segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Máximo Boschi e seus vinhos Merlot e Cabernet Sauvignon safra 2000. Mais uma etapa da série Vinhos Brasileiros de Safras antigas!

Meninas e meninos,
Sinto sempre um privilegiado quando conto e comento sobre os vinhos Brasileiros, que por vezes, tenho a chance de degustar muito antes da maioria.
Com esta vinícola aconteceu assim.
Conheci, degustei e gostei dos vinhos da Máximo Boschi veja em 2008:
Agora na degustação primorosa que aconteceu na sede da Dal Paizzol, com vinhos de safras iguais ou anteriores à de 2000, vou colocar aos poucos as minhas impressões, ver:
Renato Antonio Savaris, é o nome à frente da Máximo Boschi, que por sinal, dentre os objetivos da vinícola, está o projeto de compromisso social, onde parte do que a vinícola arrecada vai para este fim, vindo muito de encontro ao trabalho, modesto, porém contínuo que faço.
Bem, os vinhos são todos cuidados e, com a proposta de serem lançados ao mercado depois de algum tempo de amadurecimento e envelhecimento, “Hoje, a tradição, aliada à tecnologia de mudas novas importadas e sadias, leveduras selecionadas para uma boa elaboração, amadurecimento do vinho em barricas de carvalho e o envelhecimento nas garrafas nos concedem um produto de altíssima nobreza”.
Além dos tintos que estavam presentes nesta magnífica e instrutiva ocasião, proporcionada pelos presentes, citados na postagem anterior, e pelo IBRAVIN, A Máximo Boschi tem o Chardonnay e espumantes, sendo um Brut, safra 2008 e um Brut Speciale, safra 2006, elaborados pelo método tradicional, sendo o primeiro corte de Chardonnay(70%) e Pinot Noir e o Speciale, Chardonnay(60%) e Pinot Noir.
Também tem um Moscatel, método Asti, das cepas Moscato Giallo e Branco.
Seu Merlot 2000, com 12,5% de álcool, 12 meses de barril francês, trás no olfato café, chocolate, menta, em boca as frutas vermelhas, sutil mineral, algo de carne, com taninos ainda sensibilizando palato, mostrando que ainda podem durar mais tempo bem guardados.
O Cabernet Sauvignon 2000, 12,5% de álcool, 12 meses de barricas francesas, trás no olfato toque animal, frutas vermelhas, café, embutidos, confirmando em boca as frutas, os embutidos, acidez muito boa e taninos presentes.
Para o Merlot, até pela sua cor que indicava mais idade que o Cabernet, eu indicaria massa com molhos tanto de queijos, mesmo as recheadas, como com carnes.Caça de penas, porco e até um bacalhau grelhado com batatas souté.
Para o Cabernet caças de pelo, carnes em molhos e braseadas, queijos amarelos, massas também, mas de preferência as sem recheio, Quem sabe um bacalhau, desta vez ao forno, com pimentões e bastante cebolas, já que a acidez do vinho suporta o azeite.
Estas indicações são meu feeling de harmonização, que não precisam necessariamente ser a sua, certo?
Uma coisa preciso dizer: Não deixe de degustar esta família de vinhos, seja qual for seu paladar, existe m Máximo Boschi que irá agrada-lo, mas atenção, em virtude da pouca quantidade, são vinificados ao todo cerca de 15.000 garrafas no total, é bom consultar no site se ainda estão disponíveis, A safra do Merlot 2006, sei que já está.
Ainda teremos outras surpresas na série de postagens, aguardem.

Foto Daniela Villar
Vinícola Máximo Boschi
http://www.maximoboschi.com.br/

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

8 comentários:

Eugênio Oliveira disse...

Alvaro,

A Maximo Boschi realmente faz um trabalho diferenciado, seja lançando vinhos já envelhecidos ou espumantes de grande qualidade como o speciale.

Parabéns pela postagem.

Álvaro Cézar Galvão disse...

Eugênio,
Esta constatação e muitas outras, tivemos o prazer de verificar "in loco" não é?
Obrigado
Abraços de luz

Eugênio Oliveira disse...

Sem dúvida Álvaro, "in loco" é muito mais estimulante.

Forte abraço,

Eugênio

Álvaro Cézar Galvão disse...

Quem sabe não temos a honra e sorte de nos vermos novamente por lá?
Seria um imenso prazer para mim, fora o aprendizado que sempre é importante.
Abraços de luz

Guilherme Cezaroti disse...

Álvaro,
Acabei de abrir a minha garrafa do merlot 2000. Ainda tem um certo aroma de couro e compota, mas não tem mais corpo algum. A cor purpura perdeu seu brilho, mas ainda não esta completamente atijolado. Não agüentou a década em garrafa, quem tive-lo recomendo não arriscar mais tempo.
Abs
Guilherme

Álvaro Cézar Galvão disse...

Guilherme, obrigado por transmitir suas impressões. De fato, e isto acontece com qualquer vinícola, um percentual das garrafas, sabe-se lá porque, tende a ter sobrevida mais breve.Sem computar fatores externos como má armazenagem, que muitas vezes ocorre antes de adquirirmos o exemplar e o alojarmos devidamente em local e temperatura adequadas, alguma falha na rolha, alguma pequena imperfeição no gargalo do frasco, e tantos outros fatores imponderáveis de início, podem afetar os vinhos de maneira diferente de uma para outra garrafa. Também é importante sua observação para que os amantes dos bons vinhos tenham o cuidado de degustá-los em seu apogeu, afinal, sempre digo que é melhor guardar um vinho na memória do que guarda-lo para se degustar em uma ocasião mais emblemática e o perdermos para os acéticos.
Obrigado pela observação
Abraços de luz

Guilherme Cezaroti disse...

Alvaro,
eu comprei esta garrafa em Bento Gonçalves recentemente, depois de ler alguns comentários sobre este produtor. Infelizmente não é possível apurar como a garrafa foi guardada ao longo destes dez anos, mas acredito que ele tinha começado a declinar a pouco tempo, pois ainda tinha alguns aromas. No começo deste ano provei um Pizzato reserva merlot 2000 que ainda tinha taninos macios, não evidentes em decorrência dos anos, mas pode-se dizer que inteiro, por isso esperei mais deste Máximo Boschi. Concordo que é sempre melhor um vinho na memória, mas eu fui curioso quando finalmente encontrei o vinho. Agradeço suas gentis palavras.
Abraço,
Guilherme Cezaroti

Álvaro Cézar Galvão disse...

Guilherme, quem agradece o comentário sou eu e os leitores que assim trocam informações.
Obrigado
Abraços de luz