente de imigrantes portugueses –, a empresa tem três unidades produtoras, sendo duas em São Roque (SP) e outra em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha (RS).
Os filhos do casal, oito ao todo: Edna, Dinorá, Leia, Eliseu, Hélio, Henrique, Tito e Rui, cresceram em meio às videiras e assistiram atentamente as colheitas, as pisas das uvas, o processo de engarrafamento e a distribuição comercial. Com o passar do tempo começaram a ajudar o pai e, a cada ano, aprendiam e amavam mais a arte de produzir vinho.
Quando Gumercindo de Góes decidiu que devia se desligar do comando da empresa, em 1970, automaticamente a gestão passou para seus filhos. Era o início da administração da vinícola pelas mãos da segunda geração da família Góes.

Então Helio, Henrique, Tito e Rui deram continuidade aos negócios e a primeira ação firmada pelos novos administradores foi expandir o cultivo de novos parreirais. Outro destaque imediato dessa gestão foram algumas alterações dos rótulos e garrafas, pois perceberam a necessidade do mercado em oferecer melhores embalagens. O resultado desse pioneirismo foi a expansão do negócio em caráter estadual.
Com o desenvolvimento das tecnologias tanto na área industrial como no campo, os herdeiros investiram nos últimos cinco anos cerca de R$ 1,5 milhão entre pesquisas e cultivo (incluindo manejo) de uvas viti-viníferas na cidade de São Roque. Neste ano nasce o fruto do trabalho, minuciosamente planejado e acompanhado de perto por todos os responsáveis.


Na Estância Turística de São Roque onde estão instaladas a matriz e a unidade II, são produzidos os vinhos de mesa das linhas Góes Tradição e Góes de Mesa, a partir de uvas de origem americana das variedades niágara, isabel, seibel e bordô. Também é produzida e envasada a nova sensação do segmento – o Grape Cool, bebida gaseificada elaborada à base de vinho.
Em 1989, na cidade de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, a Vinícola Góes se associa com a família Venturini e formam uma joint venture que recebeu o nome de Vinícola Góes & Venturini. Nessa unidade são produzidos, o suco de uva, a linha de vinhos finos Quinta do Jubair, e os espumantes Vívere, uma vez que nessa região o clima e o solo já se mostraram compatíveis para a produção de uvas varietais como Cabernet, Merlot, Riesling, Moscatel, Chardonnay, entre outras.
Se por um lado houve diversificação na linha de atuação, por outro se manteve a tradição nos negócios, cuja condução continua centrada em sólidos laços de família. Com 130 funcionários, sendo 90 na área industrial, o grupo é administrado hoje por filhos e netos do fundador.
http://www.vinicolagoes.com.br/
11 4711-3500
Estrada do Vinho, Km 9 – Canguera - São Roque
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 17 de março de 2009

Comercialização de vinhos gaúchos aumenta 3,28% em janeiro


Meninas e meninos,
Venho há muito incentivando e mostrando nossos vinhos em minhas palestras e matérias.
Agora, recebo de meus amigos do Ibravin-Instituto Brasileiro do Vinho, a notícia do incremento de vendas no mês de Janeiro de 2009, embora haja queda em alguns tipos de espumantes, há aumento no tipo Moscatel e também nos sucos naturais de uvas. Notícia esta que me deixa particularmente satisfeito e otimista, pois como digo sempre, nossa tradição vitivinícola está apenas começando.....Mas leiam a íntegra abaixo.


O ano começou bem para os vinhos gaúchos. O primeiro mês do ano fechou com um acréscimo de 3,28% na comercialização de vinhos produzidos no Rio Grande do Sul – responsável por cerca de 90% da produção nacional. É o primeiro resultado positivo desde 2006. O ano passado, por exemplo, começou com queda de 22%. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho, foram vendidos 14,19 milhões de litros de vinhos finos e de mesa em janeiro de 2009, ante 13,74 milhões de litros colocados em janeiro do ano passado. Os números apurados pelo Ibravin têm base no Cadastro Vinícola, mantido em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As informações não abrangem o restante do País em razão de outros estados brasileiros não implantarem o Cadastro Vinícola. Os números de fevereiro serão conhecidos no final deste mês. A elevação do dólar em relação ao ano passado e a maior divulgação do produto nacional são apontados pelo diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, como os principais motivos no incremento de vendas dos vinhos em janeiro. Uma prova é a queda de 2,5% nas importações de vinhos. O primeiro mês do ano teve a entrada de 3,47 milhões de litros de vinhos de outros países, contra 3,56 milhões de litros que ingressaram no mesmo período em 2008. Esta diminuição interrompe uma curva ascendente de 2003 a 2008 na presença de vinhos importados no Brasil. “Com o câmbio desfavorável, os produtos importados perdem parte do diferencial competitivo com os vinhos brasileiros”, observa Paviani. O Chile sofreu uma baixa de 22,46% nas vendas de seus vinhos ao Brasil. A Argentina caiu 5,75%; a Itália amargou uma diminuição de 12%. As maiores perdas, porém, foram do Uruguai (-49,5%) e da Nova Zelândia (-93,5%). Paviani acrescenta que, na categoria vinhos de mesa, a entrada em vigor de norma que obriga as Sangrias e Coquetéis a utilizarem o Selo de Controle Fiscal da Receita Federal, desde 1º de janeiro, pode estar influenciando o aumento da comercialização deste produto. “Começamos bem o ano, cujo maior desafio é estancar o ritmo de queda na comercialização do vinho brasileiro, produto de maior volume e importância econômica na cadeia produtiva”, comenta. Em 2008, ocorreu um recuo de 13% nas vendas, acumulando a terceira queda seguida no mercado.Suco O levantamento do Ibravin ainda mostra um incremento de 5,8% na comercialização de suco de uva natural/integral. O mês de janeiro registrou a venda de 1,13 milhão de litros de suco de uva natural/integral, diante de 1,06 milhão colocados no mês de estréia de 2008. “Este resultado é consequência direta do conhecimento cada vez maior dos benefícios para a saúde do suco integral de uva, que não recebe adição de água nem de açúcar”, explica o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. Os dados reforçam esta percepção: a venda de suco de uva concentrado teve um aumento de 7% e o suco adoçado despencou 52%. Bertolini espera um aumento de 20% no consumo total de suco de uva no Brasil este ano. Em 2008, o crescimento alcançou 15,6%. EspumantesA única diminuição verificada em janeiro de 2009 já era esperada. A venda de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul somou 229 mil litros, um recuo de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 260 mil litros. “O melhor mês para a comercialização de espumantes é dezembro, sendo que mais da metade da produção é vendida no último trimestre do ano. Então, a queda nas vendas em janeiro é natural”, avalia Bertolini. A má notícia, contudo, tem o seu lado positivo. A maior queda entre os espumantes foi registrada entre os tipo brut e demi-sec, que tiveram um decréscimo de 17,7%. Por outro lado, os moscatéis inflaram em 26,7% sua presença nas taças brasileiras. O crescimento segue a tendência de alta no consumo de espumantes moscatéis comprovada pelo salto de 20% nas vendas de 2008. “O consumo de moscatéis influencia positivamente todo o mercado, pois eles costumam ser a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos”, lembra Bertolini.
Ibravin
http://www.ibravin.org.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sábado, 14 de março de 2009

Moët & Chandon escolhe o Chef Rouge para contar parte de sua história.


Meninas e meninos,
Fui um dos presentes ao delicioso almoço harmonizado, que a MOËT & CHANDON e o CHEF ROUGE, ofereceram aos jornalistas da área de enogastronomia.
Fui recebido pela minha amiga Renata Braune, chef que além de linda é dedicada e competente, que me mostrou em uma deliciosa degustação, com menu especialmente harmonizado com os champagnes da Moët & Chandon, o novo cardápio, remodelado como o ambiente do restaurante.
No cardápio, as deliciosas opções estarão agora divididas em três grupos: "Classiques Du Bistrot", "Classiques Du Chef Rouge" e "Suggestions Bistronomiques".

Ao longo de todo o ano, o Chef Rouge prevê um charmoso calendário de ações com a Moët, além da exposição constante de mais de 100 affiches do acervo iconográfico da marca que faz parte da nova decoração do restaurante. As imagens poderão ser conferidas em todos os ambientes do Chef Rouge e especialmente no salon privée, onde estão expostas imagens como a de Orson Welles, no Cannes Film Festival de 1952, Sophia Loren em 1955, Alfred Hitchcock em 1963, o aniversário de Paul Newman em 1965, Catherine Deneuve em 1984, Celine Dion em 1988 e Ayrton Senna comemorando suas vitórias na F1, ao longo de sua carreira, e que nos fazem pensar em uma exposição do acervo de fotos da Moët & Chandom, de tão belas e expressiva que são.
A não menos linda Vanessa Fiúza, sócia do restaurante, me lembrou, que fez questão, desde quando abriu o Chef Rouge, de ter no balcão uma garrafa de Moët & Chandon, pois além de admiradora da marca, serviria para mostrar o caminho escolhido para a gastronomia do local, ou seja, a cultura francesa.
Fiel à visão de Jean-Remy Moët, a casa Moët & Chandon elabora, desde 1743, este champagne, conhecido e reconhecido em todo o mundo.

Um verdadeiro pioneiro, Jean-Remy Moët introduziu o champagne ao mundo e transformou um vinho comercializado em uma região, na primeira marca de luxo do mundo. Hoje, Moët & Chandon continua um símbolo de prazer, esplendor e festas espetaculares.
A deliciosa novidade são os pratos criados pela chef Renata Braune para cada champagne: Moët Brut Imperial, Möet Rosé, Moët Néctar e a Moët Grand Vintage, esta, elaborada apenas em anos de safra excepcional, denominado TOUR MOËT & CHANDON, que será servido de 14 de Abril a 17 de Maio, e que tivemos o prazer de conhecer.
TOUR MOËT & CHANDON
Entrée Froide-Tartelette de Poire et bleu d’Auvergne.
Entrée Chaude- Crème Brulé au Foie Gras
Plats
Feullette de Brandade aux légumes et bisque de crevettes.
Risotto de Lapin Chasseur
Dessert- Crêpe aus Pommes et aux Amandes
Na ordem, os pratos foram harmonizados com os seguintes champagnes:
Moët & Chandon Néctar Imperial
Moët & Chandon Brut Imperial
Moët & Chandon Rosé Imperial
Moët & Chandon Grand Vintage 2000
Moët & Chandon Néctar Imperial
O Moët & Chandon Grand Vintage 2000, divino, fresco e jovial apesar da idade, puro prazer, mas a harmonização que me encantou foi a do Creme Brulé com fígado de pato e o Moët & Chandon Brut Imperial.
O Menu poderá ser pedido na totalidade, acompanhado das taças do champagnes citados, ou em separado, com preços muito convidativos também, sempre harmonizados com o champagne.

Chef Rouge - R. Bela Cintra 2238, Jardins, tel. 3081-7539.
Aberto de terça a domingo, das 12h às 15h30 e das 19h à 0h30 (as sextas, até 1h); aos sábados, almoço até às 17h e jantar até às 1h; domingos e feriado almoço até 17h e jantar até meia-noite. Fecha às segundas.
Cartões de crédito: todos. Cartões de débito: Visa Electron.
Estacionamento com manobrista: R$ 10,00.
SAC Moët & Chandon - (11) 3062-8388
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão



sexta-feira, 13 de março de 2009

Me leva também, que adoro Champagnes!

Meninas e meninos,
De 4 a 14 de Junho deste ano, meus amigos Walter Tommasi, enófilo e Luis Berenguer da Nob Hill, me avisam que estarão na França, próxima aventura enoturística da dupla.


Acompanhado de Walter Tommasi que, além de profundo conhecedor de vinhos e de espumantes e membro de diversas confrarias, é o editor-diretor da “FREETIME, a revista de lazer do executivo”. Tommasi foi diretor da SBAV-SP por dois mandatos e é membro das equipes de degustação das revistas Vinho Magazine e Jornal Vinho & Cia., onde tem uma coluna versando sobre vinhos do velho mundo. Estudioso e palestrante do tema vinho e enogastronomia, foi também jurado de vinhos em concursos internacionais. Atualmente Tommasi vem dedicando-se ao acompanhamento de viagens enogastronomicas e está trabalhando na preparação de se primeiro livro sobre o tema "VINHO". Um brinde às regiões de Champagne e Alsace em um delicioso passeio de degustação pelas adegas mais famosas do mundo! Roteiro de dias visitando locais como as impressionantes catedrais de Strasbourg e de Reims, a rota dos vinhos da Alsácia e as charmosas Nancy e Troyes.
"Um bom vinho é sempre uma agradável companhia e um excelente pretexto para festejar a vida".
Maiores informações procure o Berenguer na Nob Hill.
Nob Hill
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 12 de março de 2009

Casa Valduga Arinarnoa recomendado pela revista Decanter




Meninas e meninos,
Tenho sido enfático em minhas colocações sobre os vinhos Brasileiros: Melhoraram muito!
Podem alguns achar que ainda não os temos dentre os melhores do mundo, mas mesmo estes admitem que já os temos bem posicionados.
Eu sou um enófilo entusiasmado com nossas vinícolas e vinhos, claro que uns me agradam mais que outros, mas isto acontece também com os importados certo?
Vejam o que a revista Decanter publicou ao recomendar o vinho da semana:


A jornalista inglesa Tina Margaret Gellie escolheu o brasileiríssimo Casa Valduga Arinarnoa da linha Identidade, que traz variedades “exóticas” e ainda pouco conhecidas da maioria dos consumidores.


“Na semana que passei no Brasil, no sul do estado do Rio Grande do Sul, foi um verdadeiro eye-opener em termos de diversidade varietal. Nada mais surpreendeu do que três Identidade de uvas Marselan, Ancelotta e Arinarnoa. Os dois primeiros eu já havia degustado antes - e estão a aumentar na popularidade crescente do vinho neste país -, mas este último, um cruzamento entre Merlot e Petit Verdot, é um vinho que eu nunca encontrei, exclusivo da Valduga”.

Na publicação, a jornalista ainda descreve o vinho: “com aroma de frutas vermelhas como cereja e pimenta branca equilibrado pela firme acidez e taninos macios. O álcool é um toque quente em 14%, mas que faria um grande jogo com um churrasco de porco grelhado”. Confira a íntegra em http://www.decanter.com/specials/277380.html?=1
Elaborados com uvas da colheita de 2006 de parreirais próprios localizados em Serra do Sudeste (RS), os vinhos Identidade trazem rótulos diferenciados que podem ser personalizados com o transfer da digital de quem compra o vinho, ou com mensagens e notas de degustação.
Casa Valduga telefone (54) 2105.3122
http://www.casavalduga.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 11 de março de 2009

San José de Apalta, Costazzurra e Aguzzo-Chile e Itália para nosso deleite


Meninas e meninos,
Quando recebo convites pra conhecer novas linhas de vinhos que acabaram de aportar por aqui, fico muito satisfeito, pois afinal mesmo que já conheça a importadora e saiba da credibilidade de seus rótulos, mesmo que conheça o rótulo e a vinícola em questão, os vinhos são seres vivos, e cada garrafa, cada safra, cada varietal ou assemblage, podem ser totalmente diferentes uns dos outros, e via de regra o são.
Isto já não é e nem pode ser a característica do bom restaurante, da boa gastronomia que se perpetra, pois esta tem que ser o mais próxima possível em todas as ocasiões vem daí, hoje mais do que nunca, ser fundamental a ficha técnica, o chefe e a brigada.
Estive no Aguzzo Caffé e Cucina para a convite da Costazzurra, uma importadora que já conheço desde sua constituição em 2007, degustar novos rótulos, aliados à gastronomia que o amigo Rezende exercita, que é de encher os olhos e boca, como se costuma dizer.
Quando travei conhecimento com esta importadora, eu já havia experimentado vinhos muito interessantes da região de Molise, Itália, que a Costazzurra passou então a representar e distribuir.
Desta feita, nos foi apresentada a linha de rótulos de uma pequena bodega Chilena, uma das últimas pérolas do Chile, como foi dito no jantar harmonizado.
Seus vinhos varietais, dentre eles o Chardonnay 2008 degustado, não passam por madeira, expressando toda a força do terroir do Valle de Rapel.
Degustamos 4 rótulos, incluindo-se aí o Friends Colletion, uma seleção reservada e o ícone da bodega, que não preciso dizer, é muito bom.
Mas aqui, quero me ater ao Gran Reserva Cab Sauvignon/Carmenére 2005-Apalta.
50% de cada uva, fermentadas separadas, passa por barril um período que varia entre 12 e 14 meses, quando então é feito o corte, e fica descansando em garrafa por mais 6 meses, antes de comercializado.
Um vinho que tem fruta e madeira equilibradas, é gastronômico, e que harmonizou muito bem com a paleta de cordeiro que nos foi servida.
Comentei com o enólogo o porque de não terem Syrah na linha Gran Reseva, já que os têm nas outras linhas, e para alegria deste enófilo, apaixonada por esta uva, está sendo vinificado o corte de Cab Sauv/Syrah para o Gran Reserva, que espero degustar assim que for trazido para cá.
Aguzzo Caffé e Cucina
http://www.aguzzo.com.br/
Costazzurra
http://www.costazzurra.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 10 de março de 2009

Espumante Moscatel Brasileiro e Torta de Quatro Frutas.

Meninas e meninos,
Não costumo postar receitas, pois sei que já existem muitos fazendo isso na web, mas...

Desta feita não resisti ao ver esta que recebi e como semana passada estive no coquetel de inauguração do Jean e Marie, me inspirei e já fiz no final de semana esta receita que é muito refrescante para estes dias de calor.
Para não ficar sem vinho, um espumante moscatel brasileiro, que, aliás, os temos muito bons e em profusão, e está feita a festa.
Frutas enriquecem receitas no verão, e harmonizam-se muito bem com os espumantes com um pouco mais de açúcar residual, e menor teor alcoólico, como os moscateis espumantes.
A Cozinha Experimental Arosa sugere uma receita de torta, ideal para a estação mais quente do ano. É a Torta de quatro Frutas, colorida e refrescante, boa pedida para o lanche ou a sobremesa nos dias de calor.
Confira a receita:
Torta de quatro Frutas

Ingredientes:
1 pacote de Massa Folhada Laminada Arosa 300g;
1 ovo inteiro batido para pincelar.

Recheio:
1 pacote de Creme de Confeiteiro Arosa 150g
500 ml de leite
2 gemas
1 xícara (chá) de morangos cortados ao meio
1 xícara (chá) de pêssegos fatiados
1 xícara (chá) de framboesas
1 xícara (chá) de kiwi cortado em rodelas

Modo de Preparo:
Descongele a Massa Folhada Laminada Arosa 300 g conforme as instruções da embalagem.
Prepare o Creme de Confeiteiro 150 g conforme instruções da embalagem. Reserve.
Em um dos lados da massa corte um disco de 24 cm de diâmetro. No restante da massa corte tiras de massa com 2 cm de largura por 25 cm de comprimento.
Pincele água em 6 tiras e coloque sobre toda volta do disco de massa, em duas camadas, montando um fundo de torta. Utilize as 2 últimas tiras para dividir a torta em 4 partes iguais.
Fure o fundo da torta com o garfo, pincele as laterais com ovo inteiro batido e leve a geladeira por 15 minutos. Asse em forno pré-aquecido (180ºC) por aproximadamente 30 minutos, até que a massa fique dourada. Deixe esfriar.
Divida o recheio em 4 partes e espalhe cuidadosamente em cada divisória da torta.
Por último coloque as frutas sobre na torta.
Tempo de Preparo: 80 minutos Rendimento: 25 porções
Receita desenvolvida pela Cozinha Experimental Arosa
Para conhecer toda a linha de produtos, visitem o site da Arosa, onde também poderão encontrar a relação completa das lojas, receitas e agenda das aulas do mês promovidas pelo Centro de Culinária Arosa.
Arosa
http://www.arosa.com.br/
Tel: (11) 4524-9900
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sábado, 7 de março de 2009

Jean Et Marie est arrivè


Meninas e meninos,
Jean Et Marie est arrivè !
O Jean é o Michel e a Marie é a Patrícia.
Não estão entendendo?
Bem é que dia 05/03 foi inaugurada a Jean et Marie Atelier de Doces, que tem o casal de apaixonados, um pelo outro e pelos doces, Michel norte americano e Patrícia brasileira.
“Uma questão de timely”, ou como dizemos nós que acreditamos que fadas existam: nada acontece por acaso.
Depois da formação acadêmica em artes plásticas e de trabalhar por um ano nesta atividade, Patrícia definitivamente resolveu ir atrás do doce sonho (não confundir com sonho doce) de trabalhar com culinária.
Não uma culinária tão geral como a entendemos, mas dedicada com exclusividade aos doces bocados.
Partiu para os E.U. A, e lá com visto de trabalho vencendo após 18 meses trabalhando com o mestre Francois Payard em Nova York, resolveu juntar os doces sonhos com o Michel, seu namorado à época, e que também se dedicava aos doces e à pâtisserie junto ao não menos renomado Daniel Boulud.
Casaram, tiveram uma filhinha e vieram para o Brasil para continuar o doce sonho, agora de serem eles mesmos os donos de seu tempo.
E o sonho agora realidade de terem seu espaço, se concretiza na abertura da Jean et Marie Atelier de Doces.
Eu fui, e vocês precisam ir ao encontro deste doce sonho doce, do Michel e Patrícia.
http://www.jeanetmarie.com.br/
11 3044-1197
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

ESPECIALMENTE, MULHER


Meninas e meninos.
Uma vez ao ano temos uma avalanche de notas, comerciais, discursos inflamados, discorrendo sobre o dia internacional da mulher.
Pura baboseira, pois todos os dias são seus dias, mulher!
Eu, como falo para as meninas e com as meninas desde há muito, sinto-me confortável para postar esta mensagem que tem a minha introdução e texto de autoria desconhecida, ao menos assim me chegou faz alguns anos, enviado por uma das lindas meninas lindas que amo.

Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todo homem é assim.
Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui, enxergar a beleza física feminina, mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia. Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos, em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm sua graça, e embora contaminado, pela irreversível herança genética, sempre me apaixonei perdidamente, por todas as meninas que se aproximaram de mim.
Pena que o texto abaixo não seja meu, gostaria que fosse, mas não importa, pois a mensagem é minha, e esta introdução também.
Vamos ao texto:
ESPECIALMENTE, MULHER

“Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual. Isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As muito magrinhas que desfilam nas passarelas seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, parece que odeiam as mulheres, e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas, e agridem o corpo que eles odeiam, porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato são equivalentes a mil viagras.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem!
Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas. Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco?
Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras, e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão, e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão, e que todo, ou quase todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulímica, mau-humorada, logo procura alguém cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.
Entendam de uma vez! Trate de agradar a nós, e não a vocês, porque nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 30 para cima são verdadeiros pratos fortes. Por Karina Mazzocco, Eva Longaria, Angelina Jolie ou Demi Moore, e outras tantas, somos capazes de atravessar o Atlântico a nado.
O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas, que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto, uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento, ou está se autodestruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio, e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer come com vontade; quando tem que fazer dieta, faz dieta; quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol', nem em spa... Viveram!
O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.
É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de casarias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no!
Cuidem-se!
Amem-se!
A beleza é tudo isto.
Tudo junto!”
Assinado: UM HOMEM - Texto de autor desconhecido
Foto:Dawwis Villar
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 6 de março de 2009

Casa Valduga lança Brandy V.O.P XV

Meninas e meninos,

Para quem já teve a oportunidade como eu, de degustar este brandy na versão 20 anos lançado ano passado, já antecipa o prazer que sentirá com o novo lançamento.Estamos dando um salto em qualidade também nos destilados que utilizam a uva como matéria prima, lembrando que para aqueles que alegam não tomar o brandy no verão devido ao alto teor alcoólico, que a própria casa Hennessy que tem um dos melhores e mais conhecidos Cognacs(brandy feito na região do mesmo nome na França),autentica o cubo de gelo na bebida para os que não o dispensam.
Vários barmen criam drinks com gelo e brandy.
Eu, por exemplo, gosto muito do brandy com uma pedra de gelo de tamanho médio e um twist de limão, para aromatizar, e o tomo no verão.
Com vocês o Very Old Pale, por isso a sigla V.O.P da VALDUGA:

A Casa Valduga lança mais uma preciosidade: o Brandy XV. Seguindo o mesmo conceito do Brandy Twenty Years, este novo artigo de luxo da vinícola gaucha é um V.O.P. (Very Old Pale) com envelhecimento de 15 anos em barrica de carvalho E em elegante embalagem para presente.
Elaborado com vinho de uvas Trebbiano, este brandy V.O.P teve sua primeira destilação em alambique descontínuo de cobre através de um lento processo de dez horas. Durante a segunda destilação, também lenta, foram separadas ‘cabeça, coração e cauda’ do líquido.
O coração, ou néctar, foi armazenado em barricas de carvalho francês durante 15 anos para obter sua maior expressão, resultando neste single barrel delicado e agradável com notas de canela, ameixas secas e figo maduro, de paladar deliciosamente aveludado que é mais uma jóia rara da família Valduga.
O cuidado e sutilezas dedicados à elaboração do Brandy XV também foram direcionados a embalagem da bebida, unindo qualidade vitivínifera com identidade visual. A garrafa, quadrada e com rolha natural segue a linha da arte da perfumaria e é envolta elegante cube black box.
Preço médio: R$ 88,00.
A vinícola gaúcha também apresentou aos apreciadores e colecionadores o exclusivo Casa Valduga Twenty Years Brandy. Com garrafas numeradas e assinadas pelo enólogo João Valduga, este brandy descansou por 20 anos em barricas de carvalho francês.
O Twenty Years Brandy traz notas de ameixas secas, canela e figo maduro. No paladar é macio e agradável, com nuances de amêndoas e avelãs. Marcante intensidade olfativa lembrando chocolate e baunilha, resultante da maturação em barrica de carvalho.
Preço médio: R$ 308,00.
Casa Valduga telefone :(54) 2105.3122
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sentiu calor? Vinho branco é uma das soluções.


Meninas e meninos,
Em recente palestra em um jantar harmonizado no ótimo espaço gastronômico da Blue Ville em Alphaville, fiz a harmonização da gastronomia com os vinhos da Pizzato, uma empresa que tem ótimos rótulos.
Não vou dizer aqui que foi muita bem comentada a solução que dei à harmonização, que todos gostaram muito dos vinhos, o que quero frisar é que uma das perguntas, foi do porque era tão mais agradável “ESTE”vinho, do que muitos outros vinhos brancos que foram tomados anteriormente.
O vinho em questão, que estava tão mais agradável, foi o Chardonnay da Pizzato, e minha reposta, mais múltipla do que eu gostaria, já que não sabia em que condições os brancos anteriormente haviam sido degustados, foi que para começar, disse eu, está aí a prova do que venho dizendo há anos: vinho branco e calor combinam.
Temos também é claro a questão da temperatura, pois imagine um calor como o desta noite, continuei dizendo, e você tomando um vinho branco quente, sem frescor e acidez, totalmente insípido e amargo, por isso o serviço e a temperatura do vinho são importantes.
Temos também a minha famosa regrinha matemática da harmonização, onde vinhos e gastronomia são a soma de 1+1=3, ou seja, a soma é melhor do que os fatores isolados.
Experimentem vinhos próprios para o verão como os brancos, rosados e espumantes, que os temos em profusão, mas sem preconceitos e da maneira correta, para não denegrir o vinho, que não tem culpa da temperaturas ou harmonizações erradas.


PIZZATO Chardonnay 2008
100% das uvas do vinhedo da PIZZATO Vinhas & Vinhos localizado no Vale dos Vinhedos
Fermentação em tanques de aço em baixas temperaturas, com adição de leveduras selecionadas. Fermentação malolática e sem amadurecimento em carvalho.
álcool 13,0 %
http://www.pizzato.net/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 3 de março de 2009

Cara Irlanda-Primeiro festival abrangente da cultura irlandesa acontece em São Paulo


Meninas e meninos,
Recebi este release que transcrevo agora, e acredito que será o máximo.
Eu vou lá conferir, e degustar um ou duas Guinness!


Cara Irlanda
Primeiro festival abrangente da cultura irlandesa acontece em São Paulo,
de 17 a 27 de março, com extensões em outras cidades
Mo Chara!
Cara, assim mesmo, como se escreve e se fala, significa amigo, em gaélico, idioma oficial da Irlanda. Nada melhor, então, do que batizar o evento que começa no St Patrick's Day, 17 de março, e festeja a amizade entre brasileiros e irlandeses como Cara Irlanda.
Serão 10 dias de muita atividade, um verdadeiro mergulho na Cultura irlandesa: Literatura, Música, Teatro, Dança, Turismo, Cerveja, Gastronomia, Tradições Celtas, Irish Coffee e muito mais!
Onde? A base é no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, em São Paulo onde a pródiga literatura irlandesa terá destaque na Livraria Cultura e bem alí, na galeria anexa, as belezas da Irlanda na mostra Imagens e Palavras. A partir do dia 21, há uma série de eventos no Memorial do Imigrante.

Será no dia de St. Patrick, 17 de março, também data nacional da Irlanda, a abertura do festival “Cara Irlanda”, um conjunto de eventos que visa difundir a Irlanda para os paulistas e brasileiros em geral, através de múltiplos aspectos como a Literatura, Música, Teatro, Dança, Gastronomia, Turismo e Educação. E mais: Cerveja, Irish Coffee, Tradições Celtas, o Gaélico (idioma oficial do país), St. Patrick e as ligações históricas entre Brasil e Irlanda, também terão destaque.

Organizado pelo Instituto Brasil-Irlanda/ Irish Institute, esse verdadeiro mergulho cultural terá como base principal a Livraria Cultura, da avenida Paulista, onde acontecerão palestras e workshops até o dia 23 de março. As atividades são grátis e abertas ao público e ainda haverá prêmios aos participantes.

Mais sobre o Festival Cara Irlanda
Literatura
Em torno da pródiga literatura irlandesa, que já produziu nada menos do que quatro prêmios Nobel de Literatura - William Butler Yeats, George Bernard Shaw, Samuel Beckett, Seamus Heaney - acontecerão diversas palestras, durante o festival. Poesia, teatro e James Joyce terão espaços próprios, abertos a todos os interessados, com tratamento adequado ao grande público. Nesse mesmo período a loja da Livraria Cultura, da Avenida Paulista, dará destaque especial à literatura irlandesa - incluindo dezenas de autores consagrados, alguns deles campeões de vendas também no Brasil. O mesmo acontecerá com CDs e DVDs do cinema e da música e irlandesa, também absolutamente pródiga em talentos que vão de Enya ao U2 e The Corrs, só para citar os mais conhecidos.
Música, shows e dança
Amantes da música tradicional irlandesa, contagiante e que faz todo mundo bater o pé e as mãos, ao pop/rock irlandês terão oportunidade de aprender sobre o assunto nos workshops 'Acorde para estes acordes - a Magia da Música Irlandesa'. “ Os workshops prometem ser uma jornada pela rica tradição musical da Irlanda - do tradicional ao erudito, do medieval ao rock - para entender sua influência na música moderna", explica Claudio Quintino Crow, bardo e músico, responsável pela coordenação musical deste festival. No aspecto teórico ainda haverá o workshop Bodhrán, da Mitologia Celta à Música Contemporânea dedicado ao típico tambor usado na música irlandesa mostrando desde seu aspecto mitológico e a relação com o povo celta até seu papel na música tradicional irlandesa.
Completando a programação de música de Cara Irlanda os grupos Merrow, Dundalk, U2 Tribute mais Claudio Crow & The Drunken Bards Project , todos compostos por jovens músicos brasileiros dedicados à legítima música irlandesa, promovem shows, dia 22 de março (domingo), a partir das 12hs, no Memorial do Imigrante – R. Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca (Metro Bresser) - São Paulo, SP.
Guinness, Gastronomia e Irish Coffee
Quase um sinônimo do país, a Guinness estará presente ao Festival na degustação de cervejas irlandesas que acontecerá no pub Drake's e também nos cardápios especiais do O'Malleys Pub e do restaurante Mulligan, ambos na região dos Jardins – SP, que ainda terão prato do cardápio em destaque durante todo o período do festival.
Já o Irish Coffee, a bebida que representa a calorosa e saborosa união entre Brasil e Irlanda estará no cardápio das melhores cafeterias do Brasil durante todo o período do festival com o apoio da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) através do seu programa CCQ (Circulo do Café de Qualidade). Também na programação, aula grátis sobre como preparar o verdadeiro Irish Coffee.
Turismo e educação
Como é viajar e estudar na Irlanda? Há necessidade de visto? É permitido trabalhar? Quais os cursos disponíveis? Perguntas como essas e mais informações completas sobre o assunto terão resposta em palestras para estudantes e também para profissionais do turismo. Escolas associadas ao Irish Institute também estarão sorteando cursos de inglês para os participantes. Ainda sobre turismo, a intrigante viagem do Imperador Dom Pedro II à Irlanda, em 1877, será tema de outra palestra.
Crianças, St Patrick, os celtas e mais
No sábado, 21 de março, tarde de leitura e contação de histórias, só para crianças abordando, de Jonathan Swift e suas 'As Viagens de Gulliver', clássico de todas as gerações a de 'Ártemis Fowl' um personagem de 12 anos que vive num mundo de ficção científica povoado por fadas Hi Tech, de Eoin Colfer.
Para compreender a Irlanda é necessário conhecer ainda o papel de St Patrick, o padroeiro do país, sem deixar de saber também sobre os antigos habitantes do país, os celtas, que deixaram como uma de suas principais heranças a tradição bárdica que se mantém na cultura irlandesa. 'Dos Fíli aos Filmes - a tradição bárdica e poética da Irlanda através das eras' é a palestra que tratará do assunto.
Prêmios

Além dos cursos a serem sorteados nos eventos de turismo e educação, haverá muitos outros prêmios como Guinness, camisetas, guias de Dublin e da Irlanda, que serão também sorteados em concurso cultural, durante o evento.
Para horários e endereços, consultar:
www.irishinstitute.com.br/carairlanda.html
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão