sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mais um pouco do que vi e degustei no Circuito Brasileiro de Degustação.



Meninas e meninos,
Gosto de espumantes, do Champagne ao Cava, do Cremant ao Blanquette de Limoux, do Franciacorta ao espumante Brasileiro, que não carrega em si um nome que o defina, mas há estudos e vontade para criá-lo.
Brasileiros os há e muitos de excelente qualidade, para deleite dos apaixonados por este estilo de vinhos.
Ainda ontem, 18/10, conversando com um importante enólogo Chileno, chefe de enologia da Santa Ema, ele me dizia que há uns dois anos atrás, como convidado, participou como jurado de uma grande degustação na França, organizada pelo OIV, e que as notas que ele e seus colegas de júri deram aos espumantes Brasileiros, foram das mais altas do painel de espumantes do mundo todo.
Mas voltando ao Circuito, nele, em uma degustação comentada pelo amigo Christian Burgos, publisher da Revista Adega, dentre outras, pude novamente me defrontar com um dos espumantes que mais gosto, pelo estilo, pela madurez e pelo resultado final, tanto no olfato, quanto no palato; estou falando do Gran Reserva Extra Brut 60 da Casa Valduga.
O exemplar safrado, 2006, e não poderia ser muito diferente, pois o 60 no rótulo, indica que este espumante, vinificado pelo método clássico, permanece em autólise por 60 meses.
Corte de 80% Chardonnay e 20% Pinot Noir, uma das variáveis que podem explicar a qualidade, começa na densidade de plantas/ha, que não passa dos 4.000 pés.
E claro, não para por aí, pois a seleção dos melhores cachos, a sanidade dos mesmos, os cuidados na vinícola, na fermentação e na espumatização, sempre estão presentes.
Chegou com um perlage incrível, floral exuberante(mel), e foi abrindo leque aromático complexo, com tostados, flores brancas como a rosa, bem sutil ao fundo, frutas secas, desde a pêra até as sementes como amêndoas e nozes, até chegar às frutas mais maduras.
Em boca, mousse espetacular, acidez muita viva e fresca, confirmando, sobretudo o mel, as frutas secas, o tostado, longo e com aquele gostinho de “quero mais”.
Claro que sua cor mais dourada também é muito elegante e atraente, ao menos para os que como eu, gostam deste tipo de espumantes, mais evoluídos.
Típico vinho que pode ser servido para um enófilo europeu, que com certeza irá apreciar sua qualidade.
Casa Valduga
www.casavalduga.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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