quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O dia em que o Top Chileno esbarrou no Barbera Barricado




Meninas e meninos,
Chamado aos domínios da importadora com letras minúsculas, mas de vinhos maiúsculos, a "abflug", para conhecer o vinho Chaski Petit Verdot 2008, Top da Chilena Perez Cruz, vinho onde a quantidade vinificada foi a de 300 cx de 12 gfs, ou seja, 3600 garrafas, com corte de 95% Petit Verdot e 5% Carmenere e Côt, fiquei sabendo que Chaski era o nome dos antigos mensageiros Incas que habitavam o local, significando a meu ver, uma mensagem subliminar da vinícola, como indicando que as novidades não param de chegar.
O lançamento se dará em Novembro, mas já aviso que o vinho é estupendo, cor rubi ainda escuro, brilhante, com aromas de salumeria( aquele defumado, meio mineral tipo parafina), floral, muitas frutas maduras, que em boca se confirmam, acidez boa, longo e gostoso, equilibrado com taninos e álcool de 14,5%. Após algum tempo em taça aparecem frutas cítricas.
Passa em carvalho de 1º e 2º usos por 14 meses, e eu, em minha modesta opinião deixaria ainda mais uns dois anos em garrafa antes de degustá-lo, creio que ganhará muito com este tempo a mais, já que é um vinho com estrutura para aguentar muitos anos ainda.
Para quem conhece a Perez Cruz, sabe que procuram fazer sempre o melhor, com certeza!


Mas, para não perdermos a viagem, se assim posso dizer, os amigos da "abflug" colocaram na mesa 3 decanteres com vinhos Italianos do Piemonte, da CascinAdelaide(Cascina Adelaide) e são eles:
Barbera D’Alba Vigna Preda; Barbera D’Alba Amabilin e Barolo Cannubi.
O Vigna Preda, 2007, um Barbera Superiore, com 14% de álcool, 12 meses em barricas, aromas frutados e florais, sutil mineral confirmado em boca com as frutas, longo e gostoso.
O Barolo Cannubi 2005, 100% Nebbiolo, 14% de álcool, além dos 24 meses em barricas, passa algum tempo em aço, tempo este que creio seja para descanso antes de engarrafar.
Suas uvas provêm de apenas 0,5 ha e de vinhas com cerca de 40 anos. Sua cor já denota a idade, muito brilhante, aromas frutados e algo mineral, em boca aquela acidez estupenda, confirmando frutas e alguma especiaria, depois de algum tempo abrem-se aromas de pimenta do reino e um toque floral, que talvez seja o adocicado da madeira, que de tão bem integrada não se destaca.
Deixei o outro Barbera para depois porque chegou muito fechado, dei tempo à ele, e depois este me encantou sobremaneira.
Barbera D’Alba Amabilin, 100% Barbera diz o contra-rótulo, mas há rumores, nunca confirmadas pela vinícola, que uma pequena parte de um Barolo fantástico faz o corte deste vinho, será? Não importa muito, já que de toda a sorte, o vinho é espetacular, está pronto para quem gosta de vinhos mais encorpados, e que ainda aguenta uns bons anos de guarda, sem ser aquela pancada de um Barolo.
Muita fruta e especiarias se abrem, o tostado está presente, já que o vinho passa 15 meses em barricas, mas totalmente integrado com o álcool de 14,5%.
Muita fruta madura, geléias, compotas, e especiarias em boca, taninos delicados, mas presentes, ótimo vinho em minha opinião.
Todos os Cascina Adelaide provados, como a maioria dos vinhos Italianos, nasceram para a gastronomia, e enfrentam bem massas com molhos vermelhos e a base de carnes, cordeiro, queijos mais fortes, caças, o Barolo até pelo corpo, gastronomias com trufas devem ficar bem.
Abflug
www.abflug.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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