sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Expand promove degustação vertical inédita do Brunello di Montalcino Cerretalto da Casanova di Néri



Meninas e meninos,

Em recente degustação vertical do Brunello di Montalcino Cerretalto da Casanova di Néri, pude observar que estes também despertam paixões semelhantes às que os Barolos. É assim: ama ou odeia e pronto!

Sinceramente, em meu ponto de vista, não deveríamos ser radicais quanto aos vinhos, pois estes são como nós,seres vivos, em eterna transmutação, sendo que uns para o bom, outros para nem tanto, e ao menos eu, procuro entender isso.

Sou amante dos bons vinhos, sejam eles daqui ou dali, assim ou assado, desta ou daquela safra e uvas, enfim, quando gosto escrevo sobre eles, quando não gosto nada comento, pois creio não ser preciso alardear o quanto não gostei de determinado vinho, e sim aclamar o quanto gostei.

Nesta degustação ao que o título se refere, comentada pelo proprietário e enólogo Giacomo Néri, que a convite da Expand veio ao Brasil, pude observar bem as diferenças entre as safras apresentadas.

Casanova di Neri é um dos nomes de maior prestígio no setor de vitivinícola internacional. A força da propriedade, estabelecida em 1971 se mantém até hoje graças à paixão e expertise de Giacomo Neri, herdada de seu pai, Giovanni Neri, juntamente com os 135 hectares de vinhedos distribuídos nas melhores áreas de Montalcino.

Os resultados dessa combinação são vinhos únicos com características excepcionais e personalidade. Um grande exemplo é o Brunello 2001 Tenuta Nuova, classificado em primeiro lugar no Top 100 da Wine Spectator.

A propriedade possui 36 hectares plantados a uma altura entre 250 e 350 metros, em uma região dividida em quatro áreas distintas. O vinhedo mais antigo é o "Fiesole”, situado a 350 metros a nordeste de Montalcino. As uvas de "Fiesole" produzem o Brunello di Montalcino Tenuta Nuova.

Próximo ao Rio Asso, está localizado o "Cerretalto”, adquirido em 1986 e que possui um único e inconfundível terroir, proporcionado pela sua posição ao leste de Montalcino.

Degustamos 4 safras do Brunello de Montalcino Cerretalto, as de 2004; 2003; 2001 e 1999, que foram servidas nesta ordem.

Elaborados somente com uvas de safras que tiveram as estações do ano perfeitas e principalmente cultivadas na mesma vinha, numa área de 4 ha, com produção de cerca de 5 cachos por pé, o Brunello de Montalcino Cerretalto caracteriza-se por sua singularidade, devido às particularidades do solo e clima. Amadurece em barricas de carvalho pequeno por cerca de 27 meses e depois na garrafa por mais 30 meses. Possui aromas ricos e uma qualidade mineral surpreendente, é um vinho com uma vida longa em adega.

Harmoniza com carnes vermelhas de caça, na brasa e com queijos maduros. O vinho deve ser aberto entre duas a três horas antes de ser servido, e a temperatura ideal é entre 16° e 18 °C, antes de servir coloque-o em um decanter.
-Brunello de Montalcino Cerretalto 2004, vinho ainda muito jovem, aromas frutados e balsâmicos, aparecendo mineral e floral, e um certo toque protéico, de charcutaria com o passar do tempo. Em boca taninos ainda potentes, acidez muito boa, aliás, o mais ácido do painel, deverá ser daqui alguns anos uma jóia da coroa.

-Brunello de Montalcino Cerretalto 2003, com sua cor mais evoluída que o anterior, apesar de apenas um ano de diferença, apresenta o balsâmico, floral e frutado, menos protéico, menos potente e mais pronto.

-Brunello de Montalcino Cerretalto 2001, meu vinho preferido do painel, em que pese o 1999 também estar fantástico. Frutas presentes, floral e mineral, não apresentando o protéico dos outros, em boca as frutas e o mineral, taninos já delicados, apesar de presentes, indicando que ainda vai longe, o mais persistente de todos em minha opinião.

-Brunello de Montalcino Cerretalto 1999, o mais pronto deles, frutas e floral abundantes, longo, gostoso e fácil de gostar.

Ainda para minha surpresa, degustamos o Pietradonice, um Cabernet Sauvignon 2005 com 14,5% de álcool, aromas frutados, mineral sutil, aparece novamente a proteína, álcool aparece um pouco no olfato, mas não em boca, onde está bem equilibrado com taninos e uma esplendida acidez, chega a ser “doce”, com toques de couro, e cânfora aparecendo. Vinho primoroso, de uva Francesa, em solo de ônix, na Toscana.

Até que ponto a globalização interfere no processo não sei, mas que o vinho é bom, isto é mesmo e foi consenso em minha mesa.
Os vinhos da vinícola Casanova di Neri são: Brunello di Montalcino, Brunello di Montalcino Tenuta Nuova, Brunello di Montalcino Cerretalto, Pietradonice, Rosso di Montalcino e Rosso di Casanova di Neri.
Expand
www.expand.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão





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