terça-feira, 3 de junho de 2008

MONDOVINO – A SÉRIE EM OITO CAPÍTULOS APRESENTADOS POR CIRO LILLA

Dirigida pelo cineasta norte-americano Jonathan Nossiter, “Mondovino – A Série” causou furor ao mostrar as tensões entre tradição e modernidade. A Band exibe oito episódios com
apresentação do enófilo Ciro Lilla, proprietário das importadoras Mistral e Vinci.

A partir do próximo domingo, dia 8 de junho, 00h30, logo após o Canal Livre, a Band mostra com exclusividade “Mondovino – A Série”. Exibida em mais de 20 países, incluindo França, Itália, Estados Unidos, Japão e Alemanha, a série dá continuidade ao trabalho de Jonathan Nossiter; com a mesma polêmica, mas incluindo personagens que ficaram fora do longa metragem. Serão oito documentários semanais apresentados pelo enófilo Ciro Lilla. Ele fará a introdução dos temas abordados, mostrando os diferentes aspectos do ‘controverso mundo do vinho’, visto pelo olhar crítico de Nossiter.

A série começa pela exibição de um trabalho inédito sobre vinhos brasileiros. Vinho de Chinelos foi dirigido pela fotógrafa e cineasta paulistana Paula Prandini, mulher de Nossiter, e tem como tema a recente produção do vinho brasileiro na Serra Gaúcha. Nele, é discutida a identidade do vinho nacional, que vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, mas ainda é alvo de críticas e preconceitos.
Os outros sete episódios de “Mondovino – A Série” são:

“Família Montille”
O capítulo destaca a família Montille, adepta do não-intervencionismo na produção de vinhos, e aborda outros pequenos produtores de Borgonha, que elaboram vinhos excelentes de maneira quase artesanal, sem recursos tecnológicos.

“A família norte americana”
São apresentadas duas famílias produtoras de vinho na California: os Mondavi, grandes produtores e cujo patriarca, Robert Mondavi, foi o maior personagem do vinho nos Estados Unidos, e os Stagling, família rica que produz vinhos por hobby.

“A cultura bio-dinâmica e o respeito pela natureza”
O episódio aborda o terroir e o vinhedo em oposição à influência do enólogo. O enólogo mostrado, de maneira muito polêmica, é Michel Rolland, muito querido no mundo do vinho, cujo trabalho é muito valorizado.

“Robert Parker”
Advogado americano que há mais de 20 anos faz críticas de vinhos, dando notas na escala de 100 pontos. Para publicar suas avaliações, ele criou uma newsletter, que é a publicação mais influente do meio e faz com que notas altas garantam boas vendas e más notas, destruam os vinhos.

“Rosenthal x Parker, técnica x terroir, elegância x potência, vinho velho x vinho jovem”
O capítulo revela algumas das maiores controvérsias do mundo de vinho. De um lado, o importador americano Rosenthal defende a tipicidade e a identidade dos vinhos, que devem refletir o terroir. Do outro lado, Parker afrma que a técnica e o papel do enólogo são mais importantes do que o terroir.

“Mondavi x Frescobaldi x Antinori”
São retratadas algumas importantes famílias do Novo e do Velho mundo que se associaram para produzir vinhos nos dois continentes, revelando disputas familiares, egos e diferentes interesses.

“Mercosul, Michel Rolland, nome família x nome enólogo”
No último capítulo da série são apresentadas vinícolas tradicionais vendidas para grandes grupos, famílias que trocaram seu nome no rótulo pelo nome do enólogo e também as regiões ainda sem tradição na América do Sul, como o Vale do São Francisco e o Paraguai.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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