terça-feira, 10 de abril de 2012

Massaya & Co uma vinícola do Líbano, no vale do Bekaa.

Meninas e meninos,
Em uma reunião muito prazerosa, onde amigos se encontraram para degustar os vinhos libaneses da Massaya & Co, recém chegados ao Brasil, trazidos pela também recém chegada ao mercado Au Vin Import, e saborear a gastronomia líbano-brasileira, criada especialmente para a ocasião pelo amigo, Chef Ivan Achcar, do Casa da Fazenda do Morumbi, fiquei conhecendo um pouco deste país tão antigo e cheio de tradições, pela exposição do Sami Ghosn, general manager da Massaya.
País este com 10.450 Km2, na costa oriental do Mediterrâneo, fronteiriço com Síria e com Israel, tem em sua capital Beirute cerca de 4.200.000 habitantes, sem contar os quase 12.000.000 dispersos pelo mundo, com tradição vinícola muito antiga, desde os Fenícios, que iniciaram a plantação das videiras, a produção de vinhos e sua comercialização.
Até os romanos reconhecendo a contribuição dos fenícios para o vinho, fizeram erguer no vale do Bekaa o maior templo dedicado a Baco, o deus do vinho e das vinhas.
O solo no vale do Bekaa é calcáreo-argiloso de maneira geral, com clima mediterrâneo moderado, úmido no inverno, principalmente na costa e mais frio, nevado, nas montanhas, com seus rios alimentados pela neve que vem das montanhas no degelo.
Seus verões são suaves e sua temperatura média anual beira os 25ºC, com precipitações que vão de 230mm a 610 mm.
Os irmãos Bruniers das vinícolas francesas Vieux Telégraphe e Domaine La Roquète em Chateauneuf-du Pape, e Domaine Les Pallières no Rhône, resolveram em 1998 iniciar no Bekaa a produção do Massaya, dando continuidade à tradição de vinhos vindos do Líbano, do Vale do Bekaa, tão aclamados desde os templos bíblicos.
Degustamos 3 rótulos, o Massaya Classic 2009; Massaya Silver Selection 2007; e 3 safras do Massaya Gold Reserve, sendo a mais nova 2008, depois 2007 e 2005.
O Classic 2009, blend 60% Cinsault; 20% Cab Sauvig e 20% Syrah, com 15% de álcool, foi o que menos me empolgou. Vinho correto, bom para o dia a dia, mas nada que me chamasse a atenção, mas com muito boa relação preço X qualidade R$58,00.
Já o Silver Selection 2007, corte de 40% Cinsault; 30% Grenache Noir; 15% Cab Sauvig e 15% Mouvedre, com 14,5% de álcool, estava magnífico.Exuberante olfato com muita fruta, algo de pimenta, sutil balsâmico, longo em boca, confirmando as frutas e pimenta, algo de animal, já que passa por madeira francesa. Acidez e taninos bem marcados, garantindo sua boa harmonização com várias gastronomias. Em minha opinião, o melhor em relação preço X qualidade R$75,00.
O Gold Reserve, passa por carvalho francês durante 24 meses, é mais carnudo, com corte de 50% Cab Sauvignon; 40% Mouvedre e 10% Syrah. Das 3 safras que provei, gostei muito das 2005 e 2008, a 2007 me pareceu a menos expressiva.
O 2005, já algo envelhecido, tem notas balsâmicas mais acentuadas, mas nas três safras o mentolado, o canforado, aparecem, sendo mais evidente na 2008, aliás, apesar de gostar de vinhos mais evoluídos, a safra mais nova me encantou com um leque aromático muito variado, com frutas maduras, especiarias, floral sutil, o canforado, um toque animal, couro e torrefação.Em boca confirma as frutas maduras, as especiarias, pimenta e cardamomo, taninos firmes e bons, acidez ótima e todos os elementos equilibrados, longo mostrando que este vinho mais alguns anos será magnífico, em minha opinião. Foi o que melhor harmonizou com o belíssimo cordeiro ao molho de figos, especiarias e favas do Chef.
O 2005 está pronto para ser degustado, o 2008 já pode ser degustado, mas quem esperar por mais algum tempo, terá um grande vinho sem dúvida, seu preço R$ 155,00.
Quanto à gastronomia do Ivan, deixo para um capítulo à parte, pois foi um festival de delícias norteadas e mescladas pela ascendência árabe do Ivan e pela sua fantástica cozinha caipira paulista.
Casada Fazenda do Morumbi
www.casadafazenda.com.br
Au Vin Import
www.auvin.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

2 comentários:

Almir disse...

Oi Álvaro, pena eu não estar presente nesta degustação. Gostaria muito de experimentar estes vinhos e sentir o que eles têm de diferente. Mas valeu pelas informações. Grande abraço. Almir

Álvaro Cézar Galvão disse...

Almir, entre em contato com a Au Vin Import, fale com João Felipe.
Vale a pena
Obrigado
Abraços de luz sempre meu amigo