quarta-feira, 2 de junho de 2010

Abadia de San Quirce da Bodegas Imperiales- Para beber de joelhos!


Meninas e meninos,
Lembram-se do comercial premiado do primeiro sutiã, a gente nunca esquece?
Pois bem, vinho bom também é assim.

Muitas vezes podemos até esquecer o nome, o nome da vinícola, mas ao vermos o rótulo, ah! Ai nos vem à memória todo prazer e satisfação que tivemos ao degustá-lo.
Mas claro que nem sempre nos esquecemos do nome do vinho, pois aqui vou contar de um que não me sairá fácil da memória: Abadia de San Quirce Crianza 2006.
Quem importa é a Cult Vinho, dos amigos Armando e Sandra.
Vinho espanhol, estilo antigo na vinificação, mas moderno no trato e proposta do enólogo.
Como Crianza, passa ao menos 12 meses em barril e outro tanto na garrafa antes de ir ao mercado.
A bodega, cujo nome já sugere vinhos dignos dos reis, ou imperadores no caso, é a Bodegas Imperiales, e a D. O Ribera Del Duero.
É um tinto 100% Tempranillo, ou Tinta Fina, como os locais a chamam também, tem 13,5% de álcool, que não se sobressai nem no olfato e nem na boca.
Cor bastante intensa, bem “carregada”, indicando ter o vinho corpo (bom percentual de extrato seco) de médio a bem encorpado.
Frutas em abundância no olfativo, toques de floral, talvez pela doçura das frutas, e algo misterioso, que só com o abrir em taça, é que pude relacionar com mineral, um leve toque de pedra molhada pela chuva. Não é fácil descrever algo mineral tão sutil, mas que se faz sentir!
Acidez, característica que sempre me chama a atenção, pois já penso em harmonização quase que instantaneamente, presente e gostosa, lembrando em final de boca fruta cítrica, e com taninos macios, deixando antever vida longa ainda para este crianza.
Longo e persistente, deixa sua “lembrança” no retro olfato por muito tempo.
Por sua gama olfativa e gustativa, deve harmonizar-se bem com caças, carnes ensopadas, em virtude de seus taninos presentes e seu álcool, tapas mais condimentadas, e gostaria muito de testá-lo com uma bela mocilla assada.
Cult Vinho
http://www.cultvinho.com/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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