segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bodega Santa Cruz mostra alguns de seus vinhos trazidos pela Chaves Oliveira Wines



Meninas e meninos,
Antes de voar para Bento Gonçalves, onde serei jurado na VI Avaliação Internacional de Vinhos, concurso em que me orgulha muito ter sido novamente convidado, onde julgar vinhos do mundo todo, em solo Brasileiro, é muito prestigioso, peço desde já desculpas aos leitores, caso as atividades não me possibilitem postar com a regularidade de sempre.
Mas agora, segue mais uma dica muito boa para harmonizações gastronômicas:

Meus queridos amigos Silvia e Arthur proporcionaram a mim uma degustação muito interessante com a presença de Juan Antonio Almodóvar Sánchez, o representante da Bodega Santa Cruz de Alpera.
Conheci os vinhos desta cooperativa espanhola que possui nada mais nada menos que 4.000 ha de vinhedos, onde seus 400 cooperados plantam 80% da cepa Garnacha Tintorera, ficando os demais 20% para a Monastrel, Tempranillo, Syrah, Cabernet Sauvignon e um pouco de Verdejo.
A bodega pertence à D.O Almansa, denominação de origem Almansa, e se localiza a cerca de 100 Km de Alicante, próxima de Albacete.
Com mais de 60 anos de experiência, onde alguns de seus vinhedos, ainda em pés francos, produzem em média 15.000.000 de garrafas/ano.
Degustei:
O Blanco Santa Cruz de Alpera 2011, um Verdejo gostoso, boa acidez, equilibrado, que permanece sobre borras finas ao menos 2 meses, dando-lhe caráter e elegância.
Seus cítricos mais amargos como a Cidra e a lima da Pérsia, ambas confirmadas em boca ao lado de uma especiaria que lembra aniz, o fazem par ideal para saladas e peixes delicados.
O Tinto Santa Cruz de Alpera 2011, um maceração carbônica da Garnacha Tintorera, sendo
esta Garnacha, segundo Juan Antonio, resultado de cruzamento entre Petit Bouchet e Garnacha, lá pelos idos de 1800, hoje perfeitamente adaptada em solo espanhol, se mostra interessante. Para ser bebido refrescado, com taninos presentes, acidez boa, 14% de álcool muito bem equilibrado, bom para gastronomias mais gordurosas, pois suas “agulhinhas” mais taninos e álcool sugerem uma suculência no prato, como por exemplo, uma feijoada, ou um cassoulet.
O espumante Rosado, de Garnacha Tintorera, é um método Asti, ou seja, tem sua fermentação interrompida a frio, quando então guarda açúcar residual e graduação alcoólica baixa, ao redor dos 7%.
Ótimo, fresco, gostoso e frutado, tendo-se o cuidado de degusta-lo sempre mais gelado, creio que ao redor dos 7º C, para acentuarmos sua acidez, equilibrando-o com o dulçor.
Vinho muito bom para gastronomias várias, me lembrei de pronto de morcillas, ou algo mais salgado como a carne seca em um escondidinho, onde o amido da batata e o sal e textura da carne se complementarão com o vinho, muito bom também para ser bebido em dias mais quentes à beira da piscina, na praia, como vinho de recepção.
O Albarroble Crianza 2009, um corte onde em pequenas proporções se mesclam a Syrah e a Cabernet Sauvignon com a Garnacha Tintorera majoritária, é ótimo!
Vinho que estagia em barricas de carvalho francês e americano por período de 12 meses, se apresenta complexo aromaticamente, com especiarias, algo fresco como a cânfora, frutas mais maduras, ligeiro floral e lácteo.
Confirma em boca o frutado, as especiarias, o lácteo, vinho que me agradou muito, bom para gastronomias mais gordurosas, como a costela bovina, cordeiro e porco assados.
Muito interessantes para nosso clima e mercado estes vinhos, pois todos sem exceção, caem bem com nossa gastronomia e clima.
Chaves Oliveira Wines
http://www.chavesoliveira.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão


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