quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mas de Daumas Gassac-O Grand Cru do Midi Francês



Meninas e meninos,
Em recente degustação na Mistral, a responsável por trazer os vinhos desta vinícola francesa, tive a oportunidade de degustar alguns vinhos muito interessantes e intrigantes, pelo seu modo de ser vinificado e sua história.
A família Guibert, quando adquiriu a Finca com 45 ha, desenvolveu com a ajuda de Henri
Enjalbert, professor de Geologia em Bordeaux, um sistema ecológico, que viria a ser chamado: um terroir único e ideal, capaz de produzir um Grand Cru, no vale do Gassac.
O vinhedo, fruto de um terreno excepcional de formação glaciária, tal como acontece na Borgonha, e de um microclima fresco devido a proximidade do Gassac, a várias fontes naturais e à influência das montanhas envolventes e do mar, trazem características conjugadas que são extremamente raras no Sul da França.
Além disso, com mais de 40 variedades de uvas do mundo inteiro, onde plantaram, por exemplo, a Tannat, Cabernet Sauvignon e Malbec em pés francos e mais algumas variedades procedentes de Portugal, Israel, Suíça, Armenia, Ilha da Madeira, o vinhedo de Daumas Gassac surge como um verdadeiro museu do que eram as uvas antes dos clones modernos; fracos rendimentos, mas prodigiosa riqueza organoléptica, onde são cultivadas em cultura orgânica e para a fermentação alcoólica, usadas somente leveduras indígenas.
O vinhedo compõe-se de 52 vinhas em clareiras. A grande charneca envolvente do Vale do Gassac garante a manutenção dos pássaros e insetos destruidores dos predadores
O professor Emile Peynaud foi o enólogo e mentor do Mas de Daumas Gassac, onde os vinhos são vinificados com a variedade de uvas existentes, como O “Grand Cru” Mas de Daumas Gassac Tinto, que é produzido a partir de 80% de Cabernet Sauvignon,
a qual se juntam Cabernet Franc, Bastardo, Pinot Noir, Merlot, Tannat, Niebolo, Dolcetto.
Barricas usam, mas sempre de 4º uso, e podem estagiar até 24 meses, dependendo da safra e do enólogo.
Degustamos
1-Figaro Blanc 2009
Corte de 30% de Clairette; 30% Vermentino e 40% Sauvignon Blanc, o vinho apresenta floral, mineral e um cítrico meio amargo, que me lembrou a cidra no olfato, confirmando o mineral e o cítrico, agora a toranja em boca. Boa acidez, álcool comportado 11,5%
2-Réserve de Gassac Blanc 2008
3-Daumas de Gassac Blanc 2009
Este vinho, muito complexo aromaticamente, precisou de algum tempo, para corresponder em boca à diversidade olfativa. Corte de Viognier(30%); Chardonnay(30%); Petit Manseng(30%) e 10% de outras dez variedades.
Floral, frutas diversas, sutil vegetal confirmados em boca. Com ótima acidez, aparecem o limão galego e frutas secas. Com 13% de álcool, presta-se a um leque grande de harmonizações, como queijos, massas com molhos lácteos, peixes e frutos do mar, carne de porco. Meu preferido dentre os brancos.
4-Figaro Rouge 2009
5-Guilhem Rouge 2009
6-Réserve de Gassac Rouge 2008
Olfato de frutas diversas sempre maduras, confirmadas em boca, taninos presentes e bons, aparecem alguns terciários como o café solúvel e chocolate meio amargo, corte de Cab Sauvignon, Merlot e Sirah. Meu preferido entre os tintos e o melhor relação preço X qualidade de todos, harmoniza-se com carnes, peixes mais gordurosos, polvo grelhado, massas, queijos curados.
7-Daumas de Gassac Rouge 2008
Este é o vinho de Peynaud, considerado o melhor vinho do sul da França, corte de Cab Sauvignon(80%) e 20% de outras dez uvas.
Mistral
www.mistral.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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