segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Languedoc Roussillon tem muito a mostrar em gastronomia e vinhos




Meninas e meninos,
Falar de uma região Francesa sempre dá muito prazer, falar do Languedoc Roussillon, não é menos prazeroso, mas de difícil escolha do texto, porque são tantos e tão bons os vinhos da região, que torna mais difícil a tarefa.
Como grande apreciador dos Limoux, espumantes que são anteriores ao Champagnes, vejam:
http://divinoguia.blogspot.com/2011/05/blanquette-de-limoux-jean-babou-bom-ate.html






e também dos vinhos doces, a região é tão rica que mais de 90% da produção Francesa, provém dela. São VDN (vinhos doce natural), que apesar do nome, levam aguardente vínica a 95% de álcool (mutage), engarrafando alguns mais cedo que outros, preservando suas frutas como os Muscat de Rivesaltes, Vintage Maury e Banyuls Rimage, e outros passando por carvalho como os Rivesalts Hors d’Age, os Banyuls Grand Cru, estes considerados os melhores vinhos de sobremesa de toda a França.
Muitos são os produtos culinários e especiarias da região como as Tapenade sempre com azeite de olivas, que podem conter alcaparras, anchovas, e a maceração de azeitonas.
As deliciosas castanhas confitadas, também conhecidas como Marron, daí o nome marrom glacê, para o doce de castanhas tão apreciado.
Mas os vinhos, estes são de uma variedade e número de deixar qualquer enófilo enlouquecido.
Além dos Limoux e dos VDN, que já citei e dos quais sou fã inveterado, alguns dos mais frescos e deliciosos roses provêm do sul da França.
Com muitas cepas como Muscat, Mouvèdre, Grenache, Syrah, Carignan, além das Merlot, Cab Sauvignon e Chardonnay, o clima e solo Mediterrâneos, produzem tipicidade e mineralidade, levados aos vinhos, tornando-os vinhos fáceis de se gostar.
Languedoc Roussillon, é a maior e mais importante produtora de VDP(vin de pays), assim rotulada pela facilidade com que esta denominação regional, menos rigorosa que as AOC, pode favorecer assemblages e vinificações. A VDP confere maior estatus do que o mais simples VDT (vin de table)
Um rose delicioso é o Rose de l’Hortus 2009, um assemblage de 61% Syrah; 23% Mouvèdre e 16% Grenache, e 13% de álcool, este vinho é um Coteaux Languedoc. Vinho Rose de Saignée, ou seja, as cascas são “machucadas” levemente para que ao “sangrarem” levem um pouco da coloração das mesmas ao mosto.Muito fresco e com boa acidez, aromas de frutas vermelhas mais frescas, confirmadas em boca e um floral deliciosos, além da mineralidade. Eu, que sempre procuro harmonizar os vinhos com gastronomias, degustei-o com um peixe bem leve, um linguado com ervas.
Um tinto da apelação Cotes de Thongue, o Le champ du Coq 2010, 60% Grenache 40% Syrah, já mais robusto, 13,5% de álcool, taninos ainda se mostram, longo, aromas de especiarias, frutas mais maduras e doces, as especiarias da Syrah presentes, para este vinho pensei em porpetas ao sugo, apesar da origem italiana, com arroz integral, e digo que ficou muito bom.
Mas um vinho que me apaixonou, deixando doce lembrança foi o Muscat de Rivesaltes 2006 Domaine Cazes com 15% de álcool.
Aromas florais a mel, frutas adocicadas, apesar da safra mais antiga, cor ainda bem clarinha que não denota a idade Em boca acidez impecável, longo sem ser enjoativo devido à acidez, degustei-o com um queijo gorgonzola já mais curado que tinha na geladeira, e ficou espetacular.
Também com sorvetes de frutas e salada de frutas fica ótimo.
Abaixo as apelações da região

AOC du Rhône
AOC Languedoc
AOC Coteaux du Languedoc
AOC Clairette du Languedoc
AOC Faugères
AOC Saint Chinian
AOC Minervois
AOC Minervois la Liviniere
AOC Cabrades
AOC Malepère
AOC Limoux
AOC Corbières
AOC Corbières Boutenac
AOC Fitou
AOC Maury
AOC Côtes du Roussillon et Villages
AOC Muscats du Languedoc Roussillon
AOC Rivesaltes
AOC Banyuls
AOC Collioure
AOC Côtes de Thongue
Os vinhos degustados foram na ordem:
De la Croix
http://www.delacroixvinhos.com.br/



Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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